Capítulo 145

Maya

Meu pai empinou seu nariz e deu-me um olhar vazio, que me doeu o coração. Onde estava o amor do meu pai por mim?

— Vou ver a minha mãe.

Dei minhas costas a todos e me dirigi até o balcão onde havia duas enfermeiras atrás dele. Pedi informações sobre minha mãe e elas pediram que eu aguardasse por quinze minutos até que ela voltasse dos seus exames. Sentei-me ali mesmo em uma cadeira de espera, em silêncio e isolada com o rosto virado para o outro lado evitando olhar para onde meu pai estava.

Logo uma enfermeira voltou e disse que eu podia entrar. Fui até o quarto com minha avó, mas apenas eu entrei. De coração dilacerado e de corpo estremecido, caminhei até minha mãe que adormecia com uma feição cansada sobre a cama hospitalar. Ela estava pálida e com os lábios esbranquiçados e trincados. Seu corpo estava mais magro do que a última vez que a vi e isso me doeu ainda mais deixando-me completamente desesperada. Dava-se para contar as pontas dos ossos em seu corpo. No pescoço, tinha u
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