– Os pais nunca devem enterrar seus filhos. - Começou ele. E fiquei quieta, não sabia se era afinal pra eu dizer algo.
– Eu sei que eu fui uma droga de pai pra você, eu sei que negligenciei você depois que sua mãe me deixou. Nos deixou. Mas.. - Ele pigarreou como se algo em sua garganta lhe incomodasse.
– Me negligenciou? Eu tive que me criar sozinha! Isso é culpa sua! Josh e Amélia tiveram de enterrar a filha por sua culpa! Se tivesse sido um pai decente, eu nunca teria tido a criação de Yuri. Ela não ía querer me matar e Charlie não teria morrido pra salvar minha vida! A culpa é sua! - Gritei toda minha mágoa, interrompendo e atacando meu pai.
Ele se aproximou mais de mim e tentou me puxar para um abraço, mas me desvencilhei dele, empurrando-o para longe. Eu era bem alta graç
"Eu fiquei feliz porque você estava bem."Me lembrei do incêndio na casa de Charlie, quando descobri que ela não estava em perigo, eu estava prestes a morrer, mas fiquei feliz, iria morrer feliz, porque Charlie estava bem."Eu fiquei feliz porque você estava bem."Eu não estava bem. Não até Kat me encontrar. Eu estava realmente caindo em um abismo infinito quando ela decidiu segurar minha mão. Eu havia me anulado como pessoa, quando ela decidiu me levantar de novo.Se não pode estar com quem realmente ama, ame quem está com você.Metade dessa culpa, era também de Kat. Todos nós éramos culpados pela partida de Charllotte, mas eu era a pessoa que carregava a maior fatia de culpa. Eu fui covarde. Eu deixei a garota que eu amava, apenas pra não dar o braço a
– Eu sei que é minha culpa e eu sinto muito. Mas Sam, por favor, você tem uma vida. E tem que viver, eu sei que a Charlie teria orgulho de você, assim como eu tenho. - Ele continuou e meu choro quase cessou, no mesmo momento em que me separei dele. Sequei as lágrimas com meus dedos e olhei para a figura alta e imponente de meu pai.– Eu te amo pai. Mas eu só te amo, porque você é meu pai e não consigo te odiar. Mas se eu estou indo pra faculdade agora, não é por sua culpa. Não foi sua influência. Foi a Charlie, sempre foi a Charlie. Desde sempre. Até quando eu era pequena, Josh e Amélia foram mais meus pais do que você. Então, não se engane, eu nunca fui influenciada por você. Eu nunca pude ser. Você não parecia se importar. Quando eu era pequena, e Charlie foi embora, eu achei que minha vida ía a
– Ela é uma graça, não é? - Perguntou Yuri ao meu lado, sua voz era entediada, como seu estado de espírito no momento, arrancando grama do chão. Ela se referia a Charllotte, uma garota da minha idade, com cabelos castanho claro e olhos basicamente da mesma cor. Usava um óculo enquanto lia um livro no antigo balanço a frente de sua casa. O sol batia em sua pele deixando-a ainda mais clara, ela quase parecia frágil.– E também hétero. - Eu respondi.Houve um tempo que Charllotte foi minha melhor amiga, quando nós tínhamos sete anos e corríamos pela grama, até o rio ou subíamos em árvores para pegar frutas. Nós nunca nos separávamos naquela época, mas isso foi há muito tempo, muita coisa tinha mudado. Os pais dela se divorciaram e ela foi morar com a sua mãe em out
– Eu tenho a melhor comida do mundo, para uma filha que me abandonou. - Disse ele, ignorando o comentário anterior de Charlie e pegando uma travessa de vidro com macarrão e pedaços de salsicha cortados. Ele colocou a travessa sobre a mesa. Charlie adorava isso.– Eu adoro isso! - Exasperou-se ela, olhando a travessa. Eu não falei?Rapidamente Charlie se apossou do pegador de macarrão e lhe serviu uma boa quantidade de macarrão e salsicha. Em seguida enrolando um pouco do macarrão no seu garfo e o experimentando.– Isso tem gosto de infância. - Comentou ela depois que acabou de mastigar.– Vamos meninas, podem se servir. - Josh disse, indo até a geladeira.Servi a mim mesma e depois Yuri fez o mesmo. Josh voltou colocando uma jarra de limonada sobre a mesa e depois de nos serv
