Kamilla Lopez
Depois que Bianca me trouxe de volta para casa, contei tudo para dona Carolina, ela me escutou atentamente. No fim ela me abraçou orgulhosa e me abraçou meu ato de bondade, não lhe contei sobre o ocorrido, achei desnecessário deixá-la preocupada por um assunto já resolvido. Depois de conversarmos segui para o quarto, me livrei das roupas e tomei um banho bastante demorado. Enquanto lavava meus cabelos abaixo da água lembrei-me da mensagem desconhecida, aquelas palavras ficaram martelando na minha cabeça, não.. Impossível que tenha sido aquele homem.
Os dias foram se passando, depois da nossa reconciliação Bianca e eu ficamos mais grudadas do que nunca. Saíamos quase todas as noites para o cinema. Parecíamos adolescentes, nos divertindo e passando vergonha. Sempre que estávamos em lugares como o cinema, me sentia observada, procurava pelo par de olhos que estava me deixando desconfortável, mas não encontrava, talvez depois do ocorrido na boate tenha me deixado traumatizada.
Era 23h da noite, Bianca e eu estávamos saindo da sala de cinema quando recebi uma notificação no meu celular, suspendia o dispositivo e vi uma mensagem de dona Carolina, nele estava avisando que iria dormir fora, pois havia um encontro de última hora. Naquele instante me lembrei daquela mensagem que recebi duas atrás, abri a mensagem e reli novamente, estava me pedindo para não sair a noite, por um momento aquele homem surgiu em meus pensamentos, ele havia me ordenado a não sair a noite, constato que tenha sido ele, mas algo me diz que não.
— Kami! - Bianca gritou chamando a minha atenção.
Vejo ela subir em um carro de compras e fazê-lo de patinete, mas antes de chegar até a parede vejo-a cair junto com carrinho, as pessoas que também estavam saindo do shopping olharam para aquela cena chocados com tamanha vergonha gratuita. Um rapaz se aproximou dela e ajudou se levantar, ela segurou nos braços fortes do homem e fez sensação de desmaio, céus.. Que vergonha!
— Bianca! - chamo ela.
O homem solta ela é se despede com um sorriso nos lábios, ela se abana com as mãos e se aproxima de mim.
— Você viu a beldade? Que homem!
— Deixe de dar encima do rapaz, ele deve estar te chamando de doida.
— Doida pra sentar nele.
Bati em seu ombro e caminhamos para o seu veículo, ela destranca a porta e entra, antes de fazê-lo senti uma queimação pelo meu corpo, um frio gélido fez minha pele se arrepiar severamente, abracei o meu corpo e virei-me para o estacionamento que já se encontrava totalmente vazio, as únicas éramos nós.
— Aconteceu alguma coisa? - Bianca pergunta.
— Não.. - entrei no veículo ignorando aquela sensação. — Apenas dirige, estou louca para chegar em casa.
Ela me olhou por alguns segundos e logo virou o veículo. Assim que passei pela porta da casa, caminhei até o quarto e joguei a minha bolsa sobre a cama. Sorri por lembrar-me que estou sozinha em casa, dona Carolina tem uma vida sexual mais ativa que a minha. Depois de me livrar da roupa eu tomei um banho quente, optei por não lavar os cabelos por estar tarde, em seguida eu voltei para o quarto e vesti uma blusa minúscula e apenas uma calcinha. Assim que apaguei quase todas as luzes e deixar apenas o abajur eu me deitei na cama, senti uma pequena curiosidade em Stalkear Nick Ross. Comecei a ver fotos suas, admirando seu rosto belo, seus olhos sedutor me transmitem diversas emoções, não sabia quais descrever de uma maneira mais “correta”, observei fotos ontem estava sem camisa, céus..Que homem!
Desci meus dedos tímidos por baixo da calcinha e constatei estar lubrificada, sim, muitas vezes me toquei por curiosidade, não sou uma santa que nunca sequer tocou em seu próprio corpo, explorando e descobrindo onde possivelmente gostaria de ser tocada, e agora, me sinto tentada em estimular meu clitóris me lembrando daquele Deus do Olimpo. Imaginei ele nu encima de mim com aquele olhar sério e intimidador cheio de sedução e luxúria, reprimi o gemido e joguei a cabeça para trás. Quando estava próximo de gozar o meu abajur apagou-se, me levantei da cama e olhei para a janela, percebi que havia faltado energia.
