Capítulo 3

— Posso pelo menos ver sua gatinha?

— Ali está ela. — Alexandre aponta e Dito procura ansioso. — Do lado da loira conversando.

— Cabra, que gatinha. Tu não sabes dividir, é?

— Acredito que não, RS. — Dito bebe com Alexandre e a gatinha volta para conversar com o Dito.

— Oi, aquela bebida está em pé? — A gatinha pergunta.

— Claro, o que quer? Primo, pega uma bebida para gatinha.

— Cadê sua identidade moleque? — O primo pergunta nervoso.

— Você ainda tem cara de moleque mesmo. — Alexandre Comenta.

Ele tira o RG do bolso e entrega para o Primo

— Tá certo, pode ficar.

— Vem dançar, bonitão. — A mulher o chama toda melosa.

— Claro...

Alexandre ri muito do jeito do Dito, o cara nunca muda.

— Alexandre. — Cíntia o chama com uma voz, bela e doce.

— Oi, como está?

— Melhor agora que chegou. Senti sua falta esses dias que não veio.

— É eu também.

— Quer subir agora?

— Vamos. — Sobem de mãos dadas.

No quarto, Cíntia tranca a porta e vai abrindo os botões da camisa dele.

— Pensei que, queria conversar primeiro, RS... — Ele fala surpreso.

— Estou com muita saudade, primeiro quero você. Depois nós conversamos.

— Insaciável...

— Só por você amorzinho. Fico muito triste quando não vem.

— Então vamos apagar esse incêndio.

— RS...

De madrugada, Alexandre se despede da moça.

— Não vai, por favor.

Ela segura a mão dele, tentando impedi-lo de ir.

— Eu tenho que ir, vou trabalhar daqui a pouco e preciso ver se a mulherada não matou meu amigo Dito.

— Vou sentir saudades de novo.

— Eu também.

Alexandre está prestes a tomar uma decisão na vida e a noite terá essa resposta.

— Até mais tarde então?

— Sim, venho ficar com você a noite.

— RS, estarei esperando.

Alexandre sai e encontra uma moça saindo do quarto que deixou o Dito.

— Oi gato. — A moça paquera Alexandre.

— Dito estava com você?

— Também, RS. Pode entrar ele está dormindo com as meninas.

Alexandre entra e não vê o Dito na cama.

— Mais… cadê ele? — Fala mais para si mesmo. Resolve falar mais alto. — Dito! — As meninas se mexem com o som de sua voz.

— Vocês viram o Dito?

Devagar elas se levantam, a mulherada estava dormindo encima dele.

— Mais rapaz. — Dito se mexe. — Cara pensei que estava morto.

Dito levanta a cabeça e olha por sobre o ombro

— Cara, me sinto morto!

— Cara eu te falei para não ir com muita sede ao pote. Vamos para casa.

Dito geme com dor na cabeça.

— Vai logo, Dito veste uma roupa, não quero ficar olhando essa bunda branca.

— Tá bom.

Alexandre desce para esperar. Dito está quase saindo e as meninas o puxa para se despedir enchendo ele de beijos.

— Misericórdia uma avalanche! Depois eu volto gatinhas.

Encontra com Alexandre sentado esperando no balcão.

— Cabra, que dor de cabeça, hein.

— Vamos Dito.

No caminho Dito conta sua performance e Alexandre ri muito.

— Meu essas gatinhas são insaciáveis, cara. Quando a gente pensa que deu conta e vai para a próxima, a mina já quer de novo.

— Kkk... É assim mesmo. Por isso te dei o aviso e você não seguiu.

— Ah cara, eu não fiz feio. Catei todas que apareceu. Mas também fiquei moído. 

Alexandre para o carro na porteira

— Tu vais hoje de novo? — Dito pergunta.

— Vou sim.

— Então vou contigo.

— Tá bom, mesmo horário.

— Beleza.

Alexandre passa o dia pensando, quase não consegue trabalhar direito. A decisão que vai tomar será muito importante em sua vida, não poderá se arrepender depois.

Alexandre pensa em Mariza. O que o impede a três meses de tomar essa decisão é o que ainda sente pela Mariza. Acredita que não importa o que faça, nunca vai esquecer sua ruiva da escola.

— Amor... Preciso te esquecer de qualquer jeito.

Volta para o serviço, sua decisão já está tomada.

Dito trabalho o dia sorrindo.

— Meu você vai sentir dor na boca no fim do dia. — Fala Daniel.

— Tá parecendo um idiota. — Dito para de trabalho estressado com o Benê.

— Tu és um recalcado.

— Recalque o cacete, nanico magrela. — Fala Benê.

— Para de me chamar de nanico. Tenho 1,80 m. Meu corpo é muito bem definido. Só não tenho muitos músculos que nem você.

— Eu tenho 1,90 nanico.

— Tô com 1,85. — Fala Daniel.

— Até o Daniel é maior que você e já tá beirando os 15 anos.

— Peste, você tirou o dia para me irritar. Vou quebrar a sua cara.

— Então dá murro para cima, kkk... — Benê sai rindo.

— Recalcado do inferno.

A noite chega rápido, Alexandre se arruma e sai. Dito está aguardando todo feliz.

— Bora, cabra.

— RS...

No bar dos Primos...

Alexandre observa Dito se engraçando com as meninas. Antes de se encontrar com Cíntia acha melhor beber. Não quer pensar na Mariza na hora que estiver com a outra. Um pouco torto sobe para o quarto da moça.

— Você veio. — Ela o abraça.

— Eu vim conversar com você.

Diz enquanto a moça já começa a lhe arrancar as roupas.

— Espera, precisamos conversar primeiro.

— Agora não... — Ela fala fogosa.

Ele segura as mãos dela dizendo:

— Preciso falar agora, por favor.

Ela para:

— Está tão sério? Não me quer mais?

— Quero sim.

— Porque está nervoso?

— É que eu não sei como te dizer.

— Apenas fale.

Eles se sentam, Mariza ainda está em sua cabeça. Precisa dizer logo antes que perca a coragem

— Cíntia?

— Sim.

— Quer casar comigo?

— Quê?

— Eu gosto muito de você. Acredito que também goste de mim. Acredito que daremos certo juntos.

— Você não se importa que eu seja...?

— Não me importo. É só minha a um tempo e também fico só com você. O que me diz? Aceita?

— RS… seria maravilhoso poder ficar com você todos os dias. Eu aceito.

— Essa semana tiro você daqui. E marcaremos o casamento.

— RS... É difícil acreditar.

— Pois, acredite.

— RS... — Selam o compromisso passando a noite juntos.

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