Uma cobra saltou de dentro da caixa!Ela tinha anéis brancos e pretos, com uma cauda comprida e fina, claramente uma cobra venenosa!Júlia percebeu o que estava acontecendo e jogou a caixa para longe imediatamente.Mas a cobra já havia erguido o corpo, mostrando suas presas venenosas e atacando seu pulso.A apresentadora ao lado estava pálida de medo, gritando no microfone.O caos tomou conta do local. Todos se afastaram, instintivamente querendo fugir do perigo.Júlia não teve tempo de reagir e só pôde ver a cobra venenosa atacando seu pulso.Nesse momento, duas figuras saltaram quase ao mesmo tempo. Rafael, que estava mais perto e foi mais rápido, puxou Júlia antes de Lucas.Mas ele mesmo acabou com a nuca exposta para a cobra.— Cuidado!— Fique atento!Júlia e Viviane gritaram ao mesmo tempo.Júlia foi protegida por Rafael, enquanto Viviane correu para se colocar na frente dele.Então, a cobra mordeu a panturrilha de Viviane.Ela gritou de dor e caiu, seu corpo ficando mole.Rafael
A partir daquele momento, Rafael estava oficialmente fora do jogo....Viviane estava com a saúde relativamente boa e, após receber o antídoto a tempo, logo se recuperou.Depois de uma checagem no hospital, foi confirmado que não havia grandes problemas, e o casal voltou para a ilha.Para garantir, Rafael havia contratado um médico para acompanhá-los e cuidar de Viviane.No quarto, ela estava deitada na cama, fraca, enquanto o médico a examinava.Rafael estava ao lado da cama, tentando se distrair e pensando em sair para fumar um cigarro. Porém, Viviane falou:— Amor, eu estou com medo… você não vai me deixar sozinha, vai? E se outra cobra venenosa aparecer?Ao se lembrar de como ela tinha se ferido para salvá-lo, Rafael ficou com o coração amolecido:— Tudo bem, eu não vou sair. Apenas colabore com o exame.Viviane assentou a cabeça, com lágrimas nos olhos.Depois que o médico terminou e retirou a agulha, ele se despediu e saiu.Agora, no quarto, apenas os dois estavam presentes. Vivi
Viviane continuou a falar gentilmente:— Eu te amo, assim como você ama Júlia. O que você sente por ela, eu sinto por você, é algo inalcançável. Então, se você me perguntar o que eu quero, só desejo uma chance de ficar ao seu lado.A voz suave de Viviane estava carregada de sinceridade e… uma humildade evidente.Rafael sentiu como se algo em seu peito tivesse sido levemente tocado:— Fique tranquila, daqui para frente eu vou cuidar de você. Não vou deixar você se machucar novamente.Viviane sorriu e se aconchegou no peito dele, apertando ainda mais a cintura do homem com um braço, sua voz doce como mel:— Eu sei, sempre acreditei nisso.Rafael a abraçou mais forte, mas, por dentro, sentia uma estranha sensação de opressão, sem entender exatamente o porquê....O acidente durante o evento foi grave, e a equipe do hotel rapidamente se mobilizou para resolver a situação. Como envolvia risco à vida, o responsável chamou a polícia imediatamente.Naquela mesma noite, os policiais interrogara
A dona da loja percebeu imediatamente que Júlia era do País H, ficou mais receptiva e amigável:— Garota, você tem bom gosto. Essas esculturas são todas feitas à mão por mim. Com certeza, serão ótimos presentes para levar de volta.Após perguntar o preço, Júlia sorriu e respondeu:— Ótimo, pode embrulhar para mim.Durante a embalagem, a dona colocou um cartão postal no pacote:— Se houver algo que você queira dizer, mas não consegue, escreva aqui.Júlia sorriu sem jeito, pensando que não era necessário, pois não tinha nada a dizer, mas aceitou o presente para não ser indelicada.Não seria necessário....Na manhã seguinte, Lucas chegou ao restaurante no horário marcado, mas, após dar algumas voltas, não viu Júlia, apenas Patrícia tomando café da manhã sozinha.Na mesa, havia um copo e uma salada.Patrícia o cumprimentou sorridente:— Bom dia, Lucas! Vi que você deu umas três voltas me olhando. Quer se juntar a mim para tomar o café da manhã?Lucas levantou uma sobrancelha e, de fato, p
