Ele abriu o último arquivo de gravação do mês…Viviane estava quase dormindo, mas ao ouvir o barulho da porta se abrindo lá embaixo, despertou completamente e até deixou escapar um sorriso no canto dos lábios.Então, depois de toda aquela cena ao sair, ela voltou em poucas horas? No final, o que disse não significava nada?Fernanda, aquela bruxa velha, sempre volta rastejando!Será que ela não tem coragem de me deixar aqui sozinha? No fim das contas, eu ainda tenho quinhentos milhões na minha barriga. Quem vai intimidar quem?Se Fernanda realmente voltou, então Ana, Leona e os outros funcionários devem ter vindo com ela.Que ótimo, estou mesmo com fome. Vou pedir para a Leona preparar uma sopa para mim…Viviane deu uma volta pela sala e foi até a cozinha, mas não havia ninguém.Ela olhou ao redor com intrigada.De repente, viu um par de sapatos masculinos no hall de entrada!Rafael voltou?Com um brilho nos olhos, ela rapidamente foi para o quarto trocar de roupa e vestiu um pijama, ca
Na tela, o vídeo mostrava claramente o momento em que ela entrou sorrateiramente no escritório e trocou dois documentos.Além disso, outras gravações exibiam suas frequentes atitudes arrogantes e palavras ofensivas contra Fernanda.Viviane ficou completamente perplexa, sem saber o que a atingira. Não sabia se era pela brutalidade das duas bofetadas que acabara de levar ou pela exposição de suas ações.Rafael falou, a voz carregada de desdém:— Achei que você fosse apenas uma pessoa superficial e gananciosa. Mas nunca imaginei que você fosse uma mentirosa compulsiva, venenosa e manipuladora, sempre criando intrigas e tentando colocar todos uns contra os outros. Ele a encarou friamente:— Te bater foi para você lembrar qual é o seu lugar e abandonar qualquer fantasia absurda. E é também um aviso: pare de fazer intrigas. Caso contrário…Rafael estreitou os olhos, a voz se tornando gélida:— Você vai descobrir que existem coisas muito piores do que a morte.Tomada pelo pavor, Viviane rec
A enfermeira respondeu:— A familiar já foi embora…— O quê?! O que quer dizer com ‘foi embora’?— Bom… essa grávida é SVIP no nosso hospital. Ela já ficou internada aqui várias vezes.A médica parecia confusa, pois estava de plantão naquela noite e não conhecia a situação da paciente.Mas as enfermeiras já estavam mais do que acostumadas e bem cansadas.Toda vez que ela aparecia para ser internada, o clima no posto de enfermagem ficava pesado.A médica disse com certa irritação:— E o que isso tem a ver com a assinatura? Ligue logo para eles! Com a assinatura, podemos começar a cirurgia. O bebê já não tem batimentos, e a paciente está com uma hemorragia. Se demorarmos mais, a vida dela estará em risco.— Mas… o homem que trouxe ela a deixou aqui e foi embora…A médica sentiu uma raiva crescer. Como ainda existem maridos assim?Dinheiro, e daí?Ele tinha dinheiro para pagar o SVIP, mas não para acompanhar a esposa que estava com uma hemorragia?Essas famílias ricas só fazem coisa errad
Na enfermaria, Viviane acordou e percebeu que o bebê não estava mais ali. Ela entrou em desespero total.Esse bebê era tudo que ela tinha, toda sua esperança. Como isso pôde acontecer?!Ela perguntou incrédula a médica:— Doutora, meu bebê ainda está aqui, não está? Tudo o que você disse antes era só uma brincadeira, não foi? Esse tipo de brincadeira não tem graça nenhuma! Meu bebê está vivo, eu sei!— Srta. Viviane, eu entendo que a perda de um filho é algo muito difícil, mas, infelizmente, seu bebê realmente não resistiu. Pense que você ainda é jovem, no futuro…Naquele momento, não sei o que me veio à mente, mas as palavras da médica não saíam.Viviane continuou:— Como assim ele não sobreviveu? Vocês não tentaram salvar ele o suficiente, não é?! Além disso, como puderam decidir por esse procedimento sem o meu consentimento? Com que direito fizeram isso?!Já esperando essa reação, a médica explicou de forma calma:— Quando você chegou, estava com uma grande hemorragia, e sua bolsa j
