Olhando a mulher assustada a minha frente, não é difícil imaginar o que Jonas viu nela. Por mais que o seu corpo seja lindo, maravilhoso e suas curvas tentadoras, são seus olhos que mais me chamaram a atenção, o medo contido neles é disfarçado pela raiva e algo mais. Ela me avaliou dos pés a cabeça e suas pupilas dilataram-se involuntariamente, esse algo mais que eu notei em seus olhos, me remeteu a palavra desejo, porque é isso que eu sinto olhando esse seu corpo delicioso...
“Pare de pensar dessa forma seu idiota. Eu instruía a minha mente.”
— Aproxime-se! — Ordeno, mas, ela nem se digna a sair do lugar. — Eu disse para você se aproximar. — Aumento minha voz e ela se encolhe toda, antes de se aproximar de mim. Não sou de tratar mulher nenhuma mal, mas, não tolero quem brinca com minha vida e se ela veio a mando de Jonas, não é coisa boa. Nunca imaginei que poderia odiar tanto uma pessoa, ainda mais essa pessoa sendo da minha família. — Quem é você?
— Ce... Cecile. — Ela diz gaguejando. Belíssimo nome combina com a dona. Como é que eu sei isso? Nem conheço essa mulher. Ela não é italiana, seu sotaque a denuncia.
— Cecile de quê? Não irei perguntar novamente minha cara. — Pergunto me levantando da cadeira que está no canto da sala. Ela ainda continua agarrada a pasta, como se isso pudesse protegê-la de mim. Eu nunca fui adapto da vaidade, mas nesse momento, eu senti uma pitada dela. Se ela me deseja e sente medo de mim, para começar está de bom tamanho, para o que estou pensando fazer com ela.
— Cecile Viana! — Ela diz, evidenciando mais sua raiva. Guardo esse nome em minha mente, pois, pretendo saber tudo sobre essa mulher.
— Sente-se Cecile... — Ela nem sai do lugar. Ou ela está realmente com medo ou simplesmente é surda. Não gosto de dar medo em mulher nenhuma, sempre preferi dar prazer, mas, essa mulher terá o que merece.
Chamo dois seguranças e peço para colocá-la sentada em uma cadeira em frente a minha mesa. Não quero tocá-la, não ainda, saber que Jonas a tocou me deixa com muita raiva, não entendo o porquê.
— Senhor, é um engano terrível, só vim aqui entregar a pasta. — Ela está realmente assustada. — Se não tiver a chave, não precisa cortar meu braço, podemos pensar em outra coisa, outra forma de o senhor ter a sua pasta. — O que ela pensa que sou? Um assassino? Um esquartejador de pessoas? Eu poderia estar rindo da situação se não estivesse com tanta raiva agora. — Por favor, senhor, eu imploro. — Ela voltou a chorar. Mas, imaginar que ela estava a pouco com Jonas, sabe-se fazendo o quê, isso me incomoda. Puxo uma cadeira e sento em frente a ela. — Senhor eu não fiz nada, foi um grande engano. — Ela continua insistindo em dizer isso, mas, eu não quero acreditar nisso.
— O que tem na pasta? — Questiono-a, encostando-me à cadeira.
— Não sei! — Ela diz exasperada, denunciando o seu cansaço. Ela pronunciou essas palavras em português, mas, acredito que não percebeu. Maravilha, mais uma brasileira em minha vida, Jonas sabe que não suporto mulheres brasileiras. — Não sei o que há na pasta, Jonas me entregou e disse que eu tinha que te entregar. Acha que eu quero estar aqui? Eu fui forçada.
— Isso não importa mais. — Acho que ela não percebia que ela falava a língua portuguesa e nem que eu a entendia e conversava de igual. Aprendi português com minha ex-esposa, para alguma coisa aquela mulher maldita serviu. Levantei-me da cadeira, peguei um papel e uma caneta em cima da mesa e escrevi três números e entreguei a ela.
