07

Nossos seios se encostavam, e só aquela sensação já me dava imenso prazer. Ela desceu a língua pelo meu pescoço, até encontrar o meu seio esquerdo, e ficou chupando, durante um bom tempo, enquanto acariciava o outro com sua mão lisa. Era delicioso sentir sua língua nos biquinhos de meus seios, e sua pele era tão delicada que a sensação de prazer era imensa.

Demorou bastante tempo, chupando meus dois seios. E nossa era raro eu não ser a ativa da relação, mas ela era a primeira que tinha me causado sensações tão intensas.

Novamente, ela voltou a pressionar seu corpo ao meu, até eu terminar deitada e agora ela estava sobre mim.

Depois desceu a língua, deslizando pelo meu corpo, e parou no meu umbigo. Ficou lambendo meu umbigo, meu piercing que terminou quente e úmido, assim como eu me sentia lá embaixo.

E continuou beijando minha barriga… Então ela desceu mais um pouco. Delicadamente, passou a ponta da língua no meu clitóris, e ficou fazendo movimentos muito curtos, passando a língua levemente, de cima para baixo.

Aquilo me fez gemer, meu corpo vibrava, e eu começava a duvidar que realmente era a primeira vez dela.

– Shh, papai tá lá embaixo. - Disse ela, antes de me roubar um rápido beijo, antes de voltar lá pra baixo, pude sentir o meu gosto em seus lábios, e tinha certeza que ela também pode sentir o dela nos seus. Isso era tão fodidamente erótico.

Apertei meus dedos em seu cabelo quando ela começou a me chupar, involuntariamente movimentei meu quadril contra seus lábios, ela pareceu gostar daquilo, agora apertava seu polegar em meu clitóris. Eu já começara a perder o controle sobre meu corpo, eu movimentava sem intenção, meu corpo estava sendo guiado apenas pelo prazer que Charlie me proporcionava. Tentei me lembrar de não gemer, mas a única coisa que me vinha a mente era Charlie fazendo o que parecia ter nascido pra fazer. Eu me sentia cada vez mais próxima de minha libertação.

Puxei seus cabelos pra trás, interrompendo seu ritmo, ela me olhava com um sorriso maldoso e divertido. Ela subiu um pouco seu corpo, repousando seu queixo em minha barriga.

– Achei que íamos fazer amor, - Eu disse com minha voz falhando por minha respiração descontrolada. Ela sorriu, o sorriso mais lindo e angelical que eu já tinha visto em todo o meu mundo.

Ela elevou seu corpo, sentando-se sobre mim, seu sexo tocando minha barriga, toquei-a com a ponta de meu dedo indicador, ela segurou minha mão, fazendo um sinal de não com seu dedo.

– Amor, lembra? - Perguntou ela retoricamente, e me puxou pela mão, fazendo eu me sentar também e ela escorregou para o meu colo. Charlie se encaixou em mim. Tocando minha nuca ao mesmo tempo que nossos sexos se tocaram. Toquei sua nuca também, nossos rostos muito próximos embora não nós não estivéssemos no meio de um beijo, eu podia sentir sua respiração, estava tão descompassada quando a minha, eu podia sentir seu coração estava tão acelerado quanto o seu, nos pertencíamos ali.

– Juntas. - Ela me disse, antes de começar a se movimentar, pressionando seu corpo contra o meu, seu sexo contra o meu. Meu corpo parecia estar prestes a se partir, eu me sentia vibrar, ou talvez fosse ela, estávamos tão próximas que eu não podia diferenciar os meus movimentos dos seus, eu sabia que eu não conseguia evitar de me mover, eu só queria mais daquilo, mais prazer, eu queria mais de Charlie.

Ela parecia partilhar de minhas vontades, sua respiração pesada, seus gemidos abafados. Céus, eu estava quase pirando. Meu quadril pressionado contra o seu, ela se empurrando contra mim, eu nunca havia tido ninguém melhor que Charlie.

Até que senti em um momento que eu não conseguiria mais me segurar, e pude ver que Charlie também estava quase, ela se apertava contra mim. Fincava suas unhas em minhas costas o que me excitava ainda mais, era incrível, ela era tão pequena e tão, perfeita.

Eu finalmente cheguei ao me ápice e sabia que Charlie também tinha gozado, pois ela não conseguiu evitar o gemido que saiu de sua garganta e a beijei para que não ficasse audível.

Eu me sentia exausta e completa, entrelacei meus braços em sua nuca, nós duas nos deitamos ao fim do beijo, a menor ficou por cima de mim, sua respiração se normalizando aos poucos a minha acompanhava a dela. Acariciei seus cabelos e então me veio o pensamento que não parecia ser a minha primeira vez, realmente tinha sido minha primeira vez.

A primeira vez que fiz amor com alguém.

– Eu tenho que falar com Yuri. - Ela disse, depois de um longo momento. Já até achava que ela estava dormindo.

Yuri, senti uma pontada dolorida de culpa atravessar o meu peito. Nada justo.

– Não tem não. - Eu respondi, lembrando de como Yuri ficava ao falar com Charlie.

– Porque não? - Perguntou-me ela, levantando-se um pouco para me olhar, estava com a expressão mais confusa que eu já tinha visto em seu rosto.

– Porque ela gosta de você.

– E você não gosta?

– Não. - Eu respondi olhando pra ela, algo em seu olhar mudou, como se ela estivesse prestes a se partir. Sorri pra ela.

– Eu amo você.

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