Alguns dias depoisBeatrizVoltar ao treinamento depois do nascimento da Giulia parecia um desafio imenso. O meu corpo ainda estava se ajustando, e eu sabia que precisaria de tempo para recuperar a forma física completa. Mas o mais difícil não era o estado do meu corpo, era a sensação de estar distante daquilo que eu ainda estava conhecendo e gostando, do ritmo e da intensidade da máfia. No entanto, o desejo de voltar, de recuperar meu espaço, era mais forte do que qualquer hesitação.Quando entrei na sala de treinamento, os rostos familiares me receberam com uma espécie de respeito silencioso. Não era por eu ser a esposa do Rafael, o chefe. Não era isso que fazia com que eles me respeitassem, e eu sabia disso. Eles me respeitavam pelo que eu sempre fui, justa, firme, dedicada e, acima de tudo, boa no que fazia. Sempre lidei com todos de maneira igual, e isso se refletia agora, na maneira como cada um me cumprimentava.— Beatriz — ouvi um deles dizer, com um aceno respeitoso. — Bom
BeatrizEstava concentrada no treino de tiro quando ouvi passos pesados se aproximando. Não precisei olhar para saber quem era; a presença de Rafael preenchia qualquer sala, sempre imponente. Ele parou ao meu lado, observando em silêncio enquanto eu disparava mais uma vez, cada projétil atingindo o alvo com precisão.Senti o olhar dele sobre mim, e quando finalmente abaixei a arma e olhei para ele, vi aquele sorriso orgulhoso que raramente mostrava, mas que eu conhecia bem. Rafael não era de muitos elogios em público, mas quando se orgulhava, era inegável.— Beatriz, está indo muito bem — ele disse, a sua voz grave reverberando pela sala.Eu apenas sorri de volta, sentindo o peso da aprovação dele. O treinamento não era só uma forma de conquistar a minha posição; também era uma maneira de reafirmar quem eu sou, tanto para mim mesma quanto para os outros. e Rafael sabe disso.Ele então virou-se para o grupo, que parou o que estava fazendo para prestar atenção, como sempre faziam quando
Beatriz A noite está silenciosa, ser mãe é maravilhoso, mas também é muito cansativo, uma rotina totalmente diferente…Ela dorme profundamente no quarto ao lado, com a barriguinha cheia, mamou bastante, sei que não acordará nas próximas horas. Nos últimos tempos, tudo se tornou um redemoinho de novidades, rotina e algumas dificuldades. Mas agora, enquanto estamos só nós dois, percebo o quanto ele continua me afetando, a necessidade do corpo dele, da forma que nos entendemos, dos toques e da intimidade que nos conectam de uma forma única, imaginei que todas essas ondas de sensações eram devido às alterações hormonais da gestação, mas agora, meses após o parto, nada mudou, eu sinto muita necessidade dele.Ele se aproxima, e vejo um brilho suave em seus olhos. Ele estende a mão para tocar o meu rosto, passando o polegar de leve pela minha pele, e sinto uma onda de calor, um misto de saudade e desejo, inundar todo o meu corpo. Seus dedos descem lentamente, contornando meu pescoço, meu om
LipeEm meio a loucura que é a época de final de ano letivo, estou preparando as minhas coisas para ir para casa, a minha rotina é previsível de uns anos para cá, por isso quando chega nesta época, eu deixo todo o meu armário organizado, retiro alguns itens que posso precisar durante as férias e volto para o meu apartamento Mas hoje um dos professores do campus está aniversariando, e nós trabalhamos juntos há alguns anos, antes de eu conhecer a Beatriz, éramos parceiros de noitadas. Não havia um final de semana em que não aprontássemos alguma, estávamos sempre pelas boates, é claro sempre éramos muito bem recebidos, a nossa aparência facilitava a conquista, e sempre terminávamos a noite muito bem acompanhados em algum motel. Nunca enganamos ninguém, sempre fomos adeptos do sex0 sem compromisso, mas depois que conheci a Beatriz, tudo isso ficou para trás, mesmo depois que ela se foi. Mas hoje vejo que não terei escapatória, sei que ele não me dará sossego se não acompanhá-lo nessa
LíviaIndignada, assim me defino!Todo o meu sacrifício para ele não vale nada, sempre me esnoba, fica com qualquer putta barata, só para me humilhar!O que mais me revolta é que ele nunca sequer aceitou as minhas investidas, não conhece o meu corpo, nada, nunca nem quis experimentar!Como ele pode ter tanta certeza que não me quer?A cada momento que vejo o Felipe com outra mulher, fico revoltada, humilhada, é como se ele não me enxergasse a sua altura!O que ele viu nessa mulher para estar com ela assim, tão envolvido, aos beijos na frente de todos?O meu sangue ferve de ódio ao vê-los saindo da boate de mãos dadas, ele simplesmente sai com aquela sem sal como se estivesse com uma rainha, me pergunto o que pode ter de errado comigo?Eu não vou perder a oportunidade de me casar com um Vassalo, em hipótese alguma, isso não. Há tempos atrás, apareceu aquela ninfeta, pensando que o tiraria de mim, mas junto com o pai do Felipe armamos para eles e ela sumiu do mapa sem deixar rastros.
