Wengen é uma pequena vila turística nos alpes suíços. Théo Souza fica preso surpresa pelo “lockdown” suíço e o único meio sair e entrar Wengen é trem, que não vai mais passar por um mês. A cidadezinha é livre de carros, as pessoas andam a pé ou de bicicleta. Veiculos motorizados não são permitidos. Théo, o mochileiro brasileiro que planejava rodar o mundo antes de se dedicar integralmente a Medicina no Brasil, se vê no meio de um conflito familiar, da pobreza de uma família de apenas mulheres e na disputa do seu amor por duas irmãs.
Ler maisCapítulo 10Algumas partidas geram novas chegadasEmma chorava sem parar no colo de Théo. A enfermeira da clínica já tinha retornado e o médico tinha administrado um calmante para Emma, mas parecia fazer pouco efeito. Ele não sabia bem o que fazer mais, apenas a consolava.- Théo, isso deve ser mentira, deve ser uma confusão, minha mãe deve estar muito mal se for verdade, minha irmã, Théo - Ela o agarrava enquanto chorava copiosamente sem que nada pudesse abrandar aquela dor.- Vamos fazer o seguinte? Porque você não tenta relaxar com o remédio e depois partimos para Lauterbrunnen ver sua mãe. Tenta se tranquilizar meu amor.Ela o olhou com aquela frase tão doce, quase sem acreditar. Emma achou mesmo que Théo só a estava tratando com tanta doçura por causa de sua perda. Voltou a pen
Capitulo 9A escolhidaEmma não pôde ir a Lauterbrunnen de nenhuma maneira. Ate porque se fosse, não poderia visitar sua irmã na UTI. Também não podia visitar a avó, na clinica pois era proibido. A irmã Weber preferiu ficar no chalé de Théo, mas sabendo que precisava ir em casa. Havia muitas coisas a serem feitas lá, limpar panelas, jogar comidas da geladeira fora, pegar roupas, era imperativo ir em casa mas Emma se sentia tão mal de voltar na casa que ia pedir a Théo para ir com ela, mas deveria esperar até as dezoito horas, quando ele saía do plantão na clínica.Théo estava mais preocupado e confuso conforme se aproximava o dia de ir embora. Ele sabia que precisava ir, para começar sua residência em cirurgia geral e seguir sua vida. Ele não fazia ideia de como estava a situaç
Capítulo 8Edelweiss, talismã do amorA casa das Weber estava mergulhada em uma atmosfera de pesar e doença. Théo entrou no quarto das moças e encontrou Hanna ardendo em febre na cama, toda coberta. Os cabelos da ruiva estavam ensopados de suor. Ele pediu que Emma esperasse o tempo todo lá fora e que usassem máscara dentro de casa também. As duas saíram e foram fazer uma sopa para Hanna.- Mamãe, a senhora realmente acredita que Hanna está doente ou só está nos manipulando? - Perguntou Emma cortando cenouras.Eléa a olhou confusa. Muitos pensamentos se passaram por sua cabeça. Hanna tinha um passado, sempre foi a protegida do pai, sempre foi a problemática na escola, sempre mentia o tempo todo e ela, como mãe, não sabia o que podia ter causado o começo desse comportamento da filha. Uma vez l
Capítulo 7O feitiço se volta contra o feiticeiroApós Emma colocar a oferenda na tigela do lado de fora, entrou e ficou olhando para Théo. Os dois se olharam, sérios, por muitos minutos até que Emma foi até ele e o beijou. O brasileiro retribuiu ao beijo e a abraçou levando Emma até a cama. Não se desgrudaram mais. Aquela noite foi tórrida, romântica e avassaladora entre eles. Emma estava completamente apaixonada pelo brasileiro e queria que ele pudesse ficar, embora sabendo que era impossível para ele. As dúvidas de ambos começaram a surgir no final do momento de amor.- Théo, o que eu vou fazer quando você for? - Ela acariciava o peito dele deslizando o indicador por todo o tórax, apreciando o corpo definido do médico por anos de academia.Ele a olhou e abriu um sorriso triste, com o olhar t&atil
