Ser boa ou má. Ser a vilã ou a princesa, eu nunca na verdade parei para pensar... Mas tenho uma teoria. Eu adoro filmes antigos, mas específicos da década de 40. Talvez eu fosse uma grande estrela de cinema que se sentiu tão frustrada e encarnou em uma vida totalmente sem noção. Ou talvez naquela vida passada eu quisesse ser mais do que era, bem arrogante e também neurótica e em frente às câmeras transparecia serenidade, doçura e simplicidade. Eu era uma atriz tão boa que ninguém conseguia desconfiar. Daí, eu me vi tão perdida em mim, me meti em vários escândalos, não suportei a pressão da mídia e bati as botas. Eu adorava encarar personagens na vida real. Eram raros esses acontecimentos, mas eu amava mesmo. Eu decidi então encarar uma admiradora secreta, para isso precisava descolar alguém que fizesse meu coração acelerar, que quando encostasse em mim me desse choque e me fizesse voltar aos quinze anos, ou até mesmo na ilusão de que aquilo poderia ser a maior paixão adolescente da
Às vezes, pensamos que uma banda é formada apenas pelo vocalista. Ou que uma empresa é feita só pelo chefe... Mas vai bem além. Para chegar algo até você há uma produção toda envolvida. Todos merecem reconhecimento. Por trás de um livro também existe o revisor, o ilustrador e não somente o autor. Há sempre uma equipe. O trabalho em equipe só é bem produzido quando todos estão conjuntamente envolvidos. Após pensar um pouco em filosofia e perceber que o conjunto da obra é uma equipe e não somente há uma metade, eu fui ao centro fazer compras para a famosa festa. Como de costume, a dona Lourdes estava sempre lá. Ela sofria com um pouco de Alzheimer. E quase não conhecia tanto as pessoas. De vez em quanto ela se lembrava de mim. Ela dizia que eu era a menina que escrevia na revista. Fui fechar a porta, mas na distração de ver algumas pessoas na rua, acabei deixando meu dedo lá e a idiota aqui não percebeu que era a hora de tirar. Eu só não falei palavrão porque a dor foi mais forte. Na
Colocar expectativa em algo sempre gera frustação, então eu prefiro não pôr nenhuma expectativa, mas sim, trabalhar a confiança, ter mais esforço e dedicação e também aproveitar as horas de lazer como forma trazer uma nova ideia para o meu trabalho. Exercitar a mente de uma forma em que ela saiba separar o que eu guardarei um dia na minha vida e o que eu posso compartilhar com os outros. Faltava um dia para o famoso bailinho de gala. Antes disso, eu sempre estava com minha agenda cheia de perguntas. Isso eu já estava fazendo desde meu aniversário do ano passado. Eu queria ter pelo menos um registro das minhas opiniões. Talvez quando eu estiver um pouco mais velha, elas vão mudar e muito. E ainda bem.Eu sou do tipo de pessoa que antes eu reparava em como os casais protagonistas se davam tão bem em cena. Hoje, ao assistir o mesmo filme eu garanto que eu reparo em alguns detalhes imperceptíveis pela maioria. Tem um filme que o casal de protagonistas acorda e o cara vai fazer o café. E
No período da tarde eu resolvi começar a me arrumar. Fiz a minha própria maquiagem e arrumei meu cabelo. Antes do concurso eu já tinha pedido uma tulipa para dona Lourdes. Eu espero que a Tulipa viva por algumas horas. Eu coloquei o vestido, os sapatos e estava perfeitamente uma senhorita dama do século 21, numa versão que até eu mesma me pegava de tão linda que estava. Eu não sei escrever em algarismos romanos, então coloco a numeração normal mesmo. Uma limusine veio me pegar às dezoito horas, meu pai contratou. Chegamos uma hora depois, havia um trânsito paspalhão no caminho. Quando desci do carro, havia alguns fotógrafos aguardando a minha descida. Eu não entendia o porquê, mas se a Megera Domada pensava que eu estava vestida pessimamente, se enganou completamente. Eu desci, fiz um pequeno aceno e sorri. Parecia que eu era alguém famosa e importante. Mas eu não era ninguém no mundo das aparências, eu só era a jovem pra ser velha e velha pra ser jovem Diana que estava em uma crise