LipeAs pernas dela já estão em torno da minha cintura e aproveito beijando intensamente a sua boca gostosa, aprofundo o beijo, sinto que ela está molhadinha por mim, afasto a sua calcinha começo a estimular o seu clit0ris, ela começa a gemer o meu nome bem baixinho.— Assim gostoso, assim desse jeito, ai delícia, ah!— Vai Felipe, por favor, não para!— Gostosa do karalho! — Estou louco para me enfiar em você!— Preciso te sentir dentro de mim!Amparo o corpo de Bianca em meus braços e vou em direção a cama, pego um preservativo e coloco, me aproximo do seu sei0 esquerdo e começo a chupa-lo, me posiciono entre as suas pernas e ecorrego dentro dela bem devagar, ela arfa, faço movimentos de vai e vem cada vez mais fortes e mais profundos, ela segura na minha cintura me trazendo cada vez mais para si, sinto todo o seu aperto gostoso envolvendo o meu membr0 de uma forma que parece que vai arrancá-lo do meu corpo, o seu 0rgasmo está próximo, o seu corpo treme, eu estou tão alucinado que
Meses depois RafaelEstou com Beatriz no tatame, o olhar dela firme, focado, do jeito que sempre foi em cada treino. Ela é segundo dan em judô, uma competidora nata, e hoje será seu primeiro treino comigo. E, pra começar, quero colocar à prova tudo o que ela sabe. Olho para o outro lado e vejo Priscila se aproximando. A expressão dela também é determinada, mas com um brilho de provocação, aquele jeito de quem se diverte um pouco com o desafio.— Prontas? — pergunto, sinalizando para que se posicionem.Beatriz encara Priscila com respeito, mas também com a confiança de quem conhece sua própria força. Judô está no sangue dela, cada movimento, cada técnica. Mas Priscila... Priscila é uma força diferente. Ela carrega no corpo a mistura explosiva de estilos de luta diversos, o jiu-jitsu, krav maga, hapkido. Movimentos rápidos, imprevisíveis, que não seguem o padrão que Beatriz conhece.A luta começa. Beatriz parte para cima, tenta um seoi nage perfeito, mas Priscila lê o movimento no inst
BeatrizBeatriz sorri, tentando controlar a respiração, e vejo nela um brilho novo, uma confiança que antes talvez nem ela sabia que tinha. Hoje, ela se mostrou muito mais do que apenas uma judoca. Ela provou que é uma lutadora completa, capaz de se adaptar e aprender em meio à própria luta.Beatriz ainda está recuperando o fôlego, mas o sorriso de satisfação não sai do rosto. Ela olha para mim, quase que buscando aprovação, e eu aceno, orgulhoso. Ela mereceu cada segundo dessa vitória, e o respeito de Priscila foi ganho com mérito.— Vou te dizer uma coisa, Beatriz — comento, enquanto todos ao redor ainda assimilam o que acabaram de ver. — Hoje, você mostrou que é capaz de muito mais do que qualquer um esperava. Adaptar-se, improvisar... isso é o que separa os lutadores comuns dos grandes.Priscila, ainda com o sorriso no rosto, estende a mão para Beatriz, selando o reconhecimento.— Não foi fácil, sabia? — Priscila admite, rindo. — Poucos conseguem me fazer lutar de verdade assim.