Cinco anos se passaram... Me dedico ao meu marido e ao trabalho... Infelizmente a questão dos filhos ficou para depois, ainda nem penso na possibilidade. Eliza engravidou, mas perdeu o bebê com oito semanas... Emma está tentando, mas não engravidou ainda, descobriu que tem endometriose e está fazendo tratamento. A boa notícia? Na Alemanha conseguiram fazer pacientes surdos como eu voltarem a ter sua audição quase completa. Kalel foi comigo e a cirurgia era simples, hoje escuto completamente bem em 80% do lado onde fui atingida no acidente com oito anos de idade, não uso mais aparelho auditivo... Ando sentindo tonturas nas últimas semanas, mas não falei nada a ninguém... Falei com o Sr. Robert e ele pediu para ir ao consultório dele... Melissa e ele se casaram a sete anos e estão muito bem tem um filho lindo. Minhas irmãs estão lindas com sete anos... Brigam com os gêmeos o tempo todo, mas não se separam... O pequeno Victor se apaixonou pela Sophie, filha adotiva de Andrew e Abigail
— Vovô! O que você fez quando a vovó estava entrando trabalho de parto? – pergunto parecendo mais calma e sarcástica do que nunca. — Bem Olivia, ela começou a sentir as dores no parto do seu pai, da sua irmã a bolsa estourou sem sentir dor nenhuma, então tentei ficar calmo e a levei no hospital as duas vezes. Não deixei ninguém levar a minha esposa no hospital, foi eu mesmo... – meu avô fala e percebo que vai ser ele mesmo... Se chamar o Kalel ele vai mandar uma ambulância com equipe neonatal me levar e isso vai ser muito constrangedor... —Vovô, acho que a minha bolsa estourou... Como você disse que é calmo... – mal começo a falar e ele entra em pânico... — Olivia! Meu Deus o que faremos agora, não sei fazer um parto... Vou chamar uma ambulância... – fala desesperado... — Calma Dr. Adam... Não disse que ficou calmo? Calma! – falo quase gritando. — Desculpe eu menti, entrei em pânico as duas vezes que fui pai. – sabia todos os homens entram em pânico. — Então agora calma! Pegue u
Nem acredito que hoje são as provas finais da minha graduação em contabilidade, foram longos quatro anos. Eu e Emma passamos por tantas coisas. Emma é a minha melhor amiga, uma irmã na verdade, mesmo depois que terminamos nosso "namoro", não diria bem um namoro, nossa tentativa de termos um relacionamento, ainda bem que não atrapalhou a nossa amizade.Quando começamos a faculdade optamos por dividir um pequeno apartamento que fica ao lado dos alojamentos da faculdade, ele é simples, dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Não precisamos de muito já que em breve iremos nos mudar.Temos muito em comum, principalmente nossos traumas de infância e repulsa por homens. Quando tinha 10 anos o padrasto de Emma tentou abusar dela, se não fosse sua mãe ter ouvido seus gritos o pior teria acontecido. A mãe de Emma se separou e o cafajeste foi preso.Elas se mudaram para Seattle desde então. Sua mãe nunca mais se casou, sempre dizia: filha os homens não prestam, estude, seja independente, não dep
— Olivia, desculpe te ligar, sei que está de folga para estudar, mas será que amanhã de manhã poderá vir ao escritório me ajudar com o caso de um cliente, porque houve divergência na nota que você faturou ontem à tarde. – fala em um tom preocupado.— Mas Dr. Adam, amanhã é sábado, não pode ficar para segunda? – digo preguiçosamente, já que amanhã Emma e eu combinamos de dormir até mais tarde.— Por favor Olivia, é urgente. – diz ainda mais preocupado.— Ok, amanhã as 9h estarei no escritório. - digo— Obrigado Olivia, até amanhã. – despede-se mais aliviado.Estranhei a ligação do Dr. Adam, para que tanta urgência? Espero que não seja nada grave. Vamos voltar aos estudos. Matemática Financeira, amo! Terei meu próprio escritório de contabilidade daqui a alguns anos, com atendimento diferenciado, irei colocar em prática minha tese sobre análise de redução de custos para empresas de modo geral, com assinaturas desnecessárias de economistas e contabilistas do meu setor de formação.Sei que
