Pensando naquele sarnento, acabo o encontrando em uma das mesas dos populares, com apenas os jogadores de futebol americano e as líderes de torcida, e infelizmente me deparo com a cena da Camilla querendo se sentar no colo do Dylan, pois convenhamos que interesse no futuro posto de alfa do Dylan é o que predomina a cabeça dessa garota surtada e mimada, só porque a minha família e a dos Harris são próximas ela ficou por dois anos pegando no meu pé achando que tenho interesse nesse sarnento, me ferrei muito por conta dela.
Não sei como ele consegue ficar perto dessa garota, apesar que eles se merecem!
Sem perceber que estava olhando fixamente para os dois, sou despertada dos meus pensamentos com o olhar penetrante do Dylan na minha direção, desvio o olhar e sigo na direção do balcão para pegar a minha comida.
Minha barriga já está roncando, então pego três pastéis de queijo e presunto e um refrigerante. Me viro para ir em direção a uma mesa vazia, mas avisto o Pietro vindo na minha direção.
—Emi, estava te procurando!
—Eu sai do banheiro e vim direto para o refeitório. Você estava fazendo o quê? —Conversando com a Stella.– ele fala sem muita importância, mas essa frase me deixa um pouco de esperança.—Só conversando? Nenhum encontro ou beijo?
—Só conversando, nada de beijo, você sabe que eu não iria conseguir!O Pietro é realmente lindo, o seu tom de pele é branca como a neve, os seus cabelos escuros como uma noite sem a luz da lua, os seus olhos azuis claros que hipnotiza qualquer uma com o olhar, o seu jeito carinhoso de ser atrai muitas lobas que são loucas para ser a sua companheira e ter a honra de levar a sua marca no pescoço.
Lembro-me da pequena quedinha que senti por ele, só uma pequena atração que logo passou, pois somos melhor sendo amigos do que outro tipo de relacionamento.
—Desculpa, não custava nada perguntar. Mas já que nós tocamos nesse assunto, onde estar a Iza?– pergunto.
—Ela está se pegando com o Stefan, depois que ela descobriu que ele é o seu companheiro não sai de perto dele.– observo o seu tom de voz sair um pouco triste.Mordo o meu lábio inferior ao notar o seu tom de voz. Sempre notei o modo como ele agia perto da Iza, querendo sempre idolatrar ela, fazer os seus gostos, os seus desejos. Pietro era bem motivado no requisito conquistar a Iza, até entrou no time de futebol americano só porque soube que ela gostava de esportes. Mas por um lado a sua atitude beneficiou a ele, que acabou gostando desse esporte, ainda mais quando o seu melhor amigo se tornou capitão do time, o Dylan.
Mesmo com tantos esforços, a Iza nunca o quis como ele queria, ela queria ele apenas como amigo. No começo pensei que ela tinha medo de estragar a amizade deles, já que sempre fomos um trio muito grudado um no outro, mas não, não era esse o motivo para ela nunca ter dado uma chance para ele, pois ela realmente não sentia atração por ele, a sua loba o rejeitava.
E isso só piorou ainda mais quando o Stefan chegou na vida da Iza, declarando o laço de companheiros sendo ligado. Desde o início, quando o Pietro se transformou e foi atrás da Iza para saber se ela era a sua companheira, sabíamos que isso não ia dar certo, que eles não iriam dar certo, pois os seus lobos não reconheceram um ao outro, não havia nenhuma ligação entre eles dois, entre o Pietro e Iza. Mas só não esperávamos que o parceiro dela ia ser do time de futebol do Pietro.
Mesmo ele afirmando que não tem mais sentimentos pela Iza, sem ser o da amizade, sinto que ele não está falando a verdade. O conheço bem o suficiente para perceber o tom da sua voz ao falar deles, ou o olhar que desvia do meu sempre quando toco no assunto, por isso pedi para ele ser sincero comigo em relação a Iza, que não vou o julgar, mas ainda tem um pouco de receio de falar desse assunto vindo dele.
