—Você está fedendo!– digo ao observar o seu estado.
—Não pedi a sua opinião!– ele j**a a mochila no sofá.
—Como se a sua palavra fosse importante para me fazer ficar calada!
—Mesmo que só falte alguns dias para que eu seja o seu alfa?– ele levanta uma de suas sobrancelhas em questionamento, me fazendo revirar os olhos com o seu sorriso.
—Mesmo você sendo o alfa da alcatéia que eu moro, não vai fazer a mínima de diferença!– digo sorrindo ao avistar o sorriso do seu rosto desaparecendo, deixando apenas uma expressão emburrada.
—É sério que você está assistindo Lúcifer?– ele pergunta com a feição ainda fechada, me fazendo revirar os olhos.
—Estou e pode ir levantando desse sofá.– falo ao perceber que ele se sentou no sofá todo suado.
—E por que eu faria isso mesmo?– ele se j**a mais ainda no sofá e isso já está começando a me estressar.
—Você está parecendo um cachorro de rua... Não, coitado dos cachorros, não é fácil ser comparado com um lobo sarnento e imundo como você!
—Nossa quanto amor pela minha pessoa.– ele revira os olhos.
—Claro, agora vai tomar um banho!
—Já te disseram que você é muito mandona?– reviro os olhos mais uma vez.—E eu não estou sujo.—Claro que não! Só está todo suado e fedendo.
—Que mentira, talvez eu esteja suado, mais não estou fedendo!Me concerto novamente no sofá, pronta para dar o play na série e continuar assistindo, mas Dylan se aproxima de mim e sem me dar tempo de perguntar o motivo disso, ele retira rapidamente o controle da minha mão.
—Devolve agora, não queira me ver com raiva, já foi o suficiente aquele corante no secador!– tento pegar o controle mais ele sai do sofá e tira da minha série. —Não sou obrigado a assistir as suas séries!—Mas eu liguei a TV primeiro, me devolve!– tento ir em sua direção, mas o idiota só se afasta ainda mais.
Apresso os meus passos, correndo em volta do sofá, tentando alcançar esse lobo sarnento fedido, mas ele tem uma agilidade melhor que a minha e se esquiva sempre que estou chegando perto.
—Não!– ele rosna para mim e consigo ver os seus olhos mudarem da cor verde esmeralda para o vermelho sangue, me fazendo parar de correr.—Sério, não dá para dialogar com você!– sinto um rosnado saindo pela minha garganta ao proferir as palavras.
—Prefiro dialogar com uma pedra. —Nem a pedra iria querer ouvir a sua voz!—Eu não vou devolver, vamos ficar nisso o dia todo.
Pego um vaso qualquer que estava na estante e tento jogar na direção dele, mas infelizmente ele se agacha e o vaso se quebra em vários cacos de vidro ao se colidir com a parede, me deixando frustrada.—Você é maluca, a tia Ana deveria te internar!– ele diz olhando para trás de si, onde tinha os cacos de vidros no chão.
—Cala boca, eu tenho pena da tia Alice por ter dado à luz a um ser tão insuportável como você, não sei como ela te aguenta!
—Diferente de você, ela não j**a vasos de vidros em mim, tenho pena do seu futuro companheiro, vai ter que conviver a vida toda com você.– observo ele vindo na minha direção, mas não mexo um músculo para me afastar.
Não vou me deixar intimidar por ele!
—Na certa a sua companheira vai fugir pra bem longe para não olhar para o seu rosto todos os dias.—Quem te garante que o seu também não fuja?
Ele se aproximou de mim até o seu corpo ficar tão próximo ao meu que poderíamos se fundir em um só caso eu ou ele resolvesse se aproximar, mas nem um dos dois fez isso, ou muito menos se afastou. Acabei virando o rosto para o lado, desviando o meu olhar do seu, com esse ato, sinto a sua respiração batendo na pele do meu pescoço e sem ter controle do meu corpo, sinto os meus pelos se arrepiarem.
Percebo que ele se afasta e viro o meu rosto para poder olhar para ele, ainda meio sem reação, consigo perceber a sua inquietação.
—Pode pegar o controle, não estou mais com vontade de assistir.– ele me entrega o controle e vai em direção ao andar de cima.
Isso foi bem infantil da nossa parte, já temos idade o suficiente pra parar com essas discussões sem sentido. Mas quando ele chega perto de mim ou faz algo, não consigo controlar, o estresse possui o meu corpo e minha mente, me fazendo agir como uma verdadeira criança.
Suspiro frustrada com a minha atitude e me sento no sofá, pretendendo voltar ao que estava fazendo antes dele chegar.
Sinto um incomodo em meu rosto, com uma claridade me despertando aos poucos, mas não consigo abrir os olhos para levantar e desligar a luz ou fechar a janela que não me lembro de ter deixado aberta, a preguiça está muito maior e só desejo voltar a dormir, sendo que nem o alarme tocou ainda.
