Dito desce primeiro que o Alexandre. Lucas mandara uma foto da turma da escola para ele. Na foto tinha Lucas, uma amiga de nome Érica e a Mariza.
— Apareceu. — Dito murmura. — Olha como ela cresceu. Praticamente uma mulher.Dito diz achando estar sozinho, Alexandre chega por trás e Dito dá um pulo com o susto.— Quem tá uma mulher? Virou canguru agora? RS...Dito põe a mão no coração:— Cabra tu me assustou. Não faz mais isso.— Tá assustadinho é porque deve.— Nada tava só admirando uma foto que o Lucas mandou.— Deixa eu ver.Dito não sabe se é prudente mostrar, afinal o cabra sofre até hoje.— Mostra logo.— É sem importância. — Fala tentar evitar que a veja.— Se é sem importância, porque não posso ver?— Não é isso. Então me mostra.Dito lhe entrega o celular. Mesmo tendo pintado o cabelo de loiro a reconheceu de imediato. Sim, agora parece uma mulher.— É a... — Dito começa a falar.— Eu sei… está maravilhosa. Perfeita. — Fala Alexandre a admirando. — Ela...— Pintou o cabelo? Ficou ótimo...— Ficou, toda linda... toda... — Fala ressentido.— Quando que a encontraram? — Pergunta entregando o celular pro Dito.Ficou mal-humorado, pois apesar de tudo ficou feliz ao ver a m*****a foto e o principal que ela está bem.— Sei lá cabra. Mais posso perguntar.— Deixa para lá. Não quero saber.Alexandre agora tem um compromisso e se ela quisesse saber dele o teria procurado.— Você que sabe cabra.— Vamos embora!Diz ríspido e afetado psicologicamente e fisicamente pela foto. Espera que Dito não perceba sua ereção na calça apertada, nem ele mesmo acredita que ficou assim tão fácil.— Merda!— Que foi cabra?— Nada. Entra no carro.No carro, Dito acha melhor ficar quieto olhando a paisagem."O cabra ficou uma fera." — Pensamentos Dito.Chegam na fazenda Lírio do Vale e Alexandre deixa o Dito.— Valeu cabra... quando você for se der dá um toque.— Tá, ok.No caminho o mau-humor de Alexandre se transforma em lágrimas. Seus olhos ficam marejados e vermelhos. As lágrimas teimam em lhe queimar os olhos, até ele piscar e elas rolarem.Fazia um tempo que não chorava por ela. Ver aquela foto o emocionou demais. Seu peito dói, dói como se fosse uma ferida que não cicatriza nunca.— Mariza... — Diz o nome dela entre os dentes com mais lágrimas lhe queimando os olhos.Irá se casar, Cíntia é uma mulher boa e o ama. Ficaram juntos para sempre. Assim como deveria ter sido com a Mariza.Sinceramente, por mais que goste da Cíntia, a respeite e até sente falta dela, nunca deixa de pensar na ex. Chega em casa e vai direto para a piscina.Arranca as roupas ficando totalmente nú e mergulha. Seu coração dói, então o corpo também vai doer. Faz exercícios na piscina até ficar exausto.Entra em casa com o corpo escorrendo água e abre uma garrafa de vinho, vai se vestir com a garrafa na mão. Coloca uma bermuda e termina o vinho.Precisa ir trabalhar... mais não sabe se vai conseguir, talvez deixe os funcionários trabalharem sozinhos hoje.Só o vinho não vai lhe derrubar, vai para a cozinha, e abre uma garrafa de pinga do Alambique.Na metade da garrafa ele dorme no sofá. Abaixa o braço e a garrafa cai no chão transbordando o restante.Dois dias depois vai buscar Cíntia para ir morar com ele. Quer tirar ela daquele lugar. Quando ela o vê se abraçam.— Pensei que não viria me buscar, que não me queria de verdade.— RS, foram só dois dias. Eu... eu tive um pequeno problema... — Seu problema foi beber e pensar em Mariza. — mais já está resolvido, RS. Vamos para a nossa casa?— Sim, RS.Chegam na casa e Cíntia fica de boca aberta— Nossa é enorme...