O olhar de desejo que Andrew lançou sobre mim, me deixou desconfortável e excitada ao mesmo tempo.
— O que deseja, senhor Castillo? — Pergunto novamente, em frente a porta fechada, tentando conter o desejo que se apossou do meu corpo após seu braço roçar em meu seio por cima da toalha.
— Por que estar de toalha senhorita Cecile?
Ele parecia tão desconfortável quanto eu.
— Eu já disse que estou esperando a sindica, ela vem buscar o dinheiro do aluguel, eu estava no banho, como ela é mulher, não achei nada demais abrir a porta assim, não esperava o senhor.
— Acredito em você, mas, por sua causa está difícil me controlar...
— Se controlar? Como assim?
Ele se aproxima de mim, fazendo todo o meu corpo ficar em alerta máximo, agarra o meu braço e me puxa de leve em direção ao sofá.
— O que você está fazendo? Se controlar para quê, senhor Castillo?
— Eu quero te beijar senhorita Cecile, não consigo resistir.
Eu não consegui emitir nenhum som, eu quero que ele me beije, mas, e se ele não gostar? Nunca beijei de verdade, não aqueles beijos ardentes, ele não me parece alguém que se contenta com selinhos.
Andrew, com suas mãos ágeis tira minha toalha.
— O que o senhor está fazendo?
Rapidamente cubro meu corpo com minhas mãos.
— Linda, como eu imaginei.
Ele se aproxima mais, deixando os nossos corpos colados.
Eu preciso me afastar, ele pode pensar alguma coisa errada de mim, mas, porque não consigo? Porque está difícil resistir a ele.
— Eu preciso te beijar Cecile, por favor, não me diga não.
Ele está me implorando um beijo? Isso nunca aconteceu comigo.
— Jonas te beijou?
Que pergunta foi essa? Será que eu devo responder?
— Ele te beijou? — Ele repete a pergunta. Confirmo sua pergunta balançando a cabeça. A raiva se misturou com o desejo em seus olhos. — Você gostou?
— Por que está me perguntando essas coisas? Devolva-me minha toalha.
Tento separar nossos corpos, mas não consigo.
— Você gostou? — Ele parecia estar controlando sua raiva.
— Não... — Respondo me afastando dele, minhas lágrimas caem e eu não consigo contê-las. — Acha que vou gostar de beijar alguém que me sequestrou, me humilhou e ainda por cima brincou com minha cara? Você não me conhece. Agora, por favor, quero minha toalha.
Falei tudo em um fôlego só. Andrew abaixa-se e pega minha toalha, achei que ele me daria, só que ele pegou a toalha e jogou em cima do sofá e se aproximou de mim novamente.
— Quero te fazer esquecer o beijo dele.
— Para quê? Por quê se importa?
— Não sei o porque me importa, mas, eu quero fazer você esquecer.
No momento me pareceu uma promessa tão boa que me peguei aceitando.
Ele começou beijando meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada. Ele foi tão devagar até minha boca, parecíamos estar em câmera lenta, seu beijo era carinhoso e ao mesmo tempo intenso, o toque de sua boca parecia estar eletrocutando todo meu corpo, o fazendo doer, mas, uma dor prazerosa.
Esse pensamento me assustou e todo o prazer foi embora, empurrei Andrew e corri ao meu quarto e fechei a porta, me encostando na mesma.
Olhei o meu corpo nu e um sorriso nervoso surgiu em meus lábios.
— Tudo bem, preciso pensar sobre isso, mas agora não posso, nem tenho condições.
Pensei em desistir de voltar a sala, mas seria muita covardia.
— A casa é minha, ele que tem que sair. — Tento convencer a mim mesma.
Visto um short folgado e uma camisa larga, da série Game of Thrones, com a imagem do meu lindo rei do norte estampado na frente, saio do quarto e caminho até a sala. Encontro Andrew sentado no sofá, parecendo bem relaxado. Ele me avalia dos pés a cabeça e bem rapidamente noto uma centelha de desejo passar por seus olhos.
