Capítulo 17
Até que, de repente, senti uns toques leves na minha cabeça. Não era algo forte, mas suficiente para me tirar do transe. Num susto, levantei os olhos, ainda turvos, tentando focar no que estava à minha frente, a visão embaçada.

E então, ela estava ali.

Uma morena de pele parda, cabelos encaracolados, que parecia ter saído de um sonho — ou talvez de um pesadelo, dependendo da perspectiva. Os olhos claros dela eram tão penetrantes que me arrancaram do torpor no mesmo instante. Ela não sorria.

— Vai continuar babando na minha bancada ou vai pedir alguma coisa? — A voz dela, sem nenhuma paciência. Ela sequer me lançou um olhar direto. Afinal eu era só mais um bêbado, chorão, prestes a ser chutado para fora como lixo.

encarei seu rosto, mas a única coisa que consegui enxergar foi o desprezo estampado nos olhos.

— Se não tiver nada pra pedir, é melhor dar o fora logo. — Ela bufou, Seus olhos reviraram com desgosto, como se minha simples presença fosse uma afronta a ela.

— Como
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