Isso foi como…Um fazendeiro dizendo a um pecuarista como deveria alimentar o gado…Ninguém acreditaria nisso!Júlia olhou para Amanda, que ainda estava paralisada e falou calmamente:— Obrigada pelas orientações. Sei que a pesquisa precisa ser rigorosa e prática, isso é o básico. Mas também é importante ouvir e aceitar sugestões razoáveis, certo? No caso de hoje, o mais importante é validar a sugestão antes de tirar conclusões baseadas em opiniões.Seu tom foi tranquilo, como se estivesse apenas expondo um fato.Mas para Amanda, cada palavra parecia uma faca afiada, cortando profundamente.Não era uma bronca, mas doía como se fosse.O rosto de Amanda ficou quente como se estivesse em chamas....Depois de mais um dia exaustivo, Júlia chegou em casa, jogou-se no sofá e abraçou o travesseiro, logo pegou no sono.Enquanto uns lutavam contra o cansaço da rotina, outros aproveitavam as luzes da noite.Na pista de dança, sob luzes brilhantes e ao som de batidas intensas, Bruno Rocha deixava
Rafael estava claramente irritado, mal conseguia esconder a frustração. Ele olhou as horas, eram apenas nove da noite, e já havia recebido quatro ou cinco ligações de casa, três delas da sua mãe e uma da Viviane.Ela sabia que ele não atenderia, ela ligou uma vez e parou, como se quisesse mostrar que sabia a hora de parar.Mesmo assim, ele se sentia incomodado, especialmente por pensar que havia uma nova pessoa na casa, o que o irritava ainda mais.André olhou para o relógio:— Ainda é cedo, já vai embora?Rafael ficou em silêncio, mas André percebeu que, apesar de sua aparência tranquila, ele estava claramente no limite da paciência. Por isso, André não insistiu e falou:— O motorista da minha casa está lá embaixo. Vou pedir para ele te levar.— Valeu.André largou o copo de bebida e sorriu:— Vai ficar nessa formalidade comigo? Deixa que eu te acompanho até a porta.Rafael acenou com a mão:— Não precisa, podem continuar se divertindo.Observando a saída de Rafael, Bruno soltou uma
Rafael só se deu conta tardiamente de que Viviane era muito mais astuta do que ele imaginava.Antes, ele achava que aquela garota era pura e encantadora, ingênua e despreocupada. E no fim? Ele foi feito de bobo, enganado e manipulado por ela, chegando até a perder... Jú.Se não fosse por ela, como ele e Júlia poderiam ter chegado a esse ponto? Esse pensamento só aumentava o desprezo de Rafael, a ponto de ele evitar qualquer lugar onde Viviane estivesse.Ele já havia passado vários dias dormindo no escritório, e Viviane, sem coragem de ligar diretamente, usava Fernanda para insistir que ele voltasse para casa. Rafael, para não preocupar a mãe, teve que voltar à mansão, ainda que a contragosto.Mas, fora isso, não queria ter mais nada a ver com ela....Quando chegou à mansão, já passava das oito da noite. Ao abrir a porta, viu Viviane esperando na entrada, estendendo a mão para pegar seu casaco. Rafael desviou para o lado, passando direto por ela em direção à sala.Viviane ficou com as
Júlia foi despertada por batidas na porta. Ela se levantou de repente, certa de que alguém estava batendo à porta de sua casa.— Quem é? — Júlia perguntou com cautela, ainda atrás da porta.Essa noite, José ficaria no laboratório fazendo hora extra. Se realmente fosse algum bandido, ela não teria ninguém para protegê-la.As batidas pararam por um momento, mas quem estava do lado de fora não respondeu.Como Júlia não abria, ele voltou a bater.— Se você não falar, não vou abrir a porta. — Disse Júlia.— Jú. — Rafael deu uma risada amarga.Ela continuava teimosa como sempre:— O que você quer?Júlia franziu a testa automaticamente ao reconhecer a voz dele.— Deixa eu entrar, vamos conversar. Eu prometo que não vou fazer nada. Se você não confiar, pode deixar a porta só encostada... — Disse Rafael.— Não temos nada para conversar. — Júlia o interrompeu, deixando claro que não tinha intenção de abrir a porta.Depois disso, por mais que ele batesse ou implorasse, Júlia fingiu que não ouvia.