— Acredito que nós conseguimos encher com uns dez filhos, RS— Tudo isso de filho? Meu Deus, RS.O casal se abraça. Mais no interior dele, aquela ferida ainda sangra.Seus olhos voltam a ficar cheios de lágrimas. Cíntia é uma boa mulher, o ajudará a esquecer Mariza de uma vez por todas.Dois meses depois eles se casam, no civil e no religioso. Queria cantar, mais não tinha voz para isso. Há muito tempo não canta.No decorrer de um ano, Cíntia engravida, fica feliz demais com a futura chegada de um novo membro na família.Porém, muitas vezes nesse primeiro ano de casado, pensou demais em Mariza, parece que casar foi pior. Às vezes fazia amor com a esposa e se sentia o pior dos canalhas depois.Porque imaginava estar com a Mariza. Aquela m*****a foto, não deveria ter visto. Não era justo para com a esposa.Não fazia na maldade, simplesmente não conseguia evitar. Depois de dois anos de casados, Cíntia acorda uma certa noite e não vê o marido na cama.Se levanta e vai ver o filho no quarto dormindo. Está grávida de novo. A casa está toda escura, só entra pelas janelas a luz do luar.Escuta o som de um violão... já tinha visto o violão antes na casa. Mais nunca o viu tocar antes.O acha na entrada da casa dedilhando o violão… ela para e fica escutando.Alexandre começa a cantar... "Coração está em pedaços."— Hoje eu vim te procurarA saudade era demaisVim falar do meu amorTimidez deixei pra trásQuero te dizer que euSofro muito sem vocêCoração tá em pedaçosCom vontade de te verPorque saiu assim da minha vida?Sozinho sem vocêNão tem saída, porque, porque...Porque você não quer saber do meu amor? Porque?Diga, se te deixei faltar amor?Se o meu beijo é sem sabor?Se não fui homem pra você?Diga, que tudo não passou de um sonhoE o amor que te proponhoÉ pouco pra te convencerHoje eu vim te procurarA saudade era demaisVim falar do meu amorTimidez deixei pra trásQuero te dizer que euSofro muito sem vocêCoração tá em pedaçosCom vontade de te verPorque saiu assim da minha vida?Sozinho sem vocêNão tem saída, porque, porque?Porque você não quer saber do meu amor? Porque?Diga, se te deixei faltar amor?Se o meu beijo é sem sabor?Se não fui homem pra você?Diga, que tudo não passou de um sonho— E o amor que te proponhoÉ pouco pra te convencerDiga se te deixei faltar amor?Se o meu beijo é sem sabor?Se não fui homem pra vocêDiga que tudo não passou de um sonhoE o amor que te proponhoÉ pouco pra te convencer...Cíntia Gonzalez agora entende, já tinha percebido que o seu marido perfeito, carinho e amoroso tinha uma grande dor em seu coração.Ela pensava que era, devido aos pais, mais agora sabe que é por causa de outra mulher.— Alexandre? — O chama se aproximando.Ele se assusta um pouco, mais logo se recupera.— Oi querida, pensei que estava dormindo.— Você não estava comigo. Senti sua falta na cama.— Perdi o sono.Cíntia pergunta sem conseguir conter a curiosidade:— Amor, quem é essa mulher que não sai do seu coração?Alexandre fica paralisado.— Pode falar, faz muito tempo que percebi que você não se entrega de coração para mim por completo. — Alexandre se sente mal por ouvir isso e fica emocionado.— Eu sinto minha querida. Nunca quis te magoar.— Está tudo bem... você está comigo. — Ela o abraça. — Só fico triste, por não ter conseguido fazer você esquecer.— Me sinto culpado.— Não sinta, não mandamos em nossos corações. — Ela fala com lágrimas nos olhos.Ela segura as mãos dele e sorri por entre as lágrimas dizendo:— Vamos ser felizes querido. Tenho certeza que vamos superar isso juntos.— Você é tão boa. Tão diferente, compreensiva, companheira...— Não diga mais nada. Vamos para a cama.Ele a segue sem dizer nada...Alexandre termina de contar, Rodrigo está sem palavras, Cássio agora entende porque o amigo ficava com uma única moça antes de se casar não Bar dos Primos.— Cara, apesar de tudo, foi muito bonita sua atitude com sua esposa. — Fala Rodrigo.— Sim, você sempre foi um bom marido e pai.Alexandre abaixa a cabeça triste, e fala com a voz embargada:— Poderia ter sido melhor. Ela morreu sabendo que eu amava outra mulher. Não foi justo pra ela.Rodrigo também fica emocionado, já amou e sabe como é difícil amar e não ser correspondido.— Alexandre, porque você não foi atrás dela antes de casar? Tirar essa dúvida que ficou no ar entre vocês? — Fala Rodrigo.— Mariza nunca me amou. Foi embora, tinha contato com os meninos. Não veio atrás de mim porque não quis. — Comenta amargurado.— Calma amigo. — Fala Rodrigo colocando a mão em seu ombro.— Estou calmo. Vou indo. Melhoras Cássio. Falou Rodrigo.— Tchau.