— O que você quer comigo, Jonas? — Pergunto a ele mais uma vez em italiano, já acomodada no banco do carro.
Confesso que estou bastante preocupada e com medo, não o conheço, entrei nesse carro contra a minha vontade.
Eu estava na minha, mexendo em meu celular, a boate estava cheia, mas, eu não estava a fim de dançar.
Foi quando Jonas se aproximou de mim, jogando todo seu charme, tentei resistir, no entanto, é difícil resistir quando um cara faz você se sentir a mulher mais linda do mundo.
Pensando bem, só agora notei o quanto estou carente, se eu tivesse olhado bem pra ele, veria o quão fingindo ele é.
O deixei me guiar entre a multidão, achei que estávamos indo para um lugar mais reservado.
Eu queria beijar na boca, faz tempo que não sei o que é isso.
Quando notei que tínhamos saído da boate, comecei a ficar em pânico.
— Onde você está me levando? — Pergunto tentando disfarçar o medo com a raiva.
Naquele momento lembrei-me de minha mãe, ela achava que eu estava no meu pequeno apartamento estudando.
Quando recebi uma bolsa para estudar administração em Roma, na Itália, não pensei duas vezes, sempre foi meu sonho e o sonho da minha mãe.
Ela trabalhou duro para que eu estivesse nesse país e sempre quando dá, ela manda algum dinheiro para mim e eu mando para ela também.
Trabalho como babá temporária, o dinheiro é bom e o melhor, não me atrapalha nos estudos.
Depois de tanto tempo, hoje, foi à primeira vez desde que cheguei que saí para me divertir.
— Calm si sarà già sapere (Calma que você já vai saber). — Ele réplica em italiano, me fazendo ficar com mais medo.
Ele não espera a minha resposta e continua me puxando pela mão, eu tento resistir, mas nada adianta.
Um carro utilitário preto estaciona e ele literalmente me jogar dentro do carro. O veículo começa a andar e meu coração parece que vai sair pela boca de tanto medo que estou.
— Onde você está me levando? — Já acomodada no carro, pergunto a ele novamente.
— De onde você é? Você não é italiana, isso está bem claro para mim. A verdade é que seu sotaque te denúncia. — Ele diz com um sorriso zombeteiro.
— Não é da sua conta. — Respondo com raiva.
— Brasileira? Maravilha. — Ele diz, batendo palmas. — Si dice che il Brasile ha la passione, Verità? (Dizem que as brasileiras têm paixão, verdade?) — As palavras em italiano sumiam de minha mente, então preferir ficar em silêncio. — Não vai responder? — Ele pergunta em português, me fazendo ficar surpresa. — Não fique surpresa minha cara, eu sei falar um pouco do português, não é dos melhores, mas, eu sei.
— Onde você está me levando? O que você quer comigo? — Ele fica calado e lança sobre mim um olhar malicioso. — Não faço sexo com alguém que acabei de conhecer. Digo a ele com raiva.
Na verdade, ainda não fiz com ninguém.
— Não foi o que me pareceu agora a pouco. — Ele diz torcendo a boca em um sorriso de desprezo.
— Beijar alguém nunca fez mal a ninguém.
— Já que é assim. Ele tira o cinto de segurança dele e avança sobre mim e me beija.
Um beijo duro, que machuca meus lábios, eu tento resistir, mas a língua dele é insistente, então deixo sua língua entrar em minha boca.
Na primeira oportunidade mordo a boca dele, o fazendo gemer de dor.
Sinto o gosto do sangue dele e o empurro com toda força, o afastando de mim. Tudo isso só me fez ficar com mais raiva dele.
— Você se enganou quando disse que beijar não faz mal.
Esse homem tem um senso de humor horrível.
Volto a mim quando ele estaciona o carro em uma praça com pouco movimento.
Acredito que já passa das três da manhã.
Quando faço que vou sair, ele agarra meu braço, me impedindo de descer do carro.
