ConnorA madrugada foi longa. Não consegui pregar o olho, minha mente não parava de girar em torno de Astoria, de tudo o que ela estava sentindo, do que ainda passava por sua cabeça. Apesar de tudo que vivemos, havia algo mais, algo profundo que parecia deixá-la inquieta. Eu queria que ela estivesse bem, mas meu coração me dizia que as cicatrizes, tanto internas quanto externas, ainda estavam lá.O primeiro sinal de luz do sol apareceu pela janela, um brilho suave que tocou seu corpo adormecido, meio coberto pelo lençol. Ela estava deitada de lado, com parte do corpo exposto, e por um momento, fiquei paralisado. Era uma visão hipnotizante, como se cada linha de seu corpo, cada contorno, tivesse sido desenhado para mim. A luz dourada iluminava sua pele, e eu senti meu peito apertar com um misto de amor e desejo.Mas sabia que precisava fazer algo, precisava aliviar essa preocupação antes que ela acordasse e percebesse o quanto eu estava agitado. Saí do quarto em silêncio, com cuidado p
AstoriaAcordei sentindo o calor de Connor me envolver, quase sufocante, mas de um jeito que me trazia uma sensação de paz. Seu cheiro familiar preencheu o espaço ao meu redor, me acalmando instantaneamente, como sempre fazia. Me mexi levemente, tentando sair da cama sem perturbá-lo, mas antes que eu pudesse me levantar, senti seu braço me puxar de volta com um gesto rápido."Ei!" gargalhei, sendo sugada de volta para seu peito. Ele se inclinou e plantou um beijo nos meus lábios, me desejando um bom dia com aquela voz rouca e cheia de desejo."Quase boa tarde, na verdade," comentei, apontando para o relógio na cabeceira que marcava horas a mais do que eu imaginava.Ele apenas deu de ombros, um meio sorriso brincando nos lábios. "Não importa. Depois de tudo que passamos nos últimos dias, acho que merecemos dormir um pouco mais."Abracei-o apertado, enterrando meu rosto em seu peito. "Eu prometo que vou te ajudar a fazer com que as coisas fiquem mais calmas." Queria tanto aliviar o peso
AstoriaAs últimas duas semanas tinham sido exaustivas, mas a sensação de orgulho e conquista superava qualquer cansaço. Cameron tinha sido implacável nos treinos, me empurrando até meus limites, comemorando minhas vitórias e, claro, repreendendo meus momentos de desânimo. "Você precisa ser forte e centrada, como eu e Mallory," ela sempre dizia, com aquela postura rígida que eu tanto admirava. E, aos poucos, eu sentia que estava mudando, me fortalecendo de dentro para fora.Ao fim de mais um treino, respirei fundo, limpando o suor da testa e sentindo aquela satisfação de dever cumprido. Cameron me deu um tapa de leve nas costas, aprovando com um sorriso orgulhoso. "Você está indo bem, Astoria. Só não pode desistir agora."Antes que eu pudesse responder, ouvi passos rápidos e reconheci o som inconfundível de Mallory se aproximando. Ela estava à toda, sempre cheia de energia, mas assim que seus olhos encontraram os meus, percebi algo errado. Havia uma preocupação ali, uma inquietude que
ConnorO calor era sufocante. Mesmo com o sol já começando a descer, o ar parecia vibrar com o calor do dia. Eu estava parado na frente de todos, com o suor escorrendo pela testa e a camisa colando nas costas. Tentei me manter firme, os olhos presos na entrada, esperando por ela. Astoria. A mulher que, dentro de alguns minutos, seria minha em todos os sentidos. Meu coração estava acelerado, e mesmo com o calor insuportável, era a expectativa que me deixava mais inquieto.Ao meu lado, Ben soltou uma risada baixa quando percebeu o suor em minha testa. "Relaxa, quando você a vir, todo esse incômodo vai desaparecer. Acredite, você só terá olhos para ela," ele disse, e sua voz tranquila me ajudou a focar. Olhei para ele e vi o sorriso no rosto, sua felicidade genuína pelo meu momento."Obrigado," falei de repente, sem nem saber de onde aquelas palavras vieram.Ben me olhou, confuso, erguendo uma sobrancelha. "Pelo quê?""Por tudo. Por ter sido meu amigo esse tempo todo, por ter me ajudado
