Um Cowboy em minha vida
Um Cowboy em minha vida
Por: Carla Cadete
Capítulo 1

* Obs.. Essa parte da história terá trechos de, O pai Cowboy do meu amigo, para contar a versão do Rodrigo o Capataz, aos olhos dele com a Juliana nos primeiros capítulos, até chegar os dias atuais.

.......

Férias junho de 2019.

Rodrigo não conta sobre sua vida amorosa para mais ninguém, desde que Tati o traiu. Ele é um homem extremamente discreto. Nunca mais namorou.

Mais a alguns anos tem relações sexuais com uma mulher madura, ele gosta de ficar com ela, nenhum dos dois se apaixonou pelo outro, o sexo é bom e a amizade que veio junto também.

Rodrigo está dispensado por hoje, toma um banho e sai para se encontrar com Letícia.

Ainda é cedo, mais o trabalho na fazenda está concluído por hoje.

Em pouco tempo chega a seu destino.

— Pensei que não viria hoje Rodrigo. — Fala Letícia ao abrir a porta.

— Eu também, mais acabei cedo. Como está?

Se beijam no rosto.

Letícia é fazendeira, seu sustento vem do leite, além de vender, tem uma queijaria e vende toneladas.

— Vem querido, entre.

— Obrigado. — A mulher o puxa pela mão, ela é meiga e delicada.

O deixa ao lado do balcão na cozinha e sorrindo docemente abre a geladeira.

— Janta comigo?

— Claro. Quer ajuda? — Rodrigo fala.

— Não precisa, já está tudo pronto.

Ele senta e começam a conversar sobre a semana que não se viram.

— E o meu querido Cássio, como está?

— Ele caiu do boi.

A mulher se espanta e diz:

— Meu Deus, e como ele está?

— Graças a Deus está bem. Fiquei muito preocupado.

— Ele precisa de ajuda? Posso ir cuidar dele se precisar.

— Não precisa. O Lucas e a Érica estão cuidando dele.

— Lucas sempre foi maravilhoso. Um garoto de ouro. Tão difícil ter filho tão bom como ele.

Rodrigo sabe que ela se refere ao próprio filho.

— Não se martirize. Seu filho deve precisar de um corretivo apenas.

— Acredito que ele não tem mais jeito. — Ela fala sem esperanças.

— Todos temos direito a uma segunda chance na vida. Às vezes ele precisa de você, seu carinho de mãe e nem ele, nem você percebe isso.

Ela o serve e senta na frente dele com uma garrafa de vinho.

— Sabe querido, você está certo. Vou pensar bem. Ele faz parte da máfia, não entendo porque ele virou um criminoso. Mais vou pensar, obrigada querido.

Ele segura a mão dela:

— Conversando a gente se entende, RS.

Eles começam a comer e do nada Letícia lembra.

— Querido?

— Hum?

Ela franze a testa e pergunta:

— Quem é Érica? — Ele dá, um sorriso encantador.

— Não sei se estou me precipitando, mais acredito que meu amigo arrumou uma namorada.

Ela também sorri feliz:

— Sorte a dela, RS. Cássio é um homem lindo. Ele sofreu muito nas mãos da Marcela, sabe ela nunca me desceu.

— A mim também não. Essa mulher se oferece para mim até hoje.

— Realmente é uma mulher desagradável. Me conte mais sobre essa Érica, onde ele a conheceu?

— É amiga do Lucas, eles estudam juntos.

— Então ela é novinha?

— Sim, tem a idade dele.

— Espero que dê tudo certo entre eles.

— Também espero. — Fala terminando de comer. — Estava tudo delicioso. — Ele a ajuda com a louça.

— Obrigada, querido.

Vão até à sala e na lareira ela vê a foto do filho.

— Dê uma chance para ele. — Fala Rodrigo.

— É, eu vou dar. — E fica olhando a foto.

— Quantos anos ele tem?

— 28. E você querido?

— Vou fazer 30.

— Não se atreva a perguntar a minha, RS.

— Não importa sua idade.

Letícia é uma pessoa maravilhosa e uma mulher muito linda, o casal passa a noite juntos. De manhã cedo, Rodrigo aparece um pouco antes de todos acordarem.

Nem seu amigo Cássio sabe do romance com Letícia, ela também prefere que seja assim entre eles.

Após sua ronda diária, viu o patrão andando com a ajuda do filho e se aproxima feliz por ele. Nesse meio tempo, aparece um carro cantando pneu. O patrão se senta na cadeira de rodas.

— Rodrigo, Lucas, fiquem perto da Érica.

— Sim, senhor.

— Certo, pai.

— Essa mulher de novo.

Marcela sempre o deixou enojado é mesquinha e egoísta.

Cambaleando Marcela vai até Érica. Rodrigo está na frente e a segura pelos braços.

— Me larga seu frouxo. Tão bonito e não presta nem para dar uma. Me larga.

Segura a mulher com força, sem a machucar. Vê que Lucas fica indignado com o comentário da mãe.

— Que é isso mãe?

A mulher tenta se soltar reunindo suas forças.

— Me larga!

— Lucas, leve sua mãe. — Fala Cássio.

— Vamos, mamãe.

— Não toque em mim. Rodrigo me larga. Me solta eu vou sozinha.

Ele olha para o patrão, que afirma levemente com a cabeça. Solta a mulher e ela vai embora.

Na manhã seguinte o patrão vai tirar os pontos com a Érica. E Lucas vai com ele fazer a ronda da manhã. Envergonhado Lucas diz;

— Cara, desculpa o que minha mãe disse, ela não sabe o que fala.

Um pouco tenso por lembrar daquela mulher desagradável, fala meio áspero.

— Sabe sim.

Lucas para de selar o cavalo e olha para ele

— Então, minha mãe tentou te seduzir?

Rodrigo também para e responde:

— Sim, a Lucinda viu tudo. A rejeitei e fica me chamando de frouxo.

— Cara, minha mãe não é fácil.

Para acabar com a conversar desagradável sobre a Marcela. Rodrigo muda de assunto;

— Verdade. Vem, vamos fazer a ronda.

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