Chiara ficou olhando com incredulidade o mapa. Ela tinha estado tão perto dele durante dias e nem sequer tinha notado.Tudo aquilo fazia sentido, mas lhe desagradava encontrá-lo. Por que Heston estava vigiando ela? Para ameaçá-la? Para chantageá-la? Para sequestrá-la?Jhon viu sua preocupação e seu desconforto.—Precisa de ajuda? —perguntou suavemente.Aquelas palavras pareceram tirá-la de seus pensamentos. Chiara o olhou fixamente e negou com a cabeça.—Não —respondeu—. Só estou tentando entender tudo, mas acho que é impossível. Heston precisa de dinheiro e não ganha nada me vigiando. Não sou material de chantagem, porque não me importo com o que a imprensa pensa de mim. Então a menos que me sequestre... —Chiara respirou fundo e desligou o tablet—. Obrigada por me avisar, Jhon. Eu me ocupo daqui, vou ficar alerta, e possivelmente contratarei um guarda-costas para ficar mais tranquila. Mas de verdade obrigada por me avisar.Jhon assentiu enquanto ela se aconchegava contra seu lado naqu
"Senhora Keller..." ouviu a voz em seu telefone. "Estamos entrando em seu apartamento, vou me identificar na porta da biblioteca, ok?"A porta estava aberta, então o detetive estava bastante seguro de que o agressor já não estava dentro. Ainda assim foram cuidadosos e registraram tudo antes de fazer Chiara sair.—Já é seguro, senhora Keller —disse o policial e Chiara saiu de lá para estar rodeada de proteção.O detetive a acompanhou até a delegacia onde Chiara teve que declarar tudo o que tinha acontecido.—E está segura de que o senhor Darroze é o responsável? —interrogou o chefe da polícia.—Heston Darroze tem me seguido há um tempo, são problemas econômicos, costumávamos ser amigos, mas meu banco teve que embargar suas propriedades por execução hipotecária, então...—Vingança? —anotou o policial.—Acho que sim.—Mesmo assim estaremos seguros muito em breve —declarou o detetive amigo de Jhon—. Não vi que você estivesse ferida, não é senhora Keller?Ela negou.—Não, não estou, por quê
Estava nervosa e era normal. Um homem a havia perseguido dentro de sua própria casa, então, por mais forte que ela fosse, era lógico que se sentisse assustada.Jhon colocou uma taça de vinho em sua mão e ela lhe deu um sorvido, saboreando o sabor que encheu sua boca antes de escorrer pela sua garganta. O calor do álcool se espalhou por seu corpo e, por um momento, ela se sentiu tranquila.Jhon a observava, com os olhos fixos nela. Sentia que o coração lhe batia mais rápido e sabia que aqueles medos que havia experimentado ao receber a ligação do detetive, aqueles que faziam muito tempo que não sentia, estavam voltando.Finalmente, foi ele quem quebrou o silêncio.— Como você soube? Que ele estava em seu apartamento.— Havia um copo sujo na cozinha... eu não faço isso.Jhon assentiu. Aquela saída a tempo era o que havia lhe salvado a vida e ele simplesmente não podia lidar com isso.— O que acontece? — perguntou Chiara.— Não teria podido fazer nada — murmurou ele —. Você esteve a segun
Chiara gemeu de prazer ao sentir Jhon enchê-la por inteiro, seu coração estava prestes a explodir. Ele a manteve abraçada e começou a se mover dentro dela, a cada vez um pouco mais forte, a cada vez um pouco mais rápido. O prazer se espalhava por todo o seu corpo em ondas implacáveis. Balançavam-se juntos no ritmo de suas respirações entrecortadas, presos naquele momento suspenso no tempo.Os movimentos de Jhon ficaram mais intensos e Chiara estava tão excitada que não conseguia resistir ao impulso de gemer alto. Ele a possuía cada vez com mais força e ímpeto, levando seus corpos a um ritmo frenético. Jhon segurava seu rosto entre as mãos, olhando-a com desejo enquanto ela se agarrava a ele com desespero e gritava seu nome. Seu membro entrava como um aríete, abrindo tudo em sua passagem e golpeando com força, fazendo-a buscar desesperadamente uma liberação. Chiara podia sentir o centro de seu ser ardendo. O calor aumentava dentro dela até que explodiu em um intenso orgasmo que os fez t
