LXII Uma bela manhã de sol

Alguém diria que nada mais seria como antes. E teria razão. Porque a inocência morrera, e Dingo entrou em colapso naquele ano. A falta que sentia de ter uma namorada (sem nunca perceber o interesse de Samia por ele), a morte recente de seu pai e os conflitos de uma mãe que o queria mais perto do que nunca, pois estava mais sozinha que jamais. Dingo era o único que ainda morava de fato com ela. Era sufocante, ele estava a ponto de explodir, e de fato explodiu, numa noite chuvosa em que ele saiu sem destino, até parar na porta de Samia. Mas foi Joana quem o recolheu. Era a única acordada, e dali foram horas de conversas, choros contidos e desabafos que aliviavam a sensação de aperto no peito. A conversa no quarto escuro, iluminado pelos raios que espocavam ocasionalmente, acontecia com o som da chuva forte como pano de fundo.

As lágrimas se

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