— Kalel! Acorda! - fala o rapaz loiro agitado.
— Calma - digo - O socorro já está a caminho, as pessoas já chamaram os bombeiros. - digo tentando acalmá-lo.
— O que você estava fazendo parada no meio da rua sua maluca? Era para você estar morta agora! Olha a situação do meu irmão. - fala gritando comigo, as pessoas se assustam.
— Desculpe - digo - foi sem querer, me distraí. - falo com lágrimas nos olhos.
— Aí minha perna! - grita o loiro bonitão.
— Moço acorda! - Falo ao homem desacordado.
De repente fogo começa a aparecer na parte de cima do carro. Olho para o rapaz loiro com uma afeição de medo, todos gritando para sair de perto, mas dois homens aparecem para me ajudar.
— SAIAM DAÍ! VAI EXPLODIR! - mas permanecemos no carro tentando retirar os dois, antes que explodisse.
Não podia deixá-los lá, já que a culpa de tudo era minha. Os dois homens conseguem tirar o cinto do rapaz loiro, que não para de gritar o nome do irmão. Ambos pegam o homem loiro e o leva para a calçada. Fico sozinha no carro com o homem desacordado, que acorda e meio tonto olha para mim que estava segurando seu rosto e com minha blusa na sua testa para conter o sangramento da cabeça.
— Quem é você? - pergunta o lindo homem de cabelos cor de cobre, que tem os olhos cinza mais lindos que já vi. Seu rosto é perfeito!
— Que homem mais lindo meu Deus! Foco Olivia. - penso comigo mesma.
Os dois homens voltam e conseguem tirar o cinto do segundo bonitão, enquanto estou sentada no teto do carro por dentro, já que o carro está de cabeça para baixo. Somos tirados de dentro do carro e levados para a calçada junto ao seu irmão. O homem de olhos cinza volta a desmaiar e coloco sua cabeça junto ao meu peito como um travesseiro. Sem ninguém por perto o fogo se espalha e o carro explode sem machucar ninguém. Logo escutamos a sirene da polícia e dos bombeiros, que chegaram ao local em 3 minutos.
— Me desculpe! - só consigo dizer isso, em meio às lágrimas, para o homem loiro que olha para o irmão desacordado chamando por ele. Kalel é o nome do homem de olhos bonitos e desmaiado.
Os bombeiros tentam apagar o fogo, mas está se espalhando até pelo chão por causa da explosão, de longe conseguimos ver o trabalho dos bombeiros.
Ao mesmo tempo os socorristas vêm ao encontro dos irmãos e de mim. Do outro carro atingido ninguém se feriu, os únicos feridos são os dois irmãos do Audi R8. Duas ambulâncias chegam, os paramédicos vêm continuar o trabalho dos socorristas, o irmão loiro grita:
— Kalel! Acorda! - grita enquanto os paramédicos o colocam na maca e querem levá-lo para o hospital central de Seattle.
— Fica com ele não o deixe sozinho! O nome dele é Kalel Miller, o meu é Melvin Miller, pega meu celular e liga para minha mãe. Vê se você acha o celular do Kalel no bolso do paletó. - fala enquanto os paramédicos socorrem os dois.
— Achei está aqui! - falo entregando-o para Melvin que só consegue mexer um braço.
— Me dá vou levar comigo. - fala pegando o celular de Kalel da minha mão.
— Pode deixar não vou sair do lado dele. - falo tranquilizando Melvin.
— Obrigado! Não esqueça ligar para minha mãe agora, o número está no meu telefone, procura Mãe. - fala para mim, mas é meio óbvio não acham?
— Ok! Achei, estou ligando, já está chamando. - falo com o celular já no meu ouvido.
— Dra. Maya. - atende a mãe deles.
— Alô, aqui é Olivia, estou ligando para avisar que infelizmente seus filhos Kalel e Melvin sofreram um acidente e estão sendo levados para o hospital agora. - digo logo sem rodeios.
— Meu Deus, não pode ser!? Como eles estão? - diz com voz chorosa.
— Estão bem aparentemente, Melvin está acordado e já foi levado na ambulância, mas Kalel está desacordado, não sei, sinto muito! Estou indo na ambulância com Kalel, neste momento. - digo já com o rosto molhado de lágrimas e as mãos sujas de sangue.
— Ok, sou médica e trabalho no hospital central de Seattle, sempre trazem vítimas de acidentes para cá, estarei esperando na porta, não saia do lado do meu filho, por favor! - diz em tom de suplica.
— Ok Dra. Maya, estamos a caminho. - digo em tom de esperança e desligo.
O motorista dirige a ambulância rapidamente e olho para Kalel, a socorrista está colocando uma máscara sobre a sua face ajudá-lo a respirar, nota-se que ele respira com força. Xingo-me mentalmente por ter causado essa situação, se algo grave ocorrer com esse belo homem eu vou me culpar a vida inteira.
