Já era final da tarde, quando Dru decidiu fazer um lanche e checar com a cozinheira Sra. Lile algumas informações:
− Sra. Lile, conhece aquele homem? O nosso vizinho – ela apontou involuntariamente para o terraço - com quem eu estava conversando?
− Vizinho, ele? Ah... Srta. Ruver, eu nunca vi este homem antes por aqui!
− Não viu? Tem certeza?
− Não, não vi, tenho certeza! E olha que conheço bem nossa vizinhança. Sei quem trabalha pra quem. O nome dos patrões, a que horas eles acordam e dormem, quem trabalha, quem não trabalha e onde trabalham! Os filhos, os filhos dos filhos, quem é da capital, quem mora mesmo aqui e quem fica só por uns dias...
− Eu entendo que a senhora conhece bem todo mundo por aqui! Mas aquela casa cinza, a única na encosta do declive sul que estava à venda, quem mora lá?
A Sra. Lile pensou seriamente, olhou para cima e fez três movimentos com os olhos da esquerda para direita, conferindo em sua lista mental de informações a devida resposta:
− Ninguém!
− Ninguém? Tem certeza?
− Ninguém mesmo! Desde que eu me lembre, ninguém mora naquela casa velha há anos!
− Anos?
− Não, não! Bem, vejamos... Dez anos para ser exata! É isso mesmo, sim, senhora, se tem algo que me lembro bem são datas! Quando a gente confunde as datas, não é nada bom – ela suspirou. A gente começa a esquecer do dia de pagar as contas, o dia de lavar as cortinas ou de limpar os armários.
− Então, a senhora tem certeza de que nunca viu aquele homem antes?
− Certeza absoluta, senhorita Ruver. Mas o que ele queria? Ele disse?
− Sim, disse.
− E quem é ele? – a Sra. Lile arqueou as sobrancelhas como que colhendo informações para adicioná-la em sua lista.
− Um velho conhecido. – ela interrompeu a resposta com nova pergunta – A senhora lembra quem morava naquela casa?
− Era uma senhora. Uma senhora estrangeira já de muita idade, o nome dela era senhora...Vejamos, senhora... - a Sra. Lile fazia um intenso esforço.
− Berger? Senhora Berger? - arriscou Dru.
− Sim, isto mesmo, senhora Berger! Mas como sabe disto?
− A Sra. Berger morava com quem?
− Pelo que me lembro, morava só. Ela e os gatos!
− E o filho dela?
− Que filho? Ela não teve filhos!
− E Hans, Hansiorki? Hans, o estrangeiro? Se lembra dele, Sra. Lile? Já ouviu falar dele?
− Não, não o conheço. Nunca ouvi falar nele! Era esse o nome do homem que veio aqui?
Dru acenou afirmativamente com a cabeça e perguntou:
− E a Sra. Berger, o que aconteceu com ela?
− Eu nunca mais ouvi falar nela. Ela se mudou, parece que vendeu a casa e na mesma época voltou para sua terra natal.
− Quanto tempo a Sra. Berger morou naquela casa?
− Vejamos - a Sra. Lile franziu a testa – Uns quarenta anos pelo menos! Imagina: eu era menina e ela já morava lá!
− Mas, ela não morava na Baía Norte?
− Que eu me lembre, não!
Dru se retirou pensando como a Sra. Lile resumia os fatos com facilidade. Mesmo contemplando o belo crepúsculo, ela não conseguia afastar Hans de seus pensamentos. Afinal, quem seria ele de fato?
Na manhã seguinte Dru apanhou a chave que Hans lhe havia dado e decidida, tomou o atalho em direção à encosta do declive sul.
Durante o percurso ela se distraiu, contemplando a exuberância da flora e fauna da região. Contudo, o bem-estar não perdurou por muito tempo. Dru, ao se aproximar do declive sul, teve uma estranha sensação ao perceber que ao se aproximar da casa de Hans, as árvores tornavam-se cada vez mais arqueadas, desnudas de beleza e vida: nem os pequenos animais perambulavam mais por seus galhos, e nem mesmo os pássaros sobrevoavam as redondezas.