—Não vai comer?– pergunto mudando de assunto.
—Sim, vou pegar logo o meu lanche, me espera aqui.– quando ele termina de falar, confirmo com a cabeça.
Vou em direção a uma mesa vazia, me sento na cadeira e começo a comer, observando as pessoas ao meu redor, nenhuma que eu tenha alguma intimidade, apenas algumas do time que o Pietro já me apresentou, mas mesmo assim não tenho muita intiminadade, apenas um cumprimento quando me esbarro em alguns deles. —Emi, você vai me assistir jogar na sexta?– levanto o meu olhar e percebo que o Pietro já se sentou no meu lado. —É claro que eu vou, não vou perder as quedas dos meninos por nada!– começo a rir só de imaginar o Dylan caindo no campo.—Pensei que fosse ver o seu melhor amigo jogar, mas não, você que ver é as nossas quedas e o nosso sofrimento.– ele diz fingindo estar chateado.
—Dramático!– exclamo dando uma mordida no meu pastel.
—Mas sério, o futebol americano vai me ajudar a entrar em uma boa faculdade, e isso me motiva a ganhar cada partida!—Só em pensar na faculdade eu começo a ficar nervosa e ansiosa, ainda não tenho certeza qual eu quero ir.
—Ainda temos muito tempo para isso, não pense nisso agora!
Sinto uma sensação de estar sendo observada e isso está me incomodando, olho ao redor do refeitório e paro o meu olhar no Dylan, mais uma vez ele está me olhando estranho, eu sei que ele não gosta de mim, mas não precisa ficar me observando, isso é estranho.
A sensação de estar sozinha dentro de casa é gratificante, sem ninguém para te aborrecer, apenas a liberdade para se fazer o que quiser, já que minha mãe está trabalhando no hospital e só irá chegar a noite, meu pai viajando junto com os pais do Dylan, e esse sarnento provavelmente deve estar no treino de quarta, e só o que eu desejo é que ele volte tarde.
Depois que cheguei do colégio fui direto para o quarto tomar um longo banho para almoçar, a minha sorte é que minha mãe sempre deixa comida para mim esquentar no micro-ondas e não tenho que fazer, já que sou péssima na cozinha.
Uma lembrança de quando tinha onze anos invade a minha mente, o dia que a tia Nanda tentou ensinar a mim e ao Dylan a conseguir cozinhar um bolo, o que claramente não funcionou, no final os dois saíram melados de farinha e ovos por conta da briga que tivemos para dividir a farinha no saco, nem lembro mais quem que começou a guerra de comida primeiro, mas esse dia foi engraçado que até a tia Nanda saiu melada.
Não sei como tia Nanda nos aguenta até hoje na cozinha dela!
Saio dos meus pensamentos ao perceber que a melhor parte da série Lúcifer, que estou assistindo, está para acontecer, mas como a vida sempre arruma um jeito de tirar a minha paz e o meu momento de felicidade, escuto a porta da sala sendo aberta. Dou pausa na série e viro o meu olhar pra porta, para poder ver quem chegou.
O motivo dos meus estresses acaba de passar pela porta de entrada todo suado e nojento do treino, o que com certeza não tomou banho no vestiário e veio para casa assim que o treino acabou.
Que nojo!