Chegamos ao hospital central e abrem a porta permitindo a saída de Kalel, vários médicos o cercam e o perco conforme o levam para dentro, vejo uma senhora chorando e a sigo.
— Não permitiram a minha entrada - então essa é a sua mãe, estou me sentindo tão culpada que mal consigo olhá-la fixamente.
— Me desculpe senhora, eu causei o acidente - eu estava esperando um ataque verbal, afinal, é o seu filho, mas ao invés disso ela me abraça.
— Não foi a sua culpa querida. - fala ainda chorando enquanto me abraça.
— Eu não estava prestando atenção... - finalmente me deixo chorar e ela me acolhe.
Nos dirigimos para a sala de espera onde ambas ficamos encarando a parede branca a nossa frente à espera de notícias, não sei exatamente quanto tempo se passa, mas ouça uma movimentação na sala, olho para o lado e encontro um senhor desesperado em buscar de informações, e ao seu lado estão duas mulheres, uma com uma linda face de anjo, mas a outra tem uma aparência mais velha.
Vejo a mãe de Kalel correr para os braços do senhor que a abraça como se a sua vida dependesse disso, vejo ambos cochicharem um para o outro, até que o senhor olha para mim, ele parece me recriminar com o olhar, deve ser o seu pai. Ambas as moças que o acompanham se sentam, mas longe de mim.
Não sei quanto tempos se passa, se foram minutos ou horas, apenas encaro a parede branca para não ter que olhar nos olhos de cada membro da sua família.Um médico rompe as portas duplas e levantamos, espero que seja notícias sobre Kalel e Melvin.— Dra. Miller - eles parecem ser amigos, ela se aproxima dele, assim como toda a sua família, mas decido ficar no meu lugar, pelos olhares sei que não sou bem vinda, mas não sairei até saber que Kalel e Melvin ficarão bem.— Os meus filhos Dr. Robert?— Estão bem, mas vou falar sobre o caso mais grave primeiro.— Mais grave? - percebo que Adele quer chorar, mas está se segurando.— O seu filho mais velho, o Melvin.— Melvin?— Seu filho Melvin quebrou a perna direita em três lugares, o braço direito e o antebraço, fizemos ligamentos com pinos e apesar do seu filho ser saudável a recuperação dele será mais demorada, ele fará acompanhamento médico, e as fisioterapias serão intensivas.— E Kalel? - Adele parece desesperada, eu ainda não acredito
— Eu sei, mas preciso atender os meus últimos pacientes. - diz já com voz de sono.— Eu vim visitar Kalel e Melvin Miller. - falo desanimada, já que tenho vergonha por tudo que aconteceu.— Que coincidência, os verei agora, vamos. - diz divertida.Sigo pelo mesmo caminho de ontem e entro no quarto de Kalel, já Emma vai para o quarto ao lado. Kalel ainda dorme então me aproximo, mas ao invés de pegar a sua mão eu toco delicadamente seu rosto cheio de hematomas e arranhões. Ele se meche e geme, como se estivesse acordando. Começa a abrir os olhos, e olha confuso até abrir um lindo e tímido sorriso para mim, como se estivesse em um sonho bom. Não entendo a sua reação sendo que fui eu que quase tirei a sua vida. Sorrio de volta e pergunto.— Como se sente? Sou Olivia Hill. - falo me apresentando um pouco envergonhada da maneira que ele me olha.— Você parece um anjo! O que aconteceu? - diz admirado. Quando eu ia responder, bem na hora uma voz conhecida e nada agradável entra no quarto.—
— Sr. Miller gostaria de me desculpar pelo que aconteceu, não foi minha intenção o Sr. deve saber, foi um acidente, sinto muito, assim como falei ao seu irmão, caso precise de algo, me procure estarei à disposição para ajudar. - entrego meu cartão a ele, que pega um tanto curioso. — Deve ficar mais atenta Srta. Hill, poderia estar morta a essa hora. Entregou o mesmo cartão ao meu irmão? - Como assim o que ele quer dizer? Penso. — Sim, me disponho a ajudar os dois. - Kalel sorri, e faz uma careta de dor. — Aí. Só toma cuidado, meu irmão é um tanto conquistador. - ele fala e fico envergonhada corando. — Não fique com vergonha, fica linda com as afeições rubras dessa maneira. - estou vendo quem é o irmão conquistador, penso. Mudo de assunto, não me sinto bem com elogios, ainda mais de um homem. — Se sente melhor? - pergunto. — A medida do possível, pode me ajudar a colocar aquele travesseiro nas costas? - pergunta, e pego o travesseiro ajudando a colocar nas suas costas. Ele pega m
