Toquei seu rosto com minhas mãos e ataquei seus lábios com os meus, ela respondeu dando-me o que parecia pra mim melhor que qualquer droga, era quente, macio, doce e me deixava em transe, seus lábios encaixando-se nos meus, sua língua acariciando a minha e então ela parou.
– Eu estou namorando. Estou namorando Yuri.- Revelou ela, mas eu não me importava, a única coisa com que eu me importava era ter os lábios dela de volta nos meus.
– Foda-se. - Respondi, voltando a colar meus lábios no dela e novamente ela respondeu, entrelaçando seus braços em meu pescoço, ela me puxava pra si, pressionando seu corpo no meu. Ela me puxou até que sentou-se em sua cama e eu terminei em cima de seu corpo, suas mãos tocaram minha barriga por dentro de minha camisa e desceu arranhando-me com suas unhas.
Ela separou seus lábios do meu só pra me enviar o sorriso mais lindo que eu já tinha visto na vida.
– Eu quero que seja minha primeira. - Revelou-me ela e foi algo tão íntimo tão inesperado que meu coração pareceu parar, eu sabia que tinha parado de respirar.
– Não tenha medo. - Ela me disse e eu sorri, tirando uma mecha de seu cabelo da frente de seus olhos e acariciando seu rosto em seguida. Eu não estava com medo, pelo menos não medo por mim. Eu não queria que isso acontecesse, eu não queria, mas não conseguia evitar. Ainda via a menina da minha infância, a menina que precisava de mim e agora era eu que precisava dela.
Voltei a beija-la, ela novamente respondeu aos meus lábios, tão bem quanto antes. Dando espaço para minha língua invadir a sua boca e se deitou sobre a cama, puxando-me para cima dela, pressionava meu corpo ao seu. Era como se ela quisesse refutar a lei da física que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. E eu a ajudaria com isso se fosse o caso.
Meu coração estava acelerado demais isso não podia ser normal, não eu já tinha feito isso inúmeras vezes, com inúmeras garotas e garotos, qual era o problema, eu parei de beija-la.
Ela olhava pra mim receosa, como se temesse o que eu tivesse pra falar, acontece que eu não sabia o que tinha de falar.
– O que foi, Sammy?
Respirei fundo, saindo de cima dela e me sentando ao seu lado na cama.
– Qual o problema? - Perguntou ela, sentando-se também.
– Eu não, eu não sei 'fazer amor'. - Respondi, e sei que ela entendeu as aspas.
Afinal, a verdade era essa. Eu já havia feito sexo, eu já havia transado e já havia fodido. Mas fazer amor? Isso era novo pra mim. Quer dizer, Charlie era diferente de tudo que eu já tive. Era como se por algum motivo ela merecesse mais. Ela merecia mais. Eu queria dar mais a ela do que um simples sexo. Eu queria, mas não sabia como fazer isso.
Isso me fazia temer, porque eu não queria ser uma decepção, eu queria ser inesquecível.
Charlie voltou a se aproximar de mim, e sentou-se a minha frente, deixando-me no meio de suas pernas, assim como eu estava no meio das suas. Ela tocou meu rosto e roçou seus lábios nos meus. Fechei meus olhos com o contato.
– Então, parece que vamos ter que aprender. - Disse ela, antes de novamente selar um beijo. Meu coração parecia querer abandonar o meu peito, era como se fosse a minha primeira vez.
Nos beijávamos, até que meus lábios descerem por sua pele, sua clavícula, até o seu pescoço, onde depositava simples e suaves beijos, ela tocava meus cabelos, entrelaçando seus dedos entre os fios.
Livrei-me de sua camisa e me perdi em sua pele clara e macia, não consegui evitar, minha língua correu por seu pescoço e pude ver Charlie se arrepiar, foi como ganhar um prêmio. Ela tocou minha nuca e encostou sua testa na minha, dando-me um sorriso misto de inocência e malícia.
– Eu acho que não é justo, eu ficar sem roupa, enquanto você ainda veste a sua.
– Eu acho mais do que justo. - Respondi em tom de brincadeira, embora minha voz insistisse em falhar.
– Achou errado. - Ela disse, agora tirando a minha camisa, ajudei-a com isso e ela tocou minha barriga. Onde havia uma tatuagem ao lado direito de minha cintura e também um piercing no umbigo.
Ela sorriu.
– Me pergunto quando fez isso. - Disse, se referindo a minha tatuagem.
Era um "a" dos anarquistas, basicamente eu tinha feito depois do meu primeiro cigarro de erva, aos catorze anos.
E também depois da minha ingressão ao mundo do sexo. Com uma menina e um menino ao mesmo tempo. Não existia regras. Tinha sido a primeira vez desde que Charlie tinha se mudado que eu me sentia realmente plena e livre. Era anarquia total em meu mundo.
É claro, que depois virou o nome que usávamos em nossos negócios.
Éramos anarquistas.
– Foi basicamente depois que você me deixou. - Eu respondi. Ela negou com a cabeça e se inclinou a minha frente, levando seus lábios até a pele tatuada de minha barriga e depositou um beijo no local.
