LII Ego

Na manhã seguinte, Joana acordou, com o sol relativamente alto, e estranhou o silêncio. Saiu do quarto, e viu a casa do jeito que estava na noite anterior. Sua avó sempre acordava muito cedo. Correu ao quarto dela, e não demorou a perceber. A avó estava desacordada. Com o coração acelerado e ainda atordoada pelo sono (pensou se não estava sonhando, afinal), tentou verificar se ela respirava. O nervosismo era tanto que balançou o corpo inerte. Tentou chamar por Samia. Sua voz não saía. As lágrimas escorriam sem que ela percebesse. Samia apareceu à porta e de imediato pegou o telefone, pedindo pelo número de algum parente. Joana apontou para a agenda, balbuciou alguns nomes e Samia, sem demora, ligou para o mesmo irmão que levara dona Irene para casa na noite anterior. Em menos de dez minutos, ele estava lá. Logo, uma ambulância estava no

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