De repente, ouço algo cair fora do quarto, sutilmente me retirei da cama e me aproximei da porta, abri a madeira e encarei a penumbra da escuridão a minha frente, antes de resolver sair me aproximei do guarda roupa e peguei uma lanterna. Comecei a andar pela sala, algumas vezes batia nos jarros de planta de dona Carolina. Parei próximo a um jarro e fixei a luz da lanterna e o afastei, senti algo correr pelas minhas pernas e gritei alto pelo susto inesperado, virei-me e me deparei com um pequeno gatinho assustado e trêmulo, ri da minha cena vergonhosa, me abaixei próximo dele e o coloquei em meu colo
— Como é seu nome bichano?
Meneei a cabeça e sorri sem graça, por um momento esqueci que gatos não falam. Assim que voltei para o quarto as luzes voltaram, o gatinho estava em minhas mãos, seu pelo estava um pouco molhado e percebi que sua patinha estava machucada, o enrolei em um pano e verifiquei se havia alguma coleira, para minha surpresa ele não tinha.
— Eu acho que vou te adotar. - fiz carinho sobre a sua cabeça. — Seu nome agora é Zeus.
Kamilla LopezSou despertada com um ronrom próximo ao meu ouvido, abri os olhos e me deparei com Zeus olhando para mim, sorri por vê-lo tão fofinho com seu pelo arrepiado, ele miou e se aproximou do meu pescoço se encolhendo. O coloquei em minhas mãos e encarei aquela preciosidade pequena, o aproximei dos meus lábios e beijei sua cabeça.— Obrigada por acordar sua mamãe. - o deixei na cama e saí dela.Depois do banho vesti o meu uniforme e sai do quarto com Zeus nos meus braços, chegar na cozinha vi dona Carolina em frente ao fogão assando ovos e bacon.— Bom dia! - cumprimentei. — O cheiro está ótimo!Ela virou-se pronta para me cumprimentar, mas seus olhos descerá e focaram o que estava em minhas mãos.— Mas que pitchulinha.. - ela desligou o fogão e se aproximou.— Lindo não é? Se chama Zeus, ele entrou aqui na noite passada, posso ficar com el
Kamilla LopezEstava em estado letárgico, eu andava pelas ruas me encostando sobre a parede controlando a minha respiração. Estava com raiva, frustrada e nervosa. Ele teve o que mereceu, minha vontade ainda era de voltar e acabar com a vida dele, porém eu me controlei, enxuguei meu rosto e apertei a minha bolsa voltando a andar. Parei próxima a um mercado, comprei algumas coisas para casa e ração para Zeus, também vasilhas para colocar água e sua comida.Depois de comprar eu deixei o mercado e comecei a andar pelas calçadas em direção ao ponto de ônibus, antes de me aproximar, um carro parou ao meu lado, sutilmente apertei as sacolas nas minhas mãos, olhei para o vidro e não consegui ver ninguém, assustada por um momento pensei ser aquele desgraçado, aumento meus passos na intenção de chegar a esquina, porém, o carro parou abruptamente e vi aquele homem sair do carro. Nick me encara com um sorriso provocante nos lábios, suspirei alivia
Kamilla LopezJá se passou um mês depois do que aconteceu, já estava tocando a minha vida a procura de um trabalho, mas cada vez estava difícil de arranjar. Durante um mês tentei de todas as formas, dona Carolina percebia que eu estava preocupada, muitas vezes ela tentava me tranquilizar, dizendo que havia necessidade para tanta preocupação e que sua aposentadoria nos sustentaria sem nenhum problema, mas não posso me aproveitar disso, não posso deixar que ela lide com as despesas sozinha.Sentada sobre a cama, navego no site a procura de um anúncio de emprego, todos que haviam disponíveis precisavam de experiências em áreas que eu nunca exerci, só havia concluído o ensino médio, não tive a oportunidade de entrar em uma faculdade, minha única escolha após sair do orfanato foi trabalhar no meu agora antigo emprego que ainda por cima foi dona Carolina quem me ajudou. Ouço uma batida na porta, vejo ela passar com um copo de leite e uma caixa de bi
