No laboratório.— Alan, você é bom em cálculos rápidos, me ajuda com esses dados, é urgente! — Andressa pediu.— Usa o computador, Andressa, estou sem tempo agora... — Respondeu Alan, também sobrecarregado.— Não faz isso, o meu é mais urgente, dá uma olhada, é rapidinho!Alan apontou para Júlia, que estava no balcão oposto:— Fala com ela, ela pode te ajudar.Na última vez, quando Júlia corrigiu os erros, todos testemunharam as habilidades dela.Apenas Amanda ainda pensava que Júlia tinha apenas dado sorte.— O que foi, Andressa? Precisa de ajuda? — Júlia se ofereceu.Andressa imediatamente assentiu:— Sim! Dá uma olhada nisso aqui...Dois minutos depois, Júlia disse:— Pronto, já enviei o resultado para você pelo sistema interno.— Uau! Tão rápido? — Andressa ficou surpresa.Alan parou o que estava fazendo, deixando tudo de lado e pediu os dados para Andressa:— Deixa eu ver...Andressa revirou os olhos para ele:— Quando te pedi, você disse que estava ocupado. Agora que ela já fez,
— Quem você acha que vai ganhar? — Andressa perguntou, curiosa.— No momento, o Arthur está com mais vantagem. — Respondeu Alan.Andressa ficou em silêncio, mas seu olhar deixava claro que ela concordava.No quinto minuto, Júlia havia terminado quatro questões e começava a quinta.Arthur, por sua vez, ficou preso por alguns segundos na quarta questão, ficando um pouco atrás.Júlia conseguiu ultrapassá-lo, mas a vantagem era mínima.No sexto minuto, os dois empacaram na última questão....Aos seis minutos e cinquenta segundos, Júlia escreveu a resposta e encerrou.Arthur, com uma fina camada de suor na testa, exclamou:— Pronto!Mas, infelizmente, ele ainda terminou dez segundos depois dela.Arthur respirou fundo, enxugando o suor e forçando um sorriso:— Não tem problema, além da velocidade, tem que ver a precisão. Estou confiante.Mas o resultado saiu, e Júlia acertou todas, enquanto ele errou uma.Arthur ficou atônito:— Foi uma derrota relâmpago!Arthur precisou admitir:— Júlia,
José tinha acabado de sair da aula e veio direto do prédio de ensino, ainda segurando os materiais.— Arthur e Júlia estavam competindo nos cálculos rápidos, e ficou combinado que quem perdesse pagaria o jantar. Adivinha quem perdeu? Estamos escolhendo onde vamos comer. — Explicou Andressa.José lançou um olhar em volta e percebeu o sorriso de Júlia, e o clima descontraído entre todos.Parecia que todas as barreiras tinham desaparecido, e ela finalmente se sentia parte do grupo.Isso fez José sorrir também:— Certo, então hoje saímos mais cedo e deixamos o Arthur bancar o jantar.— Ei! — Andressa protestou. — Eu nem disse quem perdeu, e você já falou que o Arthur vai pagar?— Ué, não foi ele que perdeu? — José respondeu com um sorriso de canto.— Foi sim. — Admitiu Andressa.Arthur ficou sem palavras.Andressa, então, lançou uma pergunta rápida:— Amanda, você vem?— Não vou não. — Respondeu Amanda, sem pensar duas vezes....À noite, acabaram escolhendo um restaurante simples para o j
O rosto dele passou de um tom normal para bochechas coradas e, em seguida, o vermelho se intensificou, subindo até alcançar as orelhas.Todo o processo levou menos de dez segundos, e cada mudança foi observada por Júlia, que mal conseguia conter a surpresa.— Deve ser o calor aqui dentro do carro. — Disse José.Júlia rapidamente abaixou o vidro do lado dela:— Melhorou?— Hum....Depois de deixar Júlia em casa, José se lembrou de um experimento que havia começado e ainda não tinha terminado. Ele decidiu voltar ao laboratório.Júlia, por sua vez, se jogou no sofá. Toda a animação de antes havia passado, e ela sentia os ossos amolecendo, como se quisesse se fundir ao estofado.Fechou os olhos, e as cenas de momentos antes no carro invadiram sua mente.Os detalhes pareciam ampliados em dez vezes. Ela se lembrou do toque suave de José em sua cabeça, um gesto que a fez sentir-se cuidada, encorajada..."Talvez não tenha sido só impressão?""Ele estava realmente tentando me encorajar."Mas e