— Falou.Eles olham o amigo ir embora, e Cássio diz:— Ele ainda gosta dela.— Gosta muito. Patrão, vou indo. Fazer a ronda antes de dar por finalizado o dia.— Pode ir. — Fala Cássio olhando o carro do Alexandre sumir de sua vista.Rodrigo se arruma e sai, para se encontrar com Letícia.— Querido, que bom que você veio. Como está o Cássio?— Chateado. — Fala ao entrar.— Mais porquê? Aconteceu algo?__ A mocinha que te falei foi embora.Não perguntei nada, pois estava muito chateado.— Tadinho do meu lindo.— Se eles se gostam, isso vai se resolver. Letícia vai até à cozinha abrir uma garrafa de vinho. Ele vai atrás dela perguntando:— E seu filho, qual o nome dele?— Antônio, mais sempre o chamei de Tony.— Conversou com ele?— Ainda não querido. Estou muito chateada. — Ela lhe entrega uma taça.— E, porquê? Ele fez algo? — Tomando o vinho, ela coloca suas belas pernas no colo de Rodrigo, ele passa a mão na panturrilha dela.— Meu filho está indisponível. Geralmente quando não consigo falar com ele, está fazendo seus serviços sujos.— Não desista.— Não vou. — Sorrindo docemente ela o puxa pela gola da camisa.— Vem aqui bonitão.— RS... sim, professora.Ela para e o olha, depois da uma boa gargalhada.— Bem q
Dito insiste em encontrar uma gatinha para o Lucas e o mesmo diz que não quer. Mesmo assim ele não se dá por vencido. Vira uma dose de uísque.— Eeeeeee lasquera, essa queimou a garganta. Já volto com a gata. — Fala Dito.Sorrindo, Lucas balança a cabeça está começando a sentir o efeito do álcool.No andar de cima...— Eu não consigo. Não me vejo dormindo com um homem que não amo. Ai senhor o que vou fazer?As garotas tentam acalmar Juliana e o primo bate na porta já entrando.— Desçam todas agora, o bar está cheio. Juliana, seu primeiro cliente será o garoto Durant.— Mais senhor...— Sem mais ou dorme com ele, ou vai para rua.Com lágrimas nos olhos, Juliana se levanta com a cabeça erguida. Gostaria de estar sentindo tanta confiança como está tentando demonstrar. As garotas saem e o primo avisa:— Você tem 5 minutos para descer. Ele está esperando.— Sim, senhor. — Ela concorda sem nenhuma emoção.Quando fecha a porta ela desaba em choro.— Eu não vou conseguir, o que eu faço? Cin
No Bar dos Primos...Os rapazes entram no Bar e vão encher a cara.— Certeza absoluta que era o carro do Rodrigo. — Fala Daniel.— Então alguém roubou e tá fugindo. Ele certeza que não é. O cara dorme pra caramba. — Fala Benê.— É cabra, esquece isso. — Fala Dito.Enquanto os rapazes estão bebendo Lucas aparece, ele bebe com os rapazes, mais em pouco tempo eles somem.Fica bebendo sozinho pensando numa certa delegada sexy.No quarto, Juliana está feliz que essa noite não precisa descer. Tenta dormir um pouco, mais o barulho é infernal.Muita música, homens e mulheres falando alto, alguém bate na porta do seu quarto.— Pode entrar.O Primo abre a porta e diz:— Garota tem um cliente te esperando.— Mais senhor, eu já paguei pelos próximos dias.— O cliente quer você. Não posso fazer nada.Ele fecha a porta, em menos de cinco minutos ela vai até o cliente a contragosto. Conversa com o homem tentando explicar que não se sente bem.É mentira, mais quer se livrar dele, o homem bêbado e bra
Lucas vai até o Bar dos Primos e oferece serviço de babá para a Juliana.Pergunta se ela sabe cuidar de criança, pra se livrar do Bar dos Primos ela diz que sim, mais ele conhece a vida dela e sabe que não é verdade.E isso pelo visto não faz efeito na decisão que ele tomou para com ela. Ele pede para ela arrumar as suas coisas e no dia seguinte a leva até o serviço novo.Gostou muito do lugar, uma fazenda enorme, cheia de funcionários agradáveis e o filhinho do patrão é uma graça de criança. Felipe se sente satisfeito com a Juliana. Tanto que a ensina a dirigir para quando o filho voltar para escola ela o levar.Irá inscrever em breve ela na auto escola. Desde que o patrão, contratou um tal de Pedro ela não gosta de ficar perto dele. É um homem estranho.Às vezes a come com os olhos e deixa ela com muito medo. Tenta sempre ficar longe dele.Na fazenda Lírio do Vale...A veterinária aparece para vacinar e inspecionar a saúde do touro.— Bom dia. — Fala Jéssy a veterinária.— Bom dia,
