— Nossa vocês estão maravilhosas... Mãe você está tão linda! Emma! Eliza! Abigail! Tia Sheila – Elas estão na varanda segurando um pequeno buque cada uma... — Filha, você sabia e não nos contou? – minha mãe fala chorando e me abraçando... — Soube depois pelo Kalel e fiquei proibida até de pegar no celular, eles armaram tudo direitinho... – ficamos conversando as cinco eu e minha sogra que chegou logo depois em um terninho dourado, somos as madrinhas... Logo chega a hora do casamento civil dos cinco. Emma ficou muito emocionada de estar casando no mesmo dia que a mãe dela. Cada casal trocou votos matrimoniais emocionantes, passamos por muita coisa esse tempo juntos. E o melhor vai todo mundo morar no mesmo prédio, só os meus sogros que ainda não, mas quem sairia dessa mansão para ir morar em um apartamento na cidade? Eu! Não combino muito com a vida natural, sou viciada em matemática e poluição... Depois do casamento fizeram uma comemoração simples, mas de bom gosto... Haviam poucos
Cinco anos se passaram... Me dedico ao meu marido e ao trabalho... Infelizmente a questão dos filhos ficou para depois, ainda nem penso na possibilidade. Eliza engravidou, mas perdeu o bebê com oito semanas... Emma está tentando, mas não engravidou ainda, descobriu que tem endometriose e está fazendo tratamento. A boa notícia? Na Alemanha conseguiram fazer pacientes surdos como eu voltarem a ter sua audição quase completa. Kalel foi comigo e a cirurgia era simples, hoje escuto completamente bem em 80% do lado onde fui atingida no acidente com oito anos de idade, não uso mais aparelho auditivo... Ando sentindo tonturas nas últimas semanas, mas não falei nada a ninguém... Falei com o Sr. Robert e ele pediu para ir ao consultório dele... Melissa e ele se casaram a sete anos e estão muito bem tem um filho lindo. Minhas irmãs estão lindas com sete anos... Brigam com os gêmeos o tempo todo, mas não se separam... O pequeno Victor se apaixonou pela Sophie, filha adotiva de Andrew e Abigail
— Vovô! O que você fez quando a vovó estava entrando trabalho de parto? – pergunto parecendo mais calma e sarcástica do que nunca. — Bem Olivia, ela começou a sentir as dores no parto do seu pai, da sua irmã a bolsa estourou sem sentir dor nenhuma, então tentei ficar calmo e a levei no hospital as duas vezes. Não deixei ninguém levar a minha esposa no hospital, foi eu mesmo... – meu avô fala e percebo que vai ser ele mesmo... Se chamar o Kalel ele vai mandar uma ambulância com equipe neonatal me levar e isso vai ser muito constrangedor... —Vovô, acho que a minha bolsa estourou... Como você disse que é calmo... – mal começo a falar e ele entra em pânico... — Olivia! Meu Deus o que faremos agora, não sei fazer um parto... Vou chamar uma ambulância... – fala desesperado... — Calma Dr. Adam... Não disse que ficou calmo? Calma! – falo quase gritando. — Desculpe eu menti, entrei em pânico as duas vezes que fui pai. – sabia todos os homens entram em pânico. — Então agora calma! Pegue u
Nem acredito que hoje são as provas finais da minha graduação em contabilidade, foram longos quatro anos. Eu e Emma passamos por tantas coisas. Emma é a minha melhor amiga, uma irmã na verdade, mesmo depois que terminamos nosso "namoro", não diria bem um namoro, nossa tentativa de termos um relacionamento, ainda bem que não atrapalhou a nossa amizade.Quando começamos a faculdade optamos por dividir um pequeno apartamento que fica ao lado dos alojamentos da faculdade, ele é simples, dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Não precisamos de muito já que em breve iremos nos mudar.Temos muito em comum, principalmente nossos traumas de infância e repulsa por homens. Quando tinha 10 anos o padrasto de Emma tentou abusar dela, se não fosse sua mãe ter ouvido seus gritos o pior teria acontecido. A mãe de Emma se separou e o cafajeste foi preso.Elas se mudaram para Seattle desde então. Sua mãe nunca mais se casou, sempre dizia: filha os homens não prestam, estude, seja independente, não dep