Era oficial, eu precisava toca-la, eu precisava tê-la. Segurei em sua cintura e empurrei suavemente até que ela voltasse a se deitar e voltei a retomar minha atitude, ela sorria como alguém que já esperava isso por muito tempo, e parecia que eu também.
Me livrei de seus shorts com rapidez e ela voltou a me puxar para cima de si.
– Sabe, eu gosto de uma garota... - Começou ela, falando bem pertinho de mim e segurou minha mão, levando-a até seus seios.
– Que eu a deixo fazer o que quiser de mim.
Sorri e a beijei, livrando-me de seu sutiã e tomando seus dois seios em minhas mãos, apertei-os com força, olhei a ponto de vê-la morder seu lábio inferior, sorria como se fosse o que mais desejava na vida.
Com a ponta de meus dedos apertei seu mamilo rígido e ela gemeu, aquilo me foi suficiente também para que eu me livrasse da última peça de roupa que sobrara em seu corpo, a pele de Charlie era tão clara, tão macia, parecia feita de porcelana, e quase me dava medo de toca-la, parecia frágil.
E agora eu tinha visão fácil para sua intimidade, seu sexo claro e ao mesmo tempo rosado, ela quase parecia vibrar e eu também.
Abri suas pernas e ela me deu passe livre, rocei meus lábios por sua virilha e meu coração estava disparado novamente. Depositei um beijo no local e ela gemeu antecipadamente pouco antes de elevar seu corpo, pressionando-se contra mim, não pude evitar sorrir. Ela queria isso tanto quanto eu.
Ela estava molhada e eu podia sentir o meu corpo pedir por ela assim como ela pedia por mim. Toquei sua virilha com a ponta de minha língua, ela estava tão quente, e desci, até seu clitóris, a lambi por inteira, aproveitando o momento para olhar a reação de Charlie que me supriu por inteira. Suas mãos apertavam os lençóis de sua cama.
Ela estava tão molhada que não me contive, chupei seu clitóris, penetrando-a com dois de meus dedos, seu corpo se arqueou no mesmo momento em que ela gemeu e seus dedos se apertaram mais ao lençóis, e deslizei meus dedo\s novamente para fora dela e os chupei, sentindo o quão doce Charlie era.
Então ela segurou-me pelos braços e voltou a me puxar pra cima dela, olhando em meus olhos seriamente.
– Tira a roupa. - Mandou ela e eu ri. Nunca a tinha visto desse jeito, do tipo que dá ordens.
– Anda, tira. Você não vai me foder, você vai fazer amor comigo.
Eu não sei o que foi aquilo, geralmente eu era a menina que tomava atitude, mas algo em seu modo de falar despertou em mim um turbilhão de excitação que fez meu sangue correr mais rápido.
Ela se sentou e eu acabei em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo.
– Tira. - Mandou ela novamente e eu obedeci, tirando meu sutiã, ela parecia satisfeita com o que via, eu tinha também um pequeno piercing em meu mamilo esquerdo e ela tocou com a ponta de seu dedo e brincou, como se fosse para me provocar apenas e eu gostei daquilo.
Voltamos a nos beijar e nossos corpos estavam juntos demais, nunca pensei que alguém poderia ser tão quente.
Nossos seios se encostavam, e só aquela sensação já me dava imenso prazer. Ela desceu a língua pelo meu pescoço, até encontrar o meu seio esquerdo, e ficou chupando, durante um bom tempo, enquanto acariciava o outro com sua mão lisa. Era delicioso sentir sua língua nos biquinhos de meus seios, e sua pele era tão delicada que a sensação de prazer era imensa.Demorou bastante tempo, chupando meus dois seios. E nossa era raro eu não ser a ativa da relação, mas ela era a primeira que tinha me causado sensações tão intensas.Novamente, ela voltou a pressionar seu corpo ao meu, até eu terminar deitada e agora ela estava sobre mim.Depois desceu a língua, deslizando pelo meu corpo, e parou no meu umbigo. Ficou lambendo meu umbigo, meu piercing que terminou quente e úmido, assim como eu me sentia lá embaixo.E c
Eu realmente não fazia idéia do que tinha me levado a Charlie naquele fim de tarde. Eu poderia culpar a bebida, mas pra mim, ela se parecia com um ponto gravitacional, algo que mais cedo ou mais tarde me puxaria para si. Afinal, sempre foi assim não é?Ela agora dormia seu rosto escondido na curva do meu pescoço, sua respiração calma e lenta fazendo cócegas em minha pele, a ponta de meus dedos desenhando a macia pele de seu rosto. Charlie tinha sido minha maior conquista, e mesmo assim eu não a via assim, eu a via como alguém que eu queria fazer feliz.Tê-la em meus braços era como estar dentro de um sonho perfeito.Eu não sabia como, eu só sabia que eu a amava e quando revelei isso pra ela, foi uma revelação para mim mesma. Eu nunca soube o que era estar apaixonada por alguém, bom, at&e