— Hai preso la mia bella (Você demorou minha bela). — Ele diz em italiano.
Olhei pra ele com um falso desdém por sua observação e para disfarçar o prazer pelo elogio contido nele.
— Não me chame de sua bela, porque não sou sua, agora, por favor, vá direto ao ponto. — Respondo a ele em português.
— Ok, você está certa. — Ele retruca em português, parecendo chateado. Sua voz ficou mais grossa e seu sotaque mais acentuado, deixando meu corpo todo arrepiado, me fez imaginar ele falando em meu ouvido com sua voz grossa e sedutora.
Pigarreio para limpar minha mente desses pensamentos e sento na poltrona frente a ele.
— Sei que a senhorita — ele voltou a ser formal novamente, eu e minha boca grande — Está no ultimo ano de faculdade, mas, ainda não fez nenhum estágio...
— Como sabe sobre...
— Não me interrompa, por favor.
Grosso. Penso comigo mesma, mas resolvo ficar em silêncio.
— Estou precisando de uma secretária. — Ele faz uma pausa significativa. — A senhorita aceita ser minha secretária?
Fiquei encarando-o por alguns minutos, tentando colocar minha mente em ordem.
— O que me diz senhorita...
— Por acaso o senhor é bipolar?
— O que disse?
— Perguntei se o senhor é bipolar? Ontem o senhor me odiava, hoje o senhor me beija e ainda me oferece um emprego.
— Eu nunca disse que te odeio, peço perdão se foi a impressão que causei, mas, o que eu estou oferecendo é nada mais que um negócio, eu preciso de uma secretária e você de um estágio.
— Eu tenho que te dar uma resposta agora?
— Não precisa, mandarei para você, ainda hoje, o trabalho que eu quero que você desempenhe e o valor a ser pago, mas, você terá até às dez da noite de amanhã para me informar sua decisão.
— Entendo. — Foi a única resposta que consegui pensar.
— Fique ciente, senhorita Cecile, que não tolero atrasos, principalmente de possíveis funcionários. — Ele se levanta do sofá e abotoa o seu terno. Parece tão idiota de minha parte, mas, ele fica bonito até abotoando um terno.
Nem notei sua aproximação, ele pigarreia me fazendo voltar a mim.
— Sim?
— Acompanha-me até a saída senhorita?
— Ah, sim, acompanho sim. — Respondo tentando por meus pensamentos em ordem. Ele estende sua mão pra mim. — Eu posso me levantar sozinha...
— Tenho certeza que sim. — Ele diz, ainda com sua mão direita estendida.
Não querendo ser grosseira, decido segurar sua mão e me levanto. Com um sorriso torto, ele entrelaça os nossos braços e caminhamos até a porta, chegando lá, abro e espero ele sair. Ele sai e vira-se para mim.
— A propósito, senhorita Cecile...
— Sim?
— Sua sindica esteve aqui para receber o pagamento...
— E por que não me chamou? — Pergunto tentando me conter para não fazer grosseria, mesmo ele merecendo. — Meu pagamento já estava atrasado.
— Não achei necessário.
— Não achou necessário? Agora preciso ir até lá pagar, se não ela vai ficar com cara feia e tentará me tirar do prédio.
Quando estou para me virar, ele voltar a falar.
— Não achei necessário te chamar, por que já paguei...
— O senhor não ousou fazer isso?
— Tanto ousei que já está feito.
— Quanto o senhor deu a ela?
— Paguei o aluguel desse mês e dei mais três meses adiantado.
— Eu não tenho como pagar esse dinheiro todo ao senhor, vou lá e pedirei a ela todo o dinheiro de volta...
— Se você fizer isso, comprarei esse prédio e despejarei todos.
— O senhor não ousaria? — Digo incrédula.
— Quer pagar pra ver?
— Não gosto que me ameacem, senhor Castillo.
