Capitulo 3

Kamilla Lopez


Pousei a mão em cima da outra tentando controlar o meu nervosismo, não entendo do porquê estou assim, o olhar desse homem me intimida, ainda mais agora pelas palavras da criança, como uma criança pode decidir algo assim? Enquanto a criança fala eu sentia os olhos do homem sobre mim, eu tentava prestar a devida atenção, mas saber que ele estava me olhando ficava tensa. 


— Você tem filhos? - o garoto chamado Erick perguntou. 

— Não. 

— Você é muito bonita, sabia? 

— Obrigada, você também é muito bonito. 

— Poderíamos brincar qualquer dia. - sugeriu. 

— Sinto muito, mas não podemos, sempre estou trabalhando. 

— Mas isso não seria um problema, pode larga-lo. 


Sorri sem humor, para ele é algo simples e fácil, não entende que trabalhamos por obrigação e não porque queremos. 


— Gostaria que visse todos os meus carrinhos. 

— Devem ser muito bonito. 


Assim que Erick terminou de comer ele despediu-se de mim, ele foi embora acompanhado por aquele homem e os demais seguranças. Suspirei e voltei ao trabalho, assim que me aproximei da lanchonete Bianca se aproximou de mim com um olhar suspenso.


— O que foi aquilo? 

— Não sei, fiquei tão assustada. 

— Você viu quem era? 

— Não o conheci. 

— É o empresário mais rico de Costa Rica.. E o mais gato. 

— Como se chama? 

— Nick Ross. 

— Acredita que aquela criança me deu ordens? E quando eu neguei esse Nick também ordenou? 

— Devem ter gostado de você. 

— Chega por hoje, eu vou pra casa. 


Depois do expediente acabar Bianca me levou para casa, no momento meu único desejo era me jogar na cama e viajar no mundo dos livros. No trânsito, Bianca me perguntou:


— Pretende fazer alguma coisa hoje a noite? 

— Sim. 

— O quê? 

— Comer e dormir. 


Depois de parar em frente a casa eu sai e me despedi, ainda era cinco da tarde, a casa estava em silêncio, é nessas horas que sinto saudades de dona Carolina, nessas horas ela deve estar se divertindo em seu cruzeiro. Assim que entrei na casa eu encarei a bagunça que estava.


Amarrei meus cabelos e liguei uma música, comecei a limpar a casa e acabei era 18 da noite. Depois que terminei eu fui para meu quarto e andei em direção ao banheiro, me livrei da roupa, entrei debaixo do chuveiro e deixei que a água lavas se meu corpo e alma, aproveitei e lavei meus cabelos deixando-os hidratados e brilhosos. 

Depois de encerrar o banho, vestir uma camisola e pentear os cabelos eu fui para a cozinha, estava faminta, precisava me alimentar ou a qualquer momento desmaiaria. Abri a geladeira e separei os ingredientes para fazer panqueca. Depois de comer me aproximei do sofá e sentei-me, enquanto comia assistia algum filme na TV, já não sabia quais horas eram, as horas foram se passando e enquanto estava acompanhada por um pote de sorvete ouço a campainha tocar. 


Levantei-me do sofá e me aproximei da porra, ao abrir observo o meu pesadelo noturno parada em minha porta, ela estava lindamente arrumada e em suas mãos havia uma bolsa. 


— O que faz aqui? 

— Vim te convidar para sairmos. 

— Eu não estou afim. 

— Me desculpa babyboo mas você vai. 

— Hoje é sábado Bianca. 

— Por isso mesmo, é final de semana e amanhã não iremos trabalhar. Arrume-se. 

— Você sabe que não gosto de sair à noite. - cruzei os braços. — Para onde quer ir? 

— Boate Pulsie! - ela diz e passa pela porta de entrada. 

— Odeio boates. 

— Não pode odiar algo que nunca provou, agora vai se arrumar. 

— Eu não vou. 

— Prefere ficar em casa com roupa de dormir, assistindo filme e comendo besteiras? 

— Sim!

— Toma! - ela me estende a bolsa que estava em suas mãos. 


Olhei para o seu rosto, percebi que ela não mudaria de ideia, suspiro e pego a bolsa, ao abrir me deparei com um vestido preto pequeno. Me direcionei para o quarto e ouvi ela murmurar vitoriosa, minha vontade era de esgana-la. Depois de tomar outro banho me direcionei para o guarda roupa a procura de peças íntimas, procurava por uma mais fina e sexy, mas não havia nenhuma. Nunca gostei de calcinhas tão finas, rendas ou fio dental, acho muito desconfortável, eu adorava as famosas calcinhas tampa tudo, são maravilhosas. 


Depois de secar o corpo eu vesti o vestido, me olhei no espelho e contemplei a peça em meu corpo, havia caído como luva, justo e curto, era um vestido tubinho de alinha preto, a peça realçou minhas curvas, com ele em meu corpo não necessitava que eu usasse sutiã, meus seios estavam quase pulando do vestido, nunca usei uma peça assim em toda minha vida. 


— Está pronta? 

Bianca entrou no quarto sem avisar, assustei-me ao vê-la atrás de mim. 

— Bate na porta, e se eu estivesse nua? 

— Deixa de besteira Kami, não gosta da mesma fruta que a minha. - seus olhos desceram pelo meu corpo e me contemplaram. — Mas pra você eu abriria uma exceção, tá muito gostosa. 

— Estou me sentindo nua. 

— Você não é acostumada a usar roupas assim. 

— Não sei... 

— Você está linda, sua bunda deu uma levantada, sia cintura é incrivelmente fina e os seus seios são fartos, você está uma Deusa nesse vestido. 

— Você é exagerada. 

— Eu sou realista, você é linda, babyboo, deveria se vestir mais vezes assim. 


Bianca aproximou-se de mim e olhou para baixo, ela estreitou os olhos e perguntou:


— Não está usando calcinha? 

— Minhas calcinhas não são fio dental. 

— Você parece uma velha usando fraldas. 

— São confortáveis. 

— Está bem.. Senta aqui, eu vou te maquiar. - ela aponta para a borda da cama. 


Com as maquiagem que eu tinha Bianca começou a me maquiar, pedi para que ela não me reproduzir-se tanto, não queria que me deixasse igual um palhaço de circo. 


— Você está mais linda. - ela fecha o blush. 


Me levantei e aproximei do espelho, fiquei surpresa com a maquiagem que ela fez, eu estava linda, sorri por me encarar daquela maneira, em meus lábios havia um batom nude, meus olhos estavam levemente marcados e um delineado bem feito. 


— Falta os saltos. 

— Não sei andar nisso. 

— Você aprende rápido. 


Ela sacou de uma bolsa o saltos altos, depois de coloca-los nos pés eu comecei amaciar até pegar o jeito, depois de pronta e com uma sensação de insegurança, seguimos para o seu carro em direção a boate.

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