— O que é isso?
— O código para abrir a pasta. — Jonas havia me enviado o código há dez minutos. — Abra a pasta. — Ordeno saindo da sala. Meus seguranças entram com escudos antibomba e se posicionam em frente a porta do escritório, eu saio do escritório e fico atrás da parede, a parede é reforçada com aço, que pode aguentar uma pequena explosão.
— O que há dentro da pasta? — Ela diz interrompendo meus pensamentos.
— Nada perigoso. — Minto, mas, a verdade é que eu não faço ideia do que tenha lá dentro e não confio em Jonas.
— Então porque o senhor mesmo não abre? — Garota esperta.
— Não confio em Jonas. — Digo expondo meu pensamento de agora a pouco.
— Eu também não confio nele. — Ela diz preocupada. — Só o conheci hoje na boate. — Saber isso não mudou meu temperamento. Como uma mulher conhece alguém e no mesmo dia já esta fazendo o que ele quer? Jonas deve ser muito bom no sexo. Por que eu tinha que pensar nisso?
— Abre logo essa pasta! — Grito em italiano. Posso senti-la se encolher.
— Tudo bem! — Foi tudo o que ela disse antes de abrir a pasta. Os segundos se passaram e todo meu corpo ficou apreensivo. E se ela abrir e acontecer algo com ela? Vou me sentir mal por isso? Pergunto-me.
— Não irei! — Digo em voz alta. Mas a minha mente teme em me dizer que sim, teme em dizer que vou me culpar.
— Por favor, Deus, me ajude. — Ela diz, em seguida ouço um estalar de algo sendo aberto. Tarde demais para impedi-la de abrir. Idiota, você demorou para impedi-la. Fico me censurando.
— Descreva o conteúdo da pasta para mim Cecile. — Peço a ela ainda do lado de fora da sala.
— Não tem muita coisa, há somente uma caixa de tamanho mediano, escrito em sua tampa "te peguei" e um papel dobrado escrito o seu nome nele, acho que é uma carta. — Eu não sentia mais o medo em sua voz, mas sim uma raiva contida.
Entrando na sala, noto que seu rosto não transparece nada, nenhuma emoção. Aproximo-me da pasta e realmente só consta isso e uma chave, acredito que das algemas, acho que ela não viu. A raiva que sinto de Jonas só faz aumentar. Pego a chave dentro da pasta e jogo para ela.
— O que é isso? — Ela pergunta voltando a falar em italiano, deve ter recobrado a calma.
— A chave das algemas. — Respondo tirando a carta de dentro da pasta.
— Mentiroso...
— O que disse? — Questiono olhando para ela.
— Esse Jonas, maldito e mentiroso, filho de uma cadela.
Ela diz gritando e com raiva, voltando a falar português. Não é que ela está certa, a mãe de Jonas é uma cachorra usurpadora. Pensei gargalhando por dentro, esse pensamento me fez sentir-me bem, em saber que a sua raiva está direcionada para Jonas, não para mim. Enquanto ela tira as algemas, começo a ler a carta.
“Então primo, gostou da "surpresa"? Espero, para o meu prazer que a resposta seja NÃO. Tome cuidado, da próxima vez pode não ser uma brincadeira. Ah, gostou da brasileira? Se quiser pode ficar, não me serve mais.”
Fico agradecido a meu primo pelo presente, em uma coisa esse traste acertou.
— Parece que você me pertence la mia piccola
(Minha Pequena). — Digo a ela não disfarçando a malícia em minha voz.— O que disse? — Ela indaga de repente parecendo assustada.