— Quero que você leve essa pasta para mim, lá naquele prédio. — Ele abaixa o vidro do carro e aponta um edifício enorme, mais ou menos uns vinte metros de distância. Parece um hotel de luxo.
— Eu não vou a lugar nenhum. Leve você mesmo sua pasta. Além do mais, deve ser mais de três da manhã, não deve ter ninguém. — Digo a ele cruzando meus braços.
— É um hotel, sempre tem alguém acordado, eu levaria, mas não dá.
Como pensei, um hotel.
— O que eu tenho que ver com isso? Você me sequestrou, ainda quer a minha ajuda? Deixe-me ir que não irei te denunciar a polícia. — Ele parecia achar graça de mim. Idiota. — Ainda tenho que estudar para uma prova, Jonas. Quando faço que vou sair novamente, ele prende uma algema prateada em meu braço, gelei na hora.
Noto que a algema também está presa á pasta.
Porra, onde foi que eu me meti?
— Como pode fazer isso? Me solte. Ordeno a ele desesperada.
— Você não me deu outra opção. Quando tudo estiver terminado, você pode ir embora, te dou minha palavra. — Ele pegou um pedaço de papel, não sei de onde ele tirou, escreveu alguma coisa e colocou dentro da pasta e a fechou. — Você vai chegar na recepção e dizer que deseja entregar a pasta a Andrew Castillo, a mando de Jonas Vitello, lá eles dirão o que você deve fazer.
— E a chave da algema? — Pergunto não conseguindo conter as lágrimas.
— Está com Andrew.
Eu estou com medo, muito medo, mas não posso demonstrar, esse homem parecia estar brincando com minha cara.
ESSE DESGRAÇADO. Grito em minha mente.
Limpei as lágrimas do meu rosto e saí do carro sem dirigir mais nenhuma palavra a ele.
Ajeitei minha saia, meu Cropped e caminhei até o prédio.
Visto do carro, o prédio me pareceu muito mais perto, mas, caminhando em cima de um salto alto, não é nada agradável.
Quando estava me aproximando, olhei para cima e li o nome; Hotel Andrew Castillo, escrito na fachada do enorme prédio.
Engoli em seco, nunca havia entrado em um lugar tão luxuoso. Um segurança com a fisionomia carrancuda abre a porta de vidro e eu entro. Esse hotel só pode ser vinte e quatro horas, uma hora dessas ainda tem recepcionista.
De cara, dá para perceber o quanto esse Andrew é rico.
“Deve ser bilionário ou talvez o primeiro trilionário no mundo todo. Será?” — Esse pensamento só me deixa mais nervosa ainda.
Na recepção há vários sofás espalhados para conforto das pessoas que chegam.
Mas naquele momento estava deserto, a não ser pelos seguranças e o recepcionista.
Caminho a passos lentos até a recepção, tentando disfarçar meu nervosismo. A face do recepcionista está séria, muito séria, não me ajudava em nada, minhas mãos tremiam involuntariamente e eu me segurava para não limpá-las em minha saia.
— Posso ajudar senhorita? — Ele pergunta com cara de nojo.
Tudo bem que minha aparência não está das melhores, por causa das lágrimas, com toda certeza o lápis de olho ficou borrado, mas, isso não é motivo para esse cara me olhar desse jeito, o que ele está pensando que eu sou?
— Estou aqui para fazer uma entrega ao senhor Andrew Castillo. — Respondo.
— A senhorita marcou horário? — Ele pergunta me olhando estranho.
— Não!
— O senhor Castillo não marcou horário com nenhuma pessoa a essa hora, muito menos pediu uma prostituta.
— O QUE DISSE? — Digo em um tom alto, perdendo toda calma.
“Questo figlio di puttana. (Esse filho da puta).” — Penso contrariada.
O cara nem me conhece e me destrata assim.
Ele apenas me olhou com desprezo, como se eu o estivesse importunando.