Foi quando ela rumou diretamente para o atalho que dava acesso a entrada da casa. A velha construção era rodeada por um gramado perpendicular já bem descuidado e ficava na parte mais alta do terreno, adornada por duas colunas cinzas decoradas com arandelas niqueladas. Havia uma única porta de entrada e três pequenas janelas de alvenaria, uma em cada parede lateral da construção.
Dru retirou a chave do bolso esquerdo e pousou as mãos na maçaneta: duas voltas e meia para a direita e a porta se abriu.
Ela percorreu os olhos por todo o aposento e constatou com imensa surpresa que não havia móveis, nem cortinas, nem tapetes, nem outras portas, nem dormitórios, nem cozinha, nem escadas, nem pisos e nem outras paredes divisórias. Não havia nada lá, muito menos: gatos.
A casa era um imenso quadrado branco, tudo estava muito limpo, sem manchas ou pó. Lá dentro não havia lâmpadas, nem interruptores, a única claridade que incidia provinha da luz do dia que penetrava através dos vidros das três pequenas janelas e da porta entreaberta.
Ela se atreveu a entrar, andou dez passos, doze passos, cinquenta e cinco passos até o centro do quadrado, foi quando notou um buraco no assoalho, e dentro dele, um pequeno botão prateado.
Por instinto, ela se ajoelhou e apertou o botão. Naquele mesmo instante, abriu-se de modo engenhoso no piso, um retângulo e dentro dele, havia um livro grosso e pesado, com aparência antiga.
Dru apanhou o pesado volume que tinha uma capa dura de bronze, com uma estranha figura desenhada: metade um homem, e na outra um lagarto. Circundando o desenho, haviam em alto-relevo ideogramas dourados, talvez, algum símbolo místico.
Sem saber o que fazer, talvez, por intuição ou medo, ela decidiu partir, fechando a porta, trancando-a com duas voltas e meia para a esquerda, guardando a chave no bolso. A passos rápidos, a jovem deixou a encosta do declive sul, caminhando ofegante para casa, carregando o pesado volume. Contendo inúmeras páginas, aquele volume parecia explicar alguma verdade. Que tipo de verdade? Ela era incapaz de dizer, mas podia pressentir entre os ossos que aquele livro continha inexplicavelmente algo com que ela, ou qualquer outro ser humano, jamais havia se deparado.
Recusando o jantar que a Sra. Lile havia preparado, Dru Ruver se trancou no escritório, decidida a estudar aquele pesado livro. O grosso volume continha desenhos, pinturas, mapas e relatos. Havia a descrição de homens, animais, criaturas míticas, civilizações desconhecidas e cartas celestes.
Centenas de perguntas borbulhavam na mente de Dru Ruver. Foi quando ela decidiu ligar para Roddie, seu melhor amigo e confidente, um rapaz simpático e educado de longos cabelos loiros e frases corteses cujo tio era cartógrafo.
O tio de Roddie era o famoso Dr. Filipe Meine, um congressista internacional renomado e com anos de experiência. Talvez, ele pudesse elucidar tão tortuosos mapas.
No dia seguinte Dru Ruver retornou a capital e sem perder tempo, foi até a casa de Roddie para que o Dr. Meine analisasse o misterioso volume. Chegando na casa de Roddie, os jovens conversaram e tomaram um lanche. Segundo Roddie o tio dele voltaria da Universidade no final da tarde e logo, aquele misterioso livro seria desvendado.
O Dr. Meine recebeu Dru Ruver pontualmente às seis da tarde de uma quinta-feira nublada. Um pouco encabulada porque talvez aqueles mapas nada significassem para o cartógrafo, Dru ficou nervosa logo no início da conversa, que começou bastante fria, sem rodeios ou gentilezas.