—Você está fedendo!– digo ao observar o seu estado.—Não pedi a sua opinião!– ele joga a mochila no sofá.—Como se a sua palavra fosse importante para me fazer ficar calada!—Mesmo que só falte alguns dias para que eu seja o seu alfa?– ele levanta uma de suas sobrancelhas em questionamento, me fazendo revirar os olhos com o seu sorriso.—Mesmo você sendo o alfa da alcatéia que eu moro, não vai fazer a mínima de diferença!– digo sorrindo ao avistar o sorriso do seu rosto desaparecendo, deixando apenas uma expressão emburrada.—É sério que você está assistindo Lúcifer?– ele pergunta com a feição ainda fechada, me fazendo revirar os olhos.—Estou e pode ir levantando desse sofá.– falo ao perceber que ele se sentou no sofá todo suado.—E por que eu faria isso mesmo?– ele se joga mais ainda no sofá e isso já está começando a me estressar.—Você está parecendo um cachorro de rua... Não, coitado dos cachorros, não é fácil ser comparado com um lobo sarnento e imundo como você!—Nossa quanto a
Os produtos de maquiagem não estão onde deveriam, a base foi passada em abundância misturada a uma sombra branca, me deixando bastante pálida, o batom vermelho mate está grudado no meu rosto, fazendo uma curva torta no meu rosto, a ponta do meu nariz foi pintada de batom vermelho junto ao redor dos meus lábios e em cima das sobrancelhas, sombra preta foi inserida nas pálpebras e abaixo dos meus olhos.Respira fundo e não surta, fica calma Emily!—Dylan, você me paga!Saio do banheiro e vejo ele passando pela porta do quarto correndo, mas vou atrás, quase caio da escada, mas consigo chegar inteira no primeiro andar, me deparando com a minha mãe tomando café, ele vai para trás da minha mãe, a mesma cospe o café que estava bebendo e começa a rir quando me ver.Estou pensando seriamente em trocar de mãe.—O que aconteceu?– ouço a voz da minha mãe que tenta sair séria, mas o seu tom de voz acaba saindo como se estivesse segurando a risada.—Esse sarnento invadiu o meu quarto e mexeu no meu
Tentamos pedir desculpa para as pessoas que acabamos pisando no pé, mas mesmo assim algumas reclamaram. Dou de ombros e sigo a Iza que está na minha frente, quando paramos no único lugar vago ela se senta, me fazendo sentar em suas coxas, um hábito que sempre fazemos quando não há lugar vago para alguma das duas, nunca deixamos uma ficar em pé.O futebol americano é um esporte de conquista de território e fica mais interessante com dois alfas nele. Os alfas tem uma possessividade, agressividade e raiva em um nível maior do que os outros lobos. Até que esse jogo vai ser divertido. O que consigo entender é que o principal objetivo é chegar o maior número de vezes na endzone do adversário, quanto mais o time conseguir fazer isso, mais pontos ele somarar.Foco a minha atenção no jogo que já começou, avisto o Pietro que acena na minha direção e acabo rindo com o seu ato. Com o passar do tempo a nossa escola começa a fazer pontos, depois de ganhar uma surra do time adversário.Já estava fi
—Estava, vou embora com ele. Por que o interesse?O irritante é que o Dylan sempre tenta se intrometer na minha vida, e olha que ele não é nem meu irmão para desempenhar esse papel. Desde pequeno ele ficava grudado em mim para saber o que estou fazendo ou o que estou aprontando, muitas vezes era para me pirraçar com as informações que conseguia. Apesar que eu não era nenhuma santa e sempre conseguia algumas informações para usar quando precisar.—É porque ele já foi embora, avisei que iria levar você para casa.– saio dos meus pensamentos ao ouvir o que ele disse.—Você fez o quê? Nem ao menos me perguntou se era isso que eu queria! E eu não irei com você!Dou o primeiro passo para ir embora sozinha, mas sou impedida pela sua mão que segura o meu braço, e me pegando desprevenida, sou virada rapidamente, ficando em sua frente, em uma distância curta demais.—Eu estou ficando na sua casa por um tempo, nada mais justo que você vá comigo.– começo a perceber que a sua voz está ficando mais
