O que se pode dizer a respeito de tráfico internacional de pessoas? Que isso é uma atrocidade? Sim é, tratar seres humanos como se fosse mercadoria é inadmissível.
Nesse livro eu trato apenas de tráfico de pessoas para prostituição, mas eles traficam, também para trabalho escravo e para vender para adoção, fora pessoas que perdem a vida para serem retirados os seus órgãos.
Recém nascidos são roubados dos braços de suas mães para serem vendidos para familias ricas de outros países. Essas adoções são ilegais, e muitas das familias sabem a procedência e fecham os olhos. Algumas desconfiam e outras realmente são enganados. Temos que ficar de olhos abertos e denunciar.
É necessário estimular as autoridades a inibir isso. Temos que fazer a nossa parte, protestar, postar nas redes sociais, falar, escrever, enfim colocar a boca no mundo!
------------------------------------------------------<Carlos chega em casa, ela está nervoso com tudo o que aconteceu, fica apenas um minuto parado na porta, segurando a maçaneta. Suspira.O homem ainda não acredita que seu melhor amigo foi capaz de dizer aquilo de sua amada esposa. Ele revidou, mas não pode negar que ficou com a pulga atrás da orelha. Por que Luiz tinha dito aquilo?- Não! Não vou ficar desconfiando dela! Luiz só pode estar interessado nela para insinuar tamanha ofensa. Deixa ele...já deixei bem claro para ele ficar longe da minha mulher - pensou com seus botões."-Você não deveria confiar tanto na Tailla...-Por que?- Carlos interrompe seu amigo com raiva-Lave sua maldita boca para falar da minha esposa!- É só que ela...- Ela o que? Já te falei para não falar dela!Carlos não mede as consequências e desfere um soco na face de Luiz, que não revida.-Qual é Carlão, para que isso?-Nunca mais fale dela!- Tá bom, você é que sabe. Não está mais aqui quem
-Acorda amor.Carlos abre os olhos sonolento, então percebe que sua esposa segura uma bandeja.-Bom dia! Olha o que eu trouxe para você.-Ah, café na cama!Carlos observa a esposa e não pode deixar de pensar que ela está agindo como se nada estivesse acontecendo.- Que foi? Não gostou da surpresa?-Obrigado querida. Claro que gostei.- Então, coma.Ela deposita um beijo nos lábios dele e sai do quarto.Carlos deixa a bandeja de lado e vai atrás de Tailla. Ele desce as escadas e para no terceiro degrau, observando a casa como se fosse a primeira vez.A parede de vidro que percorre parte da lateral da sala, e se mescla com a parede de tijolos da cozinha em uma forma graciosa, dando vista ao jardim e a piscina, que Tailla insistiu em construir. Ele não via necessidade de uma piscina, mas se deu por vencido quando a esposa insistiu.Passou a olhar, agora para a cozinha de móveis rústic
Luiz desce do carro e se dirige ao café no qual faz o desjejum todos os dias na companhia do amigo, antes de irem para o trabalho. Ele abre a porta e é recebido pelo cheiro de café, o deixando com água na boca. Ele pediu um café e se dirigiu para a mesa de Carlos, que se levantou para cumprimentá-lo.-Fala Carlos, o que é tão urgente?-Se você disser eu te avisei acaba a amizade.-Ein?-Você tinha razão. Ela não presta, não vale nada. Ela não está grávida.-Eu sei . Eu tentei te dizer mas...-Tá, já sei. Diga-me,o que você sabe?-Ela não pode ter filhos.-Isso eu já sei. Quero saber por que e como, sei que é porque fez um aborto mas é só. Quero saber o motivo do aborto e por que ele causou a esterilidade dela, e algo me diz que você sabe.-E sei mesmo.-Então fala.-Ela namorava comigo...-Com você?- diz Carlos embasbacado. - Como você pôde?-Vai me deixar falar ou não?-Sim...<
Carlos não sabia o que fazer. Queria comprar uma passagem para a manhã seguinte, mas para onde?Precisava de uma pista.Tinha que procurar pela casa, encontrar alguma coisa.Ele começou pelo quarto do casal, olhou nos guarda roupas, baú, tudo. Até embaixo da cama. Nada. Procurou nos outros quartos, na sala, na cozinha e até no banheiro, na garagem, mas não encontrou nada.- Como eu posso ser tão estúpido? Se fosse eu, guardaria tão óbvio assim? Vamos Carlos use a cabeça, pense, pense, onde eu não procurei?...O sótão...é claro o sótão. Não foi difícil encontrar a chave, ele achou que ela teria escondido, mas ela simplesmente a deixou na gaveta do criado mudo. Claro, ela achou que ele nunca precisaria entrar ali, mesmo porque, ele sempre detestou entrar lá, quando compraram a casa ele queria tirar, mas, com sempre Tailla não permitiu e ele fez o que ela queria.Por que será que ela não permitiu, né?