O escritório do cartógrafo tinha uma decoração simples: uma escrivaninha, um porta-arquivos e uma mesa enorme de madeira disposta com esquadros e lupas, ocupando o centro da sala. Mapas, rotas de navegação e cartas celestes de todas as regiões e séculos preenchiam as paredes. Percorrendo os olhos pela sala, ela sorriu cordialmente com a impressão de ter ido ao lugar certo:
− Muito obrigada, pela sua ajuda Dr. Meine.
− Eu não sabia que adolescentes tinham interesse em mapas e livros antigos. Porque se dependesse da opinião do meu sobrinho, meu trabalho científico não é nada importante para o mundo moderno. Do que se trata esse livro?
− Eu não sei dizer!
− Eles são novos, antigos, de que período? - interrogou-a, impaciente.
− Eu diria que são... – ela respirou fundo - Ancestrais, senhor!
A fisionomia do cartógrafo se iluminou, agora ela detinha toda a sua atenção e gentileza. Ele passou a virar e revirar as folhas, fazendo anotações e consultando diversas cartas celestes, Atlas e dicionários. Após algum tempo, o cartógrafo fascinado, sussurrava por vezes: “impossível, impossível!”.
Enquanto isso, Dru e Roddie conversavam no canto esquerdo do escritório sobre assuntos aleatórios. Foi quando após meia hora de estudo, o cartógrafo Filipe Meine chegou a uma conclusão:
- Não há dúvidas! – disse satisfeito – Este mapa pertence a Alexandria!
− Da cidade? Um mapa da cidade de Alexandria? – Dru perguntou sem jeito.
− Sim e não!
− Sim e não? Como assim? – quis saber Roddie.
− Não, porque não é um mapa da cidade de Alexandria. E sim porque são mapas, ou melhor, pergaminhos cartográficos da Biblioteca de Alexandria.
Os jovens ficaram abismados, sem compreender as explicações do doutor:
− Pergaminhos cartográficos, tio?
− Sim! Pergaminhos cartográficos! Não sei o que os jovens hoje em dia aprendem na escola, mas é certo que em alguma aula de História Geral vocês devem ter aprendido que praticamente todos os documentos da Biblioteca de Alexandria foram destruídos por um grande incêndio! Perdeu-se um tesouro inestimável de valor incalculável para os estudiosos e para a humanidade!
− Certo! – Dru tentava acompanhar as explicações – Mas do que estes pergaminhos tratam?
− Eu calculo que expliquem os primeiros assentamentos e migrações do homem, talvez, até retratem as primeiras civilizações! Espantoso, não?
− Isso é irado, tio!
− Este documento retrata a colonização em terras ermas, já que este termo é apropriado para designar territórios esparsos e colonizados pelos primeiros habitantes na Terra!
− Primeiros homens? Primeiras civilizações? – Dru permanecia completamente chocada.
- O mais importante é compreender o documento como um todo. Além dos mapas, existem muitos textos em Línguas Arcaicas, inscrições e fórmulas matemáticas. Nós vamos precisar de um grupo de especialistas para decifrá-lo.
- Será que podemos decifrá-lo, tio?
- Sim, podemos! Mas primeiro preciso contatar e convocar alguns amigos: pesquisadores e cientistas para a tarefa.
- Então, precisamos de uma força-tarefa, é isso? – arriscou Dru.
- Exatamente!
E assim foi feito, o Dr. Meine iria ser o chefe da pesquisa e iria convocar as mentes mais brilhantes para o projeto. Dru e Roddie não esconderam a alegria e o entusiasmo. Será que esta poderia ser a primeira grande aventura de suas vidas?