Quando eu estava para dar uma bofetada na cara dele, apareceu um homem segurando meus braços. Ele apertava tanto que eu sentia dor.
— O QUE É ISSO? SOLTE-ME SEU BRUTAMONTE DE MERDA, VOCÊ NÃO PODEM FAZER ISSO, SEI OS MEUS DIREITOS.
Eu gritava, mas nada adiantava.
— Já chega mulher, diga logo o que você quer.
— Em primeiro lugar, não me trate assim, pois, você não me conhece, em segundo lugar, eu já disse o porquê estou aqui, você não é surdo.
Eu já estava com raiva do que Jonas fez comigo, ainda vem esse cara me destratar? Fiquei indignada.
Eu só posso ter tombado com o capiroto para ter uma noite de cão como essa. Não tem como piorar. Pensei.
— A mando de quem você deseja fazer a tal entrega? — Ele pergunta com ironia.
— A mando de Jonas Vitello.
O recepcionista idiota me olhou estranho novamente. Pegou o ramal, apertou algum número, passaram-se uns dez segundos, alguém atende do outro lado.
— Senhor? Há uma mulher precisando falar com o senhor a mando de Jonas Vitello. — Ele faz uma pausa. — A quem eu anúncio?
— Jonas, ele estar no carro me esperando.
Ele fala ao telefone.
— Qual o seu nome?
— Não, Jonas que me enviou.
— O senhor Castillo quer saber qual é seu nome senhorita? — Ele pergunta novamente, impaciente.
Agora sou senhorita? A pouco esse fuleiro me chamava de prostituta, agora tá parecendo uma cadela balançando o rabo para o seu dono.
O brutamonte não largava meu braço, só diminuiu o aperto, mesmo assim me sentia incomodada.
— Cecile.
— Cecile de quê?
— Apenas Cecile. — Respondo, já ficando preocupada. — Se o senhor Castillo puder vir rápido, porque tenho... — Ele levanta a mão me impedindo de completar a frase.
Cazzo (Caralho), nem falar eu posso.
O que deu nesses homens de agir feito uns trogloditas comigo hoje?
— O senhor Castillo, está á caminho. — Saber isso, não me fez respirar aliviada, só me preocupou mais ainda. — Ele pediu para senhorita aguardar aqui.
— Posso me sentar ou me encostar em algum canto? — Pergunto, minhas pernas estão bambas e se tornou uma tarefa difícil disfarçar o medo, fora o salto scarpin, que em nada facilitava minha vida.
— Não senhorita, o senhor Castillo disse que é para ficar aí, se ele disse que é para ficar aí, é melhor obedecer a ordem dele.
Eu não disse nada, só fiquei olhando para ele.
Cadela!
Acho que não se passou nem dois minutos, ouço a chegada do elevador, cinco homens saem de lá, todos mal encarados, caminhando em minha direção.
Olhei assustada, eles pareciam cinco leões querendo abocanhar a sua presa, nesse caso, eu.
Eu nem tinha notado que o homem que segurava meu abraço tinha se afastado e os homens que saíram do elevador me cercaram, me pegaram por meus dois braços e começaram a me arrastar até o elevador.
— O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? POR FAVOR, PAREM, EU NÃO FIZ NADA. — Eu gritava em italiano, mas, eles nem ligavam para mim.
Comecei a tremer, com a pasta pendurada machucando meu pulso.
Chegando ao décimo quinto andar, os homens saem, esperam eu sair também, mas, eu não faço menção de sair do elevador.
“Onde foi que eu me meti? Pergunto-me novamente.”
Os homens agarraram meus braços novamente, me puxando sem se importar se está ou não me machucando.
Seguimos por um corredor muito bonito, onde as paredes são feitas com madeira.
Eles entram em um quarto enorme, vão direto a uma porta de madeira e me empurram, me fazendo tropeçar. Quando consigo me equilibrar, ainda tremendo, observo a sala, linda e espaçosa.
