Bianca Kendall
Ouvir a maneira frívola que Nick conta para Viktor sobre minha certa origem me causa um arrepio forte na espinha. Saber que Patrícia me manipulou e que de fato era apenas a minha irmã, me causou uma grande revolta interna. As lágrimas desce dos meus olhos ao constar que jamais teria descoberto se Kamilla e eu não tivéssemos passado perto do escritório e ouvi a conversa, ainda estaria sendo enganada. O silêncio no cômodo acaba torturando Nick da maneira mais evidente possível, consigo ver em seus olhos a agonia de saber que estou pensando, já que não consegue adivinhar com a minha expressão.
— Então mentiu para mim, durante todo esse tempo.. — Me pronunciei com a voz carregada de decepção.
— Bianca, eu quero que você sente-se, temos muito o que conversar.&nb
Estacionei o veículo e andei em direção ao hospital psiquiátrico, a minha mente estava a mil por hora. Enxuguei meus olhos e passei na recepção, deixei claro a quem vim visitar, não me impediram nem mesmo quando viram a arma em minha mão. Avancei pelo corredor a sua procura, no fim dele eu vi dois enfermeiros deixarem seu quarto, ao me aproximar eles correram de imediato.— Toc toc. Quando virou a sua cadeira de rodas ela me encarou surpresa, talvez soubesse que em algum momento eu viria, mas não me esperava com um revolver. Seu olhar é de espanto e o pequeno sorriso que estava em seus lábios, sumiram rapidamente. Sorri para ela e apontei a arma para sua direção, sem deixar que ousasse falar alguma asneira eu at
Bianca Kendall 2 anos depois.. Meu cabelo é balançado pela forte corrente de ar do terraço de um prédio, estou usando um binóculos para observar a reunião do prédio ao lado. Todos os seis homens de terno conversam e discutem sobre o destino de Costa Rica, já que ousaram colocar em redes de comunicação um aviso terrorista. Toda a cidade estava em alarde com essa notícia, mas o submundo sabia que isso era briga de território. O rei do submundo é indestrutível, contém grande números ilegais passados despercebidos na alfândega, muitos são comprados no sistema que acreditam ser limpo, porém Nick e Viktor tem todos na mão. Por mais que sejam invencíveis, muitos grupos ilegais tentam sua sorte, não por estupidez, não devemos lidar com isso pensando dessa forma, mas sim por coragem, doce desejo de poder, e por mais que pensemos desse jeito não significa que nós deixaremos isso acontecer.
Horas seguintes Viktor e eu voltamos para casa, fomos direto para o banho e andei até o quarto de Ithan, vimos a governanta que cuidava dele terminando de dar-lhe banho, ao me ver correu para o meu encontro.- Mamãe. - abraçou a minha perna com toda a sua força.- Meu amor, sentiu saudades da mamãe?- Sim, onde estava? E o papai?- Estava no trabalho com o papai, ele está terminando de tomar banho. Vamos para o jardim?- Simm! - falou animado. No jardim da propriedade esperamos Viktor aproximar-se de nós, seu cabelo estava úmido e com uma toalha no ombro. Est
— Você está bem? — Sim. Naquele instante Nick é chamado para o palco, lá, ele recebe um microfone e começa falar sobre o seu mais novo cassino vermelho, ele parecia um Deus exalando poder e autoridade, todos o respeitava e o vangloriava com olhares atentos em tudo que ele falava. Nick Ross mostrava a todos ser um homem bondoso, mas devido suas palavras perigosas de duplo sentido me deixa duvidosa, algo me diz que isso não passa de fingimento, que tudo não passa de uma grande manipulação arquitetada, para mim ele esconde sua real natureza. Talvez eu esteja errada, talvez ei esteja exagerando, mas da forma que ele as vezes me trata, principalmente me olhar com certa obsessão, tentar me controlar e manipular não resta dúvidas. Nick sai do palco e todos batem calorosos palmas pelas suas belas palavras, ele volta para a sua mesa e o pianista volta a tocar. Aviso para Ethan que vou ao toalete e saio do
Kamilla LopezO despertador toca e junto com o som estridente ouço batidas na porta me despertando em atos de desespero, sobressalto da cama com os cabelos caídos em meu rosto, sinto o sol iluminar o meu rosto.— Menina, você vai se atrasar de novo!— Acordei! - gritei para dona Carolina clamando que ela parasse de bater na madeira.Me levanto da cama e olho para o maldito relógio, desligo o despertador e ainda sonolenta arrasto meu corpo em direção ao banheiro. Depois de fazer minhas higiene e tomar um banho bem gelado eu voltei para o quarto e vesti o meu uniforme, ao olhar-me no espelho e certificar que estava pronta, sai do quarto, assim que abri a porta sinto o cheiro de café recém feito pela preciosidade da minha vida.— Bom dia dona Carolina. - me aproximo dela e beijo a sua bochecha.Se não fosse por ela eu estaria morando nas ruas, não teria uma cama e muito menos um trabalho onde consigo nos sufstentar sem n
Kamilla LopezDeitada sobre o sofá eu lutava para deixar os olhos abertos, desde que cheguei do trabalho apenas tomei um banho e deite-me sobre o sofá, derrubo o livro no chão, me levanto e encaro o relógio pendurado na parede, era 20h da noite, suspirei agradecida, tenho tempo suficiente para dormir até amanhã.Resolvo ir para o quarto, mas antes que chegasse até lá ouço batidas na porta, me aproximo dela e escuto murmúrios no lado de fora, ao abrir me deparo com Bianca acompanhada de dois amigos que já conhecia.— Nossa, o que aconteceu com você? - perguntou ao ver o meu estado de sono.— Acabei de acordar, o que está fazendo aqui?— Vim te visitar, trouxe até companhia.— Bianca, está tarde. - falo sonolenta.— Ainda são oito da noite.Junto com os rapazes ela entra e se aproxima do sofá, vejo eles sacarem baralho e começar
Kamilla LopezPousei a mão em cima da outra tentando controlar o meu nervosismo, não entendo do porquê estou assim, o olhar desse homem me intimida, ainda mais agora pelas palavras da criança, como uma criança pode decidir algo assim? Enquanto a criança fala eu sentia os olhos do homem sobre mim, eu tentava prestar a devida atenção, mas saber que ele estava me olhando ficava tensa.— Você tem filhos? - o garoto chamado Erick perguntou.— Não.— Você é muito bonita, sabia?— Obrigada, você também é muito bonito.— Poderíamos brincar qualquer dia. - sugeriu.— Sinto muito, mas não podemos, sempre estou trabalhando.— Mas isso não seria um problema, pode larga-lo.Sorri sem humor, para ele é algo simples e fácil, não entende que trabalhamos por obrigação e não porque queremos.
Kamilla Lopez— Não ouviu o que disseram? Está lotado!Estávamos em frente a boate enfrentando uma fila imensa, éramos as última da fila e para piorar o segurança acaba de falar que não é possível entrarmos.— Eu sabia que deveria ter ficado em casa.— Calma Kami, eu vou dar um jeito.Observo Bianca ir para o beco da boate, vemos dois seguranças na saída de emergência, ela diz algo próximo aos ouvido deles, mostrou ser algo pelas expressões de seus rostos, logo, Bianca acenou para mim e me chamou. Comecei a andar até ela me sentindo um inseto por estar naquele lugar, e ainda por cima estou sem calcinha, a noite está fria e a coitada está congelando.— O que você fez?— Prometi uma suruba.Passamos pela porta dos fundo