Capítulo 3- Conto de Natal

No andar de baixo, segui direto para o escritório. As portas duplas estavam abertas e as luzes, acessas. Atrás da mesa de mogno, estava ele, escrevendo algo em um papel.

— O que está fazendo? — Aproximei-me.

— Uma pequena alteração.

— Em quê? — escorei-me à beirada da mesa, ao seu lado.

— No meu testamento.

Cruzei os braços à frente e bufei.

Eu odiava que ele mexesse nisso. Só servia para me lembrar que em algum momento nós teríamos um fim e isso é péssimo!

Ele colocou os papéis dentro de uma pasta e fechou-a.

— Precisava fazer isso no meio da noite.

— Precisava.

Levantou-se, ficando de pé diante de mim.

— Sabe que eu sempre acordo quando você deixa a cama.

Ele passou as mãos pelos meus cabelos, jogando-os de trás dos ombros.

— Eu só acordei e não parava de pensar no testamento.

— Não quero falar disso — falei firmemente, desviando o meu olhar dele.

Ele assentiu e puxou-me para um abraço apertado e caloroso.

— Volte para cama.

— Só se você vier comigo.

— Não me desobedeça, Maya. — O s
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