Após três semanas de intenso trabalho, o grupo de especialistas formado pelo Dr. Filipe Meine finalmente iria se reunir para discutir as primeiras informações decifradas pela força-tarefa. Aproveitando o feriado prolongado de Carnaval, o encontro se daria na casa de Dru Ruver, para que os especialistas pudessem fazer uma incursão na Encosta de Capricórnio, na única casa de arandelas niqueladas, com a intenção de conhecer o lugar exato onde ela havia encontrado o livro. Todos os detalhes foram organizados por Meine: o grupo partiria de sua casa rumo ao litoral por volta das dez horas da noite. Logo, a campainha soou e a primeira especialista a chegar foi a Dra. Vitina Almén, acompanhada de sua chow-chow Wendy. - Olá, será que não vou mesmo incomodar trazendo minha cachorra? – perguntou a tradutora antes de atravessar a porta. A Dra. Almén era professora, tradutora de Línguas Arcaicas e uma das mais conceituadas especialistas em Mitologia
Todos prontamente concordaram e a jovem pousou as mãos sobre a fechadura: duas voltas e meia para direita e a porta se abriu sem esforço. Por um momento, ela prendeu a respiração, retirando a chave da porta e guardando-a no bolso. Dando um passo firme cruzou o escalão de entrada, seguida de perto pelo Dr.Meine e por Roddie. Atrás deles vieram o Dr. Kupis e Ada de mãos dadas. A Dra. Vitina e o Sr. Felpes logo atrás, e em seguida o Dr. Takei e a Dra. Lítica, que foi a última a cruzar o escalão de entrada da desolada construção. A sala estava igualmente fria e limpa como há dois meses, e Dru não notava nada fora do comum: − Foi aqui que eu achei o livro! – ela apontou para o chão branco, após caminhar cinquenta e cinco passos – Tinha um pequeno buraco aqui neste ponto! Olhem! Foi aqui! – Dru agachou recriando imaginariamente os fatos – Eu acionei um pequeno botão prateado que estava aqui! Aí uma alavanca abriu um quadrado e eu apanhei o livro! − Tem certeza de q
Na manhã seguinte o grupo ainda dormia quando um grito da Dra. Vitina os acordou em sobressalto: − Ele está morto! Meu Deus, ele está morto! Todos acudiram a doutora, tentando entender suas palavras de desespero e desamparo. Ela gritava, chorava e soluçava. Ada Kupis a abraçou ternamente tentando de alguma forma consolá-la. O Dr. Meine e o Dr. Kupis acudiram a vítima, realizando massagem cardíaca e respiração boca-a-boca, na tentativa de retomar o pulso; prestando os primeiros socorros. Mas de nada adiantou: o Dr. Takei estava morto. A hipotermia tirou-lhe a vida durante a noite passada. O Dr. Meine declarou com pesar: − Ele está morto! Ele não resistiu ao frio, o coração não aguentou tanto esforço! – ele suspirou um profundo lamento e prosseguiu – Há mais de cinco anos o Dr. Takei vinha sofrendo de uma disfunção cardíaca e fazia tratamento para controlar a doença! É lamentável! Realmente lamentável! − Ele tinha família, tio? − Sim, cl
Levando as duas lanternas, os dois jovens rastejaram pela entrada. Roddie tomou a iniciativa e Dru, sem perder tempo, foi logo em seguida. Desde o primeiro degrau deu para notar como a escada e a escotilha eram colossais. Os dois jovens desciam simultaneamente, lado a lado, tateando, degrau a degrau, iluminando com a lanterna os próprios passos. Os degraus eram largos e bem espaçados. Dru suava frio e tinha a boca seca tentando imaginar o que os esperava lá embaixo. O trajeto era lento e só conseguiam ver os degraus e as paredes também metálicas daquele cilindro, que nada revelavam. − Está tudo bem aí? – bradou Meine. − Tudo bem, tio! Em silêncio continuaram com prudência a descida que parecia interminável: vinte degraus, trinta degraus, quarenta degraus... - Veja a moeda! – Dru constatou aliviada quando sua lanterna capturou o reflexo. - Isso! É ela mesma! E assim os jovens apressaram a descida, tocando no fundo
