ConnorO calor era sufocante. Mesmo com o sol já começando a descer, o ar parecia vibrar com o calor do dia. Eu estava parado na frente de todos, com o suor escorrendo pela testa e a camisa colando nas costas. Tentei me manter firme, os olhos presos na entrada, esperando por ela. Astoria. A mulher que, dentro de alguns minutos, seria minha em todos os sentidos. Meu coração estava acelerado, e mesmo com o calor insuportável, era a expectativa que me deixava mais inquieto.Ao meu lado, Ben soltou uma risada baixa quando percebeu o suor em minha testa. "Relaxa, quando você a vir, todo esse incômodo vai desaparecer. Acredite, você só terá olhos para ela," ele disse, e sua voz tranquila me ajudou a focar. Olhei para ele e vi o sorriso no rosto, sua felicidade genuína pelo meu momento."Obrigado," falei de repente, sem nem saber de onde aquelas palavras vieram.Ben me olhou, confuso, erguendo uma sobrancelha. "Pelo quê?""Por tudo. Por ter sido meu amigo esse tempo todo, por ter me ajudado
AstoriaAssim que meu pai encerrou a cerimônia, seus olhos se voltaram para Connor com aquele brilho paternal de aprovação e amor. “Você pode beijar sua companheira,” ele disse, a voz firme, mas carregada de emoção.Connor sorriu para mim, aquele sorriso que sempre me fez sentir segura, e então, com toda a delicadeza do mundo, seus lábios encontraram os meus. O beijo foi suave no início, como uma promessa. Uma devoção silenciosa. Senti meu coração acelerar, batendo com tanta força que parecia prestes a explodir dentro do peito. Fechei os olhos, absorvendo o momento, sentindo o calor de suas mãos segurando meu rosto. Aquele beijo não era só o começo de nossa vida juntos; era a confirmação de que, apesar de todos os desafios, estávamos exatamente onde deveríamos estar.Quando Connor se afastou, os aplausos romperam o ar, ensurdecedores, mas de uma forma que fazia tudo parecer ainda mais mágico. Sorrimos um para o outro, emocionados, enquanto saíamos juntos, lado a lado, acompanhados pel
ConnorCom dedos hábeis, comecei a desamarrar os laços do vestido de Astoria, meus movimentos urgentes, cada puxada me aproximando mais do que eu tanto desejava. O ar no quarto estava denso, carregado de desejo e expectativa. Meu lobo, inquieto dentro de mim, estava impaciente. Ele queria marcá-la, fazer dela definitivamente nossa. A espera tinha sido longa demais, e agora, finalmente, Astoria era nossa para amar, proteger e adorar.Quando desfiz o último laço, o vestido afrouxou, e Astoria o segurou por instinto, rindo baixinho. Afastando-me um pouco, observei-a, ansioso pelo momento em que ela o deixaria cair. E então, sem dizer uma palavra, ela soltou o tecido, deixando-o deslizar suavemente pelo corpo, até que ele caísse no chão em uma poça de seda.Ela estava vestida com uma lingerie tão delicada, tão provocante, que me roubou o fôlego. Fiquei imóvel, apenas a observando, o coração acelerado, meu lobo urrando de aprovação dentro de mim. Astoria sorriu, maliciosa. “Gostou?” Sua vo
AstoriaNão preciso nem dizer que nossa lua de mel foi quase toda vivida dentro daquele quarto de hotel. Depois que Connor me marcou, era como se algo primal tivesse sido liberado entre nós. Ele não conseguia tirar as mãos de mim, e eu também não conseguia afastar as minhas dele. Era uma necessidade crua, desesperada, que nos conectava em todos os sentidos. Eu nunca soube que a ligação entre nós poderia se aprofundar tanto, que esse laço, físico e espiritual, seria tão visceral.Quando voltamos à rotina, foi estranho no começo. Acostumar com a distância enquanto ele saía para suas obrigações e eu para as minhas, era difícil, mas sempre dávamos um jeito de compensar à noite. Cada reencontro era um mergulho em tudo o que éramos juntos. Essas noites nos levaram até o dia de hoje, onde minha barriga pontuda já não passava despercebida.Hoje era o chá revelação do nosso bebê, e a excitação no ar era palpável. Meus sobrinhos corriam de um lado para o outro, gritando e rindo, e eu não consegu
