Sempre Será Você
Sempre Será Você
Por: Pyetra Souza
Prólogo

Anos antes...

Com o telefone em minhas mãos, ainda não consigo acreditar que Celina está prestes a partir. Uma enorme angústia me toma por completo, mas eu não consigo chorar, porque além disso, também existe raiva dentro de mim.

— Querida, vá se despedir. Eles precisam de você agora Maia. Diz meu pai, após bater na porta do meu quarto e entrar.

Papai que já estava ciente da situação, sabia que seria algo difícil para mim. Desde que Celina deu à luz, a depressão pós-parto tomou conta dela cada vez mais. Nem mesmo os médicos conseguiram a reanima-la, e já sabiam que sua morte estava por vir, já que não comia, não bebia, e estava desnutrida.

— Eu não quero vê-la daquela maneira, esquelética e tão pálida! Eu não quero ter que me despedir do que ela se transformou, papai! Quero somente lembrar de como ela era. — Falei exaltada, em meio as lágrimas que enfim venceram meu orgulho.

Naquele momento, papai me abraçou e eu solucei como criança porque naquele instante pude ver na minha tela do celular, por cima de seus ombros, a mensagem de Marcos: Celina já havia falecido.

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