— Olá, quem fala?— Olá, estou falando com a família da Viviane? Aqui é da maternidade do Hospital Central. A situação da Srta. Viviane…Assim que ouviu essas palavras iniciais, Fernanda imediatamente reconheceu que era uma ligação do hospital.Provavelmente, Viviane estava novamente fazendo uma cena.Ela cortou a conversa bruscamente:— Está ruim de novo, né? Fazendo drama, né? Nem precisam me ligar. Se ela quiser morrer, que morra longe e me poupe!E desligou sem mais.Fernanda resmungou para si mesma. Toda vez era essa mesma estratégia, já estava cansada disso.Ela sabia muito bem que o único trunfo que Viviane tinha era a gravidez. Por isso, não importava quantas vezes ameaçasse, não teria coragem de prejudicar realmente o bebê.Com esse pensamento, Fernanda percebeu que todo o desconforto que havia passado foi em vão.Na verdade, ela tinha levado Ana, a Leona, e o motorista de propósito, para dar uma lição em Viviane. Era hora dela experimentar como era não ter ninguém para servi-
No círculo de amigos, todos sabiam que Júlia Ferreira era loucamente apaixonada por Rafael Lima.Amava tanto que não tinha sua própria vida, nem seu espaço, e queria estar com ele 24 horas por dia.Cada vez que eles terminavam, em menos de três dias, ela voltava implorando por reconciliação. No mundo, qualquer um poderia falar a palavra ‘acabou’, exceto Júlia Ferreira.Quando Rafael entrou na sala abraçado com sua nova namorada, houve um silêncio estranho.Júlia, que estava descascando uma laranja, parou de repente e disse:— Por que ninguém fala nada? Por que estão me olhando assim?— Júlia... — Seus amigos olharam para ela com preocupação.Rafael, porém, agiu como se nada tivesse acontecido, abraçando a nova namorada e sentando-se no sofá.Ele disse ao aniversariante de hoje, o André Barbosa:— Feliz aniversário, André.Descaradamente.Júlia se levantou, não queria estragar o aniversário de André e falou:— Vou ao banheiro.Ao fechar a porta, ouviu a conversa continuar:— Rafael, Júl
Na mesa de café da manhã.Rafael perguntou para Ana:— Cadê a sopa de feijão?Ana respondeu:— Você está falando daquela sopa boa para o estômago?Rafael repetiu:— Sopa para o estômago?Ana explicou:— Sim, a que a Júlia fazia, com feijão-preto, batata-doce, cenoura e peito de frango. Não tive tempo para preparar, porque precisa cozinhar o feijão e os legumes desde a noite anterior, e de manhã, é preciso ficar mexendo. Eu não tenho a mesma paciência que a Júlia para ficar de olho na sopa o tempo todo.Rafael pediu para Ana trazer o molho para ele, experimentou um pouco e disse:— Por que o sabor está diferente? — Ele olhou a embalagem e não era a mesma.Ana respondeu:— Esse pote estava vazio. Só tenho este.Rafael pediu para Ana ir ao supermercado comprar mais um pouco, e Ana sorriu sem graça e disse:— É que essa receita foi a Júlia que fez, eu não sei preparar.Rafael subiu as escadas após bater a lata na mesa.Ana Maria observou Rafael subir as escadas, confusa. Por que ele estava
André perguntou:— Está com dificuldade de encontrar o lugar? Vou sair para ajudar...Notando a expressão nada boa do Rafael, André finalmente se tocou:— Epa! Rafael, Júlia ainda não… voltou, né?Já se passaram mais de três horas.Rafael deu de ombros:— Voltar? Você acha que terminar é brincadeira?Disse isso e passou por ele, sentando-se no sofá.André coçou a cabeça, “ sério mesmo? Será que foi de verdade dessa vez?”Mas logo balançou a cabeça, achando que estava pensando demais.Rafael pode até conseguir terminar de verdade, mas Júlia…Nenhuma mulher no mundo poderia aceitar terminar, mas ela não aceitaria. Isso é um fato reconhecido por todos.Bruno Rocha, sempre gostando de caos, cruzou os braços e sorriu:— Rafa, como você está sozinho? Você disse três horas, agora passou um dia.Rafael sorriu:— Perdi a aposta, qual vai ser a punição?Bruno levantou a sobrancelha: — Hoje vamos mudar o jogo, nada de bebida. Você vai ligar para a Júlia e, na voz mais doce, dizer: Desculpa, eu e