Era quase fácil. Como uma música. Eu estava com ela, e pra mim isso era suficiente. Ela era linda, tinha uma personalidade incrível, e seu sorriso era capaz de iluminar até o mais obscuro canto da terra. Ou assim eu pensava.
Charlie estava aninhada a mim, sua respiração em meu pescoço causava-me arrepios seguidamente. Ela era tão pequena e quente, tão minha. Eu acariciava os fios de seus cabelos castanhos e finos que sempre pareciam escorregar entre meus dedos.
– Sammy, eu sinto muito... - Murmurou ela, desenhando linhas sobre a pele de meu pescoço, com a ponta de seus dedos.
– Pelo que? - Perguntei, embora eu soubesse do que ela estava falando, eu só queria ouvi-la. Sua voz era embriagantes, como tudo em Charllotte.
– Sobre o que aconteceu mais cedo, me sinto péssima pelo tapa.
Sorri, segurando sua mão, nossos dedos se entrelaçaram e
Concluí que muito disposto eu diria. De Malibu para Sacramento não era uma viagem de dez minutos. Mas mesmo assim ele chegou as nove.Meu celular tocou ao mesmo tempo que um carro buzinou a frente de minha casa. Era o número de Elliot.– Alô?– To aqui na frente. - Ele disse, parecia em dúvida.– Quem é? - Brinquei. Ele riu.– Ótimo, estou no lugar certo. Agora apareça que você me deve mil dólares de gasolina.Eu ri e desliguei o celular, saindo de meu quarto e descendo as escadas rapidamente. Eu realmente precisava parar de pensar em Charlie.Sai de casa, nada menos que uma Mercedes estava me esperando do lado de fora. Uau. Ele saiu do carro.Estava diferente do que eu me lembrava. Estava sem seu jaleco,
O beijo foi mais intenso dessa vez, eu exigi isso. E ele entendeu a mensagem, atacou meus lábios com os seus e em seguida nossas línguas estavam em uma controlada guerra por espaço. A cavidade úmida e quente que era a boca de Elliott tinha gosto de pasta de dentes misturada com álcool. Talvez enxaguante bucal. Dr. certinho.– Dr. vamos brincar de médico? - Eu perguntei a ele com a voz abafada, já que eu falava entre seus lábios.Senti ele sorrir e abri meus olhos, os dele continuavam fechados, ele era um cara bem bonito. Elliott me apertou mais junto ao seu corpo, dessa vez eu pude sentir sua excitação. Ele estava excitado e eu também.Desci minhas mãos por seu peito, até sua barriga e continuei descendo.Toquei e a apertei suavemente sua ereção, e ele respirou mais forte contra meus lábios. Abri seu cinto e suas calças penderam em
Tudo se torna questões de linhas quando se está apaixonada, eu percebi. Se alguém uma vez disse que "Deus escreve certo por linhas tortas" eu seria a única que um dia diria: "O amor escreve errado por linhas retas.". O amor não era uma questão de certo ou errado, e talvez ninguém realmente soubesse qual o certo e o errado. Afinal, eu sabia que mesmo que eu estivesse amando Charlie, ainda sim, eu conseguia me sentir atraída por outra pessoa. Claro, atração é um sentimento abaixo de amor. Mas não é menos importante. As pessoas pensam que sim, mas estão erradas. Ou talvez, eu esteja.O que de fato importa, é que eu consegui me divertir com outra pessoa. Uma pessoa que eu mal conhecia aliás.Uma pessoa que eu não amava. Talvez isso fosse normal, ou talvez fosse só a minha natureza. Fosse o que fosse, n&at
