Kamilla Lopez
Sou despertada com um ronrom próximo ao meu ouvido, abri os olhos e me deparei com Zeus olhando para mim, sorri por vê-lo tão fofinho com seu pelo arrepiado, ele miou e se aproximou do meu pescoço se encolhendo. O coloquei em minhas mãos e encarei aquela preciosidade pequena, o aproximei dos meus lábios e beijei sua cabeça.
— Obrigada por acordar sua mamãe. - o deixei na cama e saí dela.
Depois do banho vesti o meu uniforme e sai do quarto com Zeus nos meus braços, chegar na cozinha vi dona Carolina em frente ao fogão assando ovos e bacon.
— Bom dia! - cumprimentei. — O cheiro está ótimo!
Ela virou-se pronta para me cumprimentar, mas seus olhos descerá e focaram o que estava em minhas mãos.
— Mas que pitchulinha.. - ela desligou o fogão e se aproximou.
— Lindo não é? Se chama Zeus, ele entrou aqui na noite passada, posso ficar com ele?
— Mas é claro, a casa também é sua. - ela tirou o gato das minhas mãos. — Ele é tão lindinho..
Enquanto isso eu me aproximei da geladeira e de lá tirei uma caixa de leite, depositei em uma tigela e esquente para ele, em seguida seguida depositei o líquido morno em uma vasilha e o coloquei para tomar, dona Carolina e eu tomamos nosso café.
— Que horas você chegou ontem? - me perguntou.
— Não me lembro exatamente.
— Se divertiu muito com Bianca?
— Sim, foi interessante.
Assim que o horário de trabalho bateu, me despedi das suas preciosidades e saí de casa, hoje não irei com Bianca, ela pediu uma folga para visitar sua mãe. Já no local de trabalho, andei em passos largos para a lanchonete, ao passar pela porta dos funcionários sou surpreendia pelo meu chefe.
— Você está atrasada, Lopez. - ele olhou para o relógio. — Há vinte minutos.
— Sinto muito, é que o ônibus atrasou um pouco e..
— Onde está Bianca?
— Ela pediu uma folga hoje.
— Ah! - lembrou-se. — Começa logo a trabalhar.
Enquanto atendia os clientes novamente eu senti uma queimação percorrer pelo meu corpo, vaguei meus olhos pelo local, de repente vi um homem vestido de terno preto acompanhado por um menino, era o.. Erick? Percebo que outro segurança se aproximou de mim e me pediu para que o acompanhasse. Assim que parei na frente do pequeno ele agarrou minhas pernas me abraçando com toda sua força.
— Oi Kami.
— Olá Erick, o que faz aqui? - perguntei ao me abaixar na sua altura. — Não deveria estar na escola?
— Eu vim ver você, por que não foi me visitar? Você tinha me prometido, não cumpre o que promete?
Pisquei os olhos por alguns segundos processando tantas palavras, Erick me olhava com decepção, tento formar uma palavra mas ela não vinha. Segurei a sua mão e o aproximei mais de mim.
— Não pude visitá-lo porque estava trabalhando.
— Então se demite.
— Eu não posso, eu tenho um filho para sustentar.
— Você tem filho?
— Sim, um gatinho, se chama Zeus.
— Eu posso conhecê-lo?
— Quem sabe algum dia? - sorri nervosa.
Naquele instante vejo Nick se aproximar de nós, ele estava usando um terno azul escuro, em seu ouvido um telefone, observo seus passos pesados, seus músculos se movem conforme ele anda, céus.. Nem acredito que me masturbei imaginando ele. Ao se aproximar de nós, falou para o filho:
— Vamos Erick.
A voz grossa e rígida saem de seus lábios como um rosnado selvagem, minha boca seca e minha imaginação reproduz cenas que jamais imaginei.
— Mas já papai?
Me levantei do chão e fiquei quase próximo a ele. Nick era muito alto, levantei o meu rosto para ver o seu, ele estava sério, com um olhar assustador ele lançou para o filho, logo, a criança abaixou a cabeça e disse:
— Vamos embora.
Um dos seguranças estendeu a não e levou Erick em direção ao estacionamento, fiquei parada no mesmo lugar sem movimento brusco. Percebi que ele ainda estava ali, parado próximo de mim, ele virou o seu corpo e ficou de frente, um sorriso desenha seus lábios, por um momento pensei em dar-lhe as costas e voltar para o trabalho, assim o fiz, mas antes que desse algum passo a sua mão agarrou meu pulso obrigando-se a permanecer ali.
— Achei que você soubesse obedecer ordens.
— Achou errado, sr. Ross.
— Eu disse que não queria vê-la saindo a noite.
— Mas o sr. Não manda em mim.
Ele solta um ar de sorriso, ele dá passos a frente e fala com a voz sedutora:
— Você está deixando tudo mais interessante, bonequinha.
