Brian
O final de semana passou rápido e todas as tardes Dark sumia e quando ia procurar lá estava ele na janela olhando para aquele mesmo menino. Eles criaram uma amizade silenciosa. Hoje é meu dia de folga já que ontem tive que ficar até às quatro da manhã devido aos turistas americanos que resolveram virar a noite e de quebra danificaram duas mesas do restaurante.
Estou tomando meu café até que escuto um barulho de algo caindo do quarto, deixo minha xícara sobre o balcão e vou ver o que é, quando entro tem um Dark em cima da mesinha que fica próximo à janela tentando fugir.
— Nada disso Dark. — falo tirando ele da mesa. — Ficar apoiado na janela até pode mais isso não. — e ele late.
Olho pela janela e vejo uma moça loira de costas e pelo jeito está conversando com alguém, pode ser seu marido ou com o menino. Volto minha atenção para meu cachorro que está sentado me olhando e abanando o rabo, seus olhos demonstram que vai voltar a aprontar e que está com muita energia acumulada e sou obrigado a acabar com o seu castigo.
— Ok, chega de castigo. — digo e ele pula em mim. — Se continuar volta pro castigo. — ele dá dois latidos e corre para fora do quarto. — Brian que belo pai em. — resmungo arrumando as coisas que estavam no chão e vejo que meu perfume foi quebrado e faço uma careta..
Quando chego na sala Dark está com sua guia na boca e sentado em frente a porta.
— Que pressa em rapaz. — digo pegando a guia e colocando nele. — Nada de querer correr atrás dos passarinhos em. — digo abrindo a porta.
Durante a nossa caminhada Dark rosnou para três mulheres que tentaram passar a mão dele, marcou território em duas casas e foi um bom menino para o senhor das frutas que lhe deu um pedaço de pêssego. Voltamos a caminhar até que escuto vozes alteradas vindo de frente a escola e Dark dá um puxão na guia e não consigo segurar e corre.
— Dark. — o chamo e sou obrigado a correr atrás dele, coisa vergonhosa de se fazer quando tem várias pessoas a nossa volta. — Volta aqui. — vejo ele entrar no meio daquela confusão que estava acontecendo e quando chego mais perto vejo Dark rosnando para uma mulher e atrás dele o mesmo garotinho da janela. — Senta. — dou o comando ele me obedece, mas continua rosnando e em alerta.
— Alguém chame a polícia para tirar esse cão sarnento daqui. — uma mulher de vermelho fala e faz Dark rosnar mais alto.
— Ele não vai atacar. — digo me colocando ao lado dele.
— Desculpe senhor. — ela muda sua postura e me seguro para não revirar os olhos..
— Katrina, ensine o seu filho a nunca fazer Bullying. — uma mulher loira diz se aproximando da criança que chora com a cabeça baixa.
— Vai se ferrar, não tenho que ensinar nada, aqui não é lugar para esse anormal.
A mulher ao lado da criança começa a ficar vermelha e solta para que todos possam ouvir.
— Meu filho não é anormal. — caminha e fica em frente a tal Katrina. — Que tal você começar a ensinar bons modos ao seu filho e pare de ficar correndo atrás de homem casado como, por exemplo, o dono do hotel.
— Sua... — diz vermelha.
— Chega Katrina. — um homem vestido casualmente chega e parou ao seu lado. — Me desculpe senhora, peço desculpa pela forma que meu filho tratou o seu. — olha para o garotinho que olha com raiva para o outro, seus punhos estão grudados na lateral do corpo. — Irei ter uma conversa séria com os dois. — diz olhando para a mulher e o filho. — E muito obrigada por me avisar que sou corno. — com isso ele sai puxando a mulher que soltou alguns palavrões.
As pessoas em volta vão embora.
— Olha mamãe meu amigo. — escuto o pequeno falar com voz de choro para a mãe.
— Sim filho. — diz tentando sorrir, mas suas mãos tremem.
O menino abraça Dark que fica igual um filhotinho, sorrio com isso. Quando a mulher se vira em minha direção, tomei um soco no estômago, ela é linda sem maquiagem.
— Me desculpe por ver o que acabou de acontecer. — suas bochechas ficam vermelhas.
— Não se preocupe.
— Mesmo assim. — ela diz e suspira e olha para o filho que está brincando com Dark.
— Sempre acontece isso? — pergunto.
— Não é frequente, mas quando acontece vira um show.
— Bando de idiotas. — resmungo e ela sorri tristemente.
— Já me acostumei. — dá de ombro. — Tento ao máximo fazer ele não escutar mais não posso ficar na escola supervisionando.
— Mais é dever da escola fazer algo contra isso. — cruzo meus braços.
— Já conversei com a diretora só que entra por um ouvido e sai pelo outro.
Com isso, uma ideia começa a surgir.
— Que educação a minha me chamo Brian Adamz. — falo e estendo minha mão.
