PriscilaSaímos da boate como se fosse mais uma noite qualquer, mas eu sabia que estávamos nos aproximando do clímax da missão. O motor do carro da mulher roncava baixo enquanto cruzávamos as ruas vazias da cidade. Ela estava ao volante, confiante, achando que tinha me fisgado completamente. O silêncio no carro era denso, quase palpável, mas por dentro, minha mente estava alerta, cada detalhe do ambiente sendo calculado.Eu podia sentir o cheiro da antecipação no ar. A cada quilômetro que passava, sabia que estávamos chegando perto do motel onde eu estive na noite anterior. O lugar era uma armadilha sórdida, e o destino final da mulher à minha direita seria exatamente o oposto do que ela esperava.Tentei manter a minha respiração controlada, deixando a minha postura relaxada. Olhava pela janela, como se estivesse ansiosa para o que viria, mas por dentro, cada parte de mim estava pronta para a ação. Eu sabia que Lucas estava me observando de perto, que toda a equipe estava sincronizada
PriscilaA noite fria nos envolvia assim que saímos do quarto abafado. Os outros membr0s da equipe já tinham os três criminosos sob controle, amarrados e jogados na parte de trás de uma van discreta. Joana fechava as portas com um estalo seco, dando um último olhar para garantir que tudo estava bem seguro.Lucas e eu ficamos um momento em frente ao motel, o vento batendo em nossos rostos, carregando consigo o cheiro de asfalto molhado e fumaça de cigarro. Eu ainda podia sentir a eletricidade no ar, como se a luta tivesse deixado rastros invisíveis ao nosso redor. Ele parou ao meu lado, sem dizer uma palavra, mas a sua presença era suficiente.— Foi tranquilo, não é? — perguntei, tentando aliviar o clima.— Nem tanto — ele respondeu com um meio sorriso, os olhos ainda fixos nos meus. — Mas você lidou com isso de um jeito... impressionante Priscila.— A cada dia você supera a si mesma, e a cada membr0 da nossa equipe quado te ver em ação.— Tenho muito orgulho de te ter como minha parc
RafaelDeixar Giulia e Beatriz foi um grande sacrifício, mas essa operação tem prioridade máxima e faço isso também pelo futuro da Giulia e de todas as nossas meninas da organização e do mundo.Ao chegar na sala de conferências todos me parabenizaram pela chegada da minha filha.Me sento no meu lugar, rodeado pela minha equipe de confiança. As luzes baixas do ambiente refletiam as imagens projetadas na tela grande à nossa frente. Teresa estava ao meu lado, os olhos atentos a cada movimento captado pelas câmeras instaladas em Priscila e Lucas. Liam, sentado um pouco mais atrás, observava em silêncio, enquanto Ramiro, pai de Priscila, mantinha uma postura tensa. Eu sabia que aquele tipo de missão o deixava desconfortável, principalmente quando envolvia a sua filha.A operação tinha começado conforme o planejado. O barulho dos drinks falsos, as risadas fingidas de Lucas e Priscila, e o ambiente da boate estavam claramente capturados pelas câmeras de segurança da boate e das microcâmeras
RafaelQuando a van partiu, o ambiente na sala de conferência relaxou um pouco. A missão estava concluída, mas sabíamos que o verdadeiro trabalho ainda estava por vir.— Foi um bom trabalho — disse Teresa, olhando para mim com um meio sorriso.Eu assenti, cruzando os braços, já pensando nos próximos passos.Me inclinei na cadeira, os olhos cravados em Ramiro. Ele sabia que esse tipo de tensão entre os membr0s da organização não era incomum, mas naquele momento precisava restabelecer a ordem. A explosão de Ramiro, que era mais emocional por causa de Priscila, já havia passado do limite há muito tempo.— Ramiro, já chega! — A minha voz ecoou firme pela sala de conferências. — Sei que está preocupado, mas todos aqui têm um papel a desempenhar, e isso inclui confiar no trabalho da sua filha.Ramiro cerrou os punhos, ainda ofegante, a fúria visível no seu rosto. Ele tentou argumentar, mas Liam, que estava em silêncio até então, apenas balançou a cabeça, calmo, como sempre. Ele observava c
