Capítulo 4

Sofia

Após me despedir do Brian e Petrus do seu mais novo  amigo, entramos e meu menino corre para o banheiro, já que o mesmo disse que vai começar o filme preferido e não quer perder.

— Mamãe podemos ter um cachorro? — escuto a pergunta de Petrus enquanto estou preparando o jantar.

— Não. — digo cortando um tomate.

— Coelho? — sua voz tem um toque de esperança.

— Quando você for mais velho, vai poder ter um animal. — olho para ele.

— Já sou mamãe. — paro de cortar o tomate e olho para ele. — Hoje sou mais velho que ontem. 

Não aguento e riu alto.

— Onde você aprende isso ? — pergunto.

— Na vida, mamãe. — dá de ombro. —  Sou um lindão bem vivido. —  não tem como não rir com o que fala.

— Então lindão vivido, vá assistir televisão, enquanto termino o jantar. — falo e ele concorda e corre para a sala.

Quanto estou terminando de colocar a travessa de salada na mesa alguém b**e na porta, olho para o relógio e vejo que já se passa das oito da noite, limpo minhas mãos no meu vestido e sigo para a porta. Quando abro vejo um Brian segurando um embrulho e ao seu lado o Dark sentado e com a língua para fora.

— Atrapalho? — pergunta sem jeito.

— Não. — digo e dou passagem para os dois entrarem.

— Dark. — Petrus grita no meio da sala e o cachorro corre até ele.

— Trouxe Baklava. — fala erguendo o pote em sua mão.

— Não precisava. — digo. 

— Gosto dessa sobremesa. — diz dando de ombro e me entrega.

— Vou colocar na mesa. — digo e ele concorda. — Fique a vontade. — caminho para a cozinha e sinto ele andando atrás de mim.

— Me desculpe por parecer intrometido. — seus rosto tem um leve vermelhidão, e acho isso fofo.

— Que isso. — lhe dou um sorriso. — É bom ter mais uma pessoa para conversar.

Ele relaxa seus ombros e me lança um sorriso lindo que faz meu coração dar um solavanco. 

Foco Sofia, ele é só um cara legal.

— Petrus, venha comer. — o chamo quando termino de por a mesa. 

Meu menino aparece todo vermelho e ofegante.

— Estava correndo dentro de casa? — pergunto colocando a mão na cintura.

— Não mãe. — diz se sentando. — Era o Dark. — e com isso o cachorro aparece e solta um latido.

— Acho que ele concorda. — Brian diz rindo.

— Tenho certeza. — começo a  servir Petrus. — Pode se servir Brian. 

— Espero você colocar para ele primeiro. — aceno concordando.

Depois de servir Petrus começo a me servir e Brian faz o mesmo, Dark se deita ao lado da mesa. Nosso jantar foi divertido, Brian contou um pouco sobre ele e contei sobre mim e claro Petrus dizendo que ele era um homem. Comemos a sobremesa com Petrus quase caindo com a cara no seu prato.

— Vou colocar ele na cama e já volto. — digo para Brian que concorda.

Pego meu menino no colo e levo para o meu quarto, o deito na cama e com isso Dark pula na cama e deita ao seu lado, sorrio com aquela cena. Volto para a cozinha e vejo Brian lavando a louça.

— Não precisava. — digo ao seu lado.

— Foi nada, já que me auto convidei para o jantar, não custa nada. —  a pele do seu pescoço está vermelha.

— Mas.

— Mas nada. — fala. — Desculpe perguntar mais onde está o pai de Petrus?

Respiro fundo e olho para ele que me olha atentamente.

.

— Éramos namorados e descobri estar grávida com 17 anos e quando fui contar para ele, ele simplesmente disse que não iria assumir e que era para mim nunca dizer que o bebê era dele, não queria ter seu nome atrelado ao do bebê. — Brain me olha sério. — Então a partir daquele dia cuidei de tudo sozinha, meu pai me ajudou em tudo que precisei. — sinto um nó na minha garganta. — Ele viu Petrus nascer e uma semana depois teve um ataque do coração. — Brian pega na minha mão e dá um aperto. — Então agora somos eu e meu menino contra o mundo.

— Não sei o que dizer.

— Não precisa. — dou de ombro.—  É algo que não me machuca.

— Você nunca mais viu ele? — pergunta voltando a lavar a louça.

— Faz uns dois meses que vi ele num bar perto da praia, ele não me viu ou se viu fingiu muito bem. 

— E o que sentiu?

— Nada, ele para mim, é só mais um cara idiota que existe.

— Um inseto isso sim.

— Coitado dos bichinhos, eles não merecem ser comparados ao imbecil. — digo rindo e ele me acompanha. — Você já pensou sobre o que me disse mais cedo? — pergunto.

— Sim.

— Qual? — pergunto interessada.

— Uma campanha sobre o bullying e também uma palestra informativa sobre síndrome Down. — fala todo empolgado, é engraçado em ver.

— Me conte mais. — falo empolgada também, quero que mais pessoas possam saber mais sobre esses dois assuntos. .

Ele começa a me contar, e vou ajudando em algumas partes, quando vimos estávamos com caderno com várias anotações.

— Nossa já está tarde. — ele diz olhando a hora no relógio.

— Nem notei. — falo e vendo que já passava da meia-noite.

— Sim. — diz se levantando. — Bom vou indo, cadê Dark?

— Deitado ao lado de Petrus. — respondo.

Seguimos para o quarto e vimos os dois dormindo, Petrus abraçado com Dark.

— Como tirar ele dali? — Brian pergunta baixinho.

— Não sei. — solto um suspiro. — Acho que essa noite durmo no quarto ao lado. — olho para os dois esparramados na minha  cama.

— Dark não vai atrapalhar?

— Não, Petrus e ele são bons amigos.

— Uma amizade que começou só olhando pela janela.

— Que é verdadeira e pura. — completo.

— Sim. — me olha. — Bom então vou indo. — caminha para fora do quarto.

Paramos de frente a porta e ficamos nos olhando.

— Boa noite. — diz e me dá um beijo na bochecha e abre a porta.

— Boa noite. — e com isso ele vai embora e deixa seu perfume. —  Brian Adamz. —  digo seu nome baixinho.

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