—Lobinha, você vai acabar se atrasando, vamos acordar?– acabo murmurando algo que não consegui entender direito, o meu cérebro ainda não está raciocinando direito.Uma risada invade os meus sentidos e logo percebo de quem ela pertence. Suspiro abrindo minimamente os meus olhos, com preguiça de levantar da cama para o expulsar do meu quarto, e fico confusa com a câmera do celular dele mirando na minha direção.
Eu só quero dormir em paz, isso é pedir demais?
—O que você está fazendo no meu quarto Dylan?– falo ainda sonolenta querendo fechar os olhos.
—Só vim te acordar.– ele me responde com um sorriso estranho no rosto, suspeito.
Levo a minha mão até minha boca quando começo a bocejar, fazendo com que minha visão fique turva quando os meus olhos lacrimejam, e não é choro, é apenas como o meu corpo reage quando estou com sono.
—O despertador já tem essa função.– digo assim que o bocejo passa e minha visão fica ao normal.
—Estou fazendo um ato de caridade e é assim que você me trata!– olho bastante desconfiada para ele e vejo o mesmo olhando pro celular.
Puta que pariu, por que ele estava tirando foto minha?—Espera, por que você estava tirando foto minha?– pergunto mais desperta do que antes.
—Digamos que você acordou muito linda hoje.– ele começa a rir e vou correndo para o banheiro.Me olho pelo espelho e meu deus, estou parecendo o palhaço de it a coisa, mas versão feminina com o cabelo castanho escuro, o meu rosto está todo pintado e o meu cabelo encharcado de gel, grudado um no outro, e para piorar, minha blusa está manchada de maquiagem.
Os produtos de maquiagem não estão onde deveriam, a base foi passada em abundância misturada a uma sombra branca, me deixando bastante pálida, o batom vermelho mate está grudado no meu rosto, fazendo uma curva torta no meu rosto, a ponta do meu nariz foi pintada de batom vermelho junto ao redor dos meus lábios e em cima das sobrancelhas, sombra preta foi inserida nas pálpebras e abaixo dos meus olhos.Respira fundo e não surta, fica calma Emily!—Dylan, você me paga!Saio do banheiro e vejo ele passando pela porta do quarto correndo, mas vou atrás, quase caio da escada, mas consigo chegar inteira no primeiro andar, me deparando com a minha mãe tomando café, ele vai para trás da minha mãe, a mesma cospe o café que estava bebendo e começa a rir quando me ver.Estou pensando seriamente em trocar de mãe.—O que aconteceu?– ouço a voz da minha mãe que tenta sair séria, mas o seu tom de voz acaba saindo como se estivesse segurando a risada.—Esse sarnento invadiu o meu quarto e mexeu no meu
Tentamos pedir desculpa para as pessoas que acabamos pisando no pé, mas mesmo assim algumas reclamaram. Dou de ombros e sigo a Iza que está na minha frente, quando paramos no único lugar vago ela se senta, me fazendo sentar em suas coxas, um hábito que sempre fazemos quando não há lugar vago para alguma das duas, nunca deixamos uma ficar em pé.O futebol americano é um esporte de conquista de território e fica mais interessante com dois alfas nele. Os alfas tem uma possessividade, agressividade e raiva em um nível maior do que os outros lobos. Até que esse jogo vai ser divertido. O que consigo entender é que o principal objetivo é chegar o maior número de vezes na endzone do adversário, quanto mais o time conseguir fazer isso, mais pontos ele somarar.Foco a minha atenção no jogo que já começou, avisto o Pietro que acena na minha direção e acabo rindo com o seu ato. Com o passar do tempo a nossa escola começa a fazer pontos, depois de ganhar uma surra do time adversário.Já estava fi
—Estava, vou embora com ele. Por que o interesse?O irritante é que o Dylan sempre tenta se intrometer na minha vida, e olha que ele não é nem meu irmão para desempenhar esse papel. Desde pequeno ele ficava grudado em mim para saber o que estou fazendo ou o que estou aprontando, muitas vezes era para me pirraçar com as informações que conseguia. Apesar que eu não era nenhuma santa e sempre conseguia algumas informações para usar quando precisar.—É porque ele já foi embora, avisei que iria levar você para casa.– saio dos meus pensamentos ao ouvir o que ele disse.—Você fez o quê? Nem ao menos me perguntou se era isso que eu queria! E eu não irei com você!Dou o primeiro passo para ir embora sozinha, mas sou impedida pela sua mão que segura o meu braço, e me pegando desprevenida, sou virada rapidamente, ficando em sua frente, em uma distância curta demais.—Eu estou ficando na sua casa por um tempo, nada mais justo que você vá comigo.– começo a perceber que a sua voz está ficando mais
