Algumas culturas acreditavam que se podia ver o destino nas estrelas, mas meu destino sempre esteve na lua. Quem sou eu? Chamam-me de louca, sonhadora, esperançosa, otimista e até mesmo de iludida, mas você pode me chamar de Cecília ou se quiser ser mais formal pode me chamar de Cecília Arsen.
Você deve está se perguntando coisas sobre mim, certo? Então irei me apresentar, como já disse meu nome é Cecília, mas meus amigos me chamam de Cí, tenho dezesseis anos, e apesar da idade de adolescente eu sou sonhadora como uma criança que acredita em contos de fadas, moro em New York com meus pais Laura e Rodrigo Arsen, meus cabelos são ruivos, ondulados e com uma mecha azul marinho do lado direito, tenho olhos verdes semelhantes a duas esmeraldas, meu rosto e meus ombros possuem algumas sardas e tenho 1,64 de altura, mais sobre mim você irá descobrir ao decorrer da minha história.
Minha paixão pela lua começou quando eu tinha apenas sete anos e meu pai me contava histórias da lua, e a que mais me apaixonou foi a de uma noite de verão em que meu pai sentou na minha cama e disse:
- Vamos dormir, minha pequena Cecília?
- Pai, me conta uma história? - eu disse toda animada.
- Sobre o que, filha?
- Não sei, você escolhe.
- Vejamos... - ele fez uma pausa - Que tal uma história sobre a lua? - ele pergunta olhando para a lua pela janela que iluminava meu quarto.
- Sim, comece!
- Lendas antigas diziam que o sol e a lua eram apaixonados um pelo o outro, mas não podiam viver esse amor, a lua só surgia com o desaparecimento do sol e ambos tinham que cumprir suas funções, o sol iluminando o dia e a lua iluminando a noite, e por esse amor impossível eles sofriam todos os dias e todas as noites, a pobre lua se sentia muito sozinha apesar da companhia das estrelas e ela suplicava sempre para que Deus a deixasse vê seu grande amor, e o sol não fazia diferente, amava muito a lua e também suplicava pela sua amada, mas tudo mudou quando um dia Deus na aguentava mais tamanho sofrimento em que suas criações se encontravam, possibilitou que os dois se encontrassem de vez em quando assim criando o eclipse, e assim mostrando que não existe um amor impossível.
- Nossa, que história linda!
- Sim, muito linda.
- Mas, não existe mesmo um amor impossível?
- Não, minha filha, não existe.
- Mas e se eu não encontrar o meu?
- Minha princesinha, assim como a lua encontrou seu grande amor você vai encontrar o seu, em um dia ou em uma noite, seja aqui ou em outro lugar, porque cada um nesse mundo tem seu par e com você não será diferente!
- E quando eu encontrar o que eu devo fazer?
- Não desistir, assim como a lua não desistiu do seu sol.
- E quando eu vou encontrar?
- Tenha paciência, assim como a lua esperou o sol você deve espera seu amor, pois Deus fará vocês se encontrarem.
- Mas, pai...
- Mas nada, mocinha. - meu pai me interrompe - Você é muito nova pra ficar pensando nisso.
- Tudo bem. - faço beicinho.
- Agora durma com os anjinhos! - ele me dá um beijo na testa.
- Você também, papai.
Naquela noite eu puxei a cama mais pra perto da janela para ficar admirando a lua e eu pensava que um dia ela iria me mostrar onde estava meu sol. Aquela havia sido a primeira história que meu pai contou e a cada história eu me apaixonava mais pela lua e todas as noites eu me debruçava na janela para conversa com ela, ela era minha confidente, e a cada elipse que eu via meu desejo de encontrar meu sol era cada vez mais forte.