E outra ele deve ser um conquistador barato, assim como falou que o irmão dele é, esse pessoal rico, acha que pode usar quem tem menos condições. Mas confesso que nunca senti nada parecido como o que senti naquele dia quando ele pegou no meu braço e falou perto do meu ouvido. Emma e eu combinamos de sair com David e o amigo dele para irmos ao cinema, já que da última vez furamos com eles, combinamos também de não cair nas cantadas baratas dos irmãos Miller. Chego em casa após o trabalho e encontro Emma fazendo as malas. — Oi! Vai viajar? - pergunto. — Não! É trabalho, fui escalada para ficar este mês para atender o Sr. Kalel Miller com a fisioterapia, graças a Deus David foi escalado para atender ao Sr. Melvin Miller. Eles vão precisar de fisioterapia intensiva, já que irão ficar meses em recuperação, Kalel já pode usar a cadeira de rodas, Melvin ainda não, vai ficar de cama algumas semanas ainda. - Emma fala e fico triste porque ficarei sozinha. — Mas você terá que dormir na casa
O que esse homem pretende, ele é comprometido, deve ser tão galinha como disse que o irmão dele é. Não vou cair nessa, apesar de que não posso negar que ele mexe comigo. Nenhum homem conseguiu mexer comigo do jeito que ele está conseguindo e o pior é que uma sensação estranha está dominando meu corpo, na minha vagina para ser mais exata, sem que eu perceba estou roçando as pernas em busca de algo que eu não sei, talvez alivio? Apenas sei que o olhar desse homem está me deixando úmida, e pela primeira vez nos meus 20 anos de vida pensamentos pecaminosos passam pela minha mente, me vejo querendo saber como é ter aquele homem por cima de mim, a cada pensamento o roçar de pernas se torna pior e me levanto abruptamente chamando a sua atenção. Peço para ir ao banheiro, preciso me recuperar do meu nervosismo e me acalmar. Depois de sair do banheiro, encontro Emma e o Sr. Miller conversando na sala. Cumprimento Emma, carinhosamente, Kalel fica nos olhando e fala que vai fazer algumas ligaçõ
— Desculpe, a culpa disso tudo é minha. - falo entristecida. Meu Deus porque nasci tão distraída, se não fosse por minha distração esses irmãos não estariam nessa situação. — Não Olivia, não se culpe. - diz me consolando. — Bem vou indo, não quero atrapalhar. Ótimo dia Sr. Miller e David. - me despeço deixando os dois. Desço as escadas novamente indo para o escritório de Kalel. Para que uma casa tão grande para alguém que mora sozinho? Deve ser muito triste. Ainda bem que tenho Emma na minha vida. Entro no escritório e pego o meu computador, já que havia deixado aqui ontem, coloco o pendrive e começo a analisar as planilhas de giro financeiro da empresa de Kalel mês a mês, vou utilizar o método de análise da minha tese da faculdade é mais rápido e preciso. Fico meia hora analisando, tem muitos erros nessas planilhas, estou começando a desconfiar, são sempre parecidos os mesmos erros. Preciso ir ao banheiro, quando me levanto dou de cara com uma mulher, levo o maior susto e grito.
Uma hora se passa desde que o Sr. mandão saiu do escritório, David abaixou muito a cadeira, as minhas costas já doem. Levanto e tento subir a cadeira, mas realmente é muito dura, tento ajudar com o pé, estou quase conseguindo, quando a trava solta de vez e caio para trás. Sinto duas mãos segurando minha bunda e sentando em um coloco macio, bato meu pé em algum ferro, sinto uma dor tremendo na canela, sinto um cheiro maravilhoso de perfume masculino. Consigo olhar para trás, não acredito, caí sentada no colo de Kalel Miller, mas meu pé dói muito e abaixo para colocar a mão nele por reflexo da dor. — Ai! Me desculpe. - falo segurando meu pé. Olhando para Kalel que não fala nada, e ainda está com as mãos na minha bunda, causando sensações inexplicáveis que nunca senti, ainda sinto um volume embaixo da minha bunda crescendo, o que é isso? Fico pasma ao perceber que esse volume com certeza estou em cima do seu púbis, eu preciso sair daqui. — O Senhor pode tirar a mão daí, po
— Olivia, eu estava conversando com o Melvin sobre a sua adolescência, você não acreditaria se eu disser o quanto ele aprontou! - vejo Melvin olhar para Emma com um sorriso, espero que ele não esteja brincando com os sentimentos da minha amiga, pois se estiver fazendo isso eu posso quebrar a sua outra perna. Emma é uma pessoa especial e merece alguém que seja bom para ela. — Depois eu vou querer saber sobre isso, eu apenas vim ver como Melvin está, mas parece que está muito bem! - se possível ela fica ainda mais vermelha e seguro o riso. — Olivia a sessão da tarde do Sr. Miller será das 16h às 17h, talvez ele já possa tirar o colar cervical ainda hoje. - fala esperançosa. Prefiro que imobilizem o restante do corpo. — Eu preciso ir, o chefe chama. - eles riem e eu saio do quarto para lhes dar privacidade, depois preciso perguntar para Emma o que está havendo entre os dois. Sigo para o escritório de Kalel e o encontro sentado na cadeira com vários papéis a sua frente. Voltei para a