Capítulo 62

Gregório Smith

Acordei cedo naquela manhã, ou pelo menos achei que tinha acordado. A verdade é que nem me lembrava da última vez que realmente dormi. Desde o acidente de Maitê, o tempo parecia ser um borrão de esperas intermináveis e momentos sufocantes de pânico.

Ela ainda estava lá, conectada a fios e monitores, sua respiração constante sendo a única coisa que me mantinha minimamente estável. Mas hoje parecia diferente. Havia algo no ar, uma sensação que não sabia se era esperança ou medo.

Estava sentado ao lado da cama dela, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos juntas em um gesto quase de oração. Desde que nos trouxeram para este hospital, eu não conseguia sair do lado dela. Ana Clara estava com os avós, bem cuidada, mas meu coração estava inteiro aqui.

Olhei para o rosto dela, tão calmo, tão pacífico. Era quase cruel vê-la assim depois de tudo o que tinha acontecido.

Por favor, Maitê, pensei, segurando sua mão com cuidado. Acorde. Fique comigo.

Então, como se minhas pal
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