O médico avalia o estado de saúde de Juliana e decide dar alta a tarde. Rodrigo fica para aguardar a liberação e avisa o patrão que vai voltar com a moça. Pega a medicação e arruma as coisas da moça. Enquanto isso a enfermeira dá, um banho nela e depois a veste.A leva para a fazenda Lírio do Vale. Conversaram pouco no caminho, mais sobre o ocorrido.Chegando na fazenda estaciona e coloca a moça na cadeira de rodas.— Obrigada. Mais pensei que ficaria com a dona Celine.— Eles não vão conseguir cuidar de você. Aqui tem bastante gente para te ajudar. Ficarei com você a noite e a qualquer momento do dia caso precise.— Não sei como agradecer. — Ele se agacha na frente dela, emocionado e diz:— Eu não sei como te agradecer pelo que fez. Segura as mãos da moça, estão frias como da outra vez.— Você está com frio?— Um pouco.— Vamos entrar, suas roupas estão no quarto. Te ajudo a colocar uma blusa.Juliana é bem recebida por todos. Érica mostra onde ela vai dormir, no mesmo quarto que Ro
Fazenda Rio das Pedras...O filho de Letícia chega em casa.— Querido, meu amor que saudades. — Letícia vai até ele e dá, um abraço bem forte, que não é tão bem correspondido como ela gostaria.— Mãe.— Que saudades querido.Ele olha ao redor e não dá muita importância aos sentimentos da mãe.— É eu também. — Fala sem muito entusiasmo. — E o cara, não volta mais certo? Chateada por ter terminado com Rodrigo, abaixa o olhar e responde:— Não, querido. Ele não voltou mais.— Tente arrumar alguém da sua idade mãe. Já passou dos 50 a um tempo.— Claro, querido. — Ela suspira chateada com o filho. Vai ser difícil, bem difícil a convivência pelo visto.— Como está a fazenda?— Tudo as mil maravilhas. Hoje a veterinária está vacinando o gado. Como são muitos a coitada chegou cedo. — A mãe comenta.— Não faz mais que a obrigação dela. Se não trabalhar será substituída, ela é paga para isso.A mãe defende a moça:— É uma jovem guerreira, se formou, em seguida perdeu o pai, é sozinha, o tio nu
Fazenda Lírio do Vale...Antes do almoço foram até o jardim, Rodrigo a carrega nos braços, sentam em um banco e ele segura a mão dela entrelaçando os dedos. Comenta que a mão dela não está fria dessa vez. Rodrigo sai por um instante a deixando sozinha no jardim.Érica aparece para os chamar para almoçar, Juliana quer tirar uma dúvida.— O Rodrigo é muito fofo. — Fala Juliana.— Verdade. Ele é um amor de pessoa.— Ele é gay mesmo? — Érica sorri e começa a contar a verdade.— O Rodrigo não... — Cássio a chama e Juliana ainda continua com a dúvida, pois a moça sai às pressas.Rodrigo volta e a leva para almoçar. A noite Lucinda fez, milho-cozido, assado, bolo de milho, broa, canjica, vinho quente… instigando as meninas a comerem bastante.— Eu vou virar uma bola assim.Depois de um tempo ela fica um pouco sozinha olhando os rapazes dançarem ao redor da fogueira.— Está triste? — Rodrigo pergunta.— Não.— Certeza?— Sim.— Na verdade estou com muito sono. E ainda não tomei banho. Poderia
Depois de tanta tortura em um simples banho, Rodrigo ajuda Juliana a se vestir. A moça pede para ele dormir com ela. Não quer acordar com frio de madrugada. Rodrigo deseja tanto Juliana e ceder a seus pedidos o deixa pior. Está em estado de calamidade.Depois de um tempo consegue dormir.Tony entra no apartamento do capanga chefe.— Senhor?— Ora, ora... já chegou? Ótimo. Gosto do seu serviço, você é sempre discreto.— Obrigado senhor.— Fique em casa essa noite. Vou pedir eu boneca para você.Tony fica calado, não é bom contrariar seu chefe, capanga chefe faz uma ligação rápida e em poucos minutos, enquanto tomam uma dose de uísque chega a moça.— Vem cá boneca. Passa a noite com meu amigo aqui.— O senhor sempre me dá os melhores. Vem garotão. — Fala a gatinha safada.— Garota esperta. — Fala Capanga Chefe. — Vai com ela.— Sim, senhor, boa noite. Tony sabe onde é o quarto de visitas, tem relações 3 vezes com a moça, deixa a mulher exausta, mais ainda assim não está satisfeito. P