— Eu disse que você é minha! — Respondo virando para encará-la. Não percebo que ela já tinha se aproximado de mim. Foi tudo muito rápido, senti um ardor em minha face no lado esquerdo, automaticamente minha mão esquerda descansou no lugar que ardia. Sua mão vai para bater do outro lado de minha face, mas, dessa vez, eu sou mais rápido e agarro seu braço esquerdo e o mantenho suspenso no ar, não sei, passaram-se segundos, minutos, ficamos na mesma posição, travando uma batalha com nossos olhares, mas, eu não sou um homem de perder o que quero e nesse momento eu decidi que a quero, além de esfregar na cara de Jonas que gostei do presente, ainda vou ter esse corpinho todo para mim.
— Solte-me. — Ordeno a ele, mas de nada adianta.— E por que eu faria isso? Estou gostando dessa proximidade. — Ele se aproximava cada vez mais, o cheiro do seu perfume me deixa tonta, eu não consigo entender como posso me sentir atraída por alguém que ia me machucar, se é que ainda não vai me machucar. Tento recuar, mas, estava imprensada entre ele e a mesa.— Non toccarmi! (Não me toque!)— Sei bellissimo la mia piccola. (Você é linda minha pequena). — Ele me acha linda. De alguma forma esse pensamento me alegrou.— Não sou tão pequena. — Não posso ser fraca e deixar esses homens fazerem o que querem comigo. Onde está o meu orgulho? — Afaste-se de mim, senhor.— Você não manda em mim, ponha-se em seu lugar. — Ele parecia irritado com meu comportamento. — Eu não lembrav
— Mathew? — Grito por meu chefe de segurança.Estou na empresa, em meu escritório. Não dormi nada, desde que me mudei para o hotel que não durmo bem, minha casa está em reforma já faz seis meses, o chefe de construção me prometeu entregar nesse final de semana, é melhor que ele cumpra a promessa. Por mais que eu ganhe a vida construindo hotéis, não gosto de ficar muito tempo neles. É solitário demais.— Sim, senhor Castillo? — Mathew pergunta, interrompendo meus pensamentos.— Preciso que você descubra tudo sobre essa mulher. — Escrevo no papel todo o nome de Cecile e entrego a ele.— Para quando senhor?— Quero para hoje, Mathew!— Certo senhor.— Está dispensado. — Ele balança a cabeça confirmando. — Quando sair você diz a Paulo para vir at
O olhar de desejo que Andrew lançou sobre mim, me deixou desconfortável e excitada ao mesmo tempo. — O que deseja, senhor Castillo? — Pergunto novamente, em frente a porta fechada, tentando conter o desejo que se apossou do meu corpo após seu braço roçar em meu seio por cima da toalha. — Por que estar de toalha senhorita Cecile? Ele parecia tão desconfortável quanto eu. — Eu já disse que estou esperando a sindica, ela vem buscar o dinheiro do aluguel, eu estava no banho, como ela é mulher, não achei nada demais abrir a porta assim, não esperava o senhor. — Acredito em você, mas, por sua causa está difícil me controlar... — Se controlar? Como assim? Ele se aproxima de mim, fazendo todo o meu corpo ficar em alerta máximo, agarra o meu braço e me puxa de leve em direção ao sofá. — O que você está fazendo? Se controlar para quê, senhor Castillo? — Eu quero te beijar senhorita Cecile, não consigo resistir. Eu
— Paulo, algum recado para mim? — Pergunto parando em frente a sua mesa. — Alguns, Sr. Castillo. — Ele diz pegando um caderno em cima de sua mesa, procurou por alguns segundos os recados no caderno, em seguida voltou a falar. — O arquiteto ligou, disse que sua casa está pronta, só falta uns detalhes a ser resolvido, mas precisa que o senhor esteja presente. — Balanço a cabeça afirmando. — Sua ex-mulher ligou, mas, não quis deixar recado. Com toda certeza ela deve está querendo mais dinheiro. Pensei com raiva. — Algo mais? — Sim... — Ele diz, fazendo uma pausa. — Aqui! — Uma senhorita chamada Cecile ligou... — E o que ela queria? — Pergunto impaciente. — Ela não quis deixar recado, apenas disse que ligaria mais tarde. — Grazie, Paulo. — Digo tentando conter minha ansiedade. — Ainda faltam mais alguns recados Sr. Casti... — Se não for urgente, não precisa falar nada, Paulo. Separe os urgente e os importan