— Sofia Drakos. — diz apertando minha mão e com isso sinto um choque e pelo jeito que ela me olhou também sentiu.
— Acho que sei como ajudar. — digo tento uma ideia.
— Como? — pergunta interessada.
— Segredo. — digo e ela ri e esse simples ato a deixa linda. — Primeiro deixa eu colocar a ideia em ordem.
— Ok. — diz e olha para o menino. — Filho vamos embora.
— Poxa mamãe. — fala mais para perto dela com Dark ao seu lado.— Oi. — me olha e sorri.
— Oi. — me abaixo e fico do seu tamanho. — Qual seu nome?
— Petrus e o dele? — aponta para o cachorro que está parado ao seu lado como um segurança.
— Dark.
— Bonito nome. — sorri.
— Se despeça do seu amigo e vamos embora. — Sofia fala e ele acena concordando.
— Moramos perto. — digo. — Meu caminho é o mesmo que o seu. — dou de ombro. — Então podemos indo conversando quando os dois vão à nossa frente.
— Tudo bem então. — diz colocando o cabelo para trás.
Durante o caminho para nossas casa tentei saber mais sobre ela, mas sempre tão tímida seus olhos atentos em Petrus e nas pessoas que passam e olham com uma cara diferente, pelo que pude descobrir que é mãe solteira.
SofiaApós me despedir do Brian e Petrus do seu mais novo amigo, entramos e meu menino corre para o banheiro, já que o mesmo disse que vai começar o filme preferido e não quer perder.— Mamãe podemos ter um cachorro? — escuto a pergunta de Petrus enquanto estou preparando o jantar.— Não. — digo cortando um tomate.— Coelho? — sua voz tem um toque de esperança.— Quando você for mais velho, vai poder ter um animal. — olho para ele.— Já sou mamãe. — paro de cortar o tomate e olho para ele. — Hoje sou mais velho que ontem. Não aguento e riu alto.— Onde você aprende isso ? — pergunto.— Na vida, mamãe. — dá de ombro. — Sou um lindão bem vivido. — não tem como não rir com o que fala.— Então lindão vivido, vá assistir televisão, enquanto termino o jantar. — falo e ele concorda e corre para a sala.Quanto estou terminando de colocar a travessa de salada na mesa alguém bate na porta, olho para o relógio e vejo que já se passa das oito da noite, limpo minhas mãos no meu vestido e sigo
BrianDepois do jantar, voltei para casa com um sorriso no rosto e sozinho já que o Dark ficou lá com os dois. Não sei o que estou sentindo, pode ser uma gripe chegando e alguma coisa no meu coração, já que ele bate tão rápido, controlo minha respiração e me vêem algo em mente e paro no lugar.Será? Tão rápido assim? Acho que é a solidão me deixando maluco, ela é bonita e jovem nunca vai me olhar com algum interesse.— Chega de pensar. — falo alto e sinto uma leve dor de cabeça chegando.Tomo um banho e antes de deitar olho pela janela e vejo que a sua janela está fechada para o meu desprazer, vou até a cozinha e tomo um comprimido para dor e volto para o quarto e me jogou na cama, mas quem disse que consegui dormir? Fiquei rolando de um lado para o outro, sinto falta de Dark deitado sobre mim, pela primeira vez em anos sinto falta de algo.Resolvo me levantar e fazer algo, quando chego na sala vejo que está uma bagunça, o chão precisa urgentemente ser aspirado por causa dos pelos de
SofiaBrian foi embora e olhei para Petrus que comia distraído e sorri, me levantei e comecei a guardar o que ele sujou e o que eu sujei, enquanto lavava Petrus começou a cantar alguma música infantil e quando percebi estava dançando no meio da cozinha e só conseguia sorrir pela sua alegria, ele me entregou seu copo e sua vasilha que toda manhã come seu cereal e lavei, termino a louça enxugo minhas mãos e olho para o relógio.— Vai pegar sua mochila. — peço e ele concorda. Pego a lancheira que fica no balcão da cozinha e monto seu lanche rapidamente e não demora para que ele volte com sua mochila, entrego sua lancheira e corro para o meu quarto para pegar minha bolsa e então saímos de casa.Dois dias se passam e não vejo Brian, mas consigo escutar o latido alto de Dark, comprei um caderno e lápis de cor para Petrus e esses dois dias ele focou sua atenção nos dois objetos e não me deixa ver seus desenhos, segundo ele é surpresa.Mel me informou que amanhã será nossa viagem, então
