Três da tarde. O sol brilha lá fora. Os cachorros não param de latir. O calor dentro da casa com as janelas e portas fechadas os incômoda. Eles querem nadar no lago, mas seus donos estão trancados na suíte, despertando nesse exato momento.
— Bom dia agente Clark!
— Bom dia agente Jeffrey. Que noite. Isso foi real?
— Se você está aqui é porque foi muito real... Você está arrependida?
— Não! Foi incrível, só que acabou.
Naquela segunda-feira, eles transaram a noite toda, ou melhor, quase toda. Depois da transa na escada a Catléia achou melhor levar os gatos para a casa dela. Os cachorros teriam de ser soltos para eles usufruírem do quarto, mas ela temia que Skoob atacasse os gatinhos... É... como a verdadeira história que cães odeia gatos. Diferente da Luna que cresceu com o Finn e os dois se dão bem. Dormem juntos, brincam juntos e se protegem. Pois bem...Catléia foi para casa, cuidou dos gatinhos e deu uma ajeitada na casa enquanto refletia em tudo que acontecera até aquele momento. De tanto pensar, ela só criou coragem e voltou à casa para limpar o sótão, quatro horas depois. Para sua surpresa, Aislan já havia limpado tudinho e até mesmo as paredes e o teto
Aíslan é um ceo milionário com seus 38 anos de pura teimosia, arrogância e prepotência o que o torna uma pessoa difícil de lidar.Viúvo, amargo, e odeia curiosos.Mas isso está prestes a mudar quando Henrique seu melhor amigo de infância decide dar para Aíslan um passagem de férias para Natal, Rio Grande do Norte!Catléia é uma escritora e por sinal muito curiosa. Uma mulher jovem muito atraente passando as férias sossegada e escrevendo o seu quinto livro. Recentemente perdeu seu namorado em um incêndio o que a fez não sair do luto e se trancar para o mundo e novos sentimentos, mas o que ela não sabe é que sua vida está prestes a mudar quando o vizinho da cas
Céu nublado e garoa fina. Dezenove graus no verão de Campos do Jordão, São Paulo, Brasil. A baixa temporada na cidade turística é o pior período para a economia local e isso Aislan Albuquerque sente na pele. Dono de uma das mais populares redes de hotelaria, Aislan com os seus 38 anos, tendo 15 deles dedicado a presidência do Hotel Camp Jordan, se vê perdido diante aos tantos percalços financeiros, sociais e pessoais...— Senhor Aislan! Júlio Alcântara está na linha — fala a secretária já entrando.— Carla! Primeiramente bata na porta antes de entrar e segundo... Eu já exigi que marque horários para eu atender ligações seja de quem for.
Sábado. Nove e quarenta e cinco da manhã o jato particular da empresa Camp Jordan pousa no Aeroporto Internacional do Rio Grande do Norte. Aislan desembarca na companhia de Skoob, seu cão gigante da raça Dobermann. Pelo preto brilhoso e macio de seu pelo bem aparado e pelo seu porte imponente, vemos que o cão recebe cuidados tão minudentes quanto o dono. Aislan é um cara vaidoso... Muito vaidoso, por sinal. Ele é aquele tipo de homem que não abre mão de exercícios físicos diários. Tem horários semanais marcados em spas, barbearia e manicure. Sim! Ele não nega que pinta as unhas, com base, claro, além de tingir os cabelos regularmente. Os fios brancos não têm vez naquela cabecinha oca... E pensem em um homem cheiroso. É claro que quem o vê não nega que Aislan seja um partidão... Só que é chato, muito chato, enfim... Como o Henrique pensou em tudo, ele alugou um carro esportivo para que Aislan pudesse
Após secar todo o chão por onde Skoob passou, Aislan tratou de descarregar a bagagem do carro, alimentou o dog, guardou suas roupas e pertences nos armários e aí se deparou com o presente deixado por Henrique. Com um sorriso irônico ele coça a cabeça não acreditando no que o amigo lhe comprou. Ao se ver livre de suas tarefas, Aislan decidiu almoçar em um dos quiosques. A sua vontade era de almoçar a beira mar, mas dirigir depois de uma manhã tensa e cansativa não estava mais em seus planos. Skoob voltou a brincar com as crianças na lagoa, enquanto o saradão se deliciava com uma bela porção de feijão verde, prato típico do estado e nem preciso dizer, né? Foi amor à primeira vista e com direito a um: “Garçom! Traga mais uma porção, por favor.”.Tudo corre bem e
Domingo, seis horas da manhã. Aislan desperta depois de dez horas consecutivas de um sono tranquilo e agradável. Descanso esse que o fez despertar com ânimo e disposição para a sua corriqueira corrida matinal. Higiene pessoal? Ok! Garrafinha d’água? Ok! Smartwatch? Ok! Calça e camiseta? Aaah... Não! O aplicativo marca 26º graus, sendo a sensação térmica de 28º. Uma bermuda, um boné e o par de tênis. Pronto! O nosso amigo está prontíssimo. O Skoob também está no clima e após um breve alongamento, os dois iniciam a maratona às margens da lagoa.A paisagem é exuberante. O céu azul é enfeitado pelos reluzentes raios de sol entre nuvens branquinhas que passeiam depressa empurradas pelo vento.
O sol está para se pôr. A maioria dos visitantes já foi embora e os que ficaram se despedem de Aislan e Skoob. A porta da varanda da vizinha está fechada. Aislan lamenta por Luna estar lá trancada com a víbora em forma de gente. Ele não entende como uma pessoa pode ser tão egoísta, furiosa e curiosa também. É muita coincidência ela estar colocando o lixo pra fora bem na hora que ele está para adentrar a casa... Ou não?— Skoob, eu não consigo entender qual é dessa mulher. Ela demonstra me odiar, mas não perde uma chance para ver o que estou fazendo. Bisbilhoteira e fuxiqueira. Deve estar falando mal de mim nas redes sociais. Ela não sai da frente das telas. Quando não é no notebook é no celular. Ela deve estar com os dedos duros de tanto escrever fofo
Segunda-feira. O dia já amanhece com alta temperatura. Aislan, aproveitando o bom humor e ainda querendo provocar, levanta mais cedo e faz uma série de alongamentos na beira do lago, se preparando para a corrida matinal. Skoob dorme na varanda. Na casa ao lado, a vizinha que ainda não dormiu e ainda está possessa, se atreve a olhar pela janela e vê Aislan, sem camisa, correndo em volta da lagoa. Tomada de raiva ela decide ir tirar satisfações com o vizinho pervertido. Luna a acompanha lado a lado mesmo seu instinto querendo correr até Skoob para brincar. A cara feia da dona lhe causa medo, então é melhor obedecer. Ao ver a vizinha se aproximar da cerca, Aislan caminha até ela com o sorriso mais irônico que talvez ele nunca tenha dado em sua vida. A vontade dele é de gargalhar, mas se controla e procura ser gentil, ao seu modo, claro.