— Isso não é uma ameaça, isso é um aviso. Só avisei sobre o que fiz porque achei o certo a ser feito, se não você nem saberia.
— O certo a ser feito para quem? Só se for para o senhor.
Fiquei encarando sua face séria, ele parecia estar falando sério, eu não posso deixar ele pagar as coisas para mim, ele é um estranho. fiquei pensando no que devo fazer e decidi falar com a sindica e pegar o dinheiro novamente.
— Pense como desejar. — Ele diz virando-se para ir embora.
— Idiota, arrogante. — Digo em um sussurro.
— Escutei isso senhorita Cecile.
— E eu com isso?
— Escutei isso também. — Ainda caminhando ele diz: — Passe bem, Senhorita.
Parecia que eu estava vendo seu sorriso zombeteiro, com raiva, fecho a porta com força.
— Paulo, algum recado para mim? — Pergunto parando em frente a sua mesa. — Alguns, Sr. Castillo. — Ele diz pegando um caderno em cima de sua mesa, procurou por alguns segundos os recados no caderno, em seguida voltou a falar. — O arquiteto ligou, disse que sua casa está pronta, só falta uns detalhes a ser resolvido, mas precisa que o senhor esteja presente. — Balanço a cabeça afirmando. — Sua ex-mulher ligou, mas, não quis deixar recado. Com toda certeza ela deve está querendo mais dinheiro. Pensei com raiva. — Algo mais? — Sim... — Ele diz, fazendo uma pausa. — Aqui! — Uma senhorita chamada Cecile ligou... — E o que ela queria? — Pergunto impaciente. — Ela não quis deixar recado, apenas disse que ligaria mais tarde. — Grazie, Paulo. — Digo tentando conter minha ansiedade. — Ainda faltam mais alguns recados Sr. Casti... — Se não for urgente, não precisa falar nada, Paulo. Separe os urgente e os importan
— Eu não tenho nada para vestir, Livi. — Quando olhei para o notebook, Lívia revirava os olhos. — Assim você não ajuda. — Digo fingindo estar aborrecida. — Pare de reclamar Cecil, seu guarda roupa está lotado de roupas, garanto que você não usou nem metade. Não sei o que mais me frustra, não achar uma roupa do meu agrado ou ter mentido para Andrew que já estava a caminho — Penso demonstrando cansaço. — Espere que vou te ajudar Cecil, saia da frente, deixe eu ver seu guarda roupas. Saio da frente e deixo-a dar uma olhada, ela faz isso por um tempo, depois volta a falar. — Cecil, você precisa vestir algo que impressione, mas ao mesmo tempo não te deixe parecer desesperada pelo emprego. Balanço a cabeça concordando com ela. Lívia coloca a mão no queixo pensativa. — Humm... Que tal aquela calça jeans azul escura, ela te deixa gostosa, mas, ao mesmo tempo elegante, usa aquela blusa cinza, ela fica bonita com a calça e com aquele bla
Entrar na sala de Andrew, e, vê-lo sentado em sua cadeira, relaxado à minha espera, me deu um frio na barriga de uma forma que eu nunca havia sentido, seu blazer que descansava no encosto da cadeira, era preto e fazia par com sua calça, ele vestia uma camisa social azul e uma gravata de cor roxa com algumas listras, sua barba aparada e seu cabelo penteado para trás, formavam um belo conjunto. Era uma visão e tanto.“Como não se excitar com essa visão?”Até os homens devem sentir-se atraídos por ele, afinal, ele tem algo que aflora a imaginação de qualquer um.“Sexy demais para minha sanidade.”Naquele momento, dei graças a Deus por está usando blazer. Parece que meu corpo sabe quando está perto do Sr. Castillo, agora mesmo, meus seios estão duros e erguidos, e minha mente teima em imaginar Andrew os chupad
— O certo a se fazer? — É a primeira coisa que consigo falar depois do breve discurso dela.— Sim, o certo a se fazer. — Ela afirma.— Lembra o que eu disse que ia fazer caso a senhorita fizesse isso? — Seus olhos crescem e por um momento noto medo neles.— O senhor não faria isso? Aquelas famílias não tem nada haver com isso.— Por que não pensou isso antes? — Pergunto irritado.— Não gosto de ser ameaçada, senhor. — Ela diz com raiva.Até com raiva ela fica linda, vai ser difícil ficar longe dela, agora mesmo estou me segurando para não agarrá-la e beijar essa sua boca gostosa.“Preciso mudar o rumo de meus pensamentos se não é isso mesmo que vou fazer.” — Penso frustrado.— E eu cumpro minhas promessas. — Respondo categórico.