– Sam! - Uma voz masculina chamou atrás de mim. Meu subconciente avisou-me que eu conhecia a voz, mas não consegui ligar a nenhum rosto, mesmo assim, a expressão de Yuri me deu uma pequena dica.Olhei para trás. Era Sean Jones. Sempre comprava algumas coisas com a gente. Que droga, Charlie estava bem ali. Me aproximei de Sean, fazendo um sinal com a cabeça, para que ele me acompanhasse até o outro lado da rua.Sean tinha cabelos castanhos e ondulados, parecia fazer um tempo que não via um corte, havia também uma barba por fazer, seus olhos eram castanho cor de lama. Estava vestindo um casaco de moletom, com bermudas largas e sandalias. Um típico maconheiro.– Sean, quantas vezes eu tenho que te dizer que nós não vendemos de dia? - Perguntei em voz baixa, sem esconder minha irritação. Sean concordou com
Naquela noite, decidi ouvir Noel. Rejeitei algumas ligações de Yuri, e passei o dia na casa de Noel. Quando a noite caiu eu fui pra casa, direto pro meu quarto. Sem sinal do meu pai. Não importava, abri meu guarda-roupa, afastei as roupas que estavam no cabide e comecei a revirar as caixas de sapato no fundo do guarda roupa. E encontrei o que procurava. A caixa preta que já estava tomando a cor de um estranho cinza desbotado. Abri a caixa e desenrolei a pistola do pano vermelho de veludo. Era uma vinte e dois. Nada muito contundente, mas isso não importava. Importava o que havia sido feita dela. Toda a extensão da pistola era desenhada. Como se ela fosse um quebra-cabeças colorido, era azul e rosa. Ganhei de Noel, em meu aniversário de dezesseis anos. Lembro-me de ter achado que não era uma arma de verdade, mas ele me ensinou a atirar no mesmo dia.– Sempre os melhores presentes
– Tudo bem Sam, eu sei como essa porcaria pega você. Não precisa esconder. - Disse ele. Era um homem baixo, precisando perder no mínimo uns dez quilos e seus cabelos grisalhos tinham entradas laterais.– Arthur, quem é? - Ouvi a mãe de Kat gritar ao longe. Kat devia ser a única garota com mais de dezesseis anos, no bairro cujo os pais ainda não tinham se divorciado. Ela também tinha um irmão de doze anos.– É a Sam Moore! - Ele gritou de volta, olhando para dentro da casa e depois voltando a olhar pra mim, negando com a cabeça.– Mande ela entrar! - A mulher gritou de volta.– Porque não entra? Só não deixe minha mulher ver isso. - O pai de Kat disse, apontando para o cigarro, mas neguei com a cabeça.– Sr. Werz, eu s&oacu
– Apareça mais vezes. - A sra. Werz pediu, quando eu e Kat já estavamos no batente da porta.– Claro, pode deixar. - Eu disse. É claro, eu não prentendia voltar para jantar junto com a família de Kat, mas isso era o educado a se dizer, certo? Nos afastamos da casa de Kat.Meu celular vibrou em meu bolso, chequei a tela. Era Yuri. Rejeitei a ligação. Eu e Yuri nunca nos separávamos, ainda mais quando íamos vender. Sempre juntas, todas as noites, mesmo quando a gente brigava, então sim, era realmente estranho passar a noite ao lado de Kat e não de Yuri, e talvez ela estivesse sentindo a mesma coisa agora.Eu não a atendi, porque era como, cortar um cordão umbilical.Percebi que eu não era a única a receber ligações. O tradicional toque do celular de Kat,
Quando não se sabe o que fazer, o que se deve fazer? No meu caso, eu nunca sabia o que devia fazer perto de Charlie, eu só sabia o que queria fazer. E as vezes, só as vezes, eu podia fazer o que eu queria.Nós duas juntas, é isso o que eu mais queria e era isso que estava acontecendo agora.Eu tinha tirado quase toda sua roupa, quando o telefone de Charlie tocou. Pelo olhar que me enviou eu pude facilmente descobrir quem era.Sempre em momentos errados.Charlie atendeu.– Oi amor, - Disse. E foi como se uma costela minha tivesse propositalmente se partido e furado meu próprio coração. Charlie havia chamado Jill de amor.De algum modo, eu tinha de responder a aquilo, deslizei minha língua por toda extensão do sexo de Charlie, mesmo que ainda estivesse coberto por u