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Olhos caramelos, bochechas escarlates; sua delicadeza e timidez. O sinônimo inabalável de beleza era ela: Mariané.

Inabalável.

Um par de olhos caramelos fixou-se nele. A dona deles se movia inquieta de um lado para o outro, pousada como um anjo no centro do vestíbulo, sim, um anjo com o rosto coberto por uma fartura de cabelos avermelhados caindo sobre seus ombros e costas. Estava um pouco bagunçada e assustada. Tinha um vestido gracioso, de mangas curtas, batista. Os sapatos brancos desgastados e uma estranha boneca de pano que abraçava, segurando-a com força.

Além de ser um olhar curioso, também estava carregado de certo medo; é que o incessante piscar de olhos do tio sobre ela a fazia se acanhar. Não havia nada maligno nele, mas também não encontrava sentimentos, pois seu olhar estava deserto e desprovido de emoção, quase como se sua presença ali não lhe fosse agradável, ou apenas era sua impressão. Apenas pôde perceber o quão próspero ele era: Vestido com calça azul marinho, camis
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