Christopher Cancun - México O sol já havia se posto quando eu terminei de ajustar a gravata no espelho do quarto. O reflexo do mar de Cancún ao fundo, e a brisa suave que entrava pela varanda, davam à noite uma tranquilidade quase irreal. Eu estava pronto para o baile de máscaras do hotel, uma noite reservada apenas para os convidados mais seletos. Mas, quando me virei, tudo o que eu tinha planejado para aquela noite desapareceu. Emily surgiu da porta do quarto, e por um segundo, o ar ao meu redor pareceu sumir. Ela estava deslumbrante, usando um vestido vermelho cintilante que abraçava cada curva do seu corpo. A cor destacava sua pele perfeita, e o corte do vestido era elegante, mas provocante. Seu cabelo estava solto, caindo em ondas suaves pelos ombros, e ela segurava uma máscara preta nas mãos, o brilho no olhar era de pura malícia. — Você está... — As palavras me faltaram por um instante. — Absolutamente magnífica. — consegui dizer finalmente, sem desviar os olhos dela. E
Christopher As algemas estalaram com um som nítido, prendendo os pulsos de Emily juntos acima de sua cabeça. Observei seu corpo reagir à restrição, um misto de tensão e antecipação. Sua respiração estava pesada, seu corpo completamente vulnerável, exatamente como eu queria. — Agora você vai aprender o que é estar à mercê de alguém, — sussurrei, meus lábios roçando a orelha dela, enquanto minhas mãos exploravam sua pele macia, descendo lentamente até a curva de suas costas. Sua pele arrepiava sob meu toque, e um sorriso predatório se formou nos meus lábios. Eu a virei, posicionando-a de quatro sobre a cama, as algemas a mantendo presa. Minha mão percorreu suas costas antes de desferir um tapa forte em sua bunda, o som ecoando pelo quarto. O corpo dela tremeu sob o impacto, e ela soltou um gemido abafado. — Grite o quanto quiser, — murmurei, minha voz cheia de controle. — Ninguém pode te ouvir aqui. Agarrei seu cabelo, puxando-o com força suficiente para arqueá-la, fazendo se
Nova York Tygor, o gerente do clube de luta, inclinou-se na cadeira, os olhos deslizando lentamente pelo meu corpo. Seus lábios se curvaram em um sorriso predatório, senti um arrepio de desconforto percorrer a minha espinha. Meus olhos buscaram desesperadamente por Lindsey, que apenas ria despreocupada do outro lado do camarim. — Passe um batom vermelho e seja bem-vinda ao "Covil"! Ele se retirou e Lindsey veio correndo até onde eu estava. — Eu sabia que você conseguiria, olha esse cabelo, essa pele, você é perfeita amiga — Lindsey exclamou, seu entusiasmo quase contagiante. Mas, enquanto eu olhava meu reflexo no espelho, tudo o que via eram as olheiras escuras de noites sem dormir, preocupada com Daniel e com as contas acumulando na mesa da cozinha. — As pessoas aqui gostam muito de vermelho — falei enquanto passava o batom, esfregando os lábios pra cor ficar uniforme — vermelho sangue! Lindsey deu uma risada escandalosa. — Agora vamos fofa, que o Tygor já está de ol
Christopher — Sr. Donovan, que bom que está bem!— Ralf, eu deveria tê-lo avisado que iria demorar mais do que o previsto hoje...— Christopher, qualquer dia você irá me encontrar infartado ao lado do carro. Isso que você está fazendo é imprudente e muito arriscado.— Creio que está na hora de falarmos da sua aposentadoria, Ralf — falei rindo.— Ah, seu moleque atrevido! Na próxima vez que demorar, eu entro lá e te trago pelas orelhas.Ralf ligou o carro, e seguimos pela estrada principal de volta para a mansão. A visão das casas do subúrbio foi, aos poucos, substituída pelas construções opulentas do bairro nobre onde eu morava.A lembrança de um belo sorriso passou por meus pensamentos.— Eu estava com uma massagista, por isso atrasei...— Oh! Isso é novidade — Ralf me olhou pelo retrovisor — a senhora Susi Tanaka não é mais a sua favorita?Susi é a minha massagista há anos, antes mesmo de iniciar no clube de lutas, é uma senhora japonesa formidável, e além do mais possui mãos mágic