—Não vou não, não sei fazer nada na cozinha.—Vai sim, não sou sua empregada para fazer comida e você com a bunda no sofá. Não se preocupe, você aprende.—Tá legal, eu te ajudo, que garota chata.– ele sussurra a última parte, mas consegui entender perfeitamente.—Digo o mesmo para você.– pego uma xícara e coloco o café dentro dela.Pego o pote de açúcar e coloco duas colheres no líquido amargo, misturando a bebida.Observo ele sorrir na minha direção quando coloco a xícara rente aos lábios, não sei dizer se é provocação ou expectativa, dou de ombros e tomo um gole do líquido amargo, querendo cuspir tudo de volta para xícara logo em seguida.Isso está ruim demais.Levanto rapidamente da cadeira e corro para perto da pia, cuspindo o café da minha boca, mas não adianta porque o gosto ainda está nela, jogo todo o conteúdo da xícara pelo ralo.—Está tão ruim assim?– ele pergunta olhando para o líquido da sua xícara que está intocável.—Está horrível, quem fez isso?– pergunto lavando as min
Que estranho, mais estranho ainda ela me comparar como namorada desse lobo sarnento, mas bem que ela me pareceu bem simpática, gosto de idosos, ainda mais anciãos.Mas credo, ser namorada desse daí só se eu estivesse louca.Pego um dertegente na prateleira e abro o mesmo, sentindo o cheiro bom saindo dele, viro o meu rosto na direção do Dylan para pedir opinião, mas no mesmo momento sinto os meus punhos formigarem ao presenciar aquelas duas garotas chegando perto dele.—Oi, me chamo Carol, essa daqui se chama Vanessa.– essa voz está me dando vontade de vomitar.—Prazer, me chamo Dylan e essa daqui é a Emilly.– sem nem mesmo me esforçar para ser educada, mantenho a minha cara fechada.—Nós sabemos o seu nome, aliás, quem não sabe o nome do futuro alfa daqui, mas essa daí eu não sabia.Observo elas me olharem de cima a baixo e fazerem uma cara de nojo, era só o que me faltava, sabia que o meu instinto não estava errado, elas não prestam.—Você poderia me dar o seu número para nos conhec
Sábado, hoje é sábado, aniversário do Dylan. Mas a festa é só de noite, não consigo entender do porquê que coloquei esse celular para despertar. Ainda sonolenta, estico o meu braço, tatiando o meu celular, que eu sempre deixo na cama, para poder desligar o alarme as cegas.Quando enfim consigo desligar o alarme, me aconchego mais nas cobertas para pegar no sono novamente.—Se você continuar assim, vai acabar voltando a pegar no sono!Ah não, de novo não!Levanto somente a cabeça para confirmar se ainda não estou dormindo e tendo um pesadelo, mas para a minha infelicidade, não estou dormindo.—Como você entrou no meu quarto? A porta está tracanda!– com muita preguiça, levanto da cama e encaro o Dylan com os braços cruzados.Olho para todo o meu corpo só para ter certeza que não tem nenhuma pegadinha dele em mim.—Pela janela!– ele fala como se fosse a coisa mais normal do mundo invadir um quarto.—Ah claro, já que eu não posso passar pela porta, por que não entrar pela janela?—Lembra
Deixo a água escorrer pela minha mão, deixando ela molhada o suficiente para logo em seguida esfregar na área manchada do vestido, mas só faço a situação piorar.—Realmente manchou!– tomo um leve susto ao ouvir a mesma voz do menino que se esbarrou em mim e olho para o lado, podendo observar o seu rosto com mais detalhes por conta da iluminação.O seu tom de pele clara vem acompanhada com algumas sardas no seu rosto, o seu cabelo ruivo com os fios bagunçados lhe dá um ar ainda mais sexy e ao mesmo tempo fofo, os seus olhos são verdes um pouco mais claro que o do Dylan, e sua altura é mais alta que o Pietro, apesar que quase todos os garotos ganham do Pietro em questão de altura.Pietro só é um pouco mais alto que eu e a Iza, quando criança o mesmo era pirraçado pela sua altura pelos garotos da nossa sala, mas com o tempo eles foram parando de o pirraçar, pois o Pietro passou a se defender.—Se eu não me engano, esse é o banheiro feminino.– falo com um pequeno sorriso no rosto.—Ningué
O meu pai sorrir pro Thomas, e em seguida, se afasta, me fazendo o perder de vista pela multidão que começa a dançar como se nada estivesse acontecido. Me viro para o Thomas e percebo que os seus machucados estão começando a se curar, um dos benefícios de poder se transformar livremente.—Melhor eu ir embora!– seus dedos tocam uma de suas feridas, causando uma feição de dor no seu rosto.—Tem certeza? Não precisa de ajuda?—Tenho, não se preocupe, irá curar em uma hora, a gente se ver por aí!—Tchau, Thomas!– falo dando um leve sorriso.—Tchau, Emilly!Penso que ele vai me abraçar, mas acaba recuando, só dá um aceno com a mão e vai embora, acabo ficando sem reação, não estou entendendo nada, Dylan acabou com a minha diversão.—Onde você se enfiou? Te procurei pela festa toda.– a voz da Iza no meu ouvido me faz ter um mine infarto.As pessoas marcaram pra brotar do nada hoje?—Foi uma confusão, depois eu te conto tudo.– olho para ela.—O Dylan está no fundo da casa, parece que ele se e