— Eu não tenho nada para vestir, Livi. — Quando olhei para o notebook, Lívia revirava os olhos. — Assim você não ajuda. — Digo fingindo estar aborrecida. — Pare de reclamar Cecil, seu guarda roupa está lotado de roupas, garanto que você não usou nem metade. Não sei o que mais me frustra, não achar uma roupa do meu agrado ou ter mentido para Andrew que já estava a caminho — Penso demonstrando cansaço. — Espere que vou te ajudar Cecil, saia da frente, deixe eu ver seu guarda roupas. Saio da frente e deixo-a dar uma olhada, ela faz isso por um tempo, depois volta a falar. — Cecil, você precisa vestir algo que impressione, mas ao mesmo tempo não te deixe parecer desesperada pelo emprego. Balanço a cabeça concordando com ela. Lívia coloca a mão no queixo pensativa. — Humm... Que tal aquela calça jeans azul escura, ela te deixa gostosa, mas, ao mesmo tempo elegante, usa aquela blusa cinza, ela fica bonita com a calça e com aquele bla
Entrar na sala de Andrew, e, vê-lo sentado em sua cadeira, relaxado à minha espera, me deu um frio na barriga de uma forma que eu nunca havia sentido, seu blazer que descansava no encosto da cadeira, era preto e fazia par com sua calça, ele vestia uma camisa social azul e uma gravata de cor roxa com algumas listras, sua barba aparada e seu cabelo penteado para trás, formavam um belo conjunto. Era uma visão e tanto.“Como não se excitar com essa visão?”Até os homens devem sentir-se atraídos por ele, afinal, ele tem algo que aflora a imaginação de qualquer um.“Sexy demais para minha sanidade.”Naquele momento, dei graças a Deus por está usando blazer. Parece que meu corpo sabe quando está perto do Sr. Castillo, agora mesmo, meus seios estão duros e erguidos, e minha mente teima em imaginar Andrew os chupad
— O certo a se fazer? — É a primeira coisa que consigo falar depois do breve discurso dela.— Sim, o certo a se fazer. — Ela afirma.— Lembra o que eu disse que ia fazer caso a senhorita fizesse isso? — Seus olhos crescem e por um momento noto medo neles.— O senhor não faria isso? Aquelas famílias não tem nada haver com isso.— Por que não pensou isso antes? — Pergunto irritado.— Não gosto de ser ameaçada, senhor. — Ela diz com raiva.Até com raiva ela fica linda, vai ser difícil ficar longe dela, agora mesmo estou me segurando para não agarrá-la e beijar essa sua boca gostosa.“Preciso mudar o rumo de meus pensamentos se não é isso mesmo que vou fazer.” — Penso frustrado.— E eu cumpro minhas promessas. — Respondo categórico.
O que aquela mulher estava fazendo na empresa de Andrew? — Pergunto para mim mesmo curioso.Por um momento minha curiosidade sobrepôs a minha raiva. Certamente eu não esperava isso acontecer quando a forcei entregar aquela a pasta a Andrew.O engraçado é que ela nem queria ir, mas agora está trasando com ele. Penso voltando a ficar com raiva. Foi preciso colocar as algemas para que ela fosse entregar a maleta.Minha tigresa que tinha me dado essa ideia.— Se a vagabunda que você escolher resistir, coloque nossas algemas preferidas, quando você vir, tenho uma surpresa para você. Aquela mulher me domina, sempre faço as suas vontades. Então, eu fiz o que ela me pediu, naquele dia, eu iria comê-la de todas as formas possíveis. Meu grande ragazzo em minhas calças chega vibrou de ansiedade.Mas então, vi uma