Kamilla LopezOrganizo a minha postura, verifico o horário do relógio que estava em meu pulso, suspiro algumas vezes e lanço um último olhar no espelho antes de sair do quarto. Segurei a minha bolsa e apertei entre meus dedos, estou nervosa, nunca cuidei de uma criança, nem mesmo no orfanato, muitos de lá surgiam com mais de 10-13 anos. Me despeço de dona Carolina e passo pela porta da frente, logo, vejo um veículo se aproximar e parar em frente a minha casa, um homem vestido de terno desce do carro e abre a porta para que eu entre, após entrar e agradecer pela gentileza o homem fechou a porta e assumiu o volante.Enquanto estávamos no trânsito eu apertava meus dedos nervosa, estou insegura, medo de que a criança que irei cuidar não se agrade de mim, muitas vezes olhei para o motorista querendo perguntar em como a criança era, mas optei por ficar calada. O carro passou por portões enormes onde via-se seguranças em frente a e
Kamilla LopezSentada sobre o gramado do imenso jardim, observo Erick se balançar em seu balanço, seu olhar está vago, ele aparenta está triste e não mostra nenhum entusiasmo. Já havíamos almoçado, e enquanto estávamos sobre a mesa percebi que ele estava inquieto, olhava para a uma cadeira vazia e desde então ele está assim. Depois do almoço o ajudei nos deveres da escola, o liberei para brincar no jardim, mas obviamente que ele não queria brincar sozinho, e agora que sou sua babá, considerada como mamãe, resolvi lhe fazer companhia.— Então Erick, você tem amigos? - perguntei puxando conversa.— Na escola eu tenho alguns colegas.— Eles não te visitam?— O papai não permite.— E por quê?— Não sei, nunca perguntei, ele não gosta que eu questione nas decisões dele.Percebi que Erick sente falta de outras crianças ao seu redor, afinal ele é uma criança e gosta de brincar co
Nick RossEstou sentado na minha poltrona do escritório revisando os papéis do meu mais novo negócio, mais um bordel foi inaugurado no Egito, lá contenho inúmeros negócios fora o tráfico que rola solto pelo país. Observo os níveis altos de meta anfetamina e heroína, estão altos, revela que as vendas estão excelentes e os lucros estão indo diretamente para minha conta, dou um breve sorriso satisfeito. Pego a minha caneta e assino a provação para que transfiram mais drogas para o país, expandir meus "negócios" está me rendendo pilhas de dinheiro.Encaro o meu monitor, observo as câmeras de segurança que estão voltadas dentro da minha organização, conhecida como submundo, lá crio armas letais e drogas das mais boas e viçosas do mundo. Armas e drogas são vendidas e enviada para outros países, nos quais revendem para facções de cidades pequenas. Sou rei de uma organização criminosa localizada em Costa Rica, além de liderar membro
Kamilla Lopez— E então, como foi?Ao passar pela porta, ouço já a pergunta de dona Carolina, viro o meu corpo dando as costas para a madeira e a encaro, ela estava com um olhar ansioso e preocupado, me aproximo dela e falo suspirando cheia de emoções— Sente-se, é muita informação para receber.Nos aproximamos do sofá e sentamos.— Estou trabalhando para um empresário, chama-se Nick Ross.Dona Carolina arregalou seus olhos com a notícia chocante, ela piscou as pálpebras algumas vezes e perguntou para ter certeza:— Aquele empresário bonitão?— Sim.— Eu não acredito!— Eu também não.Ainda estou processando a informação de que agora, trabalho para Nick Ross.— Mas você tem certeza de que é ele?— Sim— Não é uma imitação, um clone ou..— O pr
Kamilla LopezDesço do carro e olho para o monumento luxuoso que Nick chama de casa, início meus passos para o Hall de entrada e sigo para o quarto dos empregados, passo pela porta e ponho a minha bolsa em uma cadeira. Depois fui para a cozinha avisar a Morgana que havia acabado de chegar. Logo pela manhã irei ajudar algumas funcionária na cozinha até Erick chegar da escola.— Bom dia. - cumprimento às demais que estão na cozinha.— Bom dia, Lopez. - as funcionárias junto com Morgana responderam meu cumprimento.— Você é bem pontual. - Morgana diz ao se aproximar de mim.— Pontualidade é responsabilidade e compromisso.— Concordo, está preparada para a sua primeira noite aqui?Um sorriso nervoso habitou meus lábios, não entendi o que ela quis dizer, não lembro-me de ter falado com Nick sobre dormir hoje em sua casa, apenas me avisou que haveria dias que precisarei dormir.