Reduzido o grupo, reduzida a preocupação. Afinal, é certo que todas as situações oferecem prós e contras. Tomar decisões sempre implica abrir mão de uma, em favor de outra possibilidade, e no caso do grupo de Dru Ruver não era diferente. Logo, reuniram suprimentos de água e mais castanhas, porque não sabiam ao certo se encontrariam mais alimento ou água pela frente. Só nos bolsos, Dru carregava praticamente a mesma quantidade de castanhas do resto do grupo e, notando que eles a olhavam surpresos, ela se justificou: − Uma garota prevenida vale por duas! Partiram por volta do meio-dia e tudo em volta da trilha parecia familiar: plantas, árvores, rochas, o céu azul, exceto, é claro, pelas dimensões avantajadas. Caminharam por toda tarde, fazendo pausas regulares para descansar. Dentro de pouco tempo, o grupo se deparou com um achado inestimável: - o que sustentou o ânimo até o anoitecer: batatas doces. Sim, batatas doces e gigantes, cada uma pesava
O Dr. Oscar Kupis, Ada Kupis, a Dra. Lítica e o Sr. Felpes partiram logo após o desjejum, deixando para trás a floresta tropical e o grupo de Dru Ruver. Preveniram-se, carregando rações extras de água, castanhas, a única lanterna que ainda funcionava, um maço de cigarros e dois isqueiros. Naquela manhã, partiam esperançosos, sonhando que em breve pudessem estar no confortável e seguro lar de onde vinham. Para aqueles quatro viajantes, esta esperança era o único elo no qual podiam se agarrar, evitando assim o inconformado desespero. O Sr. Felpes se tornou, mesmo a contragosto, o líder do grupo. − Vamos fazer o caminho inverso. – Felpes declarou – Nós vamos voltar exatamente por onde viemos. Chegando no deserto, vamos para o sul! − Certo, Felpes, isto é muito lógico e racional – concordou a Sra. Kupis – No entanto, o que mais me apavora é que o que vamos fazer, quando chegarmos ao mesmo ponto de partida? − Ada, meu bem, – falou suavemente o Dr. Ku
Já era o segundo dia consecutivo desde a descoberta da escotilha. Apesar da distância percorrida, nada parecia alterar a paisagem daquela floresta tropical, eram apenas árvores e mais árvores, Vitina até brincou dizendo que jamais havia visto, nem mesmo pela televisão, tantas árvores juntas. Contudo, o grupo se considerava com sorte, não sofriam nem com a escassez de alimento e muito menos de água, sem contar que a última noite tinha sido excessivamente tranquila: sem chuva, sem sentinelas, sem nenhum fato inusitado. O dia passou lentamente com a caminhada exaustiva, a noite já caia quando o Dr. Meine sugeriu: − Que tal pararmos? Vamos preparar o jantar e dormir por aqui. Foi um dia longo e estou muito cansado! Todos concordaram, escolhendo uma fresta privilegiada entre duas árvores enormes para passarem a noite. Vitina preparou a fogueira, Roddie a comida e Dru Ruver, por medida de precaução, foi explorar alguns metros ao redor do improvisado acampamento para verifi
Naquela noite, o grupo decidiu manter-se acampado ao redor do lago, presumindo que ali fosse possível avistar ou fazer contato com as criaturas da floresta. Dru já estava desapontada ao esperar tanto tempo, tudo parecia calmo demais e ela tinha uma estranha sensação de que alguém ou alguma coisa a estava observando. Somente na hora do jantar, ela tomou coragem para revelar a sua preocupação: − Eu não sei explicar muito bem, mas tenho a estranha sensação de estar sendo ob-observada – ela gaguejou sem querer. - Eu sinto que alguém está nos vigiando. − Parece absurdo! – disse Vitina, interpelando o sentido de sua frase – Será que não é sua imaginação? Será que isto é possível? − Impossível quase tudo não é! Porque estamos aqui, não estamos? – afirmou muito aborrecido Meine. − Eu não queria dizer nada, sabia que iam ficar preocupados! − É isto! Isto explica tudo! − Explica o quê, doutor? – Dru perguntou não entendendo as conclusões do cart