— Kalel! Acorda! - fala o rapaz loiro agitado.— Calma - digo - O socorro já está a caminho, as pessoas já chamaram os bombeiros. - digo tentando acalmá-lo.— O que você estava fazendo parada no meio da rua sua maluca? Era para você estar morta agora! Olha a situação do meu irmão. - fala gritando comigo, as pessoas se assustam.— Desculpe - digo - foi sem querer, me distraí. - falo com lágrimas nos olhos.— Aí minha perna! - grita o loiro bonitão.— Moço acorda! - Falo ao homem desacordado.De repente fogo começa a aparecer na parte de cima do carro. Olho para o rapaz loiro com uma afeição de medo, todos gritando para sair de perto, mas dois homens aparecem para me ajudar.— SAIAM DAÍ! VAI EXPLODIR! - mas permanecemos no carro tentando retirar os dois, antes que explodisse.Não podia deixá-los lá, já que a culpa de tudo era minha. Os dois homens conseguem tirar o cinto do rapaz loiro, que não para de gritar o nome do irmão. Ambos pegam o homem loiro e o leva para a calçada. Fico sozin
Não sei quanto tempos se passa, se foram minutos ou horas, apenas encaro a parede branca para não ter que olhar nos olhos de cada membro da sua família.Um médico rompe as portas duplas e levantamos, espero que seja notícias sobre Kalel e Melvin.— Dra. Miller - eles parecem ser amigos, ela se aproxima dele, assim como toda a sua família, mas decido ficar no meu lugar, pelos olhares sei que não sou bem vinda, mas não sairei até saber que Kalel e Melvin ficarão bem.— Os meus filhos Dr. Robert?— Estão bem, mas vou falar sobre o caso mais grave primeiro.— Mais grave? - percebo que Adele quer chorar, mas está se segurando.— O seu filho mais velho, o Melvin.— Melvin?— Seu filho Melvin quebrou a perna direita em três lugares, o braço direito e o antebraço, fizemos ligamentos com pinos e apesar do seu filho ser saudável a recuperação dele será mais demorada, ele fará acompanhamento médico, e as fisioterapias serão intensivas.— E Kalel? - Adele parece desesperada, eu ainda não acredito
— Eu sei, mas preciso atender os meus últimos pacientes. - diz já com voz de sono.— Eu vim visitar Kalel e Melvin Miller. - falo desanimada, já que tenho vergonha por tudo que aconteceu.— Que coincidência, os verei agora, vamos. - diz divertida.Sigo pelo mesmo caminho de ontem e entro no quarto de Kalel, já Emma vai para o quarto ao lado. Kalel ainda dorme então me aproximo, mas ao invés de pegar a sua mão eu toco delicadamente seu rosto cheio de hematomas e arranhões. Ele se meche e geme, como se estivesse acordando. Começa a abrir os olhos, e olha confuso até abrir um lindo e tímido sorriso para mim, como se estivesse em um sonho bom. Não entendo a sua reação sendo que fui eu que quase tirei a sua vida. Sorrio de volta e pergunto.— Como se sente? Sou Olivia Hill. - falo me apresentando um pouco envergonhada da maneira que ele me olha.— Você parece um anjo! O que aconteceu? - diz admirado. Quando eu ia responder, bem na hora uma voz conhecida e nada agradável entra no quarto.—
— Sr. Miller gostaria de me desculpar pelo que aconteceu, não foi minha intenção o Sr. deve saber, foi um acidente, sinto muito, assim como falei ao seu irmão, caso precise de algo, me procure estarei à disposição para ajudar. - entrego meu cartão a ele, que pega um tanto curioso. — Deve ficar mais atenta Srta. Hill, poderia estar morta a essa hora. Entregou o mesmo cartão ao meu irmão? - Como assim o que ele quer dizer? Penso. — Sim, me disponho a ajudar os dois. - Kalel sorri, e faz uma careta de dor. — Aí. Só toma cuidado, meu irmão é um tanto conquistador. - ele fala e fico envergonhada corando. — Não fique com vergonha, fica linda com as afeições rubras dessa maneira. - estou vendo quem é o irmão conquistador, penso. Mudo de assunto, não me sinto bem com elogios, ainda mais de um homem. — Se sente melhor? - pergunto. — A medida do possível, pode me ajudar a colocar aquele travesseiro nas costas? - pergunta, e pego o travesseiro ajudando a colocar nas suas costas. Ele pega m