Emily Não dormi quase nada, pensando sobre a minha estréia no "Covil", além do mais Lindsey não parava de me mandar mensagem, pra saber como foi a massagem com o Dragão.Pensar nele me deixava sorridente, mas o rabugento dono da cafeteria Grão de Ouro, não parecia muito satisfeito com o quanto um homem mascarado de queixo perfeito e músculos atraentes, estava me deixando distraída.— Caaaaarter! Leve esse café na mesa 4! — Já vou — respondi irritada, por ele estar gritando a mesma coisa pela terceira vez.A cafeteria não estava cheia, mas eu não tive muito tempo depois que saí do clube de luta para pensar no gentil lutador que eu acabara de conhecer. Quando eu cheguei no apartamento o cansaço da noite em claro era tão grande que eu dormi com roupa e tudo no sofá, quase perdi a hora de entrar no trabalho.Eu não podia me dar ao luxo de perder o emprego, as cartas se acumulando em baixo da porta era um sinal claro disso, então entrei debaixo do chuveiro por dois minutos, coloquei uma
Christopher — Você não devia ter vindo...— Ralf, eu tinha que vir!— Eu entendo o seu fascínio, ela é espirituosa e sem dúvida muito bonita.— Não é sobre ela, é sobre a situação. Ela vai denunciar o desgraçado?— Não, eu pesquisei um pouco. Ela está endividada, se denunciar o ex-patrão, será difícil conseguir um novo emprego.— Droga! — murmurei, incapaz de controlar a raiva que borbulhava dentro de mim — Entende porque esse tipo de situação me deixa revoltado? Esse maldito provavelmente não faz ideia das consequências que o comportamento idiota dele ocasionou.— Acho que ele não precisou esperar muito pra ver, ela jogou café quente nele...— É pouco — estreitei os olhos, alguns pensamentos obscuros dominando a minha mente — Christopher, eu conheço esse olhar. Me promete que não vai fazer nada? Eu te considero como um filho, eu te encontrei dentro dessa escuridão para qual você está pensando em voltar, não faça isso. Eu sei que você se importa com a moça, mas não vai ajudar dessa
Emily A sala de espera da AdVision Productions era maior que o meu apartamento inteiro. Olhei para os meus pés, satisfeita por ter escolhido botas ao invés do tênis velho de sempre.Pensei em ir mais uma vez ao banheiro, analisar a minha imagem no espelho. A calça jeans skinny, o terninho azul marinho e a camisa branca não ficariam mais elegantes, pelo simples fato de eu estar conferindo a cada cinco minutos.Dei mais uma olhada ao redor. O ambiente era amplo, com decorações minimalistas, e a elegância em cada detalhe fazia com que eu me sentisse deslocada. A própria recepcionista parecia uma extensão da decoração: alta, com uma saia lápis verde musgo e um terninho de corte perfeito na mesma cor, que combinavam perfeitamente com sua pele morena bronzeada e seus olhos verdes.— Emily Carter, o Sr. Donovan irá recebê-la agora. Por favor, me acompanhe — disse a recepcionista com um sorriso educado, levantando-se e sinalizando para que eu a seguisse. Quando entrei no escritório do CEO
Christopher — Alguém me explica como Anastacia Romanova conhece Victoria? — perguntei aos pares de olhos atônitos à minha frente, na sala de reunião. Victoria Blake era a dona da maior concorrente da AdVision Productions e, embora a nossa relação fosse aparentemente amistosa, a ligação dela com a minha melhor cliente com certeza não era mera coincidência. — Talvez Anastacia tenha procurado a concorrência buscando um melhor preço — Luke respondeu fracamente. — Anastacia me procurou porque eu sou o melhor, ela não está atrás de uma pechincha. Saiam todos daqui! — explodi. Voltei para minha sala, ainda fervendo de raiva. Notei várias chamadas perdidas de Ralf no meu celular. — Ralf, o que aconteceu? — A polícia está investigando a morte do Gerard. Um amigo disse que sabem que você esteve lá. — Você está de sacanagem, isso é impossível! — Tem uma testemunha que alega ter visto o Dragão. É melhor você evitar o clube nesse fim de semana. — Que droga! Se eu for interrogado, terei