Lucas saiu do restaurante e cruzou de passagem com Rafael, que estava entrando para o café da manhã.Rafael franziu a testa.Ele olhou discretamente ao redor, mas não viu Júlia.Viviane pereceu que ele olhava ao redor, perguntou com um tom brincalhão:— Amor, está procurando alguém?Ele voltou o olhar para ela:— Você está machucada, não deveria insistir em sair.— Até poderia pedir para trazerem a comida, mas ficar muito tempo deitada me deixa mofada… queria sentir o ar fresco. — Ela completou com uma risada, mostrando a língua.Rafael perguntou:— O que você quer comer?— Um sanduíche e leite, obrigada, meu bem!No almoço, Rafael percorreu os quatro restaurantes da ilha sem sinal de Júlia.À tarde, passeou pela praia e também não a encontrou.Só à noite, no restaurante de comida brasileira, ele viu Patrícia, mas ainda nada de Júlia.O mais estranho era que Lucas também desapareceu depois de manhã. Será que os dois estavam juntos?Esse pensamento deixou Rafael inquieto, e ele se levan
Sabendo da diferença de temperatura entre os dois lugares, antes de o avião pousar, ela já havia tirado do bolso o casaco longo de plumas, enrolando-se até parecer uma bola.Mesmo assim, foi um erro de cálculo.Há poucos dias tinha caído uma chuva congelante, e agora, os galhos das árvores e os postes estavam cobertos de pingentes de gelo. A garoa parecia leve, mas ao cair sobre as pessoas, em pouco tempo encharcava a roupa e logo virava uma crosta de gelo.Essa rua era normalmente cheia de vida, mas no auge do inverno e tão tarde da noite, o trânsito passava rápido, e não havia um táxi à vista.Tremendo de frio, ela tirou o celular e olhou para o Uber.Três minutos atrás, mostrava que o carro chegaria em cinco minutos, mas agora o tempo de espera tinha aumentado para meia hora.Ela deu uma olhada no mapa congestionado, o motorista estava preso no mesmo ponto já fazia um tempo.Indecisa sobre cancelar ou não, um carro parou suavemente ao seu lado.A janela baixou e ela viu um rosto fam
Júlia sorriu, defendendo sua escolha:— Que nada, olha só, com essa carinha aí tá idêntico!Ela balançou o bonequinho na mão, e José não conseguiu segurar o riso.Ela sorriu:— Agora não parece tanto.No fim, José acabou aceitando o presente e agradeceu.Júlia comentou:— Não faz mal, olha só, podemos ir…...Quando chegou em casa, já era de madrugada.Antes de viajar, Júlia tinha deixado tudo limpinho, e até pediu uma faxineira dar uma geral antes de voltar. Estava tudo em ordem, não dava nem para dizer que tinha passado dias fora.Depois de um banho rápido, ela se jogou na cama macia, sentindo o cheirinho do sabonete, e suspirou satisfeita. No fim das contas, por mais lugares que visitasse, nada era mais confortável que estar em casa.Enquanto isso, José ainda estava acordado.Ele estava numa fase crucial do projeto, quase terminando a primeira etapa. Os últimos dias foram uma loucura, e ele só conseguiu um tempinho para ir ao aeroporto de última hora.Agora, ele planejou tomar um b
Às dez da noite, a neve começou a cair novamente, silenciosa e constante.José guardou o guarda-chuva, sacudindo a neve acumulada, que rapidamente derreteu em água.Os problemas no laboratório não davam trégua, e mesmo ele estava cansado de tanta dificuldade. Com os momentos mais frios se aproximando, a sensação de festa só aumentava.Após dias sem dormir direito, José estava aliviado por finalmente ter corrigido os dados experimentais para níveis seguros e decidiu dar dois dias de folga para a equipe.José tirou a chave e estava prestes a abrir a porta quando ouviu um som vindo de trás.A luz quente que escapava pela fresta da porta iluminou o corredor escuro e trouxe a voz de Júlia como um calor no inverno:— Professor José, você volta cedo hoje. A vizinha do terceiro andar acabou de ter uma netinha e trouxe ovos à tarde. O seu está aqui. Só um minuto, vou pegar para você…Com sua percepção aguçada, José ouviu a voz clara e gentil dela e, por um momento, seu ritmo desacelerou. Ele re