—Não vou não, não sei fazer nada na cozinha.—Vai sim, não sou sua empregada para fazer comida e você com a bunda no sofá. Não se preocupe, você aprende.—Tá legal, eu te ajudo, que garota chata.– ele sussurra a última parte, mas consegui entender perfeitamente.—Digo o mesmo para você.– pego uma xícara e coloco o café dentro dela.Pego o pote de açúcar e coloco duas colheres no líquido amargo, misturando a bebida.Observo ele sorrir na minha direção quando coloco a xícara rente aos lábios, não sei dizer se é provocação ou expectativa, dou de ombros e tomo um gole do líquido amargo, querendo cuspir tudo de volta para xícara logo em seguida.Isso está ruim demais.Levanto rapidamente da cadeira e corro para perto da pia, cuspindo o café da minha boca, mas não adianta porque o gosto ainda está nela, jogo todo o conteúdo da xícara pelo ralo.—Está tão ruim assim?– ele pergunta olhando para o líquido da sua xícara que está intocável.—Está horrível, quem fez isso?– pergunto lavando as min
Que estranho, mais estranho ainda ela me comparar como namorada desse lobo sarnento, mas bem que ela me pareceu bem simpática, gosto de idosos, ainda mais anciãos.Mas credo, ser namorada desse daí só se eu estivesse louca.Pego um dertegente na prateleira e abro o mesmo, sentindo o cheiro bom saindo dele, viro o meu rosto na direção do Dylan para pedir opinião, mas no mesmo momento sinto os meus punhos formigarem ao presenciar aquelas duas garotas chegando perto dele.—Oi, me chamo Carol, essa daqui se chama Vanessa.– essa voz está me dando vontade de vomitar.—Prazer, me chamo Dylan e essa daqui é a Emilly.– sem nem mesmo me esforçar para ser educada, mantenho a minha cara fechada.—Nós sabemos o seu nome, aliás, quem não sabe o nome do futuro alfa daqui, mas essa daí eu não sabia.Observo elas me olharem de cima a baixo e fazerem uma cara de nojo, era só o que me faltava, sabia que o meu instinto não estava errado, elas não prestam.—Você poderia me dar o seu número para nos conhec
Sábado, hoje é sábado, aniversário do Dylan. Mas a festa é só de noite, não consigo entender do porquê que coloquei esse celular para despertar. Ainda sonolenta, estico o meu braço, tatiando o meu celular, que eu sempre deixo na cama, para poder desligar o alarme as cegas.Quando enfim consigo desligar o alarme, me aconchego mais nas cobertas para pegar no sono novamente.—Se você continuar assim, vai acabar voltando a pegar no sono!Ah não, de novo não!Levanto somente a cabeça para confirmar se ainda não estou dormindo e tendo um pesadelo, mas para a minha infelicidade, não estou dormindo.—Como você entrou no meu quarto? A porta está tracanda!– com muita preguiça, levanto da cama e encaro o Dylan com os braços cruzados.Olho para todo o meu corpo só para ter certeza que não tem nenhuma pegadinha dele em mim.—Pela janela!– ele fala como se fosse a coisa mais normal do mundo invadir um quarto.—Ah claro, já que eu não posso passar pela porta, por que não entrar pela janela?—Lembra
Deixo a água escorrer pela minha mão, deixando ela molhada o suficiente para logo em seguida esfregar na área manchada do vestido, mas só faço a situação piorar.—Realmente manchou!– tomo um leve susto ao ouvir a mesma voz do menino que se esbarrou em mim e olho para o lado, podendo observar o seu rosto com mais detalhes por conta da iluminação.O seu tom de pele clara vem acompanhada com algumas sardas no seu rosto, o seu cabelo ruivo com os fios bagunçados lhe dá um ar ainda mais sexy e ao mesmo tempo fofo, os seus olhos são verdes um pouco mais claro que o do Dylan, e sua altura é mais alta que o Pietro, apesar que quase todos os garotos ganham do Pietro em questão de altura.Pietro só é um pouco mais alto que eu e a Iza, quando criança o mesmo era pirraçado pela sua altura pelos garotos da nossa sala, mas com o tempo eles foram parando de o pirraçar, pois o Pietro passou a se defender.—Se eu não me engano, esse é o banheiro feminino.– falo com um pequeno sorriso no rosto.—Ningué