LVI Trapo

Três cômodos. Uma cozinha-sala, com uma pia muito velha. Um pequeno quarto cheirando a bolor, com uma cama barulhenta, de solteiro. Um minúsculo banheiro, com um chuveiro queimado e um vaso quebrado. Era a doce vida de Taco, que chegava em mais uma madrugada abafada, aos tropeços, drogado e bêbado, amortecido até a alma. Desaba no chão da cozinha e ali mesmo dorme. Acorda vomitando, pragueja mentalmente. Sonhara com Joana aquela noite. Pareceu tão real que lamentou ter acordado. Preferia ter morrido.

Os momentos de lucidez eram cada vez mais raros. Ainda frequentava o colégio, mas teria que refazer o primeiro ano ano do ensino médio em 91. Reprovaria por faltas e notas ruins. Àquela altura, sobreviver bastava. Não se preocupava mais em arranjar bicos3

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