Ecstasy, sempre soube rápido demais e apesar de meu organismo estar cada vez mais acostumado com a chamada droga, os efeitos que ela faziam sobre Charlie eram mais do que visíveis. Além do mais, Ecstasy da sede, então ela bebia mais que a maioria, qualquer um sóbrio poderia ver o quão bêbada Charlie estava. Felizmente, ninguém ali estava sóbrio.As pessoas se divertiam e me veio o pensamento de que eu também devia estar me divertindo, mas eu não conseguia quando eu via pessoas olhando Charllotte como se quisessem estupra-la. A festa estava sendo bem menos divertida do que eu esperava.O ponto alto tinha sido o meu primeiro com a Charlie.– Ah Sammy.. - Supirou Charlie sentando-se em meu colo. Ela estava molhada, pois tinha acabado de estar na piscina, entrelacei meus braços em sua cintura, só um ato protetor,
O sol surgia e eu já tinha arrecadado mais de quinhentos dólares.– Eu vou terminar por aqui, to morrendo de sono. - Anunciou Yuri ao meu lado, dando uma tragada no que eu tinha contado seu sexto cigarro.– Eu também. - Concordei, pensando em Charlie que provavelmente ainda dormia em minha cama. Ela não sabe e não poderia saber. Não que qualquer um outro pudesse saber, mas ela em particular, não podia saber.Quando voltamos pra casa, Yuri estava distante, andava vários passos a minha frente. Eu sabia o porque.– Yuri, você está brava? - Perguntei em voz alta, para que ela me escutasse.– Não. - Respondeu ela. Parando de andar em seguida. Eu a alcancei.– O que você sente por essa garota?Essa pergunta n&ati
– Olha Sam, ficar aí roendo a unha não é realmente me ajudar. - Disse-me Noel com sua voz abafada através de sua máscara cirúrgica, ele estava preparando um novo lote de metanfetamina. E eu tinha me voluntariado a ajuda-lo, embora eu nunca tenha realmente feito isso antes. Mas disse a ele que queria aprender. Na verdade, eu não dava a mínima pra isso.Por mim eu continuaria apenas vendendo e daria a parte de Noel, mas uma semana inteira havia se passado e eu só conseguia pensar em Charlie e ver Yuri super feliz a cada palavra que trocava com ela. Eu realmente precisava ocupar a minha mente.– Noel, eu estou deprimida. - Disse, jogada na poltrona do canto do laboratório de Noel que ficava em um galpão perto do cais. Ele estava de costas pra mim, muito ocupado com o pó sobre uma mesa branca.– Entã
Toquei seu rosto com minhas mãos e ataquei seus lábios com os meus, ela respondeu dando-me o que parecia pra mim melhor que qualquer droga, era quente, macio, doce e me deixava em transe, seus lábios encaixando-se nos meus, sua língua acariciando a minha e então ela parou.– Eu estou namorando. Estou namorando Yuri.- Revelou ela, mas eu não me importava, a única coisa com que eu me importava era ter os lábios dela de volta nos meus.– Foda-se. - Respondi, voltando a colar meus lábios no dela e novamente ela respondeu, entrelaçando seus braços em meu pescoço, ela me puxava pra si, pressionando seu corpo no meu. Ela me puxou até que sentou-se em sua cama e eu terminei em cima de seu corpo, suas mãos tocaram minha barriga por dentro de minha camisa e desceu arranhando-me com suas unhas.Ela separou