Quanto mais Catarina lia sobre o diário de Diana, mais ela estava obcecada. O que lhe restava saber era se Diana trabalhou na revista antes ou depois da produtora? E o porquê dela ter escondido a sua relação com Walter Thales Gentil... ******Qual foi o último sonho que consegui realizar e me senti realizada? Faz um tempinho... Foi quando comecei a pesquisar sobre a cultura oriental e me apaixonei por um país específico: O Japão. Eu sonhei em viajar para lá na época, mas não deu. Então, peguei algumas economias e quando fui a São Paulo, visitei o bairro da Liberdade, que é um bairro formado por imigrantes do Japão e você se sente como estivesse no Japão, mas que a língua oficial é o português. Comprei um traje de gueixa, me vesti e fiz umas fotos com alguns cosplayers que também passavam por lá. Foi bem legal. De certa forma eu me realizei também. Depois de acordar e responder minha questão matinal, meu pai já tinha ido embora. Ele agradeceu a hospitalidade e me mandou um beijo num
Catarina gostaria de saber melhor sobre o que acontecera para que Diana estivesse falando sobre sua real identidade. Afinal, quem ela seria? Uma mulher de muitas identidades a cada flerte novo?Para isso, viajou até o centro de São Francisco, foi até a produtora de Taís e perguntou: Sua mãe realmente trabalhou em uma revista?— Sim. Ela trabalhou por lá. — E por que ela não contou?— Porque ela não queria divulgar um assunto delicado. — É sobre a origem dela? Tipo, a verdadeira origem? — Sim, mamãe tem a história da Pouplain que ela conta pra fisgar as pessoas e chamar atenção, mas na verdade, ela veio de uma família nobre. Foi adotada, mas isso não tira a veracidade sobre a sua história. — E quanto ao Tim? E a profissão de florista? — Ela foi uma florista, mas não daquela maneira fantasiosa que ela conta. E sim, ela conheceu Tim, ele existiu e é apenas isso do que sei.— E por que você não usa Gosson? Por que você usa Lopes? — Porque a mamãe me registrou com o nome que ela acre
Depois de tantos questionamentos que respondi ontem, achei melhor deixar a agenda de lado e ir correndo para o cabelereiro. Precisava me arrumar para aquela premiação. Antes de ir ao cabelereiro fiquei observando algumas revistas femininas que tinham ótimas opções entre cortes e costuras. Tive saudades da minha época de exercer os aprendizados com tecidos, mas quem sabe um dia eu arrumo tempo para me dedicar a esse lindo ramo de trabalho altamente como um sonho para mulheres que cresceram nesse meio. Quando cheguei próximo ao salão, minha mãe me ligou. Ela queria saber como foi o baile de gala. Eu disse que foi ótimo e ela perguntou se eu havia conhecido alguém e eu falei que não. Minha mãe sempre se preocupava porque naquela idade eu ainda não havia arrumado um namorado ou casado. Ela tinha medo que eu ficasse para a titia. E se eu quisesse ficar para titia, teria muito orgulho disso. Foi a minha escolha. Ela só ligou para saber sobre isso, disse tchau e desligou. Nem sequer qui
Chegando à minha casa, ele desceu do carro e perguntou se podia usar meu banheiro eu assenti e abri a porta e indiquei o banheiro para ele. Liguei a TV e estava passando “Minha Bela Dama”, contava a história de uma florista que é transformada por um professor de fonética (por conta de uma aposta) em uma dama da alta sociedade. O filme contava com atuações de Audrey Hepburn e Rex Harrison, além de outros. Quando o Thales saiu do banheiro, foi se sentando no sofá e me disse que amava aquele filme. Eu falei que já estava um pouco tarde para ele ir embora e então o convidei para dormir no meu sofá retrátil. Ele agradeceu e foi logo deitando, eu fui pegar um lençol e depois o entreguei. Lembrei que tinha um pijama do meu pai no guarda-roupa, então perguntei se ele gostaria de usá-lo, ele disse que sim e eu fui pegar. Quando entreguei, ele agradeceu. Fui para o meu quarto, coloquei meu pijama que não era nada sensual e fui dormir. Liguei a TV do meu quarto para assistir ao filme, mas ant