John e Chiara voltaram para Zurique em silêncio. Ela estava inquieta e ele estava irritado. Jamais tinha sentido qualquer emoção especial contra nenhum suspeito, além da vontade de eliminá-los definitivamente, mas quando se tratava de Chiara, definitivamente suas emoções estavam comprometidas.Chiara passou pelo apartamento de sua gêmea para trocar de roupa e saiu de lá sendo a executiva, a CEO do Asterion Bank. Dirigiram-se à delegacia de polícia, onde encontraram um panorama inquietante.—Nós o encontramos tentando atravessar a fronteira para a Alemanha —explicou o detetive—. Heston foi detido imediatamente e transferido para a delegacia. Nossa investigação nos diz que ele estava com um passaporte falso, só isso já é uma admissão de certa culpa. Além disso, seus ferimentos correspondem às evidências do apartamento de Chiara, mas ele se recusou a falar.John ouviu atentamente e depois voltou a olhar para Chiara em silêncio. Ela estava evidentemente preocupada.—E então? —perguntou—. E
—Você é uma bruxa maldita!—Mal posso esperar para ver as manchetes! —gritou Chiara em sua cara—. Famoso chef decadente é preso por perseguir sua credora! Com ênfase em decadente, muito decadente, porque quando eu acabar com você não haverá restaurante neste país que te contrate!Heston enfureceu, levantou-se de sua cadeira e começou a gritar com Chiara. Mas além do policial, estava algemado à mesa, então não havia como alcançá-la.—Você é uma maldita harpia! Se estou nessa situação foi porque você não quis me ajudar! Só queria cobrar sua dívida e ficar com todo meu dinheiro! Vadia!—E você queria ficar com o meu, não é mesmo? Não me cansei de avisar que você ia à falência? Mas você só queria mais notícias nos jornais, mais fama, mais renome... Jamais pensou que tinha que devolver tudo o que pediu.—Você tem dinheiro sobrando, maldita bruxa! Podia ter esperado! —gritou ele—. Você guarda dinheiro de mafiosos, eu os vi andando pelos corredores do seu banco como se fossem reis, e tenho ce
O movimento de John foi preciso e habilidoso. Seu taco de golfe foi golpear a parte de trás do joelho de Heston, que caiu no chão com um grito de dor.Ele parecia relaxado, como se estivesse dirigindo uma peça teatral em que conhecia perfeitamente o desfecho.—Chiara, vá para o quarto, amor. Por favor? —Em contraste com o que estava fazendo, seu tom foi muito doce e Chiara obedeceu sem hesitar, mas não se preocupou em se trancar, porque enquanto John estivesse ali, ela não tinha nada a temer.Assim que ela desapareceu pela porta, ele chutou Heston para que ficasse de barriga para cima.—Você não sabe a sorte que tem, infeliz, eu tenho permissão para disparar armas no mundo todo e você está invadindo propriedade privada —sibilou—. Não faz ideia de quanto estou me controlando para usar só um maldito taco de golfe.Descarregou-o sobre um lado de Heston e o viu tentar recuar.—Já te dei uma chance de fugir —disse com voz baixa—. E mesmo assim voltou para machucar a Chiara. Então não vou te
—John, somos o maior banco em um país que é um paraíso fiscal —respondeu—. Guardamos o dinheiro de presidentes, senadores, ministros, magnatas da tecnologia e sim, de empresários de moral duvidosa. Mas meu trabalho é aceitar a comprovação da procedência do dinheiro deles, não investigá-la.John ficou um pouco atordoado.—Como assim não tem que investigar? Você poderia estar guardando dinheiro de organizações terroristas...—Olha, também não exagera, temos filtros fortes nesse sentido, mas você precisa entender que o banco movimenta mais de quatrocentos milhões de francos por dia, é impossível conhecer a intenção por trás de cada transferência. Se um presidente rouba dinheiro do seu partido ou da sua campanha, como vou saber? Se alguém recebe para matar outra pessoa, como vou saber? Nós só vemos números mudando de lugar. Ou você acha que alguém vai colocar na sua declaração: "ganhos com drogas em março"?John respirou profundamente. Não, ele não sabia como os bancos funcionavam, para is