AstoriaAssim que meu pai encerrou a cerimônia, seus olhos se voltaram para Connor com aquele brilho paternal de aprovação e amor. “Você pode beijar sua companheira,” ele disse, a voz firme, mas carregada de emoção.Connor sorriu para mim, aquele sorriso que sempre me fez sentir segura, e então, com toda a delicadeza do mundo, seus lábios encontraram os meus. O beijo foi suave no início, como uma promessa. Uma devoção silenciosa. Senti meu coração acelerar, batendo com tanta força que parecia prestes a explodir dentro do peito. Fechei os olhos, absorvendo o momento, sentindo o calor de suas mãos segurando meu rosto. Aquele beijo não era só o começo de nossa vida juntos; era a confirmação de que, apesar de todos os desafios, estávamos exatamente onde deveríamos estar.Quando Connor se afastou, os aplausos romperam o ar, ensurdecedores, mas de uma forma que fazia tudo parecer ainda mais mágico. Sorrimos um para o outro, emocionados, enquanto saíamos juntos, lado a lado, acompanhados pel
ConnorCom dedos hábeis, comecei a desamarrar os laços do vestido de Astoria, meus movimentos urgentes, cada puxada me aproximando mais do que eu tanto desejava. O ar no quarto estava denso, carregado de desejo e expectativa. Meu lobo, inquieto dentro de mim, estava impaciente. Ele queria marcá-la, fazer dela definitivamente nossa. A espera tinha sido longa demais, e agora, finalmente, Astoria era nossa para amar, proteger e adorar.Quando desfiz o último laço, o vestido afrouxou, e Astoria o segurou por instinto, rindo baixinho. Afastando-me um pouco, observei-a, ansioso pelo momento em que ela o deixaria cair. E então, sem dizer uma palavra, ela soltou o tecido, deixando-o deslizar suavemente pelo corpo, até que ele caísse no chão em uma poça de seda.Ela estava vestida com uma lingerie tão delicada, tão provocante, que me roubou o fôlego. Fiquei imóvel, apenas a observando, o coração acelerado, meu lobo urrando de aprovação dentro de mim. Astoria sorriu, maliciosa. “Gostou?” Sua vo
AstoriaNão preciso nem dizer que nossa lua de mel foi quase toda vivida dentro daquele quarto de hotel. Depois que Connor me marcou, era como se algo primal tivesse sido liberado entre nós. Ele não conseguia tirar as mãos de mim, e eu também não conseguia afastar as minhas dele. Era uma necessidade crua, desesperada, que nos conectava em todos os sentidos. Eu nunca soube que a ligação entre nós poderia se aprofundar tanto, que esse laço, físico e espiritual, seria tão visceral.Quando voltamos à rotina, foi estranho no começo. Acostumar com a distância enquanto ele saía para suas obrigações e eu para as minhas, era difícil, mas sempre dávamos um jeito de compensar à noite. Cada reencontro era um mergulho em tudo o que éramos juntos. Essas noites nos levaram até o dia de hoje, onde minha barriga pontuda já não passava despercebida.Hoje era o chá revelação do nosso bebê, e a excitação no ar era palpável. Meus sobrinhos corriam de um lado para o outro, gritando e rindo, e eu não consegu
RavennaQuanto tempo ainda faltava para chegar a Seattle? Meus olhos se fixavam nas placas que cruzavam o caminho do ônibus onde eu estava, enquanto eu acariciava suavemente minha pequena barriga que começava a crescerCada dia mais distante do local que um dia eu chamei de lar. Cada dia mais distante dos horrores que vivi na mão de quem deveria me amar. Um companheiro deveria representar, apoio, segurança e amor, mas Mason não era assim.Mason era o oposto de tudo que planejei para minha vida.Minha prisão, ou melhor, meu casamento, foi arranjado com o mais temido alfa de toda a região Sul. Não tinha uma alcateia que não evitasse passar perto dele. Infelizmente meu destino e o dele estavam cruzados, e por dois anos passei pelas piores atrocidades. Nem mesmo um prisioneiro de guerra sofria tanto quanto eu, nas mãos do Alfa, no caso, meu marido.Mason só queria um filho e enquanto não conseguiu colocá-lo em meu ventre, ele não parou. Quanto mais eu pedia por piedade, mais violento ele