— Olivia, desculpe te ligar, sei que está de folga para estudar, mas será que amanhã de manhã poderá vir ao escritório me ajudar com o caso de um cliente, porque houve divergência na nota que você faturou ontem à tarde. – fala em um tom preocupado.— Mas Dr. Adam, amanhã é sábado, não pode ficar para segunda? – digo preguiçosamente, já que amanhã Emma e eu combinamos de dormir até mais tarde.— Por favor Olivia, é urgente. – diz ainda mais preocupado.— Ok, amanhã as 9h estarei no escritório. - digo— Obrigado Olivia, até amanhã. – despede-se mais aliviado.Estranhei a ligação do Dr. Adam, para que tanta urgência? Espero que não seja nada grave. Vamos voltar aos estudos. Matemática Financeira, amo! Terei meu próprio escritório de contabilidade daqui a alguns anos, com atendimento diferenciado, irei colocar em prática minha tese sobre análise de redução de custos para empresas de modo geral, com assinaturas desnecessárias de economistas e contabilistas do meu setor de formação.Sei que
— Kalel! Acorda! - fala o rapaz loiro agitado.— Calma - digo - O socorro já está a caminho, as pessoas já chamaram os bombeiros. - digo tentando acalmá-lo.— O que você estava fazendo parada no meio da rua sua maluca? Era para você estar morta agora! Olha a situação do meu irmão. - fala gritando comigo, as pessoas se assustam.— Desculpe - digo - foi sem querer, me distraí. - falo com lágrimas nos olhos.— Aí minha perna! - grita o loiro bonitão.— Moço acorda! - Falo ao homem desacordado.De repente fogo começa a aparecer na parte de cima do carro. Olho para o rapaz loiro com uma afeição de medo, todos gritando para sair de perto, mas dois homens aparecem para me ajudar.— SAIAM DAÍ! VAI EXPLODIR! - mas permanecemos no carro tentando retirar os dois, antes que explodisse.Não podia deixá-los lá, já que a culpa de tudo era minha. Os dois homens conseguem tirar o cinto do rapaz loiro, que não para de gritar o nome do irmão. Ambos pegam o homem loiro e o leva para a calçada. Fico sozin
Não sei quanto tempos se passa, se foram minutos ou horas, apenas encaro a parede branca para não ter que olhar nos olhos de cada membro da sua família.Um médico rompe as portas duplas e levantamos, espero que seja notícias sobre Kalel e Melvin.— Dra. Miller - eles parecem ser amigos, ela se aproxima dele, assim como toda a sua família, mas decido ficar no meu lugar, pelos olhares sei que não sou bem vinda, mas não sairei até saber que Kalel e Melvin ficarão bem.— Os meus filhos Dr. Robert?— Estão bem, mas vou falar sobre o caso mais grave primeiro.— Mais grave? - percebo que Adele quer chorar, mas está se segurando.— O seu filho mais velho, o Melvin.— Melvin?— Seu filho Melvin quebrou a perna direita em três lugares, o braço direito e o antebraço, fizemos ligamentos com pinos e apesar do seu filho ser saudável a recuperação dele será mais demorada, ele fará acompanhamento médico, e as fisioterapias serão intensivas.— E Kalel? - Adele parece desesperada, eu ainda não acredito
— Eu sei, mas preciso atender os meus últimos pacientes. - diz já com voz de sono.— Eu vim visitar Kalel e Melvin Miller. - falo desanimada, já que tenho vergonha por tudo que aconteceu.— Que coincidência, os verei agora, vamos. - diz divertida.Sigo pelo mesmo caminho de ontem e entro no quarto de Kalel, já Emma vai para o quarto ao lado. Kalel ainda dorme então me aproximo, mas ao invés de pegar a sua mão eu toco delicadamente seu rosto cheio de hematomas e arranhões. Ele se meche e geme, como se estivesse acordando. Começa a abrir os olhos, e olha confuso até abrir um lindo e tímido sorriso para mim, como se estivesse em um sonho bom. Não entendo a sua reação sendo que fui eu que quase tirei a sua vida. Sorrio de volta e pergunto.— Como se sente? Sou Olivia Hill. - falo me apresentando um pouco envergonhada da maneira que ele me olha.— Você parece um anjo! O que aconteceu? - diz admirado. Quando eu ia responder, bem na hora uma voz conhecida e nada agradável entra no quarto.—