Me assustei e me afastei da máquina olhando na direção da voz.Era um rapaz, vinte e poucos anos. Vestido de um jaleco como um médico. Sorri pra ele e fui a máquina ao lado.Repetindo o mesmo processo da anterior. O rapaz se posicionou atrás de mim.– Então, você está aqui.. - Começou ele e eu suspirei.– O pai de uma amiga minha, ele sofreu um infarte e está passando por uma cirurgia. - Respondi pegando a soda que agora caíra.– Bernard Masteers? - Perguntou e imediatamente me virei para ele. Talvez ele tivesse notícias.– Sim, ele mesmo. - O rapaz sorriu e deslizou os dedos por seus cabelos pretos e lisos, penteados para esquerda.– A cirurgia já terminou, ele está bem, só est
Era quase fácil. Como uma música. Eu estava com ela, e pra mim isso era suficiente. Ela era linda, tinha uma personalidade incrível, e seu sorriso era capaz de iluminar até o mais obscuro canto da terra. Ou assim eu pensava.Charlie estava aninhada a mim, sua respiração em meu pescoço causava-me arrepios seguidamente. Ela era tão pequena e quente, tão minha. Eu acariciava os fios de seus cabelos castanhos e finos que sempre pareciam escorregar entre meus dedos.– Sammy, eu sinto muito... - Murmurou ela, desenhando linhas sobre a pele de meu pescoço, com a ponta de seus dedos.– Pelo que? - Perguntei, embora eu soubesse do que ela estava falando, eu só queria ouvi-la. Sua voz era embriagantes, como tudo em Charllotte.– Sobre o que aconteceu mais cedo, me sinto péssima pelo tapa.Sorri, segurando sua mão, nossos dedos se entrelaçaram e
Concluí que muito disposto eu diria. De Malibu para Sacramento não era uma viagem de dez minutos. Mas mesmo assim ele chegou as nove.Meu celular tocou ao mesmo tempo que um carro buzinou a frente de minha casa. Era o número de Elliot.– Alô?– To aqui na frente. - Ele disse, parecia em dúvida.– Quem é? - Brinquei. Ele riu.– Ótimo, estou no lugar certo. Agora apareça que você me deve mil dólares de gasolina.Eu ri e desliguei o celular, saindo de meu quarto e descendo as escadas rapidamente. Eu realmente precisava parar de pensar em Charlie.Sai de casa, nada menos que uma Mercedes estava me esperando do lado de fora. Uau. Ele saiu do carro.Estava diferente do que eu me lembrava. Estava sem seu jaleco,
O beijo foi mais intenso dessa vez, eu exigi isso. E ele entendeu a mensagem, atacou meus lábios com os seus e em seguida nossas línguas estavam em uma controlada guerra por espaço. A cavidade úmida e quente que era a boca de Elliott tinha gosto de pasta de dentes misturada com álcool. Talvez enxaguante bucal. Dr. certinho.– Dr. vamos brincar de médico? - Eu perguntei a ele com a voz abafada, já que eu falava entre seus lábios.Senti ele sorrir e abri meus olhos, os dele continuavam fechados, ele era um cara bem bonito. Elliott me apertou mais junto ao seu corpo, dessa vez eu pude sentir sua excitação. Ele estava excitado e eu também.Desci minhas mãos por seu peito, até sua barriga e continuei descendo.Toquei e a apertei suavemente sua ereção, e ele respirou mais forte contra meus lábios. Abri seu cinto e suas calças penderam em
Tudo se torna questões de linhas quando se está apaixonada, eu percebi. Se alguém uma vez disse que "Deus escreve certo por linhas tortas" eu seria a única que um dia diria: "O amor escreve errado por linhas retas.". O amor não era uma questão de certo ou errado, e talvez ninguém realmente soubesse qual o certo e o errado. Afinal, eu sabia que mesmo que eu estivesse amando Charlie, ainda sim, eu conseguia me sentir atraída por outra pessoa. Claro, atração é um sentimento abaixo de amor. Mas não é menos importante. As pessoas pensam que sim, mas estão erradas. Ou talvez, eu esteja.O que de fato importa, é que eu consegui me divertir com outra pessoa. Uma pessoa que eu mal conhecia aliás.Uma pessoa que eu não amava. Talvez isso fosse normal, ou talvez fosse só a minha natureza. Fosse o que fosse, n&at
– Sam! - Uma voz masculina chamou atrás de mim. Meu subconciente avisou-me que eu conhecia a voz, mas não consegui ligar a nenhum rosto, mesmo assim, a expressão de Yuri me deu uma pequena dica.Olhei para trás. Era Sean Jones. Sempre comprava algumas coisas com a gente. Que droga, Charlie estava bem ali. Me aproximei de Sean, fazendo um sinal com a cabeça, para que ele me acompanhasse até o outro lado da rua.Sean tinha cabelos castanhos e ondulados, parecia fazer um tempo que não via um corte, havia também uma barba por fazer, seus olhos eram castanho cor de lama. Estava vestindo um casaco de moletom, com bermudas largas e sandalias. Um típico maconheiro.– Sean, quantas vezes eu tenho que te dizer que nós não vendemos de dia? - Perguntei em voz baixa, sem esconder minha irritação. Sean concordou com