RavennaQuanto tempo ainda faltava para chegar a Seattle? Meus olhos se fixavam nas placas que cruzavam o caminho do ônibus onde eu estava, enquanto eu acariciava suavemente minha pequena barriga que começava a crescerCada dia mais distante do local que um dia eu chamei de lar. Cada dia mais distante dos horrores que vivi na mão de quem deveria me amar. Um companheiro deveria representar, apoio, segurança e amor, mas Mason não era assim.Mason era o oposto de tudo que planejei para minha vida.Minha prisão, ou melhor, meu casamento, foi arranjado com o mais temido alfa de toda a região Sul. Não tinha uma alcateia que não evitasse passar perto dele. Infelizmente meu destino e o dele estavam cruzados, e por dois anos passei pelas piores atrocidades. Nem mesmo um prisioneiro de guerra sofria tanto quanto eu, nas mãos do Alfa, no caso, meu marido.Mason só queria um filho e enquanto não conseguiu colocá-lo em meu ventre, ele não parou. Quanto mais eu pedia por piedade, mais violento ele
BenjaminA reação da mulher em meus braços, me fez ficar ainda mais em alerta. Não era incomum, lobos errantes aparecerem em nossa porta pedindo ajuda, porém uma loba grávida naquele estado..."Não vai responder minha pergunta?" perguntei novamente assim que a porta do elevador se abriu e Valery, minha assistente, já estava do lado de fora junto com a enfermeira."Por aqui senhor." segui a mulher até a sala preparada para tender os acidentes de trabalho que poderiam ocorrer em nossa empresa. Pousei-a sobre a maca e ela se encolhei escondendo o rosto nos joelhos. Aquilo chamou a atenção de todos, e Valery se aproximou de mim."Devo chamar a polícia?" ela sussurrou, mas a loba se virou imediatamente para nós."Não preciso de polícia." sua voz vibrou em um rosnado profundo."Eu resolvo isso, Valery. Volte para o meu escritório e peça para o Ton me ligar, assim que possível." ela concordou e saiu. Ao abrir a porta, vários funcionários estavam amontoados na frente da sala esperando alguma
Ravenna"A história toda é muito longa." falei me afastando dele. "Por acaso, hoje eu não tenho mais nenhuma reunião. Você trombou em mim quando eu estava de saída." seu sorriso, mexia com minha loba, e isso era estranho."Eu preciso sair do país, só isso. Eu não posso voltar para casa, sou uma loba errante, senhor Reynolds." aquelas palavras apareceram irritá-lo e ele me olhou com maior severidade."Acredito que o pai do bebê que carrega, não pense isso." tremi com a menção de Mason.Aquele homem odioso, me mataria assim que colocasse suas mãos em mim. Eu sabia que não tinha escolha quando resolvi fugir para nos salvar. "Ele pensa pior." ri da minha desgraça e aquilo pareceu chamar sua atenção de alguma forma."Tem certeza, que nunca nos vimos antes?" sua desconfiança me deixou agitada. Pela posição de meu marido, era claro que ele teria me visto em alguma das reuniões. Os alfas e suas famílias sempre eram convidados para fazer parte da cúpula do alfa supremo, relatando os aconteci
BenjaminMeu lobo queria rasgar sua garganta, tamanha era a falta de prudência daquela loba. Ela não era de nossa região, não conhecia nada aqui, e achava que estava segura ao andar pelas matas sem supervisão."Idiota." Rosnei alto, enquanto a carregava ainda em meus braços, desacordada. Entramos no estacionamento do subsolo do hospital, onde uma equipe médica já nos aguardava. Todos ali eram lobos e sabiam quem eu era."Senhor, coloque-a aqui." rosnei, fazendo o que ele pediu e o homem gemeu. "Cuidaremos muito bem da senhora." "Faça seu melhor. Não sei se a armadilha estava envenenada." ele confirmou, pedindo um toxicológico e correndo pelos corredores com ela.Olhei para meus homens que me olhavam com interesse. "Sumam daqui." todos abaixaram as cabeças e desapareceram.Fiquei andando de um lado a outro tentando acalmar meu lobo que uivava irado em minha mente, como um bicho enjaulado. Respirei algumas vezes, até que meu celular tocou e o atendi instantaneamente."Ton?" falei de fo