Sem a possibilidade de rebater a sua palavra duvidosa, Nick se afastou em passos largos se misturando na multidão. Suspirei algumas vezes e voltei ao meu trabalho. O final do expediente chegou, fui para o meu armário e peguei a minha bolsa, me despedi do último que saiu antes de mim, alguns minutos depois me aproximei da porta, de repente ouço a voz do meu chefe atrás de mim.
— Senhorita Lopez?
— Sim?
— Preciso que aguarde algumas caixas no depósito que acabaram de chegar.
— Farei isso amanhã.
— Faça-o agora! - ordenou.
— Mas o meu expediente acabou.
— Considere como punição por chegar atrasada.
Suspirei desanimada, depositei a minha bolsa encima do balcão e fui fazer o que me pediu, comecei levar as caixas para o depósito rapidamente, estava louca e cansada, desejava voltar para casa. Sem esperar, sinto braços rodear a minha cintura e me puxa para trás, assustei-me é rapidamente me afastei, encarei o rosto do meu chefe onde tinha um sorriso malicioso.
— O que acha que está fazendo?
— O que foi Lopez?
— Fichou maluco? - perguntei alterada.
— O que foi? Não gosta de homem?
— Seu nojento..
— Ou vai me dizer que é lésbica? Isso faz sentido já que vive grudada na Bianca.
— Isso não te interessa, escroto!
— Eu sempre te achei atraente garota, vamos ficar, as câmeras estão desligadas, não vai ficar nada gravado.
— Não se aproxima de mim, se o fizer eu juro que te mato!
Apertei os passos para fora do depósito, me aproximo do balcão e pego a minha bolsa, antes de aproximar da porta de saída meu corpo é puxado para trás e sou jogada no chão.
— Não se faz de difícil sua garota burra!
Ele me tirou do chão e tentou me beijar a força, tomada de raiva, acertei sua área mais baixa fazendo-o me soltar e cair no chão, frustrada e enojada, peguei uma vassoura e quebrei o cabo em suas costas vendo-o se torcer de dor. Peguei a minha bolsa sentindo meu pulso acelerado, antes de sair, chutei a sua barriga.
— Sua desgraça! - me ofendeu. — Está demitida!
Kamilla LopezEstava em estado letárgico, eu andava pelas ruas me encostando sobre a parede controlando a minha respiração. Estava com raiva, frustrada e nervosa. Ele teve o que mereceu, minha vontade ainda era de voltar e acabar com a vida dele, porém eu me controlei, enxuguei meu rosto e apertei a minha bolsa voltando a andar. Parei próxima a um mercado, comprei algumas coisas para casa e ração para Zeus, também vasilhas para colocar água e sua comida.Depois de comprar eu deixei o mercado e comecei a andar pelas calçadas em direção ao ponto de ônibus, antes de me aproximar, um carro parou ao meu lado, sutilmente apertei as sacolas nas minhas mãos, olhei para o vidro e não consegui ver ninguém, assustada por um momento pensei ser aquele desgraçado, aumento meus passos na intenção de chegar a esquina, porém, o carro parou abruptamente e vi aquele homem sair do carro. Nick me encara com um sorriso provocante nos lábios, suspirei alivia
Kamilla LopezJá se passou um mês depois do que aconteceu, já estava tocando a minha vida a procura de um trabalho, mas cada vez estava difícil de arranjar. Durante um mês tentei de todas as formas, dona Carolina percebia que eu estava preocupada, muitas vezes ela tentava me tranquilizar, dizendo que havia necessidade para tanta preocupação e que sua aposentadoria nos sustentaria sem nenhum problema, mas não posso me aproveitar disso, não posso deixar que ela lide com as despesas sozinha.Sentada sobre a cama, navego no site a procura de um anúncio de emprego, todos que haviam disponíveis precisavam de experiências em áreas que eu nunca exerci, só havia concluído o ensino médio, não tive a oportunidade de entrar em uma faculdade, minha única escolha após sair do orfanato foi trabalhar no meu agora antigo emprego que ainda por cima foi dona Carolina quem me ajudou. Ouço uma batida na porta, vejo ela passar com um copo de leite e uma caixa de bi
Kamilla LopezOrganizo a minha postura, verifico o horário do relógio que estava em meu pulso, suspiro algumas vezes e lanço um último olhar no espelho antes de sair do quarto. Segurei a minha bolsa e apertei entre meus dedos, estou nervosa, nunca cuidei de uma criança, nem mesmo no orfanato, muitos de lá surgiam com mais de 10-13 anos. Me despeço de dona Carolina e passo pela porta da frente, logo, vejo um veículo se aproximar e parar em frente a minha casa, um homem vestido de terno desce do carro e abre a porta para que eu entre, após entrar e agradecer pela gentileza o homem fechou a porta e assumiu o volante.Enquanto estávamos no trânsito eu apertava meus dedos nervosa, estou insegura, medo de que a criança que irei cuidar não se agrade de mim, muitas vezes olhei para o motorista querendo perguntar em como a criança era, mas optei por ficar calada. O carro passou por portões enormes onde via-se seguranças em frente a e