Brian Dormir foi difícil, nossa conversa se repetia na minha mente, ela não tinha ninguém romanticamente, ainda eu não entendi isso,mesmo tendo um filho lindão, sei que tem homens que não ligam para isso eu por exemplo não me importo, todos nós temos um passado e dele pode haver frutos, me levanto e caminho pelo quarto estou inquieto e isso me deixa confuso, resolvo tomar leite quente, saio da cozinha com o copo e sigo para o quarto e me sento no lado esquerdo e fico olhando para televisão que tem na parede da frente e resolvo assistir algo,escolho um filme bem água com açúcar e tomo meu leite, me ajeito e espero que ele venha e ele veio. Acordo com Dark deitado, ou melhor, jogado sobre mim. — Eu ainda vou comprar uma casinha para você. — resmungo saindo da cama e ele só virá para o outro lado e ronca mais alto. — Folgado. — viro meu rosto para a janela e vejo que hoje ela não abriu. — Lógico né tapado, eles foram para Atenas. — falo alto e sigo para o banheiro. Após me arrumar,
SofiaQuando chegamos a Atenas, seguimos direto para o hotel, Petrus olhava tudo em nossa volta com curiosidade, algumas vezes fixava o olhar em algum lugar e parecia memorizar. Fizemos nosso check-in e cada uma seguiu para o seu quarto. — Mamãe. — Petrus me chama. — Olha o que sei fazer. — ele corre e pula na grande cama e faz uma cambalhota e arregalei os olhos. — Petrus... — me assusto — Relaxa, mamãe, não vou me machucar. — sorri sentado no meio da cama. — Não faça isso quando estiver sozinho no quarto. — digo pegando a mala. — Quando Dark estiver posso?— Não. — tento não rir da sua forma de me persuadir. — Tá bom. — faz bico e se deita. Pego uma muda de roupa e digo à Petrus.— Vá tomar banho, menino lindão. — ele acena e pula para fora da cama. — Cuidado Petrus. — ele sorri e pega suas roupas e segue para o banheiro. — Precisa de ajuda? — Não. — ele grita de dentro do banheiro e encosta a porta. — Nossa, olha o tamanho desta toalha, mamãe coloca na mala. — s
BrianAmanhã está fazendo uma semana que não vejo Sofia e Petrus, tenho saudade dela e do pequeno Petrus, nesses dias aproveitei e tive uma reunião com a diretora da escola e ela adorou as palestras. Ela queria de todo jeito fazer uma reunião após o expediente, mas disse que só quando a Sofia chegar que iremos, marcar a reunião para após o expediente, ela pensa que sou bobo e que não vi seus olhares sugestivos para mim.Agora estou saindo para mais um dia de trabalho, essa última semana preciso aturar meu patrão zoando com a minha cara e os colegas mais antigos cantarolando músicas românticas. Antes de sair olho as coisas de Dark e após colocar água, saio de casa e tranco a porta, olhei em direção a casa dela e vejo um homem em frente, franzo a testa e ele me lembra alguém só que não lembro quem é.Passo por ele, é dou uma olhada, não adianta não ser, mas um policial ativo, mas o costume fica.Durante o caminho mando mensagem para ela perguntando quando voltava e a resposta não p
SofiaEsses dias foram ótimos, consegui comprar algumas coisas que faltava para Petrus e me dei alguns presente, estou de pé no meio do quarto olho para as roupas dobradas na poltrona e solto um barulho baixo, estou com preguiça de arrumar elas na mala, meus olhos passam pelo quarto e acaba em Petrus que dorme serenamente agarrado com seu ursinho de pelúcia. — Bora arrumar, Sofia. — diga a mim mesma e vou em direção às roupas.Meia hora depois estou com a mala feita e vou até Petrus para acordá-lo.— Acorda filho. —digo passando a mão pelos cabelos do meu pequeno. — Deixa eu dormir mamãe. — resmunga e se vira para o outro lado.— Então não quer voltar para casa?Ele levanta num pulo e corre pro banheiro e fico dando risada, me levanto da cama e dou, mas, uma olhada pelo quarto e encontro um brinquedo pequeno debaixo da cômoda e guardo na mochila de Petrus e percebo que está cheia de balas que Madalena comprou ontem e balanço a cabeça negando, chegando em casa tiro tudo e guardo no
BrianEssa noite mal consegui dormir, Dark foi meu companheiro de insônia, ele olhava para a porta e choramingava e se eu não fosse um homem maduro estaria choramingando também.Quando o relógio de vinte para as oito eu resolvi levar Dark para um passeio na praia, assim ele gastava sua energia acumulada. — Vou te soltar, assim você pode correr um pouco.— o aviso e ele se senta na areia e solto sua corrente e ele começa a correr e me sento e fico o observando.Quando o relógio deu oito horas escuto a buzina da balsa e Dark para de correr atrás do pássaro e fica em alerta, ele me olha e late e sai correndo. — Dark, nem pense em me fazer correr. — grito e ele não para.— Ele ainda vai conseguir ser expulso dailha. — começo a correr, o sol está quente e sinto o suor escorrer pela minha pele, até chegar onde a balsa para é um longo caminho. — Dark. — o chamo e me assustei ao ver que Sofia tinha chegado.Tivemos uma breve conversa e quase agradeci de joelhos a Mada, levo sua mala e