06

Toquei seu rosto com minhas mãos e ataquei seus lábios com os meus, ela respondeu dando-me o que parecia pra mim melhor que qualquer droga, era quente, macio, doce e me deixava em transe, seus lábios encaixando-se nos meus, sua língua acariciando a minha e então ela parou.

– Eu estou namorando. Estou namorando Yuri.- Revelou ela, mas eu não me importava, a única coisa com que eu me importava era ter os lábios dela de volta nos meus.

– Foda-se. - Respondi, voltando a colar meus lábios no dela e novamente ela respondeu, entrelaçando seus braços em meu pescoço, ela me puxava pra si, pressionando seu corpo no meu. Ela me puxou até que sentou-se em sua cama e eu terminei em cima de seu corpo, suas mãos tocaram minha barriga por dentro de minha camisa e desceu arranhando-me com suas unhas.

Ela separou seus lábios do meu só pra me enviar o sorriso mais lindo que eu já tinha visto na vida.

– Eu quero que seja minha primeira. - Revelou-me ela e foi algo tão íntimo tão inesperado que meu coração pareceu parar, eu sabia que tinha parado de respirar.

– Não tenha medo. - Ela me disse e eu sorri, tirando uma mecha de seu cabelo da frente de seus olhos e acariciando seu rosto em seguida. Eu não estava com medo, pelo menos não medo por mim. Eu não queria que isso acontecesse, eu não queria, mas não conseguia evitar. Ainda via a menina da minha infância, a menina que precisava de mim e agora era eu que precisava dela.

Voltei a beija-la, ela novamente respondeu aos meus lábios, tão bem quanto antes. Dando espaço para minha língua invadir a sua boca e se deitou sobre a cama, puxando-me para cima dela, pressionava meu corpo ao seu. Era como se ela quisesse refutar a lei da física que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. E eu a ajudaria com isso se fosse o caso.

Meu coração estava acelerado demais isso não podia ser normal, não eu já tinha feito isso inúmeras vezes, com inúmeras garotas e garotos, qual era o problema, eu parei de beija-la.

Ela olhava pra mim receosa, como se temesse o que eu tivesse pra falar, acontece que eu não sabia o que tinha de falar.

– O que foi, Sammy?

Respirei fundo, saindo de cima dela e me sentando ao seu lado na cama.

– Qual o problema? - Perguntou ela, sentando-se também.

– Eu não, eu não sei 'fazer amor'. - Respondi, e sei que ela entendeu as aspas.

Afinal, a verdade era essa. Eu já havia feito sexo, eu já havia transado e já havia fodido. Mas fazer amor? Isso era novo pra mim. Quer dizer, Charlie era diferente de tudo que eu já tive. Era como se por algum motivo ela merecesse mais. Ela merecia mais. Eu queria dar mais a ela do que um simples sexo. Eu queria, mas não sabia como fazer isso.

Isso me fazia temer, porque eu não queria ser uma decepção, eu queria ser inesquecível.

Charlie voltou a se aproximar de mim, e sentou-se a minha frente, deixando-me no meio de suas pernas, assim como eu estava no meio das suas. Ela tocou meu rosto e roçou seus lábios nos meus. Fechei meus olhos com o contato.

– Então, parece que vamos ter que aprender. - Disse ela, antes de novamente selar um beijo. Meu coração parecia querer abandonar o meu peito, era como se fosse a minha primeira vez.

Nos beijávamos, até que meus lábios descerem por sua pele, sua clavícula, até o seu pescoço, onde depositava simples e suaves beijos, ela tocava meus cabelos, entrelaçando seus dedos entre os fios.

Livrei-me de sua camisa e me perdi em sua pele clara e macia, não consegui evitar, minha língua correu por seu pescoço e pude ver Charlie se arrepiar, foi como ganhar um prêmio. Ela tocou minha nuca e encostou sua testa na minha, dando-me um sorriso misto de inocência e malícia.

– Eu acho que não é justo, eu ficar sem roupa, enquanto você ainda veste a sua.

– Eu acho mais do que justo. - Respondi em tom de brincadeira, embora minha voz insistisse em falhar.