ATENÇÃO, PODE HAVER GATILHO! ENVOLVE MÉTODOS NÃO CONVENCIONAIS PARA FAZER OS CRIMIINOSOS FALAREM.MarcosEstávamos no galpão afastado, o cheiro de óleo e ferrugem no ar, paredes de concreto desgastado e o silêncio quebrado apenas pelos ecos das nossas próprias vozes. Eu, Marcos, conhecido como o executor da máfia, e André, o negociador, éramos os responsáveis por extrair as informações que precisávamos daqueles três desgraçados. Tínhamos a mulher que levou Priscila para o motel e os dois homens que estavam escondidos no quarto do motel, tudo em uma perfeita combinação sórdida com a maldita mulher.Eles tinham se mantido firmes, ou pelo menos tentado. No início, negaram tudo. Palavras vazias, uma tentativa desesperada de fingir que não sabiam de nada. Mas sabíamos que era apenas questão de tempo até quebrá-los. Todos quebram, eventualmente.— Você sabe que vai nos contar o que queremos, não é? — André disse calmamente, sentado numa cadeira de metal, a voz suave, mas com uma firmeza qu
ATENÇÃO, PODE HAVER GATILHO! ENVOLVE MÉTODOS NÃO CONVENCIONAIS PARA FAZER OS CRIMIINOSOS FALAREM, BEM COMO FINALIZAÇÃO DE MELIANTES. Marcos Ela engoliu em seco, olhando para os dois homens amarrados, talvez buscando algum tipo de alívio ou aprovação que não viria. — Temos celulares... celulares descartáveis. Usamos um por entrega. Eles mandam uma mensagem com o local de encontro, e a gente não sabe quem vai aparecer. Só quando chegamos no ponto marcado. — E a nova remessa? — perguntei, agora me aproximando dela, o olhar fixo. — Como vocês estavam planejando a entrega dessa nova "mercadoria"? A mulher deu um suspiro longo e pesado. Sabia que essa era uma questão sensível. — Depois que pegamos as meninas, elas ficam em casas seguras... lugares que ninguém desconfia. Geralmente elas ficam em casas de luxo, ninguém ousa tentar invadir uma mansão. Sempre mudamos a cada poucas semanas para evitar que chamem atenção. Ninguém além do intermediário do Russo sabe a localização exata.
RafaelEu observo atentamente as imagens que chegavam à sala de conferências. A transmissão ao vivo do galpão era clara, graças às câmeras instaladas por membros da organização. Na sala, Ramiro, Liam, Teresa e alguns outros membros da cúpula se mantinham em silêncio, vendo a operação se desenrolar.Ramiro está inquieto. Desde o momento em que viu Priscila se expor mais uma vez, ele não conseguia controlar a raiva. A ideia de sua filha estar no meio daquele jogo sujo, ainda mais depois de quase perder a vida na noite anterior, o deixava impaciente.— Isso tem que acabar logo — murmurou Ramiro, incapaz de segurar o desabafo.Observo que Liam, consegue se manter tranquilo, observando tudo com a calma que sempre o acompanha. Quando Ramiro provocou, dizendo que queria ver como ele se comportaria quando fosse Luana, sua filha de 16 anos, no campo de batalha, Liam apenas arqueou uma sobrancelha.— Luana vai seguir o caminho que escolheu — respondeu Liam, controlado. — E, quando for a hora, e
Marcos— Agora — sussurrou André no rádio, e eu soube que era a nossa deixa.Emergi das sombras, rápido, com a arma em punho, e antes que os seguranças pudessem reagir, André já estava sobre eles. Movimentos rápidos e precisos, desarmando-os e os colocando no chão. O Czar congelou, os olhos arregalados, claramente não esperando uma emboscada.— Fique parado! — ordenei, a minha arma apontada diretamente para ele.Ele hesitou, mas não correu. Sabia que estava cercado.— Você está acabado — disse André, aproximando-se lentamente, com a voz fria. — O jogo terminou.O Czar olhou em volta, os olhos frios avaliando a situação. Ele sabia que não tinha saída. Seus seguranças estavam imobilizados no chão, desarmados, e nós dois estávamos a poucos metros dele, armas apontadas. O outro homem que estava vendendo as meninas, se ajoelhou no chão e colocou as mãos na cabeça. Algemei logo o vendedor e os seguranças do Czar. A expressão no rosto dele era difícil de ler, mas por trás da calma, dava pa