Capítulo 6O julgamento de EmmaEra manhã e Théo já levantou procurando seu celular. Assim que viu Hanna sentada tomando café à mesa sozinha, o brasileiro dirigiu-se imediatamente a ela.- Me dá meu celular - Falou baixo depois de ver Eléa batendo tapetes do lado de fora para retirar a poeira.Hanna mastigava o pão e olhava para ele com displicência.- Eu não peguei seu celular.Théo puxou uma cadeira e se sentou a olhando.- Hanna, eu não sei quando você se transformou nesse monstrinho manipulador, eu não sou da família, mas espero que um dia amadureça e perceba como sua irmã te ama e pare de ser essa garota egoísta e invejosa...- Eu não dou a mínima para o que você pensa sobre mim, vai lá foder minha irmã, foi tão boa a noite n&
Capítulo 5No amor e na guerra, vale tudoA tarde daquele dia, um sábado, Emma decidiu procurar a fechadura entre as coisas de Hanna e só conseguiu isso dizendo que estava cansada de buscar Théo na floresta e que iria dormir a tarde. Emma sabia que corria o risco de ser pega, portanto, trancou a porta do quarto. A ruiva revirou as coisas de Hanna em sua cama, embaixo dela, no criado mudo ao lado da cama e em seu armário. Lá estava, enrolada em roupas limpas, a fechadura do quarto de Théo. Emma não conseguia imaginar em que momento sua irmã tinha feito aquilo, mas foi logo depois da chegada do brasileiro a sua casa. Porém para que não restassem dúvidas nele, Emma chamou Théo para ir ao quarto esperando a hora em que ele passasse para ir ao banheiro. Certificou-se de que era realmente ele através das passadas mais pesadas. Emma abriu a porta e Th&
Capítulo 4Segredos perigososThéo queria ficar na internet, porém não tinha sinal naquela noite. O jeito foi aceitar de bom grado ficar na sala e assistir um filme escolhido por Hanna. Já era o costume da família, todas as noites Hanna escolhia um filme e esse hábito só tinha sido quebrado pela sua chegada e da quarentena, mas naquela noite seria retomado.As irmãs e Théo sentaram-se no sofá e Eléa em sua poltrona para bordar ainda alguns panos de prato. Théo estava um tanto desconfortável, era o que havia no meio da quarentena para fazer, se sentar para assistir um filme com uma família Suiça enquanto em sua casa se deitava na cama para ver filmes da plataforma paga. Assim que o filme começou, Nove semanas e meia de amor Théo olhou para Hanna com uma expressão curiosa.- Sua mãe
Capítulo 3Tornozelos inchados e corações aceleradosThéo entrou naquele porão antigo e empoeirado com desconfiança. Suas pupilas dilataram para que pudesse absorver o máximo da pouca luz que havia no ambiente vinda de fora e pudesse enxergar. Lembrou-se então de seu celular e o buscou no bolso para acender a lanterna. O lugar era uma bagunça. Havia de tudo no porão do pai da família Weber. As meninas esperavam do lado de fora com curiosidade, fazia meses que não entravam ali.O brasileiro encontrou mais pratos parecidos com o que Eléa tinha colocado no chão da porta da cozinha a noite. Achou também cadernos de desenhos das meninas e álbuns de família, muito antigos, amarelados. Olhando mais um pouco os cadernos, Théo viu que as meninas desenhavam muitos monstros quando eram menores então se lembro
Capítulo 2Sedução e mistérioO jantar transcorria calmo. À mesa estavam Eléa, Emma, Hanna e Théo estavam em silêncio total até que Théo se referiu a sopa.- Está deliciosa, senhora Eléa.Ele sabia que não era seu jantar dos sonhos, estava morto de fome e aquela sopa rala não faria aquela dolorosa fome ir embora e achava que iria dormir com aquela sensação de vazio no estômago. Emma soltou a colher dentro do prato e limpou a boca com um pano o olhando. Théo desviou o olhar para Emma enquanto Eléa sorria.- Não está Théo, me perdoe, não temos o seu padrão mais, a sopa está rala. - Respondeu Eléa em seguida baixando o olhar.- Senhora, não é porque sou médico que tenho algum padrão melhor - Sor