Eu sempre quis viver uma vida, mas sempre acabamos vivendo uma rotina, onde os dias parecem todos iguais, eu não gostava daquilo, eu queria viver uma aventura, queria achar um lugar no mundo onde eu não me sentisse deslocada, e sonhava muito com isto. Levantei cedo como de costume era o primeiro dia das minhas férias, mas quando sua rotina e acorda cedo, você sempre acorda cedo. Minha mãe estava na cozinha preparando o clássico café da manhã baseado em torradas, ela sempre mudava o acompanhamento, mas a torrada era a base.- Bom dia, mãe!- Bom dia filha, quer torradas?- Sim, por gentileza - eu gos
Já havia se passado um mês desde que minha vó morreu, mesmo assim ainda não entendi qual era a do colar, mesmo assim mantive ele comigo 24 horas por dia. Mas as coisas estavam estranhas nesse dia, meu pai chega do trabalho, entra no escritório de casa e se tranca lá por horas. Minha mãe e eu ficamos muito preocupadas, mas não ousamos entrar lá. Quando chegou a hora do jantar, ele se sentou a mesa, mas estava com uma péssima expressão destacada no seu rosto, passou o jantar calado, assim que ele resolveu falar algo a notícia não era nada boa.- Tenho notícias nada boas, tivemos uma perda
Minha infância não foi fácil, meu pai não era um pai presente, isso causou um abalo na relação dele com a minha mãe e quando eu tinha somente 7 anos minha mãe foi assassinada brutalmente. Era uma noite normal, na sala de estar, eu e minha mãe estávamos assistindo Star Wars, ela adorava, dizia que era o favorito do meu pai, até que ouvimos batidas fortes na porta, achamos que fosse meu pai, mas ela achou estranho, disse que teve um mal pressentimento, sem pensar ela pegou na minha mão e corremos para meu quarto, ela ordenou que eu me escondesse e assim fiz, fui para de baixo da cama, minha mãe não teve tempo, pegaram ela na porta e eu vi eles chutando a cara dela e ouvi ela gritando desesperadamente, gritos de dor, eu fiquei paralisado, queria ajudar, mas ao mesmo tempo eu sabia que se eu saísse dali eu se
Depois de um mês muita coisa mudou, minha rotina na qual eu dormia na minha casa na Terra para poder continuar estudando na escola, às tardes o Loton me buscava e eu passava o resto do dia terrestre em Mahina, isso equivalia a uma semana, enquanto eu estava por lá, eu estudava e aprendia encantamentos e fui desenvolvendo meu corpo para a magia, demorei esse mês inteiro para desenvolver a Visão Absoluta, nesse momento eu estava no corredor da escola foi quando eu vi uma Herecorn passando correndo, era uma animal de Mahina, seu nome verdadeiro é Licorne, mas eu gostava de apelida-los . A Licorne ou Harecorn era uma lebre com um chifre semelhante ao que nos vemos nas várias imagens de unicórnios. Fiquei assustado e feliz por ter conseguido, contei para o
O dia estava correndo normalmente, mas tinha o terrível fato de que era meu aniversário, estava torcendo para nem meu pai e nem Loton lembrassem, odiava receber felicitações até porque nenhuma era da minha mãe, e já fazia 10 anos que eu não recebia mais os parabéns da única pessoa com a qual eu queria receber, lembro-me claramente da ótima vez. Sábado às 7h00, estava frio, o cheiro de chocolate invadia meu quarto, sua cantoria na cozinha invadia meus ouvidos, minha cama estava aconchegante eu eu não queria levanta.- Bom dia, meu príncipe. - ela acaricia meus cabelos.- Eu quero dormi, hoje é sábado. - resmungo.- Não é um sábado qualquer, é seu aniversário.- É mesmo, o que t
Desde que aquele velório aconteceu eu sentia que meu pai escondia alguma coisa de nós, tentei perguntar diversas vezes, mas ele não contava nada, dava desculpas esfarrapadas ou simplesmente mudava de assunto, então eu resolvi deixar quieto, mas teve um momento que isso não dava mais certo.- Cí, onde você comprou esse colar? - Katherine perguntou assim que acabou a aula.- Minha vó que me deu. - digo sorrindo.Eu sei que não devia dizer nada para ninguém, mas Kath era de confiança e saberia se eu mentisse.- É realmente muito lindo, nunca vi um igual a esse. - ela disse recolhendo suas coisas.- Nem eu, vamos? - peguei minha mochila e já fui saindo da sala.- Sim. - ela pegou sua mochila e me seguiu.- Tem provas amanhã, né? - perguntei enquanto desviava das pessoas que estavam passando pelo
Já havia se passado alguns dias desde que fui condenado a ser um Escolhido, mas não tinha nenhum chamado ainda então eu torcia pra não ter nenhum, especialmente porque eu ainda queria ser um Rastreador, mas não tinha como brigar ou argumentar contra isso, eu já achava que as coisas estavam virando de cabeça pra baixo, mas tudo sempre piora. Eu estava passeando com Lock meu Wilk de estimação. Wilks são espécies de lobos gigantes, não era só a altura que os faziam diferentes dos lobos da Terra, mas também o fato de existir de diferente cores e poderem falar. Lock era meu companheiro fiel e meu meio de locomoção, ele era mais rápido e mais resistente que um cavalo da Terra. Eu tinha ido a Hiver comprar algumas coisas que Loton pediu e quando eu estava
Mahina é fascinante em cada centímetro, eu estava encantada, mas não deu para ver muitas coisas de lá, pois já estávamos em Printemps uma vila bem grande, muito grande mesmo, as ruas e as casas de pedras ficavam organizadas como em uma cidade, Printemps era uma mini cidade, mas segundo meu pai era uma das maiores vilas de Mahina, pois no alto de um relevo ficava o castelo do rei. Nosso destino estava um pouco longe das casas, mas ainda dentro das muralhas de Printemps, estava na Academia dos Escolhidos, que ficava um pouco afastada do castelo. Era um lugar cercado por um muro alto. Quando chegamos no portão um homem veio ao meu encontro.- Senhorita Arsen, quem bom que chegou a tempo, só faltava você. - o homem sorri pra mim.- Ah, oi. - fico sem jeito com tanta formalidade.- Sou Adam e vou te guiar até se juntar com