Desvio o meu olhar para o Dylan que ainda está olhando fixamente para o nosso pequeno, admirando ele assim como eu estava fazendo, com um sorriso bobo e lágrimas descendo pelo seu rosto.—Bem vindo ao mundo, pequeno lobinho!– Dylan sussurra enquanto passa o dedo lentamente pela bochecha do Henry.—Não podemos ficar aqui por muito tempo, precisamos levar eles para um hospital agora, não sou médica e nem vidente para saber se estão cem porcento bem!– a bruxa que até agora não sei o nome se pronuncia sorrindo para nós, ao contrário do seu tom de voz.—Obrigada por nos ajudar!– sorrio amigável para ela.—A propósito, qual é o seu nome?—Bianca, o seu é Emilly e o seu companheiro se chama Dylan, o Yan fala muito sobre vocês.—Ainda tem vampiros em nossa alcateia!– Dylan exclama quando se concentra nos seus sentidos.—Você tem que os ajudar, os lobos estão precisando de você!– ele nega várias vezes, disposto a não me deixar sozinha e sei que irá começar a dizer isso, mas o corto.—Irei ficar
Mesmo me sentindo exausta, forço para que os meus olhos se abram, a preocupação não saiu de mim por nenhum momento, mesmo que eu tenha feito o Dylan certificar se estava tudo bem com os nossos pais e amigos, ainda me sinto curiosa e preocupada para saber o que ocorreu.Enquanto estávamos vindo para o hospital, só consegui ver os estragos que a invasão ocasionou, as casas estavam com vidros e portas arrobadas, estabelecimentos e a praça estavam completamente destruídos, até mesmo o parquinho das crianças tinha brinquedos quebrados, mas o pior de tudo não foi a destruição, e sim os corpos sem vida no chão, o desespero de algumas pessoas ao reconhecer os corpos, o choro por perder alguém importante, alguns com raiva e desejo de vingança, outros com nojo de tirar os cadáveres dos vampiros.Durante o percurso que percorremos, tentei ao máximo me esforçar para tentar encontrar algum rosto conhecido no meio de algumas multidões, mas não encontrei ninguém. Algumas pessoas, até alfas de outras
—Espera, essa casa noturna é a que fica distante das outras casas por conta do barulho? Filhos da puta!—Sim, o que foi muita vantagem para eles. Eu juro que não queria estar longe de vocês, mas não pude deixar Pietro lutar sozinho com tantos inimigos em nossa volta. Quando Thomas encontrou o Pietro ele já estava desacordado em sua forma humana e com machucados que não queriam cicatrizar, eu estava me desesperando quando os batimentos dele ficaram francos e ao mesmo tempo sentia que você precisava da minha ajuda. Se não fosse pelo Thomas para ajudar a tirar uma parte da dor do Pietro e matar uma parte dos vampiros, eu não iria conseguir ajudar vocês!—Amor, não foi sua culpa, não poderiamos adivinhar! E como ele está fisicamente?—Ainda desacordado, Kevin ajudou com alguns ferimentos em seu corpo, pois estão cicatrizando devagar demais. Ele teve uma fratura na costela, um braço quebrado novamente e uma de suas pernas, os outros ferimentos irão se curar amanhã mesmo, mas pelo menos não
Adentro pelas portas de vidro e avisto alguns brinquedos espalhados pela sala, o que me faz desviar o caminho e começar a pegá-los do chão para levá-los ao quarto do Henry, mas antes de terminar de pegar o último urso de pelúcia em formato de elefante, percebo algumas folhas em cima do sofá e começo a ficar assustada ao perceber do que se trata.O meu trabalho do curso técnico que estou fazendo antes de entrar em uma faculdade!Pego as folhas e me sinto aliviada ao perceber apenas algumas folhas amassadas, mas nenhuma rasgada, então as deixo em cima da mesa alta onde sei que um pirralho de dois anos não irá alcançar.Subo os degraus da escada e caminho para a porta aberta ao lado do meu quarto. Sorrio com a imagem do meu lobinho com um pincel na mão enquanto está sentado em uma cadeira pequena em sua mesa própria para desenhos, com misturas de tintas empregadas em sua roupa, braços e bochechas, e algumas folhas espalhadas sobre a mesa.—O que o meu lobinho pintor está desenhando?– per