Assim que falou, temendo que Patrícia insistisse no assunto, Júlia tratou de mudar o foco da conversa:— Tô com fome, e não combinamos de ir a um restaurante? Vamos lá comer.Havia um restaurante italiano que ficava lotado nos finais de semana. Patrícia tinha reservado uma mesa com dois dias de antecedência e, mesmo assim, quase não conseguiu.O restaurante ficava perto de uma fazenda, e os embutidos e queijos eram trazidos fresquinhos de lá.Júlia não costumava comer massas e frutos do mar, mas de vez em quando gostava de variar, e ali era um dos seus lugares preferidos.Principalmente porque as pizzas eram feitas com farinha de alta qualidade e o queijo mais fresco. O aroma já tomava conta do lugar antes mesmo da pizza chegar à mesa.Patrícia, animada, sentou-se e começou a apontar no cardápio:— Esse, esse e esse... Ah, e mais esse e esse... Duas porções de cada.Patrícia havia perdido peso naquela semana, por causa do excesso de trabalho, então agora queria aproveitar a folga e com
José tinha um carro, e os dois seguiam na mesma direção, então Júlia naturalmente foi junto com ele.O prédio antigo não tinha garagem, então precisaram estacionar no shopping do outro lado da rua e caminhar de volta até o edifício.No caminho, passaram por um bosque de álamos, e de repente, um vento forte soprou.Os flocos de álamo subiram aos montes, voando por toda parte, parecendo pequenos flocos de neve soltos no ar.Júlia não conseguiu evitar um espirro:— Desculpa, eu... Ah... Atchim!Foram vários espirros seguidos, e José percebeu que ela estava tendo uma reação alérgica. Rapidamente, pegou do bolso um pacote de lenços, abriu e estendeu um para ela:— Cobre o rosto e respira devagar.Júlia fez o que ele sugeriu, e seu nariz realmente se acalmou um pouco.Eles apressaram o passo para chegar logo em casa.Na porta do prédio, despediram-se rapidamente, e assim que Júlia entrou em seu apartamento, soltou mais uma sequência de espirros.Quando finalmente parou, seu nariz estava comp
Rafael recuou as mãos imediatamente, como uma criança que fez algo errado:— Desculpa, Jú, eu não queria... Eu não sei o que deu em mim... Eu só não queria que você fugisse, que ficasse longe de mim...— Não me toca! — Júlia segurava a cabeça, com os olhos cheios de lágrimas pela dor.Nesse momento, André finalmente chegou, apressado. Junto com ele, veio Lucas.— Tá tudo bem? — Perguntou Lucas e ignorou Rafael e foi direto para Júlia, a preocupação evidente em sua voz.Quando André ligou, Lucas estava em uma reunião de negócios. Se tudo corresse bem, fecharia um contrato de seis milhões naquela noite.Mas ao saber que Júlia estava em perigo, deixou o cliente falando sozinho e saiu imediatamente.Dirigiu a toda velocidade, e, depois de dez minutos, encontrou André na entrada do beco.Eles trocaram um olhar rápido e correram para o prédio de Júlia. Como esperado, encontraram Rafael fora de controle.Júlia evitava a aproximação de Rafael, mas também se afastou do toque de Lucas. Ela deu u
Rafael cambaleou:— O que você quer dizer com isso?— O que eu quero dizer você não entende? Ah, claro, você acha que escondeu tudo muito bem, mas a Júlia não é nenhuma boba. — Disse Lucas.Rafael percebeu outra intenção nas palavras e agarrou Lucas pela gola, o olhar feroz:— O que você contou para ela, afinal?— Pelo visto, você ainda não entendeu por que vocês terminaram.— Fala como se soubesse de tudo!Lucas respondeu:— Claro que sei.— Cala a boca!Lucas o empurrou, ajeitou a gola da própria camisa e, com um olhar de desprezo:— Olha pra você, Rafael... Parece um cachorro sarnento...André interrompeu:— Chega! Vocês dois, vão morrer se ficarem em silêncio por um minuto? Todo mundo aqui é amigo, não precisa disso.Rafael retrucou:— Quem é amigo dele?Lucas:— Eu também não quero um amigo desses.André ficou sem palavras.Rafael apontou para Lucas, ameaçando:— Fique longe da Júlia, senão…Lucas:— Senão o quê?Rafael:— Não me faça esquecer todos esses anos de amizade!Lucas di