Assim que meus olhos caem sobre uma cadeira no canto da sala, noto um par de olhos verdes me encarando, um olhar mal e avaliativo, que fez meu corpo todo se arrepiar.
Aquele deve ser o tal Andrew.
Ele estava literalmente jogado na cadeira, observando todos os meus movimentos, como um predador faz antes de acabar com sua presa.
Olhando a mulher assustada a minha frente, não é difícil imaginar o que Jonas viu nela. Por mais que o seu corpo seja lindo, maravilhoso e suas curvas tentadoras, são seus olhos que mais me chamaram a atenção, o medo contido neles é disfarçado pela raiva e algo mais. Ela me avaliou dos pés a cabeça e suas pupilas dilataram-se involuntariamente, esse algo mais que eu notei em seus olhos, me remeteu a palavra desejo, porque é isso que eu sinto olhando esse seu corpo delicioso... “Pare de pensar dessa forma seu idiota. Eu instruía a minha mente.” — Aproxime-se! — Ordeno, mas, ela nem se digna a sair do lugar. — Eu disse para você se aproximar. — Aumento minha voz e ela se encolhe toda, antes de se aproximar de mim. Não sou de tratar mulher nenhuma mal, mas, não tolero quem brinca com minha vida e se ela veio a mando de Jonas, não é coisa boa. Nunca imaginei que poderia odiar tanto uma pessoa, ainda mais essa pessoa sendo da minha família. — Quem é
— Solte-me. — Ordeno a ele, mas de nada adianta.— E por que eu faria isso? Estou gostando dessa proximidade. — Ele se aproximava cada vez mais, o cheiro do seu perfume me deixa tonta, eu não consigo entender como posso me sentir atraída por alguém que ia me machucar, se é que ainda não vai me machucar. Tento recuar, mas, estava imprensada entre ele e a mesa.— Non toccarmi! (Não me toque!)— Sei bellissimo la mia piccola. (Você é linda minha pequena). — Ele me acha linda. De alguma forma esse pensamento me alegrou.— Não sou tão pequena. — Não posso ser fraca e deixar esses homens fazerem o que querem comigo. Onde está o meu orgulho? — Afaste-se de mim, senhor.— Você não manda em mim, ponha-se em seu lugar. — Ele parecia irritado com meu comportamento. — Eu não lembrav
— Mathew? — Grito por meu chefe de segurança.Estou na empresa, em meu escritório. Não dormi nada, desde que me mudei para o hotel que não durmo bem, minha casa está em reforma já faz seis meses, o chefe de construção me prometeu entregar nesse final de semana, é melhor que ele cumpra a promessa. Por mais que eu ganhe a vida construindo hotéis, não gosto de ficar muito tempo neles. É solitário demais.— Sim, senhor Castillo? — Mathew pergunta, interrompendo meus pensamentos.— Preciso que você descubra tudo sobre essa mulher. — Escrevo no papel todo o nome de Cecile e entrego a ele.— Para quando senhor?— Quero para hoje, Mathew!— Certo senhor.— Está dispensado. — Ele balança a cabeça confirmando. — Quando sair você diz a Paulo para vir at
O olhar de desejo que Andrew lançou sobre mim, me deixou desconfortável e excitada ao mesmo tempo. — O que deseja, senhor Castillo? — Pergunto novamente, em frente a porta fechada, tentando conter o desejo que se apossou do meu corpo após seu braço roçar em meu seio por cima da toalha. — Por que estar de toalha senhorita Cecile? Ele parecia tão desconfortável quanto eu. — Eu já disse que estou esperando a sindica, ela vem buscar o dinheiro do aluguel, eu estava no banho, como ela é mulher, não achei nada demais abrir a porta assim, não esperava o senhor. — Acredito em você, mas, por sua causa está difícil me controlar... — Se controlar? Como assim? Ele se aproxima de mim, fazendo todo o meu corpo ficar em alerta máximo, agarra o meu braço e me puxa de leve em direção ao sofá. — O que você está fazendo? Se controlar para quê, senhor Castillo? — Eu quero te beijar senhorita Cecile, não consigo resistir. Eu