– Achou errado. - Ela disse, agora tirando a minha camisa, ajudei-a com isso e ela tocou minha barriga. Onde havia uma tatuagem ao lado direito de minha cintura e também um piercing no umbigo.

Ela sorriu.

– Me pergunto quando fez isso. - Disse, se referindo a minha tatuagem.

Era um "a" dos anarquistas, basicamente eu tinha feito depois do meu primeiro cigarro de erva, aos catorze anos.

E também depois da minha ingressão ao mundo do sexo. Com uma menina e um menino ao mesmo tempo. Não existia regras. Tinha sido a primeira vez desde que Charlie tinha se mudado que eu me sentia realmente plena e livre. Era anarquia total em meu mundo.

É claro, que depois virou o nome que usávamos em nossos negócios.

Éramos anarquistas.

– Foi basicamente depois que você me deixou. - Eu respondi. Ela negou com a cabeça e se inclinou a minha frente, levando seus lábios até a pele tatuada de minha barriga e depositou um beijo no local.

Era oficial, eu precisava toca-la, eu precisava tê-la. Segurei em sua cintura e empurrei suavemente até que ela voltasse a se deitar e voltei a retomar minha atitude, ela sorria como alguém que já esperava isso por muito tempo, e parecia que eu também.

Me livrei de seus shorts com rapidez e ela voltou a me puxar para cima de si.

– Sabe, eu gosto de uma garota... - Começou ela, falando bem pertinho de mim e segurou minha mão, levando-a até seus seios.

– Que eu a deixo fazer o que quiser de mim.

Sorri e a beijei, livrando-me de seu sutiã e tomando seus dois seios em minhas mãos, apertei-os com força, olhei a ponto de vê-la morder seu lábio inferior, sorria como se fosse o que mais desejava na vida.

Com a ponta de meus dedos apertei seu mamilo rígido e ela gemeu, aquilo me foi suficiente também para que eu me livrasse da última peça de roupa que sobrara em seu corpo, a pele de Charlie era tão clara, tão macia, parecia feita de porcelana, e quase me dava medo de toca-la, parecia frágil.

E agora eu tinha visão fácil para sua intimidade, seu sexo claro e ao mesmo tempo rosado, ela quase parecia vibrar e eu também.

Abri suas pernas e ela me deu passe livre, rocei meus lábios por sua virilha e meu coração estava disparado novamente. Depositei um beijo no local e ela gemeu antecipadamente pouco antes de elevar seu corpo, pressionando-se contra mim, não pude evitar sorrir. Ela queria isso tanto quanto eu.

Ela estava molhada e eu podia sentir o meu corpo pedir por ela assim como ela pedia por mim. Toquei sua virilha com a ponta de minha língua, ela estava tão quente, e desci, até seu clitóris, a lambi por inteira, aproveitando o momento para olhar a reação de Charlie que me supriu por inteira. Suas mãos apertavam os lençóis de sua cama.

Ela estava tão molhada que não me contive, chupei seu clitóris, penetrando-a com dois de meus dedos, seu corpo se arqueou no mesmo momento em que ela gemeu e seus dedos se apertaram mais ao lençóis, e deslizei meus dedo\s novamente para fora dela e os chupei, sentindo o quão doce Charlie era.

Então ela segurou-me pelos braços e voltou a me puxar pra cima dela, olhando em meus olhos seriamente.

– Tira a roupa. - Mandou ela e eu ri. Nunca a tinha visto desse jeito, do tipo que dá ordens.

– Anda, tira. Você não vai me foder, você vai fazer amor comigo.

Eu não sei o que foi aquilo, geralmente eu era a menina que tomava atitude, mas algo em seu modo de falar despertou em mim um turbilhão de excitação que fez meu sangue correr mais rápido.

Ela se sentou e eu acabei em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo.

– Tira. - Mandou ela novamente e eu obedeci, tirando meu sutiã, ela parecia satisfeita com o que via, eu tinha também um pequeno piercing em meu mamilo esquerdo e ela tocou com a ponta de seu dedo e brincou, como se fosse para me provocar apenas e eu gostei daquilo.

Voltamos a nos beijar e nossos corpos estavam juntos demais, nunca pensei que alguém poderia ser tão quente.

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