Felipe VassaloCom calma, puxo uma faca da mesa ao lado, e sinto o cabo frio na minha mão enquanto ele observa o reflexo dela com os olhos arregalados. Gian Carlo permanece em silêncio, seu olhar firme, apenas me observando e me deixando conduzir o ritmo. Sem pressa, traço a lâmina pelo braço do primeiro homem, arrancando um grunhido de dor, e repito o movimento lentamente, deixando que cada som de agonia ecoe pelo galpão. Cada corte, cada pressão aplicada, parece esvaziar um pouco da dor que eu mesmo carrego.Quando me viro para os outros dois, vejo que a resistência deles está praticamente destruída, faço um corte profundo de cada e Gian Carlo me encara e me passa a sua pistola, e sem hesitar, aponto para o segundo homem. Um disparo preciso. O som seco e o corpo dele caindo inerte marcam o fim de sua luta.Sigo para o último, sem pressa, observo o sangue fluindo do corte que fiz a instantes atrás e sinto a calma tomar conta. Ele já desistiu, o olhar vidrado. Outro disparo, e o silên
Lucas— O Rafael é pai!— Imagino o quanto ele está feliz, do jeito que ele é apaixonado pela Beatriz e agora com uma mini Beatriz para mimar, deve ser incrível Lucas!— Estou ansiosa para conhecê-la!— Eu também gostaria de conhecê-la logo, Pri.— Deve ser tão linda!— Acho que o Rafael realmente vai nos casar, estou torcendo que sim, isso não saiu da minha cabeça depois daquela conversa no escritório.— Assim que casarmos, vou te engravidar, quero ter filhos com você, no mínimo três!— Pri, você também pensa em ter filhos logo?— Lu, estamos no auge da nossa carreira e da nossa vida, quero muito ter filhos com você, mas eu gostaria de aproveitar um pouco mais o início do nosso casamento para podermos aproveitar a vida e curtir, viajar.— Faz sentido Pri, eu realmente quero aproveitar muito com você e fazer amor contigo todas as horas e lugares, mas primeiro temos que arrumar uma casa no condomínio para morar.— Vamos mudar de assunto, preciso voltar ao caos da nossa realidade, estou
LucasPriscila se moveu em direção à pista de dança, misturando-se à multidão. Ela dançava com uma graça natural, o vestido se movendo com ela enquanto os olhares dos predadores se fixavam na sua direção, atraídos pela combinação de beleza e despreocupação. Eles viam uma garota jovem, vulnerável, sozinha, e aquilo era exatamente o que queríamos.Continuei observando de longe, tomando pequenos goles do meu falso drink, sempre atento. Um dos homens começou a se mexer, seus olhos fixos em Priscila enquanto ele fazia o caminho em direção à pista. Era o sinal de que o jogo estava avançando. Eu me afastei um pouco mais, fingindo não perceber, como se estivesse distraído, enquanto a atenção de todos ao redor se voltava para ela.O barmen, cúmplice, continuava nos servindo drinks falsos, mantendo o ritmo da encenação. Priscila sabia exatamente o que fazer, deixar que aquele homem chegasse perto o suficiente, mas sem parecer fácil demais. Era uma linha tênue que ela sempre conseguia caminhar c
PriscilaSaímos da boate como se fosse mais uma noite qualquer, mas eu sabia que estávamos nos aproximando do clímax da missão. O motor do carro da mulher roncava baixo enquanto cruzávamos as ruas vazias da cidade. Ela estava ao volante, confiante, achando que tinha me fisgado completamente. O silêncio no carro era denso, quase palpável, mas por dentro, minha mente estava alerta, cada detalhe do ambiente sendo calculado.Eu podia sentir o cheiro da antecipação no ar. A cada quilômetro que passava, sabia que estávamos chegando perto do motel onde eu estive na noite anterior. O lugar era uma armadilha sórdida, e o destino final da mulher à minha direita seria exatamente o oposto do que ela esperava.Tentei manter a minha respiração controlada, deixando a minha postura relaxada. Olhava pela janela, como se estivesse ansiosa para o que viria, mas por dentro, cada parte de mim estava pronta para a ação. Eu sabia que Lucas estava me observando de perto, que toda a equipe estava sincronizada