Kamilla LopezSentada sobre o gramado do imenso jardim, observo Erick se balançar em seu balanço, seu olhar está vago, ele aparenta está triste e não mostra nenhum entusiasmo. Já havíamos almoçado, e enquanto estávamos sobre a mesa percebi que ele estava inquieto, olhava para a uma cadeira vazia e desde então ele está assim. Depois do almoço o ajudei nos deveres da escola, o liberei para brincar no jardim, mas obviamente que ele não queria brincar sozinho, e agora que sou sua babá, considerada como mamãe, resolvi lhe fazer companhia.— Então Erick, você tem amigos? - perguntei puxando conversa.— Na escola eu tenho alguns colegas.— Eles não te visitam?— O papai não permite.— E por quê?— Não sei, nunca perguntei, ele não gosta que eu questione nas decisões dele.Percebi que Erick sente falta de outras crianças ao seu redor, afinal ele é uma criança e gosta de brincar co
Nick RossEstou sentado na minha poltrona do escritório revisando os papéis do meu mais novo negócio, mais um bordel foi inaugurado no Egito, lá contenho inúmeros negócios fora o tráfico que rola solto pelo país. Observo os níveis altos de meta anfetamina e heroína, estão altos, revela que as vendas estão excelentes e os lucros estão indo diretamente para minha conta, dou um breve sorriso satisfeito. Pego a minha caneta e assino a provação para que transfiram mais drogas para o país, expandir meus "negócios" está me rendendo pilhas de dinheiro.Encaro o meu monitor, observo as câmeras de segurança que estão voltadas dentro da minha organização, conhecida como submundo, lá crio armas letais e drogas das mais boas e viçosas do mundo. Armas e drogas são vendidas e enviada para outros países, nos quais revendem para facções de cidades pequenas. Sou rei de uma organização criminosa localizada em Costa Rica, além de liderar membro
Kamilla Lopez— E então, como foi?Ao passar pela porta, ouço já a pergunta de dona Carolina, viro o meu corpo dando as costas para a madeira e a encaro, ela estava com um olhar ansioso e preocupado, me aproximo dela e falo suspirando cheia de emoções— Sente-se, é muita informação para receber.Nos aproximamos do sofá e sentamos.— Estou trabalhando para um empresário, chama-se Nick Ross.Dona Carolina arregalou seus olhos com a notícia chocante, ela piscou as pálpebras algumas vezes e perguntou para ter certeza:— Aquele empresário bonitão?— Sim.— Eu não acredito!— Eu também não.Ainda estou processando a informação de que agora, trabalho para Nick Ross.— Mas você tem certeza de que é ele?— Sim— Não é uma imitação, um clone ou..— O pr
Kamilla LopezDesço do carro e olho para o monumento luxuoso que Nick chama de casa, início meus passos para o Hall de entrada e sigo para o quarto dos empregados, passo pela porta e ponho a minha bolsa em uma cadeira. Depois fui para a cozinha avisar a Morgana que havia acabado de chegar. Logo pela manhã irei ajudar algumas funcionária na cozinha até Erick chegar da escola.— Bom dia. - cumprimento às demais que estão na cozinha.— Bom dia, Lopez. - as funcionárias junto com Morgana responderam meu cumprimento.— Você é bem pontual. - Morgana diz ao se aproximar de mim.— Pontualidade é responsabilidade e compromisso.— Concordo, está preparada para a sua primeira noite aqui?Um sorriso nervoso habitou meus lábios, não entendi o que ela quis dizer, não lembro-me de ter falado com Nick sobre dormir hoje em sua casa, apenas me avisou que haveria dias que precisarei dormir.
Kamilla LopezTiro da sacola as peças que Bianca comprou para mim, coloquei sobre a cama e encarei as três camisolas de tecido liso, todos eles marcarão em meu corpo, as quatro calcinhas eram de rendas e extremamente pequenas para mim, não se parecem com as que uso com frequência. O único que para mim estaria ótimo para o uso, era o longo vestido florido, mas infelizmente não poderá usá-lo, só usarei na manhã seguinte, afinal só dormirei apenas nesta noite na residência do Nick Ross.Ouço batidas na porta, rapidamente recolhi as peças e coloquei de volta a bolsa, me aproximo da porta e abro, encarei Morgana que estava parada em frente a madeira.— Sim?— O Erick está esperando por você.— Já estou indo.Já era 18h da noite e ainda não havíamos jantado, provavelmente já esteja com fome. O deixei em seu quarto e fui até a cozinha ajudar a cozinheira terminar