Parte Dois: Serpente - XIV

“Droga!”

Abaixei-me para pegar a faca e rumei para fora do quarto. Pensei em me esconder no closet, mas isso só funcionaria caso eu não tivesse feito tanto barulho.

O medo retumbava com o impacto de um martelo nas minhas costelas. Eu me arrependia agora. Uma série de possibilidades povoaram minha imaginação. E se a pessoa no andar de baixo estivesse armada? E se eu não fosse rápida o bastante para fugir ou lutar? E se, em vez de me matar, meu adversário decidisse me manter refém naquela casa, longe de tudo?

Olhei pelo corredor, esperando encontrar alguma coisa, mas não vi ninguém. Espiei através da janela. Se eu saltasse dali, talvez a queda não me machucasse tanto, mas era um risco que eu não queria correr — não conseguiria ir longe com um calcanhar torcido.

Os passos se agitaram lá embaixo, e então pararam. Eu

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