O que aquela mulher estava fazendo na empresa de Andrew? — Pergunto para mim mesmo curioso.Por um momento minha curiosidade sobrepôs a minha raiva. Certamente eu não esperava isso acontecer quando a forcei entregar aquela a pasta a Andrew.O engraçado é que ela nem queria ir, mas agora está trasando com ele. Penso voltando a ficar com raiva. Foi preciso colocar as algemas para que ela fosse entregar a maleta.Minha tigresa que tinha me dado essa ideia.— Se a vagabunda que você escolher resistir, coloque nossas algemas preferidas, quando você vir, tenho uma surpresa para você. Aquela mulher me domina, sempre faço as suas vontades. Então, eu fiz o que ela me pediu, naquele dia, eu iria comê-la de todas as formas possíveis. Meu grande ragazzo em minhas calças chega vibrou de ansiedade.Mas então, vi uma
— Eu não entendo essa mulher. — Penso vendo-a ir embora.Faz dois meses que Cecile trabalha para mim.Dois longos e torturantes meses.Eu tentei de várias formas fazê-la mudar de ideia, claro que não diretamente, eram toques prolongados, eu ensinava várias vezes a mesma coisa para ela, mesmo sabendo que ela já tinha aprendido da primeira vez.Cecil é bastante inteligente, suas respostas rápidas, seu jeito de falar, seu jeito de andar, tudo nela me excitava.É uma sensação horrível, você está tão próximo de alguém que te excita e não poder fazer nada, isso tem me deixado estressado.Pior que eu não consigo sentir mais tesão por ninguém, vou as boates tentar acabar com essa tensão insuportável e nenhuma gostosa atrai meu interesse.Só
Por que tudo está tão claro?— Mãe apague essa luz pelo amor de Deus.— Cecil? Está acordada?— Andrew, o que faz em minha casa no Brasil? — Eu não consigo abrir meus, eu não lembrava que as luzes de minha casa fosse tão forte.— Você não está em casa Cecil, estamos em um hospital.— O que estamos fazendo aqui? Não gosto de hospitais Andrew, me tire daqui, por favor.Hospitais me trazem sensações ruins, o ambiente é pesado demais.— Por que estou aqui?— Se acalme mia vita. — Ele me chamou de sua vida? Porque soa tão bom? — Você precisa abrir os olhos, preciso saber se você está bem. Apri gli occhi, abra os olhos para mim, por favor.— Certo, vou abrir. — É tudo o que eu cons
— Coloque-me no chão Andrew, eu sei andar.Na ida para casa de Andrew, eu acabei cochichando no carro. Eu estava meio que acordada ainda e, meu corpo instantaneamente (prefiro pensar que tenha sido assim) se aconchegou mais próximo dele.Eu senti seus braços me envolverem, isso foi minha perdição. Acabei dormindo sem nem mesmo sentir o sono vir com tudo sobre mim.Acordei, eu estava sendo carregada por ele, Andrew subia uma escada, pedi para ele me colocar no chão, não porque estava ruim a sensação de ter o corpo dele tão próximo, na verdade é tão maravilhosa que poderia ser viciante.Não posso pensar isso.— Da para me colocar no chão?— Deixe de chatice Cecil, eu posso muito bem te carregar até o quarto.— A questão não é essa, eu quero que você me coloqu