Pós Missão

Priscila

Eu entro no apartamento do Rafael com Lucas ao meu lado, e sinto o peso do dia amanhecendo começar a cair sobre mim. O ar no apartamento é silencioso, quase acolhedor, e contrasta fortemente com o caos que acabamos de deixar para trás. O cheiro de sangue ainda está impregnado na minha pele, nos meus cabelos, mas aqui dentro, pelo menos, há uma sensação de segurança que não posso ignorar.

Lucas fecha a porta atrás de nós, e, sem dizer nada, se move em direção ao banheiro. Ele sabe o que precisa ser feito. Já passamos por isso antes, tantas vezes, mas hoje foi diferente. Hoje foi mais intenso, mais pessoal. Eu o sigo em silêncio, tentando processar tudo o que aconteceu, enquanto ele liga a banheira, a água quente começando a encher o espaço com vapor.

— Venha aqui, vou cuidar de você — ele diz, com a voz baixa, quase suave quando liga o chuveiro.

Eu faço o que ele pede. Começo a me despir, e Lucas se aproxima, seus dedos ágeis e delicados, apesar de tudo. Ele começa a retirar o
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