O táxi parou em frente à uma humilde casa, as paredes que um dia foram de um amarelo vivo, hoje tinham uma cor encardida e com degraus apodrecidos na entrada da varanda.Ele desceu e olhou fixamente para um mensageiro do vento que pendia de uma das beiradas do telhado da varanda.Carlos lembrou-se daquele objeto, ele já o havia visto, sim ele o havia dado para Liz. Ele sentiu uma estranha nostalgia e ficou alegre por ela ter guardado seu presente durante tantos anos.-Ela ainda guarda...-Sim - disse uma voz atrás dele - Ela ainda guarda.Ele se virou bruscamente, para encontrar uma versão mais jovem de Liz, com aproximadamente uns onze anos. Ele sabia quem ela era e não concordava com Liz. Ela não se parecia com ele. Era idêntica a mãe. Ao menos a que se lembrava.-Oi.- Oi.- Vai lá, minha mãe tá te esperando.- Voc&eci
Ao fechar a porta ela não sabia nem o que pensar. Achou que ele a encheria de perguntas, que teria que se explicar e pedir perdão. Achou que teria que reconquistar o amor dele, mas ao que parece esse amor ainda estava lá adormecido e agora acordara. Ela estava radiante.Ela achou que ele nunca fosse a perdoar e ele sequer a questionou. Carlos era o mesmo homem que ela havia abandonado. Tinha um bom coração. Muito mais bem sucedido hoje, do que naquela época, não perdeu o que tinha de melhor. Sua essência. O dinheiro não lhe subiu a cabeça, como havia subido a da irmã.A irmã.Liz tentou tantas vezes fazer Tailla entender que o que ela fazia era errado. Mas ela nunca ouviu. Sempre tratou Liz como louca.Ela dizia sempre que sabia que era errado. Mas que ela não seria pega. Que quem seria preso caso alguém descobrisse seria Carlos. Seu querido Carlos, ela dizia. A irmã fazia questão de fazê-la sentir medo. Ela temia por sua filha, por Carlos e
Liz estava atordoada, variava entre a consciência e a inconsciência, mas ela pôde ouvir partes de conversas. Ela estava assustada. Esperava uma oportunidade para se levantar e sair correndo, mas ela sabia que não seria fácil.-Sim senhora...ela está conosco...não a garota... não a encontramos...sim...claro senhora...me desculpe...sim vamos pegá-la...até mais senhora, qualquer informação ligarei.O homem colocou o aparelho no bolso.-Cleiton?-Sim?-Vamos deixá-la e voltar para pegar a garota.Garota...que garota?...Alexia...minha...filha...meu Deus eles vão pegá-la.Era só isso que Liz conseguia pensar. Que sua filha seria pega e provávelmente elas nunca mais se veriam.Enquanto isso Alexia ainda tentava ligar para Carlos. Mas depois de muitas tentativas, finalmente ela obteve sucesso.-Alo, pai?-Alexia?-Eles a levaram, levaram a mamãe e agora o que eu...-Calma. - cortou - assim v
E agora? Preciso dar um jeito de fugir. Era só nisso que Alexia pensava. Não sabia o que fazer, mas não desistiria.Quando sua mãe lhe disse que sua tia pretendia fazer isso, ela ficou assustada, mas não imaginou que ela pudesse chegar a tanto. No entanto agora aqui estava ela a caminho sabe-se lá de onde, para ser vendida.O caminho foi longo, o carro foi guiado por uma estrada que Alexia não conseguia enxergar. Haviam grossas cortinas nas janelas e eles viajaram pelo que pareceram horas. Ela ainda fingia estar apagada. Mas em algum momento o homem a chamou e ela abriu os olhos.Rodaram por mais algum tempo, até chegarem a uma grande mansão com grandes muros e um belo jardim. Passaram pela portaria, na qual uns dois ou três brutamontes montavam guarda e chegaram à frente da casa após alguns minutos. Alexia estava com medo, não sabia o que esperar. Isso não tem cara