Ele tinha sido o primeiro a soltar sua mão, mas agora que ela estava prestes a aceitar a realidade e sair da sombra, ele de repente queria trazê-la de volta para o passado?Não era irônico?— Rafael, não me procure mais, não me obrigue a te odiar. — Disse Júlia.Sua firmeza, sua decisão, eram como uma faca, perfurando toda a confiança e segurança dele.— Jú... não faça isso... por favor? — Implorou Rafael!Júlia, porém, o encarava com a mesma expressão serena de antes:— Eu resolvi todos os obstáculos entre nós, até minha mãe concordou. Se você aceitar, podemos ir direto ao cartório e nos divorciar!— Não quero.O que ele chamava de "resolver" não passava de uma ilusão para si mesmo.— Jú...— Estou ocupada, preciso ir.Ela passou por ele, sem olhar para trás, e se afastou rapidamente.Rafael ficou ali, parado, sem se mover.As pessoas que iam para o trabalho durante o pico da manhã passavam por ele, mas ele parecia ter perdido a alma, com os olhos vazios, como se o mundo inteiro não i
No laboratório.— Alan, você é bom em cálculos rápidos, me ajuda com esses dados, é urgente! — Andressa pediu.— Usa o computador, Andressa, estou sem tempo agora... — Respondeu Alan, também sobrecarregado.— Não faz isso, o meu é mais urgente, dá uma olhada, é rapidinho!Alan apontou para Júlia, que estava no balcão oposto:— Fala com ela, ela pode te ajudar.Na última vez, quando Júlia corrigiu os erros, todos testemunharam as habilidades dela.Apenas Amanda ainda pensava que Júlia tinha apenas dado sorte.— O que foi, Andressa? Precisa de ajuda? — Júlia se ofereceu.Andressa imediatamente assentiu:— Sim! Dá uma olhada nisso aqui...Dois minutos depois, Júlia disse:— Pronto, já enviei o resultado para você pelo sistema interno.— Uau! Tão rápido? — Andressa ficou surpresa.Alan parou o que estava fazendo, deixando tudo de lado e pediu os dados para Andressa:— Deixa eu ver...Andressa revirou os olhos para ele:— Quando te pedi, você disse que estava ocupado. Agora que ela já fez,
— Quem você acha que vai ganhar? — Andressa perguntou, curiosa.— No momento, o Arthur está com mais vantagem. — Respondeu Alan.Andressa ficou em silêncio, mas seu olhar deixava claro que ela concordava.No quinto minuto, Júlia havia terminado quatro questões e começava a quinta.Arthur, por sua vez, ficou preso por alguns segundos na quarta questão, ficando um pouco atrás.Júlia conseguiu ultrapassá-lo, mas a vantagem era mínima.No sexto minuto, os dois empacaram na última questão....Aos seis minutos e cinquenta segundos, Júlia escreveu a resposta e encerrou.Arthur, com uma fina camada de suor na testa, exclamou:— Pronto!Mas, infelizmente, ele ainda terminou dez segundos depois dela.Arthur respirou fundo, enxugando o suor e forçando um sorriso:— Não tem problema, além da velocidade, tem que ver a precisão. Estou confiante.Mas o resultado saiu, e Júlia acertou todas, enquanto ele errou uma.Arthur ficou atônito:— Foi uma derrota relâmpago!Arthur precisou admitir:— Júlia,
José tinha acabado de sair da aula e veio direto do prédio de ensino, ainda segurando os materiais.— Arthur e Júlia estavam competindo nos cálculos rápidos, e ficou combinado que quem perdesse pagaria o jantar. Adivinha quem perdeu? Estamos escolhendo onde vamos comer. — Explicou Andressa.José lançou um olhar em volta e percebeu o sorriso de Júlia, e o clima descontraído entre todos.Parecia que todas as barreiras tinham desaparecido, e ela finalmente se sentia parte do grupo.Isso fez José sorrir também:— Certo, então hoje saímos mais cedo e deixamos o Arthur bancar o jantar.— Ei! — Andressa protestou. — Eu nem disse quem perdeu, e você já falou que o Arthur vai pagar?— Ué, não foi ele que perdeu? — José respondeu com um sorriso de canto.— Foi sim. — Admitiu Andressa.Arthur ficou sem palavras.Andressa, então, lançou uma pergunta rápida:— Amanda, você vem?— Não vou não. — Respondeu Amanda, sem pensar duas vezes....À noite, acabaram escolhendo um restaurante simples para o j