—Espera só mais uns minutos que você irá saber!Quando chegamos no Jardim, Iza coloca o Henry no chão e o mesmo corre para o colo do pai, para poder olhar a Lotte no colo do Stefan.Ela está em um sono profundo com sua boca pequena entreaberta, Iza pega ela dos braços do Stefan e a coloca no carrinho de bebê, perto da mesa.—Já marcaram a data de batismo da Charlotte?– pergunto.—Ainda não, Dylan está enchendo a minha cabeça para ser o padrinho, mas o Pietro também quer!– Stefan diz acariciando os fios da Iza, sentada em uma cadeira próxima a ele.—É claro, eu ainda não fui padrinho de ninguém! Pietro já é padrinho do Henry e ainda vai ser do nosso caçula ou da nossa caçula.– Henry levanta do seu colo e se afasta de nós para poder brincar no pequeno parquinho que colocamos no nosso quintal.—Ele vai ser padrinho de um deles, porque já vou ser madrinha junto ao Stefan do primeiro que nascer, e do segundo com o Pietro!—Você ainda lembra disso!—Claro, já foi injustiça o Pietro e Thomas
Dylan narrando...Suspiro frustrado enquanto deixo o livro sobre a mesa, sem realmente conseguir encontrar alguma informação que possa ajudar o Henry de alguma forma. Sei que já li todos os livros que os magos antigos relatavam sobre os fatos importantes dos supremos passados, e também sei que em nenhum deles possuem alguma ajuda para poupar a dor que Henry irá sentir a meia noite, só que minha teimosia não se conforma que uma criança tenha que passar por tanta dor que uma trasformação trás tão cedo assim.Uma pequena parte do jardim é exposta pela janela descoberta, deixando que os raios solares atravessem, esquentando o local em uma temperatura perfeita para a festa de aniversário na piscina do Henry, uma ideia da Iza para o distrair enquanto a noite não chega.Uma reunião de família sem multidões, mesmo que muitas pessoas tenham me pedido para estarem no momento da trasformação do supremo, algo que neguei sem pensar duas vezes.Isso só o vai assustar mais do que ele já está!Desvio
Dylan narrando...—Confesso que dá saudades, mais que aproveitamos bem, aproveitamos!– Pietro exclama sorrindo maliciosamente.—Eu não aproveitei muito com vocês porque cheguei quase no final do ano e ainda estava cursando o terceiro ano do ensino médio!– Thomas fala depois que termina de comer a uva.—Mas isso rendeu muitos amassos com o Pietro na biblioteca!– Emi diz me entregando o seu pastel e mordo um pedaço.—Emi, você e Dylan eram os mais sem vergonha, se pegavam na frente de todos do colégio, principalmente na minha frente!– Pietro indaga e sorrio para ele.—Vocês faziam o Pietro ficar deprimido por não ter mais o "foguinho" dele estudando para fazer o mesmo. E quem sobrava para ter que ouvir as lamentações dele era eu!– Iza diz enquanto recebe um cafuné do Stefan.—Ele era muito dramático isso sim! Era não, ele ainda é, e o Noah está ficando do mesmo jeito!– digo ao lembrar das falas do nosso caçula esses dias e reviro os olhos para o sorriso convencido do Pietro.—Sarnento,
9 anos atrás...Observo a minha mãe colocar o meu sapatinho com um sorriso no rosto, bem diferente de mim, já que eu não estou nada feliz em ir ver aquele menino de novo, eu gosto da tia Alice e do tio Carlos, mas não gosto nem um pouco do seu filho, o Dylan, aquele menino me deixa muito nervosa.—Por que está com essa carinha emburrada, Emi?– minha mãe pergunta me pegando no colo.—Não gosto do Dylan!– encho as minhas bochechas de ar e cruzo os braços.—Mas você gosta de brincar com o Pietro, por que não brinca com o Dylan também?—O Pietro não joga areia nos meus cabelos ou no meu rosto, ele não pega os meus docinhos e se aproveita da minha altura para não me devolver.—Não se esqueça que você deu um chute na perna dele da última vez, mocinha, aliás, você sempre bate nele. O que ele faz é errado, mas você não pode usar a violência para cima dos seus amigos!—Ele não é o meu amigo, então com ele eu posso bater!—Vocês ainda vão se dar bem, Emilly.—Duvido, mamãe!—Já está na hora, el