PriscilaA noite fria nos envolvia assim que saímos do quarto abafado. Os outros membr0s da equipe já tinham os três criminosos sob controle, amarrados e jogados na parte de trás de uma van discreta. Joana fechava as portas com um estalo seco, dando um último olhar para garantir que tudo estava bem seguro.Lucas e eu ficamos um momento em frente ao motel, o vento batendo em nossos rostos, carregando consigo o cheiro de asfalto molhado e fumaça de cigarro. Eu ainda podia sentir a eletricidade no ar, como se a luta tivesse deixado rastros invisíveis ao nosso redor. Ele parou ao meu lado, sem dizer uma palavra, mas a sua presença era suficiente.— Foi tranquilo, não é? — perguntei, tentando aliviar o clima.— Nem tanto — ele respondeu com um meio sorriso, os olhos ainda fixos nos meus. — Mas você lidou com isso de um jeito... impressionante Priscila.— A cada dia você supera a si mesma, e a cada membr0 da nossa equipe quado te ver em ação.— Tenho muito orgulho de te ter como minha parc
RafaelDeixar Giulia e Beatriz foi um grande sacrifício, mas essa operação tem prioridade máxima e faço isso também pelo futuro da Giulia e de todas as nossas meninas da organização e do mundo.Ao chegar na sala de conferências todos me parabenizaram pela chegada da minha filha.Me sento no meu lugar, rodeado pela minha equipe de confiança. As luzes baixas do ambiente refletiam as imagens projetadas na tela grande à nossa frente. Teresa estava ao meu lado, os olhos atentos a cada movimento captado pelas câmeras instaladas em Priscila e Lucas. Liam, sentado um pouco mais atrás, observava em silêncio, enquanto Ramiro, pai de Priscila, mantinha uma postura tensa. Eu sabia que aquele tipo de missão o deixava desconfortável, principalmente quando envolvia a sua filha.A operação tinha começado conforme o planejado. O barulho dos drinks falsos, as risadas fingidas de Lucas e Priscila, e o ambiente da boate estavam claramente capturados pelas câmeras de segurança da boate e das microcâmeras
RafaelQuando a van partiu, o ambiente na sala de conferência relaxou um pouco. A missão estava concluída, mas sabíamos que o verdadeiro trabalho ainda estava por vir.— Foi um bom trabalho — disse Teresa, olhando para mim com um meio sorriso.Eu assenti, cruzando os braços, já pensando nos próximos passos.Me inclinei na cadeira, os olhos cravados em Ramiro. Ele sabia que esse tipo de tensão entre os membr0s da organização não era incomum, mas naquele momento precisava restabelecer a ordem. A explosão de Ramiro, que era mais emocional por causa de Priscila, já havia passado do limite há muito tempo.— Ramiro, já chega! — A minha voz ecoou firme pela sala de conferências. — Sei que está preocupado, mas todos aqui têm um papel a desempenhar, e isso inclui confiar no trabalho da sua filha.Ramiro cerrou os punhos, ainda ofegante, a fúria visível no seu rosto. Ele tentou argumentar, mas Liam, que estava em silêncio até então, apenas balançou a cabeça, calmo, como sempre. Ele observava c
ATENÇÃO, PODE HAVER GATILHO! ENVOLVE MÉTODOS NÃO CONVENCIONAIS PARA FAZER OS CRIMIINOSOS FALAREM.MarcosEstávamos no galpão afastado, o cheiro de óleo e ferrugem no ar, paredes de concreto desgastado e o silêncio quebrado apenas pelos ecos das nossas próprias vozes. Eu, Marcos, conhecido como o executor da máfia, e André, o negociador, éramos os responsáveis por extrair as informações que precisávamos daqueles três desgraçados. Tínhamos a mulher que levou Priscila para o motel e os dois homens que estavam escondidos no quarto do motel, tudo em uma perfeita combinação sórdida com a maldita mulher.Eles tinham se mantido firmes, ou pelo menos tentado. No início, negaram tudo. Palavras vazias, uma tentativa desesperada de fingir que não sabiam de nada. Mas sabíamos que era apenas questão de tempo até quebrá-los. Todos quebram, eventualmente.— Você sabe que vai nos contar o que queremos, não é? — André disse calmamente, sentado numa cadeira de metal, a voz suave, mas com uma firmeza qu