— Paulo, algum recado para mim? — Pergunto parando em frente a sua mesa. — Alguns, Sr. Castillo. — Ele diz pegando um caderno em cima de sua mesa, procurou por alguns segundos os recados no caderno, em seguida voltou a falar. — O arquiteto ligou, disse que sua casa está pronta, só falta uns detalhes a ser resolvido, mas precisa que o senhor esteja presente. — Balanço a cabeça afirmando. — Sua ex-mulher ligou, mas, não quis deixar recado. Com toda certeza ela deve está querendo mais dinheiro. Pensei com raiva. — Algo mais? — Sim... — Ele diz, fazendo uma pausa. — Aqui! — Uma senhorita chamada Cecile ligou... — E o que ela queria? — Pergunto impaciente. — Ela não quis deixar recado, apenas disse que ligaria mais tarde. — Grazie, Paulo. — Digo tentando conter minha ansiedade. — Ainda faltam mais alguns recados Sr. Casti... — Se não for urgente, não precisa falar nada, Paulo. Separe os urgente e os importan
— Eu não tenho nada para vestir, Livi. — Quando olhei para o notebook, Lívia revirava os olhos. — Assim você não ajuda. — Digo fingindo estar aborrecida. — Pare de reclamar Cecil, seu guarda roupa está lotado de roupas, garanto que você não usou nem metade. Não sei o que mais me frustra, não achar uma roupa do meu agrado ou ter mentido para Andrew que já estava a caminho — Penso demonstrando cansaço. — Espere que vou te ajudar Cecil, saia da frente, deixe eu ver seu guarda roupas. Saio da frente e deixo-a dar uma olhada, ela faz isso por um tempo, depois volta a falar. — Cecil, você precisa vestir algo que impressione, mas ao mesmo tempo não te deixe parecer desesperada pelo emprego. Balanço a cabeça concordando com ela. Lívia coloca a mão no queixo pensativa. — Humm... Que tal aquela calça jeans azul escura, ela te deixa gostosa, mas, ao mesmo tempo elegante, usa aquela blusa cinza, ela fica bonita com a calça e com aquele bla
Entrar na sala de Andrew, e, vê-lo sentado em sua cadeira, relaxado à minha espera, me deu um frio na barriga de uma forma que eu nunca havia sentido, seu blazer que descansava no encosto da cadeira, era preto e fazia par com sua calça, ele vestia uma camisa social azul e uma gravata de cor roxa com algumas listras, sua barba aparada e seu cabelo penteado para trás, formavam um belo conjunto. Era uma visão e tanto.“Como não se excitar com essa visão?”Até os homens devem sentir-se atraídos por ele, afinal, ele tem algo que aflora a imaginação de qualquer um.“Sexy demais para minha sanidade.”Naquele momento, dei graças a Deus por está usando blazer. Parece que meu corpo sabe quando está perto do Sr. Castillo, agora mesmo, meus seios estão duros e erguidos, e minha mente teima em imaginar Andrew os chupad
— O certo a se fazer? — É a primeira coisa que consigo falar depois do breve discurso dela.— Sim, o certo a se fazer. — Ela afirma.— Lembra o que eu disse que ia fazer caso a senhorita fizesse isso? — Seus olhos crescem e por um momento noto medo neles.— O senhor não faria isso? Aquelas famílias não tem nada haver com isso.— Por que não pensou isso antes? — Pergunto irritado.— Não gosto de ser ameaçada, senhor. — Ela diz com raiva.Até com raiva ela fica linda, vai ser difícil ficar longe dela, agora mesmo estou me segurando para não agarrá-la e beijar essa sua boca gostosa.“Preciso mudar o rumo de meus pensamentos se não é isso mesmo que vou fazer.” — Penso frustrado.— E eu cumpro minhas promessas. — Respondo categórico.